E N D
1. EDEMA AGUDO DE PULMÃO Paulo Roberto Cruz Marquetti
17. Tratamento Pré-hospitalar Ativar Sistema de Emergência
O2 a 100% sob máscara
Monitorização + oximetria
Via venosa
Eletrocardiograma
Nitroglicerina SL ou Spray + furosemida (se não houver hipotensão arterial)
18. Tratamento no Serviço de Emergência O2 100% + monitor + oximetria + via venosa
Cabeceira elevada + MMII em declive
Nitratos e diuréticos
Tratar a causa subjacente (HAS - ? PAD)
Corrigir fatores contribuintes
Restrição de fluidos e de sódio
Dosar BNP
19. Dosagem de BNP no EAP Resultado disponível em 15 minutos
Sensibilidade = 90% e Especificidade = 76%
VPP = 79% e VPN = 89%
Reduz tempo de internação de 12 para 3 dias
Reduz o custo de internação em 15%
BNP < 100 pg/ml – Improvável que seja I.C.
BNP 100 – 500 pg/ml – Pode ser I.C.
Outras causas: TEP, HAP 1ª, IRC, cirrose, TRH
BNP > 500 pg/ml – Deve ser I.C.
Grossman, S – emedicine.com/emerg/topic108.htm
20. Tratamento no Serviço de Emergência Torniquetes e sangria – melhor usar NG/NP
Antagonistas de cálcio – somente se há disfunção diastólica
IECA – captopril 25 mg SL
ß2 agonistas em spray – diminuem a taquicardia, arritmias e o trabalho cardíaco, e melhoram a função ventricular Terbutalina, albuterol e salbutamol
Teofilina e aminofilina – não indicadas por aumentarem o trabalho cardíaco, arritmias e isquemia
21. Edema agudo ou Asma ? “Shotgun Therapy”
Diurético + Beta-agonista
22. Tratamento Farmacológico Furosemida – 40-80 mg IV + 80-120 mg IV 1 hora após a dose inicial
Nitroglicerina SL ou Spray - 0,4-1,2 mg IV 20 mcg/m, ? 5-10 mcg cada 3-5 minutos
Nitroprussiato de sódio – 10-15 mcg/m até 30-50 mcg/m com PAS > 90 mmHg
Morfina 2-5 mg IV cada 10-15 minutos se PAS >/= 100 mmHg e FR >/= 20 mrm
23. Tratamento Farmacológico Inotrópicos positivos Dopamina 5 mcg/Kg/min -? até 20 mcg/kg/m Dobutamina 2,5 mcg/Kg/min ( ? até 10-40 mcg/Kg/min )
Peptídeo natriurético – Nesiritide ? PCP + vasodilatação arterial e venosa 2 mcg/Kg IV em 1 minuto ? 0,1 mcg/Kg/min Bolo 0,33 ml/Kg ? 0,1 ml/Kg/h
Levosimendana – Papel não estabelecido
24. Qual a Melhor Dose? 104 pts com EAP (74 anos) randomizados
O2 10 l/min com máscara + Morfina 3 mg IV + Furosemida 40 mg IV
Grupo A – DNI 3 mg IV cada 3 min. Grupo B – Furosemida 80 mg IV cada 15 min. DNI 1 mg/h + ? 1 mg/h cada 10 m.
Tto mantido até SpO2 >/= 96% ou PAM ? 30% ou < 90 mmHg
Intubação se SpO2 < 80% ou piora clínica
Cotter G. et al. Lancet 351:389-393, Feb 7, 1998.
25. Qual a Melhor Dose? PARÂMETRO GRUPO A GRUPO B p
Dose Furosemida 56 mg 400 mg -
Dose DNI 11,4 mg 1,4 mg -
Intubação+ VM 7 (13%) 21 (40%) 0,004
IAM 9 (17%) 19 (37$) 0,047
? PAM 19% 15% NS
? > 30% PAM 10% 13% NS
? FC (bpm) 15 9 0,024
SpO2 (%) 96 92 0,006
? FR (mrm) 11 5 0,001
26. Qual a Melhor Dose? Nitratos – Dose baixa – venodilatação ? pré-carga Dose alta – Dilatação arterial ? pós-carga ? isquemia
Grupo A – menos infarto menos intubação menos ventilação mecânica
27. Dúvidas Restantes Os resultados aplicam-se à nitroglicerina?
Qual o efeito de se usar ambos em dose alta?
Qual o efeito da morfina?
Doses altas combinadas reduziriam o DC pela excessiva redução da pré-carga?
29. VNI no EAP Cardiogênico Metanálise de 790 estudos até maio de 2005
Selecionados 17 estudos randomizados com EAP cardiogênico, totalizando 938 pacientes
7 estudos – Tratamento clínico x CPAP
3 estudos – Tratamento clínico x NIPPV
4 estudos – CPAP x NPPV
4 estudos – Tto clínico x CPAP x NIPPV
CPAP – Ventilação com pressão positiva contínua TC – Tratamento Clínico
NIPPV – Ventilação com pressão positiva não invasiva
30. Resultados CPAP x TC – Intubação ? 22% (p=0,0004)
Mortalidade ? 13% (p=0,0003)
Risco de infarto ? 1% (NS)
NIPPV x TC – Intubação ? 18% (p=0,01)
Mortalidade ? 7% (NS)
Risco de infarto ? 1% (NS)
CPAP x NIPPV – Intubação ? 3% (NS)
Mortalidade ? 2% (NS)
Risco de infarto ? 5% (NS)
Não houve diferenças entre os subgrupos com e sem hipercapnia ou entre os com PSV < ou > 10 cmH2O.
31. Conclusões CPAP tem menor custo e é mais fácil de usar.
CPAP reduz significativamente a mortalidade.
CPAP e NIPPV reduzem necessidade de intubação orotraqueal.
CPAP e NIPPV não aumentam o
risco de infarto do miocárdio.
Em pacientes hipercápnicos não
há diferenças entre CPAP e NIPPV.
32. VNI no EAP Cardiogênico Estudo prospectivo com 1069 pacientes randomizados, média etária de 78 anos
Tto padrão com O2 x CPAP x NIPPV
Sem diferenças significativas em 7 dias:
a) Mortalidade
b) Morte ou intubação
c) Tempo de internação hospitalar
d) Tto com O2 suspenso mais vezes pela piora gasométrica ou angústia respiratória
Gray, A. et al. – NEJM 2008 Jul 10 ; 359:142.
33. Prognóstico 84 pts com EAP cardiogênico
TnT dosada 6 e 12 h após admissão
< 0,1 ng/ml – sobrevida 3 anos 76% >/= 0,1 ng/ml – sobrevida 3 anos 29%
RR=2,31
P=0,001
Perna, E.R. et al. – Am Heart J. 143(5):814-820,2002