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CÂNCER DE PRÓSTATA. Pré-teste. INTRODUÇÃO. Doença maligna, sendo o tumor sólido não cutâneo mais comum nos homens acima de 50 anos Alta incidência – países escandinavos, Canadá. Baixa em países orientais (China) Maior incidência em negros 2:1
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INTRODUÇÃO • Doença maligna, sendo o tumor sólido não cutâneo mais comum nos homens acima de 50 anos • Alta incidência – países escandinavos, Canadá. Baixa em países orientais (China) • Maior incidência em negros 2:1 • Após utilização de screeening PSA → 80% dos casos são diagnosticados como doença local • Anteriormente 70 a 80% de diagnósticos se davam por sintomatologia (doença avançada)
EPIDEMIOLOGIA • Incidência elevando-se a partir dos 45 anos com pico na sétima década. • Relação com história familiar (+) • 1 parente → 3X (primeiro grau) • 2 parentes → 5X • 3 parentes → 11X
EPIDEMIOLOGIA • Dieta gordurosa → maior biodisponibilidade de testosterona → maior incidência de CaP • Fatores protetores → selênio, vit E, licopenos (todos são antioxidantes), genisteínas (isoflavona)
HISTÓRIA NATURAL DO CaP • Tempo de duplicação tumoral é 2 a 4 anos com aparecimento da metástase óssea (MO) após 10 a 12 anos • Após surgimento de MO sobre-vida de 20 a 30 meses
HISTÓRIA NATURAL DO CaP • 40% dos homens entre 40 e 60 anos terão focos microscópicos de CaP • 10% desenvolverão doença clínica e 3 a 5% morrerão de CaP • Excesso de detecção e tratamento?
HISTÓRIA NATURAL DO CaP • TESTOSTERONA → proliferação da célula neoplásica → progressão da doença • Castração na puberdade tem menor incidência de CaP
HISTÓRIA NATURAL CaP • Incidência na zona periférica de 85%
QUADRO CLÍNICO • Geralmente assintomático nas fases iniciais • Os sintomas, quando presentes, podem ser devidos a HPB (associado): • Sintomas LUTS irritativos e obstrutivos • Fase tardia da doença: hematúria, RUA, dores ósseas, linfadenopatia, caquexia, dor por compressão raquimedular, anemia, fraturas patológicas
DIAGNÓSTICO • RASTREAMENTO: • A partir dos 40 / 45 anos. • Toque retal e PSA • Detecção mais precoce da doença (fase assintomática) → maior chance de cura • Redução de custos de tratamento
DIAGNÓSTICO • PSA • Sensibilidade de 58% a 92% • Especificidade de 40% a 84% • TOQUE RETAL • Valor preditivo positivo de 22 a 34%
DIAGNÓSTICO • PSA (Antígeno prostático específico) • Protease do fluido seminal. • Função: liquefação do sêmen. • Produzido pela célula prostática / Mínima quantidade: • Glândulas parauretrais; tec. mamário (normal ou neoplásico); líquido amniótico; neoplasia ovariana. • PSA: é um marcador órgão específico e não doença específica. • Eleva-se na prostatite, CaP, HPB
DIAGNÓSTICO • Diminuem PSA: finasterida (50% em 6 meses) dutasterida (50% em 1 ano) / análogo LH-RH (em 90 dias); ATB reduz em 30% (prostatites)
DIAGNÓSTICO • PSA • De 2,5 a 4,0 ng/mL → risco CaP 13% a 22% • De 4,1 a 10 ng/mL → risco de CaP 27% a 33% • >10 ng/mL → risco acima de 50% • Valores acima de 10: sugestivo de doença com invasão extra-capsular • Valores acima de 20: sugestivo de doença a distância
DIAGNÓSTICO • PSA (AJUSTAMENTOS) • Isoforma de PSA: relação do PSA L/T • Se maior que 25% → sugere doença benigna • Se menor que 10 % → sugere CaP em 60% dos casos
DIAGNÓSTICO • Vel. de elevação do PSA • Para PSA entre 4 e 10 ng/mL: • Se > 0,75 ng/mL/ano → sugestivo de CaP • Para PSA entre 2,5 a 4,0 ng/mL: • Se > 0,4 ng/mL/ano -> sugestivo de CaP (3 aferições em período de 2 anos) • PSA x idade • 40 a 49 anos (até 2,5) 60 a 69 anos (até 4,5) • 50 a 59 anos (até 3,5) 70 a 79 anos (até 6,5)
DIAGNÓSTICO • Densidade de PSA: • Relação entre o PSA sérico e volume prostático por US. • Para pacientes com PSA entre 4 e 10 ng/ml • Densidade > 0,15 -> maior risco de CaP.
DIAGNÓSTICO • TOQUE RETAL: • Alterações no TR significa CaP em 15 a 40% dos casos • Nódulo endurecido • Consistência endurecida / próstata pétrea • Diferenciar de HPB, cálculo prostático, TB, prostatite, flebólitos intestinais, pólipos ou tumores retais
DIAGNÓSTICO • BIÓPSIA DE PRÓSTATA • Deve ser realizada em todos os casos suspeitos • TOQUE RETAL ALTERADO • ALTERAÇÃO DO PSA • Exame padrão ouro para diagnóstico de CaP • Exame de pelo menos 13 fragmentos
DIAGNÓSTICO • HISTOLOGIA: • 97 % é do tipo adenocarcinomaacinar • Gradação de GLEASON • Baseado no desarranjo da arquitetura glandular e alterações citológicas • Variação de 1 a 5 • Grau dominante (mais freqüente) + maior grau (ou secundário) • EX: gleason 3+4 / gleason 4+3 • Contagem final • 2 a 5 → baixo grau 6 → grau intermediário • 7 a 10 → alto grau
DIAGNÓSTICO • OUTRAS ALTERAÇÕES DA BIÓPSIA: • ASAP (alterações atípicas de pequenos ácinos) • Caso suspeito sem critério suficiente para diag. • NIP (neoplasia intra-epitelial prostática) • Lesões atípicas do epitélio que podem evoluir para câncer • Prostatites, hiperplasia nodular, atrofia • Casos de NIP ou ASAP considerar re-bx ou imunohistoquímica.
TRATAMENTO • DOENÇA LOCALIZADA: • VIGILÂNCIA ATIVA • CaP indolente • < 3 frag (+) e com menos de 50% acometimento • PSA < 10 e gleason < 6 • Estágio T1c • TR e PSA 6/6 meses e BX anual • Se mudança de padrão → tratar
TRATAMENTO • PROSTATECTOMIA RADICAL • Expectativa de vida > 10 anos • Ausência de contra-indicações para cirurgia • Consentimento do paciente (quanto complicações ex. Disfunção erétil, incontinência urinária) • CIRURGIA ABERTA (via retropúbica, perineal) LAPAROSCÓPICA, ROBÓTICA • RADIOTERAPIA • RxT pélvica conformacional 3D • RxT pélvica convencional • Complicações retite, cistite actínica
TRATAMENTO • CRIOTERAPIA • BRAQUITERAPIA
TRATAMENTO CIRÚRGICO • RECIDIVA BIOQUÍMICA: • Após cirurgia de prostatectomia radical • Elevação do PSA > 0,2 ng/mL. • O PSA deve cair para zero ou próximo a este valor após a PR. • Recidiva precoce (< 6 meses) -> metástase a distância • Recidiva tardia (> 1 ano) -> doença locorregional • Após RxT: • Recorrência quando PSA > PSA nadir + 2
TRATAMENTO • DOENÇA AVANÇADA: • PSA muito elevado ( Ex: > 50 / 100 / 500 / 1000) • Cintilografia óssea + • Metástases - lifonodos / visceral • TR próstata fixa, pétrea (T4)
TRATAMENTO • BLOQUEIO HORMONAL: • 1 LINHA: • Cirurgia → orquiectomia subcapsular bilateral • Análogos LHRH: • GOSERELINA • LEUPROLIDE • Antiandrogênicos: • CIPROTERONA • FLUTAMIDA, BICALUTAMIDA
TRATAMENTO • Estrógenos • DIETILESTILBESTROL • Cetoconazol
TRATAMENTO CIRÚRGICO • QUIMIOTERAPIA: • Nos casos de doença metastática refratária a terapia de bloqueio hormonal • O CaP é pouco sensível a QT