1 / 16

1.TEMA: O Equívoco Postcolonial Euro-Africano Acerca das Migrações Subsaharianas

1.TEMA: O Equívoco Postcolonial Euro-Africano Acerca das Migrações Subsaharianas. 2. Definição de Conceitos: 2.1 Globalização

watson
Download Presentation

1.TEMA: O Equívoco Postcolonial Euro-Africano Acerca das Migrações Subsaharianas

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. 1.TEMA: O Equívoco PostcolonialEuro-Africano Acerca das Migrações Subsaharianas 2. Definição de Conceitos: 2.1 Globalização Segundo (Mazula, 2003), a Globalização é o conjunto de transformações de ordempolítica, económica e social a nível mundial, visíveis desde o final do século XX. Trata-se de um fenómeno que criou pontos em comum na vertente económica, social, cultural e política, e que consequentemente tornou o mundo interligado numa aldeia global. 2.2 A pobreza Entende-se por pobreza, Como sendo a carência cogonal, tipicamente envolvendo as necessidades da vida cotidiana como alimentação, vestuário, alojamento e cuidados de saúde. Neste sentido, pobreza é entendida como a carência de bens e serviços essenciais, como: exclusão social, a dependência e a incapacidade de participar na sociedade, na educação e a informação.

  2. 2.3 Migração • Entende-se por migração, como sendo toda movimentação (ou deslocamento) da população que ocorre de um lugar (de origem) para outro (destino), e que implica uma mudança de residência habitual no caso das pessoas ou de habitat no caso das espécies animais. • A migração é um fenómeno presente ao longo de toda a história da humanidade. Diversas culturas e religiões têm como referência algum tipo de migração, como é o caso do êxodo do povo judeu do Egipto. As causas das migrações humanas podem ser políticas, económicas, por catástrofes naturais, etc.

  3. 3.As Migrações Subsaharianas: Os Factos • Os subsaharianos foram sempre móveis e relativamente pouco sedentários mais por necessidade do que por escolha. O seu espaço migratório sempre assumiu as fronteiras mais como recursos do que como barreiras. • As razões que levam os africanos a migrar são várias, desde Crises climáticas, económicas e políticas, guerras, inospitalidade e xenofobia entre outras.

  4. 3.1 Uma Mobilidade Inscrita na História Exacerbada Hoje pelas Crises • A África subsahariana é desde sempre o sub-continente da mobilidade exacerbada de refugiados, deslocados e migrantes voluntários. Os fluxos migratórios no interior de África são bem mais importantes do que os de outros continentes, e as migrações forçadas têm um papel significativo. Em2005, cerca de 17 milhões de migrantes, estariam a viver fora do seu país. Em finais de 2005, as nações africanas abrigavam cerca de 3 milhões de refugiados, um terço dos refugiados do planeta. • Assim, as primeiras migrações internacionais de trabalho na África do Oeste, por exemplo, datam do início do século passado e devem-se atribuir ao desenvolvimento da agricultura e à abertura das minas. Estas correntes foram precedidas e reforçadas pelas migrações forçadas promovidas nas colónias francesas do interior — o actual Burkina Faso, o Mali, o Níger e o Chade-a fim de aumentar a disponibilidade de mão-de-obra nos países costeiros (Costa do Marfim, Senegal e Camarões).

  5. 3.2 A Inospitalidade dos Países Africanos Prometedores • As disparidades regionais, incluindo a segmentação entre as zonas rurais e as cidades se intensificaram. As migrações internacionais beneficiaram as economias mais avançadas e contribuíram para aprofundar a diferença entre os países ricos costeiros e os países pobres encravados da região. • Para este caso, temos o exemplo do Gana, que nos anos 60 estava entre os principais destinos dos trabalhadores migrantes do Oeste africano, mas nos anos 70 era a Nigéria que mais os atraía. • A inospitalidade advém das Secas, guerras civis entre outras. No início de 2004, a África contava com 4,2 milhões de refugiados e cerca de 12,5 milhões de deslocados.

  6. As políticas nacionais de acolhimento e de rejeição dos migrantes, continuam a ser muito sensíveis as flutuações do mercado do trabalho. Numerosos trabalhadores são confrontados com toda a espécie de dificuldades e abuso: baixo salário, más condições de trabalho, ausência quase total da protecção social, não reconhecimento da liberdade sindical e dos direitos dos trabalhadores, descriminação e xenofobia e exclusão social. Importa salientar, que são raros os países Africanos que dispõem de um quadro jurídicoinstitucional e administrativo adaptado para regulamentar as migrações e assegurar uma protecção social aos trabalhadores.

  7. 3.3 A Incompressibilidade dos Movimentos Migratórios • O tráfico de escravos, trabalho forçado, guerras e doença endémica criaram um desajustamento entre a distribuição geográfica das populações e os recursos naturais, levantando ao mesmo tempo, o problema dos direitos adquiridos sobre espaços pouco ocupados. • A desigual distribuição da população, esta na origem dos fluxos migratórios actuais ou potenciais nas zonas relativamente sobrepovoadas, como por exemplo a região dos grandes lagos, Nigéria, Mali entre outras. Por um lado, a maior parte das migrações inter-africanas não constitui contudo rupturas com a sociedade de origem, devido aos regressos, às contribuições dos migrantes para o desenvolvimento do seu lugar de origem, às prestações e contra-prestações. • A incompreensibilidade das migrações africanas, provêm do facto, de os impostos e as disparidades de taxas de crescimento serem tradicionalmente causas de migração das etnias fronteiriças

  8. 3.4 A Necessidade de Um Espaço Migratório Alargado • A possibilidade de migrações internas na África subsahariana, permitiu até agora gerir as deslocações. • A migração das mulheres também mudou a natureza. Tradicionalmente migravam para se casarem, para se juntarem a sua família ou porque eram apanhadas em redes de prostituição. Nas últimas décadas o número de mulheres migrantes aumentou. Actualmente Estas migram sozinhas ou em companhias de outras mulheres ou outros migrantes externos ao seu circulo familiar. • A integração dos Estados africanos em largas comunidades do tipo da União Europeia, permanece claramente uma ficção e não levará tão cedo à supressão dos obstáculos às migrações. A resistência das populações instaladas aos recém-chegados, dando lugar frequentemente à violência e aos conflitos armados.

  9. 3.5 O Lugar Marginal das Migrações Subsaharianas na Europa • Na Europa, as migrações subsaharianas são significativas apenas em quatro países. No Reino Unido, os cidadãos do sub-continente indiano (1 milhão), do continente africano (830 000). Três comunidades africanas atingem cerca de 100.000 pessoas: a da África do Sul, a do Quénia e a da Nigéria. Na Bélgica, a principal comunidade é marroquina (100.000 pessoas), seguida pelas comunidades turca (70 000) e congolesa da RDC ( 40 000). • Em Portugal, a imigração é maioritariamente procedente das antigas colónias: a Angolana domina (175 000), seguida pelos Moçambicanos (75 000), Cabo-Verdianos (45 000) e Guineenses (20 000), Enquanto que na França, a Argélia, Marrocos e a Tunísia totalizam 2,3 milhões de pessoas, as comunidades subsaharianas são muito menos representadas: o Senegal (80 000), Madagáscar (70 000), a Costa do Marfim (45 000) e o Mali (40 000) .

  10. 4.Migrações Subsaharianas: As Representações e as Interpretações • Elementos subjectivos e objectivos combinam-se para determinar quem vai para a Europa e porquê, se a fuga do pessoal qualificado é a catástrofe por toda a parte anunciada e se as transferências de fundos podem induzir o desenvolvimento. Objectos de discussões entre os cientistas, resultam também das representações dos interessados que condicionam os seus comportamentos.

  11. 4.1 Quem Parte para a Europa e Porquê? • Os migrantes subsaharianos encontrados em Marrocos são essencialmente originários da África do Oeste: do Mali, do Senegal, do Congo, da Guiné, do Benin, da Costa do Marfim e dos Camarões pelo lado francófono, da Nigéria e do Gana para os não francófonos. • O primeiro tipo de migrante provém essencialmente do Mali e do Senegal. É uma migração tradicional que se apoia em redes instaladas na Europa, que provêm de famílias desfavorecidas que não podem sobreviver sem o apoio dos jovens que partem para outros lugares e lhes enviam dinheiro. • Os mais ricos procuram um estatuto de refugiado político.Em cada grupo, há traficantes, passadores, redes de droga e de prostituição. Estes migrantes, frequentemente nigerianos, comunicam por portáteis e via Internet com redes europeias. Os jovens do Congo ou dos Camarões, hábeis e instruídos sonham deixar o seu país onde estão desempregados, aspiram a juntar-se a uma Europa-Eldorado. Na sua maior parte titulares de "bacharelato", conhecem o modo de funcionamento das instituições de assistência social e nem sempre precisam de ajuda.

  12. 4.2 A Fuga de Cérebros • Os que partem não são os menos favorecidos, mas são aqueles que possuem uma instrução secundária ou superior e dispõem de informações sobre os países de destino, bem como de fundos para pagar a passagem. O país de origem que investiu na educação destes emigrados, perde ao mesmo tempo as competências do migrante e o seu investimento inicial. • Numerosos quadros africanos (na área da informática, professores, investigadores, engenheiros, médicos) estão entre os expatriados. De acordo com a UNESCO, em 2004, um terço dos cientistas africanos vivia e trabalhava nos países desenvolvidos. Temos o exemplo da cidade inglesa de Manchester, onde se encontram mais médicos originários do Malawi, do que em todo o Malawi. • A partida de profissionais qualificados é duramente sentida nos países africanos onde são activos em sectores muito importantes para o desenvolvimento nas áreas de agricultura, mundo dos negócios, ensino, saúde, ciências e técnicas, etc. A maior parte destes profissionais está à procura do emprego o melhor remunerado possível e o mais enriquecedor. Esta fuga de cérebros refere-se também aos estudantes que partem para aprofundar a sua formação no estrangeiro. A análise dos países de acolhimento dos 65 000 estudantes do Oeste africano no terceiro ciclo universitário nos países da OCDE confirma esta observação

  13. 4.3 A Dança do Escalpe em Torno das Remessas dos Migrantes • As remessas dos trabalhadores migrantes e da diáspora africana consistem agora na principal fonte de divisas de diversos países africanos. Em 2002, a África subsaariana recebeu 4 mil milhões de dólares (5% da totalidade das remessas mundiais de migrantes). Estas transferências de rendimentos são consagradas geralmente à melhoria da habitação, à alimentação, à educação e à saúde das famílias e das comunidades beneficiárias, e por conseguinte, contribuem muito para o reforço do capital humano. • Com estas remessas, melhora-se a balança de pagamentos, aumentam as reservas em divisas e reforça-se a moeda nacional sem se estar a provocar inflação. No entanto, as transferências e as poupanças nos países de que são os migrantes originários só podem ter influência no desenvolvimento económico no caso de terem acesso ao sistema financeiro nacional. • Estas transferências, têm sido desde há muito tempo, objecto de debate sobre os custos e os benefícios das migrações internacionais. Por um lado, pode considerar-se que são uma contribuição directa para a elevação dos níveis de vida, que permitem a importação de materiais úteis ao desenvolvimento industrial, que favorecem a criação de poupança ou investimento e que ajudam a amortecer os choques que conhece a economia mundial.

  14. 5. Os Fundamentos das Políticas Europeias de Gestão das Migrações: Dos Medos às Soluções Ilusórias. • Em 2005, a Europa é o primeiro continente de acolhimento de migrantes internacionais (64 milhões), seguido pela Ásia. Em proporção da população total, a presença imigrada é mais importante na Oceânia (15%) e na América do Norte (13%). • Assim, em 2000 a União Europeia recebeu 1,4 milhões de entradas legais, enquanto os Estados Unidos e o Canadá acolhiam apenas 850 000 migrantes. Estas migrações são uma vantagem para a Europa porque travam o envelhecimento demográfico e contribuem para o crescimento da população activa, ajudando ainda no reequilíbrio de uma protecção social estruturalmente deficitária. • Os migrantes ocupam empregos abandonados pelos cidadãos em certos sectores (agricultura, hotelaria, restauração, construção, serviços). E por último, a imigração traz uma grande flexibilidade ao mercado de trabalho.

  15. 5.1 O Temor da Invasão: As Problemáticas do Medo • Na Europa, a imigração dos subsaharianos tornou-se um assunto político essencial, em que os políticos e os meios de comunicação social olham para África como um sub-continente que somente traz problemas: crianças delinquentes em famílias polígamas, fomes causadas pela irresponsabilidade de homens que não limitam os nascimentos. • O populismo próspera nesta base, tem como argumento o medo do outro, do não branco e do não católico, sendo o pretexto a dificuldade na assimilação. E isto sem acrescentarmos o regresso forçado dos colonos. • Os africanos são descritos como "primitivos e arcaicos, selvagens e boas crianças, preguiçosos e parasitas, etc.". Há o medo da concorrência no acesso ao trabalho. Vem depois o temor da perda da identidade, cultural, linguística, mas também nacionalidade.

  16. QUESTÕES DE REFLEXÃO: 1- Ate que Ponto a fuga de cerebros contribui para o sub-desenvolvimento do continente Africano? 2-De que modo a integração regional do tipo “Estados Unidos de Africa” poderá reduzir as migrações inter-continentais ?

More Related