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Políticas Públicas Ambientais. Alessandra Carvalho Bárbara Coelho Bernardo Henrique Igor Malta Paula de Araújo. Histórico. 1- Fase Sanitarista: prioridade: meio urbano, muita ação, pouca legislação, nenhuma participação. 2- Ordenamento dos Recursos Naturais
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Políticas Públicas Ambientais Alessandra Carvalho Bárbara Coelho Bernardo Henrique Igor Malta Paula de Araújo
Histórico • 1- Fase Sanitarista: • prioridade: meio urbano, • muita ação, • pouca legislação, • nenhuma participação. • 2- Ordenamento dos Recursos Naturais • Código de Águas (10/07/1934) • - Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica • Código de Minas (29/01/1940) • - Departamento Nacional de Produção Mineral • Código Florestal (15/09/1965) • Código de Caça (03/01/1967) • - Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal • Código de Pesca (28/02/1967) • - Superintendência do Desenvolvimento da Pesca
Histórico • 3 - Gestão Ambiental (1972-1992) - Comando & Controle • Decreto n 73.030, de 30/10/1973 • - MINTER/Secretaria Especial do Meio Ambiente • Lei n 6.938, de 31/08/1981 • - Sistema Nacional do Meio Ambiente • 4 - Desenvolvimento Sustentável • Acordos e Convenções • Agenda 21 • - Comissão de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21
Desenvolvimento das Políticas Ambientais • Segundo Magrini, as políticas ambientais no Brasil se desenvolveram sob três óticas: • A ótica corretiva (preponderante nos anos 1970), • A ótica preventiva (preponderante nos anos 1980) e, • A ótica integradora (característica dos anos 1990), que fornece a base teórica para a elaboração das ações políticas ambientais atuais.
A ótica Corretiva Anos 70
Desenvolvimento das Políticas Ambientais • Temas predominantes na década de 70: • Fomento à exploração de recursos naturais • Desbravamento do território • Saneamento Rural • Educação Sanitária • Interesses econômicos internos e externos • Em 1973, pouco depois da Conferência de Estocolmo, foi criada no Brasil a Secretaria Especial de Meio Ambiente (Sema), órgão especializado no trato de assuntos ambientais sob a coordenação do Ministério do Interior.
Desenvolvimento das Políticas Ambientais • SEMA – Modelo de Política Ambiental adotado pelo Brasil • Controle da poluição. • Criação de unidades de preservação da natureza. • Nesse modelo foram deixados de lado o crescimento populacional e o saneamento básico. • Era executado de forma descentralizada por órgãos estaduais.
Desenvolvimento das Políticas Ambientais • Na época da ditadura, foram criados grandes projetos em meio aos Planos Nacionais de Desenvolvimento (PNDs) que foram responsáveis pela destruição dos principais ecossistemas brasileiros. • Em Agosto de 1981, a Lei federal 6.938 criou o Sistema Nacional de Meio Ambiente. Essa Lei estabeleceu os objetivos, princípios, diretrizes, instrumentos, atribuições e instituições da política ambiental nacional.
A ótica Preventiva Anos 80
Desenvolvimento das Políticas Ambientais • Lei Federal 6938/81 (SISNAMA): • “a preservação ambiental propícia à vida, visando assegurar, no país, condições para o desenvolvimento sócio-econômico, os interesses da segurança nacional e a proteção da dignidade da vida humana” • Objetivos: avaliação de impactos ambientais, o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, procedimentos esses ratificados e assegurados na Constituição Federal de 1988. • Instrumentos de mercado influentes sobre a função de custo dos produtores-usuários de meio ambiente e indutores de racionalidade ecológica desses agentes sociais: incentivos fiscais, apoio governamental à produção de equipamentos antipoluição, etc.
Desenvolvimento das Políticas Ambientais • Poucos anos depois da criação do Sisnama, o Presidente José Sarney (1985-89) deu início à redefinição da política ambiental brasileira, através da reestruturação dos órgãos públicos encarregados da questão ambiental. Através do programa Nossa Natureza, foram unificados o Sudepe (pesca), o Sudhevea (borracha), o IBDF (Desenvolvimento florestal) e a Sema (meio ambiente) em torno de um único órgão federal: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama). • É nos anos 80 que nasce o conceito de Desenvolvimento Sustentável
Desenvolvimento das Políticas Ambientais • No cenário internacional, a partir da Convenção de Viena (1985), uma nova ótica sobre a questão ambiental, agora preventiva, caracterizaria a década de 1980. Seus principais objetivos eram o de proteger a saúde humana e o meio ambiente contra os efeitos adversos possivelmente resultantes das atividades que modificavam a camada de ozônio, tais como o aquecimento global, o derretimento das calotas polares e a proliferação de doenças como o câncer de pele. De acordo com este novo enfoque, o mecanismo de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) – instrumento típico de prevenção – tornou-se uma condição a ser cumprida para obtenção de concessões para implantação de projetos possivelmente nocivos ao meio ambiente.
A ótica integradora Anos 90
Desenvolvimento das Políticas Ambientais • A ótica preventiva da política ambiental dos anos 1980 cedia lugar a uma nova ótica, agora integradora que passava a combinar os aspectos econômicos e sociais com os ambientais, em busca tanto da preservação do meio ambiente, como também de formas mais racionais de utilização dos recursos naturais com vistas à preservação das gerações futuras.
Desenvolvimento das Políticas Ambientais • (Conferencia das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento), conhecida como Eco-92, realizada no Rio de Janeiro, Brasil. • Esse evento significou para o Brasil ter que enfrentar a crise ambiental e ao mesmo tempo retomar o desenvolvimento, fortalecendo a democracia e a estabilidade da economia.
Desenvolvimento das Políticas Ambientais • Foi criada a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República, transformada mais tarde em Ministério do Meio Ambiente (MMA). • Agenda XXI • Desenvolvimento Sustentável (urbano e rural) • Biodiversidade • Mudanças Climáticas • Águas (doces e oceanos) • Resíduos (tóxicos e nucleares)
Agenda XXI • Principal resultado da conferência Eco-92 • estabeleceu a importância de cada país a se comprometer a refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não-governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas sócio-ambientais.
Desenvolvimento das Políticas Ambientais • Em 1998, foi aprovada a Lei de Crimes Ambientais no Brasil, uma das mais avançadas do mundo. Condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente passaram a ser punidas civil, administrativa e criminalmente. • A Lei não trata apenas de punições severas: ela incorpora métodos e possibilidades de não aplicação das penas, desde que o infrator recupere o dano ou, de outra forma, pague sua dívida à sociedade.
Desenvolvimento das Políticas Ambientais • Em 2002, foi realizada em Johannsburg, África do Sul, a Conferência Ambiental Rio +10. . A discussão incidiu sobre ações mais voltadas à erradicação da pobreza, à globalização e às questões energéticas, tais como o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e o Protocolo de Kyoto, bem como às mudanças climáticas, entre outros.
Exemplos Projeto de Recuperação Florestal de Áreas Degradadas do Médio Rio Doce Parceria entre Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e do Instituto Estadual de Florestas (IEF) com a Organização Internacional de Madeiras Tropicais
Projeto de Recuperação Florestal de Áreas Degradadas do Médio Rio Doce • Início em 2004. • Ações do projeto: • Recuperação de Micro bacias tributárias do Rio Doce. • Mobilização e educação ambiental da comunidade em prol da Conservação e Recuperação Florestal; • Capacitação dos produtores rurais em tecnologias de produção de mudas, extensão florestal, recuperação de áreas degradadas; • Produção de mais de 150.000 mudas em viveiros comunitários, • Mais de 500 hectares de áreas em processo de recuperação; • Estudos para manejo em 100 hectares de Aroeira; • Introdução de novas alternativas de renda nas comunidades como turismo rural e produção de mudas.
Projeto de Recuperação Florestal de Áreas Degradadas do Médio Rio Doce • Resultados: • Produzidas mais de 200 mil mudas de essências nativas, para a recuperação das áreas. • Capacitação de mais de 200 pessoas, entre produtores rurais, professores rurais, parceiros e técnicos, em 09 cursos realizados, sendo previstos ainda mais 06 cursos até 2011. • Recuperação de mais de 500 hectares de áreas degradas . A estimativa, para todo o período do projeto é de recuperação de 1.000 hectares de áreas degradadas nas micro bacias. • Atualmente cerca de 200 famílias foram beneficiadas, mas são previstas até 300 famílias.
Conservação do Cerrado e Recuperação da Mata Atlânticaem MG Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) por meio do Instituto Estadual de Florestas (IEF)
Conservação do Cerrado e Recuperação da Mata Atlânticaem Minas Gerais • Meta: • Expansão da cobertura vegetal natural em 2% da área total do Estado. • Ações do projeto: • Promoção do desenvolvimento tecnológico da silvicultura de espécies nativas; • Ampliação das áreas de vegetação nativa e recuperação de áreas degradadas. • Criação e implantação de áreas protegidas. • Efetivação do uso público de unidades de conservação. • Ampliação das áreas de vegetação nativa e recuperação de áreas degradadas. • Bolsa Verde. • Prevenção e combate a incêndios florestais. • Monitoramento eletrônico do transporte do carvão vegetal. • Travessia meio ambiente.
Revitalização do Rio das Velhas - Meta 2010 Parceria entre o Governo do Estado de Minas, das Prefeituras dos municípios localizados na bacia, da sociedade civil organizada e da população em geral.
Revitalização do Rio das Velhas – Meta 2010 • Iniciou com o projeto “Manuelzão desce o Rio das Velhas”. • O lançamento de esgoto sanitário doméstico sem tratamento foi identificado como a principal causa da degradação. Os Ribeirões Arrudas e Onça são os principais responsáveis. • O principal objetivo do Projeto é elevar a qualidade das águas, passando a enquadrá-las na “Classe II”. (Águas destinadas ao abastecimento doméstico após tratamento convencional, às atividades de lazer (natação e mergulho), irrigação de hortaliças e plantas frutíferas e para a criação de peixes (aqüicultura).)
Revitalização do Rio das Velhas – Meta 2010 • Ações do projeto: • Implementação de obras de saneamento nas principais sub-bacias da Região Metropolitana de Belo Horizonte que fazem parte da bacia hidrográfica do rio das Velhas • Projetos de intervenções de saneamento; • Eliminação de lançamentos de esgoto em redes pluviais ou córregos; • Ampliação da coleta de esgotos (inclusive implantação de interceptores e elevatórias); • Implantação de Estações de Tratamento de Esgoto (inclusive implantação do tratamento secundário da ETE Onça); • Revitalização de fundos de vales; • Recuperação das matas ciliares; • Integração da rede de monitoramento da qualidade da água e estudos de viabilidade para a implantação de navegação turística entre Sabará e Fazenda Jaguara Velha.
Conclusões A preocupação da sociedade brasileira com as questões ambientais tem experimentado um grande e saudável incremento, em função: do esforço governamental realizado nessa área, ação dos meios de comunicação e dos formadores de opinião, aguçamento da percepção das massas urbanas sobre os prejuízos, os riscos e os desconfortos da degradação ambiental.
Conclusões Pressões da comunidade internacional em torno do controle de impactos e atividades impactantes, potencialmente contributivas para a perda de qualidade do ambiente global e de sustentabilidade do desenvolvimento. O Estado brasileiro tem buscado – sob pressão da sociedade e com as limitações impostas pela conjuntura econômica adversa - a consolidação de uma base jurídica apropriada, da montagem e fortalecimento da infra-estrutura administrativa necessária, do lançamento de programas nacionais e da implementação de ações orientadas para a melhoria continuada e a manutenção da qualidade ambiental.
Conclusões A sociedade civil, sob as suas diversas formas de organização, tem participado ativamente desse processo, tanto na realização de projetos próprios de conservação ambiental, quanto na formulação e implementação da Política Nacional do Meio Ambiente em vários níveis do Poder Público. A mudança da atitude empresarial em relação à questão do meio ambiente é uma das transformações mais significativas dos últimos anos. Atualmente, essa atitude tende a ser pró-ativa, com a adoção de códigos voluntários de conduta, tecnologias mais limpas, a realização de auditorias ambientais periódicas e enquadramento às normas internacionais (gestão ambiental e produtos).
Conclusões A política externa ambiental vem ocupando, nos últimos anos, uma posição destacada no conjunto das políticas públicas brasileiras. O Brasil é Estado-parte das mais importantes convenções e acordos internacionais sobre matéria ambiental celebrados nos últimos anos e partícipe ativo dos processos de negociação onde ainda não existem instrumentos jurídicos internacionais adequados.
Conclusões Nos anos seguintes a 1985 - com a retomada do processo democrático, a abertura à sociedade da discussão da questão do ambiente, o aumento das pressões externas e até a magnitude assumida pela degradação ambiental - , a problemática do meio ambiente adquiriu uma grande visibilidade. O Plano Nacional de Desenvolvimento da Nova República, 1985-1989, contemplou com um capítulo específico a política ambiental.
Conclusões Desse período - e até 1996 - as ações de governo passaram a ser desenvolvidas à base de programas especiais, tais como o Programa Nacional do Meio Ambiente, Programa Nossa Natureza, Programa Piloto de Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG7), quase sempre financiados à base de Acordos de Empréstimo ou de doação firmados com agência internacionais ou multilarais de crédito. A partir de 1997, o Plano Plurianual - PPA, principal instrumento de planejamento estratégico do País, incorpora, com título próprio, a área governamental de meio ambiente.
Conclusões A comunicação ambiental, via mídia impressa, também está crescendo no Brasil, com várias publicações ligadas a organizações não-governamentais, outras independentes e um grande número delas ligadas à Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental - RBJA, que vem contribuindo para a integração de comunicadores de todo o País, possibilitando a troca de pautas, fontes e informações, e também para a incorporação de novos comunicadores à área.
Conclusões As prioridades brasileiras nessa área se orientaram, em um primeiro momento, para a formação de massa crítica com que introduzir a matéria no sistema educacional e implementar programas de Educação Ambiental em larga escala. Em 1977, teve início a inserção da temática ambiental na grade curricular do ensino de 1 e 2 graus em todo o País. A partir daí, a Educação Ambiental ingressou e ampliou-se no sistema de ensino, nos meios de comunicação, conquistou espaço nos programas de capacitação de pessoal das universidades e centros de pesquisa.
Conclusões Em 1999, esse estímulo foi reforçado com a decretação de uma Política e de um Programa Nacional de Educação Ambiental, conduzido pelo Ministério do Meio Ambiente, orientado basicamente para a educação não-formal e com o propósito de, entre outras ações, proceder à montagem de pólos de educação ambiental no país, dirigidos para a difusão de “boas práticas”, e ampliar ainda mais a participação da sociedade na gestão do meio ambiente.