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ESTILO GÓTICO IDADE MÉDIA
O termo gótico foi criado pelos renascentistas para denominarem um tipo de arquitetura compreendida por eles como bárbara, uma vez que destronou a arte clássica. Acabou sendo aplicado também para a escultura, pintura e ornamentação do período em que as obras arquitetônicas foram construídas. Entretanto, o termo, hoje em dia, já perdeu o sentido depreciativo que os renascentistas quiseram imprimir-lhe. O gótico refere-se a um determinado período que se inicia com um estilo arquitetônico revolucionário, o qual durou do Século XII ao XIV na maioria da Europa. Em alguns lugares, continuou persistindo até o Século XVI e, isoladamente, continuou-se a praticar a arte até o Século XVIII. Tendo aparecido na França, na região de Ile de France, onde se encontra Paris, o estilo gótico desenvolve-se dos séculos XII ao XVI. Ao lado do bizantino e do românico, o gótico é assim a última grande arte cristã da Idade Média. Inglaterra França Espanha
ARTE GÓTICA – ALTURA E LUZ O auge do desenvolvimento artístico da Idade Média, rivalizando com as maravilhas da Grécia e Roma antiga, foi a catedral gótica. De fato, essas “Biblias de pedra” superaram até mesmo a arquitetura clássica em termos ousadia tecnológica . Entre 1200 e 1500, os construtores medievais ergueram essas estruturas elaboradíssimas, com interiores atingindo uma altura sem precedentes no mundo da arquitetura.
O que tornou possível a Catedral gótica foram dois desenvolvimentos da engenharIa: abóboda com traves e suportes externos chamados arcobotantes, ou contrafortes. A verticalidade caracteriza a arquitetura gótica.
A aplicação desses pontos de apoio nos locais necessários permitiu trocar as paredes grossas com janelas estreitas por paredes estreitas com janelas enormes com vitrais Inundando de luz o interior. Os construtores usavam arco pontudo, ou arco de ogiva, que aumenta tanto a ilusão como a realidade da altura
Cada construção era supervisionada por um mestre construtor e por volta de 30 artesãos especialistas. Esses especialistas e alguns de seus mais habilidosos trabalhadores moviam-se de função em função aplicando lições aprendidas e passadas de um a um. Todos segmentos da população participava da construção. O mestre construtor atuava como um projetista, um artista e ainda como um artesão. Com o auxílio de réguas, compassos, esquadros e outras poucas ferramentas geométricas, ele fazia as plantas da catedral. A planta básica da catedral gótica pouco diferia das encontradas em catedrais de períodos anteriores.
PINTURA O estilo gótico de arquitetura caracterizava-se por grandes janelas que tomavam amplo espaço nas paredes em que, igrejas românicas, os artistas teriam pintado afrescos. Os artistas fecharam essas janelas com vitrais de lindas cores, que narravam histórias religiosas. No norte da Europa, a pintura de afresco decaiu neste período e muitos pintores dedicavam-se então a iluminuras. Eles ornamentavam as caras cópias manuscritas dos evangelhos e livros de oração. As cores e desenhos dos vitrais influenciaram os pintores de manuscritos góticos. Muitos destes artistas deram preferência aos azuis e vermelhos brilhantes que eram comuns nos vitrais. Dividiam suas figuras em compartimentos parecidos com os mesmos painéis dessas complexas janelas.
ESCULTURA As primeiras esculturas góticas apareceram em Paris, França. Os escultores fizeram trabalhos formais e estilizados, os rostos das figuras são humanos e naturais. Os túmulos esculpidos tornaram-se numerosos Com o declínio da construção das igrejas, escultores passaram a decorar seus interiores com altares e figuras de santos. Criaram figuras religiosas e gárgulas. Gárgulas são monstros em forma de pássaros que eram esculpidas para esconder canos por onde escoava água do telhado dos prédios góticos. Também usavam ferro para muitas finalidades decorativas como nos biombos; especialistas em metal produziram cálices e outros objetos usando filigranas, esmaltes e pedras preciosas. Artesãos esculpiram em marfim, relicários de igreja e outros objetos.
MÚSICA Ocupar-se de música era essencialmente elaborar uma filosofia musical, refletir sobre a função dos sons e, num plano secundário, compor melodias ou executá-las. BOÉCIO – “ A música é a ciência dos números que governa o mundo. Música Mundana – A música do mundo Música Humana – A harmonia entre corpo e alma, entre sensibilidade e razão. Tomada de consciência de estar em harmonia com o mundo.] Música Instrumentalis – que por meio da arte imita a natureza através dos instrumentos musicais.. Idéias Musicais: - Tudo é governado pela harmonia; Música = ciência de toda e qualquer proporção; Música das esferas;
A obra Carmina Burana transmitiu, por tradição, a obra do Arquipoeta (†c.1165), um latino anônimo, provavelmente da Renânia, que foi patrocinado pelo arcebispo de Colônia e chanceler de Frederico Barba-Ruiva, Reinaldo de Dassel. Sua obra mais famosa, Confessio, expressou os paradoxos e o brilho do renascimento cultural do século XII, com sua confiança na razão e na natureza. Nela sobressaem-se vigorosos impactos rítmicos. Na canção lamenta-se a pouca estabilidade da Fortuna, que, com seu sobe-e-desce, traz alegrias e desgraças para os homens: O Fortuna Ó Fortuna velut luna tal a Lua, statu variabilis uma forma variável! semper crescis Sempre enchendo aut decrescis Ou encolhendo: vita detestabilis Ó que vida execrável! nunc obdurat Pouco duras, et tunc curat Quando curas ludo mentis aciem De nossa mente as mazelas; egestatem A pobreza, potestatem A riqueza, dissolvit ut glaciem. Tu derretes ou congelas.