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Universidade Paranaense – UNIPAR Curso de Enfermagem Campus de Francisco Beltrão

Universidade Paranaense – UNIPAR Curso de Enfermagem Campus de Francisco Beltrão. Esquizofrenia Enfª Luana Canci. Introdução.

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Presentation Transcript


  1. Universidade Paranaense – UNIPAR Curso de Enfermagem Campus de Francisco Beltrão Esquizofrenia Enfª Luana Canci

  2. Introdução • A esquizofrenia é um transtorno de etiologia desconhecida. No decorrer dos anos, numerosos sinais e sintomas diferentes foram descritos para definir a sua caracterização clínica e separá-la de outros transtornos. Embora tenham ocorrido inúmeras tentativas nos anos recentes de identificar testes de laboratório ou marcadores biológicos de utilidade clínica que pudessem confirmar a presença do transtorno, o diagnóstico continua a se basear em critérios essencialmente clínicos.

  3. Histórico • Final do século XIX e da descrição da demência precoce por Emil Kraepelin. • Estabeleceu uma classificação de transtornos mentais que se baseava no modelo médico. Seu objetivo era delinear a existência de doenças com etiologia, sintomatologia, curso e resultados comuns.

  4. Histórico • Ele chamou uma dessas entidades de demência precoce, porque começava no inicio da vida e quase invariavelmente levava a problemas psíquicos. Seus sintomas característicos incluíam alucinações, experiências de influência, perturbações em atenção, compreensão e fluxo de pensamento, esvaziamento afetivo e sintomas catatônicos.

  5. Histórico • A etiologia era endógena, ou seja, o transtorno surgia devido a causas internas. A demência precoce foi separada do transtorno maníaco-depressivo e da paranóia com base em critérios relacionados aos seus sintomas e curso. Kraepelin distinguiu três formas do transtorno: hebefrênica, catatônica e paranóide.

  6. Histórico • Eugen Bleuler manteve a separação de Kraepelin entre a doença e o transtorno maníaco-depressivo, dando-lhe o seu nome atual de esquizofrenia. • O curso da esquizofrenia era variável, mas provavelmente nunca atingia restitutio ad integrum. • Concentrou-se em sinais e sintomas “fundamentais” e “primários” em vez de no curso e nos resultados.

  7. Histórico • Em particular, ele enfatizou a presença de dissociação de funções mentais como a característica essencial do transtorno. • Outras características definidoras do transtorno eram o embotamento afetivo e o afeto inadequado, a ambivalência, o autismo e a perturbação da atenção. • Para Bleuler, a esquizofrenia não era uma doença unitária.

  8. Histórico • O “grupo de esquizofrenias” incluía múltiplos transtornos que compartilhavam várias características clínicas, mas diferiam em etiologia e patogênese. Ele incluía particularmente um subgrupo “esquizofrenia simples”, no qual muitas das características proeminentes do transtorno estavam ausentes.

  9. Histórico • Karl Jaspers considerava que os sintomas psicopatológicos eram organizados em camadas ou níveis, desde os mais “profundos” até os mais “superficiais”. • O nível mais profundo era representado por sintomas orgânicos, seguido por sintomas esquizofrênicos, afetivos e neuróticos e, finalmente por sintomas relacionados com transtorno de personalidade.

  10. Histórico • Uma das principais consequências desse sistema, que passaria a ser conhecido com o nome de “jaspersche Schichtenregel” (regra hierárquica de níveis), foi a de que sempre que sintomas esquizofrênicos e afetivos estivessem presentes ao mesmo tempo, os clínicos optavam por um diagnóstico de esquizofrenia.

  11. Histórico • Para Kurt Schneider, o diagnóstico psiquiátrico baseava-se fundamentalmente no quadro clínico e não no curso. Em seu Klinische Psychopathologie, faz uma distinção entre alterações físicas e doenças. As doenças foram subdivididas em psicoses com etiologia orgânica demonstrável, ciclofrenia e esquizofrenia. • Em sua descrição de fenômenos psicopatológicos, diferenciou “experiências” anormais de “expressões” anormais.

  12. Histórico • As experiências anormais referem-se a perturbações em percepções, sensações, sentimentos, impulsos e volição. • As expressões anormais dizem respeito a perturbações em linguagem, escrita, mímica e movimentos.

  13. Histórico • Hughlings Jackson aplicou os termos “positivo” e “negativo” para distinguir fenômenos neurológicos primários de secundários. • Os sintomas negativos resultam diretamente de lesões em áreas cerebrais responsáveis pela produção do comportamento humano, enquanto sintomas positivos refletem processos cerebrais que são desinibidos ou liberados pelo cérebro lesionado.

  14. Histórico • Em 1974, Strauss e seu colaboradores sugeriram distinguir dois perfis de sintomas em esquizofrenia: sintomas positivos e negativos. • Os positivos são definidos pela presença de características anormais, como alucinações, delírios e pensamento desorganizado. • Os sintomas negativos se caracterizam pela ausência de funções normais e por sintomas como afeto embotado, restrição emocional e déficits cognitivos.

  15. Conceito Inicio no fim da adolescência ou inicio da idade adulta. Prevalência na população geral é de 1%. É caracterizada pela presença de sintomas psicóticos: delírios; alucinações; comportamento e discurso inapropriado; desorganização no pensamento (MELLO, 2008).

  16. Conceito O período prodrômico também conhecido como “da doença não-tratada” aparece antes do transtorno propriamente dito, é caracterizado por deficiência nas funções pessoais e sociais, sendo dificilmente notado pela família e dura de 2 a 5 anos. .

  17. A esquizofrenia representa grande carga para a pessoa, reduzindo consideravelmente sua qualidade de vida devido aos prejuízos nas funções ocupacionais, sociais e pessoais. A família e o grupo social também costumam sofrer com a situação.

  18. Os Subtipos • Catatônico – presença de sintomas característicos, como por exemplo catatonia; • Desorganizado – presença de discurso e comportamento desorganizados, com afeto embotado ou inapropriado; • Paranóide – presença de sintomas como ilusão, alucinações auditivas e delírio persecutório; • Indiferenciado – há predominância de um tipo de sintoma; • Esquizofrenia simples – de curso constante, com ausência de sintomas positivos e predominância de sintomas negativos.

  19. Sinais e Sintomas Sintomas positivos: forma aguda, são perturbações mentais “muito fora” do normal. • Delírios • Alucinações • Pensamento e discurso desorganizado • Alterações visíveis do comportamento, ansiedade excessiva, impulsos ou agressividade constante na fase de crise.

  20. Sinais e Sintomas • Sintomas negativos: são o resultado da perda ou diminuição das capacidades mentais, "acompanham a evolução da doença e refletem um estado deficitário ao nível da motivação, das emoções, do discurso, do pensamento e das relações interpessoais como a falta de vontade ou de iniciativa; isolamento social; apatia; indiferença emocional total e não transitória; pobreza do pensamento".

  21. Causas • Varias causas concorrem entre si para o aparecimento, como: quadro psicológico; o ambiente; histórico familiar da doença e de outros transtornos mentais; e mais recentemente tem-se admitido a possibilidade de uso de substâncias psicoativas.

  22. Diagnóstico Na CID-10, o diagnóstico da esquizofrenia depende da presença de sintomas característicos, da duração mínima desses sintomas e da diferenciação entre transtornos afetivos e outros transtornos psicóticos, orgânicos ou induzidos por substâncias.

  23. A interação com pacientes O diagnóstico de esquizofrenia, significou por muito tempo um destino certo: os hospitais psiquiátricos ou asilos, onde os pacientes ficavam internados durante anos - às vezes, pela maior parte de suas vidas. "Quero que as pessoas entendam que sou como os outros. Sou um indivíduo e deveria ser tratada como tal pela sociedade. Não deveriam fechar-me numa caixa com a etiqueta de esquizofrenia" (Jane)

  24. Tratamentos • Biológicos: a psicofarmacoterapia é o tratamento de primeira escolha, sendo os antipsicóticos. • Psicoterapias: são indicadas como tratamentos coadjuvantes da psicofarmacoterapia. Seus objetivos principais são o alívio do estresse causado pela doença, a redução dos sintomas e a promoção da capacidade de comunicação e de enfrentamento do paciente.

  25. Tratamentos • Reabilitação psicossocial – é altamente indicada para portadores de esquizofrenia que podem apresentar prejuízos das habilidades em diversas áreas da vida. • Psicoeducação – o paciente e a família beneficiam-se dessa abordagem que objetiva ensinar sobre o transtorno, o tratamento, o manejo, o enfrentamento de estresse e a prevenção de recaídas.

  26. Referencias Bibliográficas EBERT, M.H. Psiquiatria: diagnostico e tratamento. Porto Alegre: Artmed, 2002. MELLO, I.M. Enfermagem psiquiátrica e de saúde mental na prática. São Paulo: Atheneu, 2008. MAJ, M. Esquizofrenia. Porto Alegre: Artmed, 2005. NUNES FILHO, E. P. Psiquiatria e saúde mental: conceitos clínicos e terapêuticos fundamentais. São Paulo: Atheneu, 2005.

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