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Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

Análise comparativa entre o perfil do médico denunciado por infrações ético-profissionais no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo e o ensino médico. Tese de doutorado apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em 01 de outubro de 2010. Dr. Airton Gomes.

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  1. Análise comparativa entre o perfil do médico denunciado por infrações ético-profissionais no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo e o ensino médico Tese de doutorado apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em 01 de outubro de 2010 Dr. Airton Gomes A Barca de Caronte Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  2. Análise comparativa entre o perfil do médico tocoginecologista denunciado por infrações ético-profissionais no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo e o ensino médico Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  3. Tese apresentada na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Educação e Saúde Programa: Ciências Médicas Área de concentração: Educação e Saúde Orientadora: Prof. Dra. Maria do Patrocínio Tenório Nunes. 01 de Outubro de 2010 Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  4. Jornal da Tarde 16 de dezembro de 2009 Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  5. “Essa prova não é ideal, mas é necessária. Tem muita universidade sem critério”. “O melhor seria controlar a abertura sem critérios de cursos de medicina” “Tem muito curso picareta em São Paulo A avaliação do CREMESP é necessária”. “ Nenhuma das provas que fizemos avalia o curso. Esses exames não são justos”. “Não é ao avaliar alguns poucos alunos que será possível avaliar a qualidade do curso”. Jornal da Tarde 16 de dezembro de 2009 Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  6. Índice de reprovação- Exame do CREMESP Fonte: CREMESP Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina Tabela 01

  7. Motivos para a má qualificação dos estudantes: 1- boom de faculdades de medicina 2- falta de infra-estrutura 3- má qualificação dos professores Dr. Henrique Carlos Gonçalves Presidente do CREMESP Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  8. “O ensino vai mal e a atenção à saúde caminha para o descaso” Dr. Henrique Carlos Gonçalves Presidente do CREMESP Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  9. Abraham Flexner, 1910 Avaliação Crítica do ensino médico nos EUA e Canadá “O ensino da Medicina era um aventura privada, mercantilizada no espírito e no objeto” Flexner, The Carnegie Foundation for the advancement of teaching Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  10. O Relatório Flexner serviu de base para a reforma da legislação universitária brasileira Lei 5540/1998 Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  11. Evolução das Escolas Médicas no Brasil América Espanhola- universidades já no início da colonização A Coroa Portuguesa- impedia o ensino superior no Brasil Filosofia e Teologia ministrados pelos jesuítas nos conventos. Após 1759, pelos franciscanos Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  12. Evolução das Escolas Médicas no Brasil Em 1808 1- Colégio Médico-Cirúrgico da Bahia 2- Escola de Cirurgia do Rio de Janeiro Em 1898 3- Escola de Medicina do Rio Grande do Sul 1912- Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, (em 1934, integra a USP) Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  13. Evolução das Escolas Médicas no Brasil Entre 1808 e 1959 27- faculdades de medicina no Brasil 12- Região Sudeste 09- Região Nordeste 05- Região Sul 01- Região Norte Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  14. Evolução das Escolas Médicas no Brasil Em 1956 24 escolas médicas 13 (54%)- criadas entre 1808 a 1948- 140 anos 11 (46%)- criadas entre 1948 a 1956- 8 anos Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  15. Evolução das Escolas Médicas no Brasil Na década de 60 Forte expansão da oferta de médicos Ampliação das instituições formadoras 35 novos cursos médicos Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  16. Evolução das Escolas Médicas no Brasil Na década de 60 Forte expansão da oferta de médicos Ampliação das instituições formadoras 35 novos cursos médicos Crescimento das instituições privadas de 4 para 20 Crescimento de 400%. Com acumulo nas regiões mais ricas e populosas, principalmente na Sudeste. Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  17. Evolução das Escolas Médicas no Brasil 40.809 médicos 80.113.000 habitantes 1/1963 Em 1965 (Brasil) 1 médico para cada 410 habitantes Em 2009 (São Paulo) Fonte: CREMESP/IBGE Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  18. Aumento de vagas particulares Medici 980 Lula 1590 Costa e Silva 980 FHC 1790 Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina Tabela 01

  19. Aumento de vagas particulares Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina Tabela 01

  20. Fonte CREMESP Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina Tabela 01

  21. Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina Tabela 01

  22. Evolução das Escolas Médicas no Brasil Fonte Ministério da Educação Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  23. Distribuição das Escolas Médicas, conforme a região geográfica Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina Tabela 01

  24. Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina Tabela 01

  25. Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina Tabela 01

  26. Médicos x População Médicos do |Estado de São Paulo, por titulo de especialista CREMESP- 2006 Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina Tabela 01

  27. Médicos x População Especialidades médicas no Estado de São Paulo CREMESP- 2006 Total 69,6 Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina Tabela 01

  28. Processo Ético-Profissional Os Conselhos Regionais de Medicina São criados por força de lei em 1958 Regulamentam o exercício da Medicina Tem poder de fiscalizar o exercício da profissão Competência para julgamentos ético-profissionais Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  29. Processo Ético-Profissional Ex officio Paciente Familiares Judiciário Promotoria CEM Médicos... arquivamento Não culpado denuncia processo condenado Penas: A, B, C, D, E conciliação Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  30. Processo Ético-Profissional Pena A- Advertência Confidencial em aviso reservado Pena B- Censura Confidencial em aviso reservado Pena C- Censura Pública em publicação oficial Pena D- Suspensão do Exercício Profissional por até 30 dias Pena E- Cassação ad referendum do CFM

  31. Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina Tabela 01

  32. Objetivos 1- Correlação estatística entre condições de funcionamento dos serviços de saúde vinculados ao ensino médico no Estado de São Paulo e denuncias apresentadas contra médicos ginecologistas e obstetras no CREMESP, no período de 2000 a 2005. 2- correlacionar condições envolvidas na formação dos médicos e denúncias. Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  33. TESE A formação médica deficitária do médico implica em maior número de denúncias no CREMESP Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  34. Métodos Estudo descritivo de coorte transversal, Período de tempo fechado, (2000 a 2005) Banco de dados levantado no CREMESP Condições de funcionamento dos serviços médicos Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  35. Métodos A1- pública até 1970 B1- privada até 1970 A2- pública 1971 a 1990 B2- privada 1971 a 1990 A3- pública após 1991 B3- privada após 1991 C- faculdades estrangeiras Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  36. Métodos Médicos denunciados no CREMESP por delitos tipificados no CEM, (1988) Avaliação dos hospitais escola no Estado de São Paulo Avaliação das escolas médicas de origem Perfil do médico Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  37. Métodos Os delitos foram classificados em: 1- delitos profissionais, (5º. 29, 57, 69) 2- delitos éticos, (demais artigos) Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  38. Grupo Número de sujeitos denunciados Número estimado de formados Proporção A1 4066 173437 2,34% A2 34 1952 1,74% A3 1 60 1,67% B1 3684 81714 4,51% B2 391 4400 8,89% B3 75 1340 5,60% C 81 — — Total 8332 262903 3,17% Número de médicos denunciados no CREMESP, por grupo de escolas médicas, Número estimado de formados e correspondente proporção de médicos denunciados em função do número de formados. Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina Tabela 01

  39. Momento de abertura da escola médica Escola Pública Particular Até 1970 2,34% 4,51% 1970 a 1990 1,74% 8,89% Após 1990 1,67% 5,60% Significância (p) 0,139 < 0,001 Resultados Aplicação do teste do qui-quadrado para proporções, para verificar possível diferença entre os 3 momentos de abertura de escolas médicas Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  40. Comparando Par de grupos B1 x B2 B1 x B3 B2 x B3 < 0,001 0,128 0,171 Resultados Teste do qui quadrado para proporções, ajustado pela correção de Bonferroni, para identificar as proporções diferentes Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  41. Momento de Criação Escola Pública Particular Até 1970 2,34% 4,51% 1971 em diante 1,74% 8,12% Significância (p) 0,392 < 0,001 Proporção de médicos denunciados, conforme o tempo de funcionamento das faculdades Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina Tabela 01

  42. Resultados Denuncias no CREMESP Por grupo de escolas médicas Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina

  43. Comparação entre hospital publico e privado Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina Tabela 01

  44. Comparação entre hospital publico e privado e supervisão do aluno Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina Tabela 01

  45. Escolas Privadas Escolas Públicas < Caracterização do delito Delitos Profissionais Delitos Éticos Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina Tabela 01

  46. conclusões 1- Foram instauradas 8333 denuncias no CREMESP, contra médicos ginecologistas e obstetras, entre 2000 e 2005. 2-A ginecologia e obstetrícia é uma das especialidades mais denunciadas no CREMESP, 12,09%. 3- Os tocoginecologistas provenientes das escolas privadas foram duas vezes mais denunciados no CREMESP, que os médicos das escolas públicas. 4- Os médicos provenientes das escolas autorizadas a funcionar mais recentemente tem oito vezes mais chance de serem denunciados no CREMESP . Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina Tabela 01

  47. conclusões 5- Os médicos provenientes de escolas privadas responderam mais por Delitos Profissionais que por Delitos Éticos. 6- A qualidade do preenchimento de prontuários médicos era pior nos hospitais privados. 7- Os internos nas escolas públicas possuíam mais preceptores e atendiam mais tempo sob supervisão, quando comparado com as escolas privadas. Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina Tabela 01

  48. conclusões Havia mais condições para a formação profissional dos alunos nas escolas públicas, quando comparado às escolas privadas. Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina Tabela 01

  49. Perfil do médico tocoginecologista denunciado no CREMESP Sexo masculino Até 45 anos de idade Até 20 anos de formado Graduados no Estado de São Paulo Sem Titulo de Especialista Sem Residência Médica Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina Tabela 01

  50. Denúncias no CREMESP Em obstetrícia - (Maioria das denúncias) - Envolvendo óbito fetal e materno Universidade de São Paulo- Faculdade de Medicina Tabela 01

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