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NUTRIÇÃO NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA. ÁDILA KELLY. A importância da terapia nutricional no tratamento de pacientes com IRC é reconhecida há várias décadas. Só mais recentemente o papel do acompanhamento nutricional para esses pacientes adquiriu uma conotação mais ampla. .
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NUTRIÇÃO NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA ÁDILA KELLY
A importância da terapia nutricional no tratamento de pacientes com IRC é reconhecida há várias décadas. Só mais recentemente o papel do acompanhamento nutricional para esses pacientes adquiriu uma conotação mais ampla.
A intervenção dietética não apenas visa ao controle da sintomatologia urêmica e dos distúrbios eletrolíticos, mas também atua em doenças como o hiperparatireoidismo secundário, a desnutrição energético-protéica e nas várias alterações metabólicas que esses pacientes apresentam.
Ingestão alimentar deficiente • A ingestão deficiente de energia e proteínas tem sido colocada como a maior causa de desnutrição dos pacientes em hemodiálise; • As disfunções gastrintestinais,uremia, anorexia levam a deficiência na ingestão alimentar.
Avaliação Nutricional • A avaliação nutricional tem como objetivo identificar as causas de risco ou deterioração do estado nutricional; • Deve ser baseada em múltiplos métodos como: • Métodos subjetivos; • Métodos objetivos; • Laboratoriais; • Avaliação da ingestão alimentar.
Perdas de nutrientes no dialisato • As perdas durante o processo hemodialítico podem ser um fator para desnutrição; • São perdidos: • Aminoácidos – 5 a 8 g; • Glicose – 26 ou 30 g; • Vitaminas B1, B2,e B6, ácido ascórbico e ácido fólico.
As modificações na dieta de pacientes com IRC se devem á incapacidade dos rins de executar adequadamente os resíduos metabólicos, o que faz necessário monitorar a quantidade de proteínas, líquidos, sódio, potássio e fosfato ingeridos para manter a homeostase do organismo.
Recomendações Nutricionais • Hemodialítico: • Quilocaloria (Kcal/kg) é em torno de 35 a 40 Kcal/kg; • Carboidratos de 50 a 60%; • Proteína de 1,2 g/kg; • Lipídios de 25 a 35%; • Sódio de 1 a 3 g; • Potássio de 1 a 3 g; • Fósforo de 800 a 1200 mg; • Cálcio de 1000 a 1500 mg.
Recomendações Nutricionais • Alimentos fontes: • Proteínas: carnes, ovos,leite, queijos, feijões, aveia, amendoim,cacau, soja e seus derivados; • Gorduras: dê preferências para azeite de oliva. E evite gorduras animais e frituras; • Carboidratos: arroz, macarrão, açúcar, pão,batata;
Recomendações Nutricionais • Alimentos fontes: • Potássio: evitar frutas secas, extrato de tomate, caldo de cana, oleaginosas, chocolate, caldas de compotas de fruta, sucos de frutas concentrados, frutas como banana nanica ou prata, melão, laranja, carambola, kiwi, mexerica, mamão;e vegetais como couve, acelga, espinafre, brócolis, beterraba; • Cálcio: o consumo de cálcio na alimentação é prejudicado devido os alimentos fonte de cálcio( leite e derivados) serem ricos em sódio, proteína e fósforo; • Fósforo: consumir com moderação leite, gema de ovo, vísceras, castanhas, chocolate, refrigerantes, sardinhas em conserva, bacalhau e peixes salgados.
Sódio: evitar o máximo. Para melhorar palatabilidade do alimento usar temperos como orégano, alho, vinagre, cebolinha, limão, salsinha, tomate, manjericão, folhas de louro, etc.; • Água: geralmente a recomendação de ingestão hídrica é de 700 a 1500 ml /dia; • Fibras: são importantes para o tratamento dialítico, pois melhoram a tolerância á glicose e reduzem os níveis plasmáticos de LDL.
A mudança no comportamento alimentar é fundamental para a melhora no quadro metabólico e consequentemente melhoria da qualidade de vida do paciente.
Referências Bibliográficas • Riella, M.C; Martins, C. Nutrição e o rim. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. • Portero, K.C.C. Terapia Nutricional em Pacientes com Insuficiência Renal Crônica. Revista Nutrição em Pauta. Set/out.;2005. • CUPPARI, L. AVESANI, C.M. MENDONÇA, C.O.G. MARTINI, L.A. MONTE, J.C.M. Doenças Renais. In: CUPPARI. L. Guias de medicina ambulatorial e hospitalar unifesp-escola paulista de medicina; 2°ed. Manole; 2007 p.189-211. • LEÃO, L.S.C.S. GOMES, M.C.R. Manual de nutrição clínica; 5.ed. revisada e ampliada, Petrópolis-RJ: Vozes; 2006.p.194-197.