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CURSO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA EM CIRURGIA PEDIÁTRICA CIPERJ/CREMERJ. TRANSPLANTE RENAL NA CRIANÇA. Serviço de Transplante Renal do Hospital Pequeno Príncipe Curitiba, Paraná. Transplante renal - histórico. 1902-Ullman- AUTO-TRANSPLANTE EM CÃO (PESCOÇO)
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CURSO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA EM CIRURGIA PEDIÁTRICA CIPERJ/CREMERJ TRANSPLANTE RENAL NA CRIANÇA Serviço de Transplante Renal do Hospital Pequeno Príncipe Curitiba, Paraná
Transplante renal - histórico • 1902-Ullman- AUTO-TRANSPLANTE EM CÃO (PESCOÇO) • 1902- Carrel – nova maneira de suturar vasos – Premio Nobel • 1906- Jaboulay – xeno-enxerto (porco x humano) • 1909- Ernst Unger – xenoenxerto (macaco x humano) – começo da imunologia de transplante • Medawar – rejeição de enxeto de pele de coelhos não idênticos • Procura de métodos para evitar resposta celular (radiação, etc) • 1954- transplante renal entre gêmeos idênticos com sucesso. • Vários transplantes entre gêmeos realizados. • 1960- Calne – azathioprina –aumentou o sucesso de transplante em cães. Em seguida, transplante em humanos.
Primeiro transplante renal com sucesso 23/12/1954 Brigham Hospital – Boston – Joseph Murray (cir. plástico) e Hartwell Harrison (urologista)
Histórico 2 • 1960- Goodwin e Starzl – associação de Prednisona com azathioprina • Início do transplante entre doadores vivos não idênticos • Diálise ficou disponível – aumentou o número de candidatos a transplante renal. • 1968- Harvard – conceito de morte cerebral • 1970 – Kansas primeiro estado americano a reconhecer morte cerebral • 1970s- 1 ano de sobrevida de aloenxerto – 75% de doadores relacionados e 50% de doadores cadaveres • 1978- Calne – ciclosporina – melhora da sobrevida do aloenxerto
CAUSAS DE IRC • UROLÓGICAS • UROPATIAS OBSTRUTIVAS – 50% • REFLUXO • BEXIGA NEUROGÊNICA • VUP • MEGAURETER • NEFROLÓGICAS – 38% • DOENÇAS AUTO-IMUNES • MITOCODRIOPATIAS • DOENÇAS GENÉTICAS • NÃO DEFINIDAS – 11% Literatura americana
IRC • RAQUITISMO • DEFICIT DE DESENVOLVIMENTO FÍSICO • ACIDOSE CRÔNICA • HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO • ANEMIA CRÔNICA
TRATAMENTOS PARA IRC • TRATAMENTOS CLÍNICOS • DIETA • VITAMINA D • DRENAGEM VESICAL • HEMATOPOIETINA • DIÁLISE PERITONEAL • HEMODIÁLISE • TRANSPLANTE RENAL
DIÁLISE PERITONEAL • TODA A NOITE • DEPENDE DE CATETER PERITONEAL • RISCO DE INFECÇÃO RAZOÁVEL • PERDE A EFETIVIDADE COM O TEMPO POR MUDANÇAS ESTRUTURAIS DO PERITÔNEO. • EXPOLIA PROTEÍNAS • ESCLEROSE ENCAPSULANTE PERITONEAL (QUANDO ACIMA DE 5 ANO EM DP) • CATETER PODE PERFURAR ALÇAS INTESTINAIS
HEMODIÁLISE • FEITA DIA SIM DIA NÃO • NECESSITA DE FÍSTULA AV OU CATETER CENTRAL • FAV É O MELHOR MAS PODE TROMBOSAR E TECNICAMENTE PODE SER DIFÍCIL EM CRIANÇAS PEQUENAS • CATETER PODE TROMBOSAR OU INFECTAR • PODE DAR ENDOCARDITE • PUNÇÕES FREQUENTES PARA CATETER PODEM CAUSAR TROMBOSE/ESTENOSE DE CAVA SUPERIOR
QUANDO INDICAR O TRANSPLANTE • Clearance próximo de 20 ml/min • Iniciar o preparo • FAV • ESTUDO IMUNOLÓGICO DOS POSSÍVEIS DOADORES E DO PACIENTE PARA COMPATIBILIDADE (HLA, dR, ABO e Rh) • X MATCH
QUANDO TRANSPLANTAR • SE POSSÍVEL ANTES DE ENTRAR EM DIÁLISE (PREEMPTIVO) • MENOR RISCO DE CONTAMINAÇÃO • MENOS NECESSIDADE DE TRANSFUSÕES (PAINEL SE MANTEM BAIXO) • MELHOR DESENVOLVIMENTO PONDERO-ESTATURAL DOS PACIENTES • MENOS RAQUITISMO (E SEQUELAS DO MESMO) • MENOS REJEIÇÃO
QUADRO CLÍNICO • Alterações ósseas cranianas:Craniotabes; proeminência frontal; caput quadratum;atraso de fechamento de fontanela anterior
Ossos longos: alargamento das extremidades; deformidades: coxa vara, genu valgo e varo
PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO Doença de base ITUs de repetição Nefrectomia Hipertensão arterial
PROTOCOLO (CONTINUAÇÃO) Ultra-som Estudo urodinâmico
Avaliação pré-transplante • História e exame físico • Peso e tamanho – pode causar problema caso o rim seja desproporcionalment grande • Ultra-som • Espessura vesical* • Resíduo pós-miccional • Uretrocistografia miccional • Trabeculação • RVU de grau elevado • Ureteroceles ** • VUP • Estenose de uretra • Estudo urodinâmico • Pressão arterial - Nefrectomia? • ITUs de repetição - Nefrectomia? *Lucia Tafuro, Paolo Montaldo,Rita Iervolino et al 2009 BJUI BJU International *Yong Seung Lee, Hyun Jin Jung, Young Jae Im, Chang Hee Hong, Sang Won Han Journal of Pediatric Surgery (2012) 47, 1682–1687
Pacientes com bexiga neurogênica que evoluem para IRC • Bexiga neurogênica • Baixa complacência • Baixa capacidade • Não responsivos ao tratamento com anticolinérgicos e cateterismo intermitente limpo • Estes pacientes, após avaliação urodinâmica adequada são submetidos a ampliação vesical e condutos de cateterização (Mitrofanoff) como forma de preparo para o transplante
Bexiga de válvula • Válvula de uretra posterior • Bexiga de baixa complacência • Bexiga de volume inferior ao esperado • Bexiga hipotônica • Colo vesical rígido
VUP ** poliúrico
Bexiga de válvula • Quando poliúricos e com IR • Mitrofanoff e cateterismo noturno • A maior parte melhora podendo sair da diálise • Retarda o transplante • Obs: a drenagem noturna também funciona bem para os pacientes com bexiga neurogênica M.T. Nguyen, C.L. Pavlock and M. Zdericet al., Overnight catheter drainage in children with poorly compliant bladders improves post-obstructive diuresis and urinary incontinence, J Urol174 (2005), p. 1633
Casos especiais • Pacientes anúricos ** • História pregressa • História de urge-incontinência • História de ITUs de repetição • RVU de grau elevado • Tipo de doença • Doenças auto-imunes • Trauma ** Nestes pacientes a avaliação urodinâmica pode ser difícil. Os dados clínicos são mais fidedignos
Luis Gustavo • PACIENTE COM 5 ANOS, DERIVADO AO NASCIMENTO (PIELOSTOMIA BILATERAL) • EM HEMODIÁLISE
ESTUDO 3 MESES APÓS REFUNCIONALIZAR PARCIALMENTE A BEXIGA(SOBER) E JÁ TOMANDO OXIBUTININA E DOXASOZIMA
Correções cirúrgicas • Baixa capacidade e baixa complacência • Ampliação vesical • Micção obstrutiva/ incoordenada/resíduo elevado • Cateterismo intermitente limpo • Mecanismos de cateterização • Mitrofanoff • Monti • Incontinência urinária • Colo vesical aberto • Esfíncter incompetente • Cirurgias sobre o colo vesical
Achados que necessitam atenção e talvez precisem de alguma cirurgia pré-transplante • Hipertensão arterial resistente ao tratamento – binefrectomia • RVU de alto grau (IV/V) nefrectomia/reimplante/Mitrofanoff com o ureter • Síndrome nefrótico – binefrectomia (discutível)
Cirurgia sobre o colo vesical • Young-Dees • Sling • Simples • Associado a técnica de Mitchell • Salle
Cirurgia realizada • Ampliação vesical • Ileo- 21 • Ureter – 6 • Colon – 5 • Estômago – 3 • Colo vesical – 16 • Mitrofanoff - 35 • Idade – 9,5 ± 4,4 anos ** Comparando os resultados com os pacientes sem ampliação não houve diferença na sobrevida do enxerto ** Diferenças metabólicas tratadas clinicamente
Momento em que fazer a cirurgia de ampliação • Pré transplante • Menos comorbidade no PO do transplante • No transplante • Possível • Maior risco de infecção – aneurisma micótico • Maior morbidade • Após o transplante • Possível • Maior risco de infecção • Menor risco para o enxerto
FATORES PREDITIVOS DE INSUCESSO • TEMPO DE DIÁLISE ANTES DO TRANSPLANTE • INCOMPATIBILIDADE HLA
DOADOR VIVO X CADÁVER • Analisados 220 pacientes • 161 doadores vivos relacionados • Rejeição crônica – 7,45% • Rejeição aguda - 5,59% • 59 doadores cadáver • Rejeição crônica - 10,53 • Rejeição aguda – 8,62% P=0,25
DOADOR VIVO X CADÁVER Obs- 2002 a 2005 – residente e depois voluntária extremamente comprometida com o programa de transplante renal – fator humano é fundamental. De 2010 a 2012 a oferta e rins de cadáveres aumentou por causa da legislação
Curva atuarial 2000-2009 1989-1999 Para os transplantes do período de 1989-1999 a taxa de sobrevida do enxerto em 5 anos é de 67,80%. Já para os transplantes do período de 2000-2009, esta taxa em 5 anos é de 81,26%(p=0,047).
Porque? • Legislação favorece a criança – cadáveres abaixo de 18 anos têm proridade para crianças • Está havendo maior oferta de rins/orgãos para crianças • Captação melhorou • Maior empenho da Secretaria do Estado do Paraná • Maior número de retiradas de doadores cadáver • Maior disponibilidade da equipe de transplante (maior número de pessoas treinadas envolvidas)
PORTARIA Nº 2.600, DE 21 DE OUTUBRO DE 2009 Aprova o RegulamentoTécnico do Sistema Nacional de Transplantes. • CAPÍTULO V • DA SELEÇÃO DE DOADORES FALECIDOS E POTENCIAIS RECEPTORES E DA DISTRIBUIÇÃO DE ÓRGÃOS, TECIDOS OU PARTES DO CORPO HUMANO • Seção I • Módulo de Rim • Art. 59. Exceto nos casos de 0 incompatibilidade, quando o doador tiver idade menor que ou igual a dezoito anos, serão, primeiro e obrigatoriamente, selecionados potenciais receptores, com idade igual ou menor que dezoito anos, utilizando a pontuação apurada no exame de compatibilidade no sistema HLA e demais critérios ora fixados.