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Infecção em cirurgia - Peritonite. Orlando Santos. Infecção em cirurgia - Peritonite. Infecções são complicações mais comuns do período pós-operatório. Ziliotto Junior e et al (1985), CBC. Histórico. “Se há pus, drene”. GALENO (157 a.C). Infecção em cirurgia - Peritonite. Histórico.
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Infecção em cirurgia - Peritonite Orlando Santos
Infecção em cirurgia - Peritonite Infecções são complicações mais comuns do período pós-operatório Ziliotto Junior e et al (1985), CBC
Histórico “Se há pus, drene”. GALENO (157 a.C)
Infecção em cirurgia - Peritonite Histórico Morton (1846) Anestesia- melhora a técnica- infecção e mortalidade Sabiston(1991)
Histórico Ignaz P. Semmelweis- Meados do sec. XIX Feridas traumáticas e cirúrgicas com infecção mortalidade em 2 enfermarias SEMMELWEIS (1847) INFECÇÃO PUERPERAL
Histórico Lister (1865-1867) – “ Teoria dos Germes ” Pasteur introduz Ac. Carbólico (Fenol)- Diminui as infecções
Histórico Von Bergmann e Schimmelbuch (1885 )– Autoclave a Vapor HASLTED (1877) TÉCNICA CIRÚRGICA Luvas de borracha infecções em cirurgias limpas, mas não nas contaminadas e infectadas Aceitação dos microorganismos como agentes das doenças
Histórico LA FORCE (1893) - mortalidade devido a Não lavar as mãos FLEMING (1928-1929) Penicilina Domagk (1935) descobre as Sulfas
Infecção em cirurgia - Peritonite Década de 40 – mesmo com os antimicrobianos a infecção permanecia 2ª Guerra – Fraturas expostas com mortalidade de 80% Década de 50 – Resistência do S. Aureos às penicilinas Década de 60 – Queda das infecções Década de 70 – Aumenta as infecções por Gram negativo, Criado CDC Década de 80 e 90 – Crescimento dos germes multiresistentes No Brasil em 1997 – 40 % das cepas de S. Aureos eram resistentes à oxacilina Ziliotto Junior e et al (1985), CBC
Infecção em cirurgia - Peritonite Portarias do Ministério da Saúde 24/06/83 ( 196/83 ) CCIH 04/09/92 ( 930/92 ) Revogada 06/01/97 ( Lei Nº 9.431 ) PCIH 12/05/ 98 ( Lei nº 2.616/GM ) PCIH e CCIHs Grinbaum R S 2008
Infecção em cirurgia - Peritonite Definição ( MS: 196/83 ) Infecção hospitalar Qualquer infecção adquirida após internação do paciente que se manifeste durante à mesma ou após à alta quando relacionada com à internação. INFECÇÃO CIRÚRGICA Infecção que ocorre em conseqüência de um ato cirúrgico, seja ela no sítio cirúrgico ou distante deste Grinbaum R S 2008
Infecção de Sítio Cirúrgico ( ISC ) Projeto SENIC – Aponta a ISC como a segunda mais importante infecção hospitalar Método NNISS – Desenvolvido pelo CDC tem como objetivo calcular um nº esperado de ISC a ser comparado com o nº observado Com finalidade epidemiológica a ISC pode ser considerada até 30 dias após o procedimento ou até 1 ano com uso de prótese Estudo da eficácia de controle de infecção nosocomial Sistema nacional de vigilância de infecção hospitalar Grinbaum R S 2008
Infecção de Sítio Cirúrgico ( ISC ) Parâmetro para calcular o nº esperado Estado clínico do paciente ( classificação ASA ) Duração da cirurgia Classificação da ferida operatória Grinbaum R S 2008
Infecção em cirurgia - Peritonite Prevalência das infecções hospitalares Trato urinário 36,4% ISC 25,3% Trato respiratório 15,4% Pele 7% Outras16% Brasil a ISC chega à 15% 3-15% das IHs evoluem para sepse Mortalidade das IHS, segundo o CDC chega à 0,6% Grinbaum R S 2008
Infecção em cirurgia- Peritonite __________________________________________________ TIPO DE FERIDA TX DE INFECÇÃO ____________________________________________ Limpa 2 – 5% Potencialmente contaminada 9 – 11% Contaminada 16 – 22% Infectada 29 – 38% ____________________________________________ Ziliotto Junior e et al (1985), CBC
Infecção em cirurgia - Peritonite ISC por tipo de cirurgia Limpa até 5% Potencialmente contaminada 15% Contaminada 40% Infectada 100% Grinbaum R S 2008
Infecção em cirurgia - Peritonite Classificação da ISC Superficial Pele e TCS Profunda Apneurose / Peritoneo Órgãos ou cavidades específicas Grinbaum R S 2008
Infecção em cirurgia - Peritonite Critérios para considerar ISC Secreção purulenta ausente antes da cirurgia Cultura positiva de material colhido assepticamente Para fins epidemiológicos a abertura da ferida pelo cirurgião ou seu diagnóstico de ISC devem ser considerado pela CCIH Febre, leucocitose e hipotensão são dados para diagnosticar ISC Grinbaum R S 2008
Infecção em cirurgia - Peritonite Fontes de contaminações ( patógenos ) Microbióta do paciente (endógena ) Equipe de saúde Ambiente inanimado / Material cirúrgico Obs: Os antissépticos reduzem em até 80% as contagens de colônias da pele, não atingindo às das Glândulas sebáceas. Grinbaum R S 2008
Infecção em cirurgia - Peritonite Patógenos envolvidos nas ISCs S. Aureos – principal S. Coagulase negativa – 2º + freqüente Enterobactérias ( Gram - ) Pseudomonas ( Gram - não fermentado ) Bacterioides fragilis e clostridium Estreptococos ( ISC precoce – 2º dia ) Fungos, microbactérias e Rodococos – menos frequentes Grinbaum R S 2008
INFECÇÃO CIRÚRGICA - MICROBIOLOGIA Fonte: NISS 1986 - 1996
Infecção em cirurgia - Peritonite Centro cirúrgico limpo, fluxo adequado, circulação mínima Controle de dispersão de partículas no ar Equipe cirúrgica ( paramentação, assepsia, antissepsia, técnica ) Preparo e cuidados com os pacientes ( banho, tricotomia, tempo mínimo de internação) Antibioticoprofilaxia Medidas de prevenção da ISC Grinbaum R S 2008
Infecção em cirurgia - Peritonite Medidas de prevenção da ISC Pós-operatório Cuidados com drenos, sondas e cateteres Cuidados com curativos Grinbaum R S 2008
Infecção em cirurgia - Peritonite Doenças agudas ou crônicas descompensadas Tempo de internação Estado nutricional Imunodepressão Infecção em outro sítio Fatores predisponentes para ISC Relacionados Ao paciente Ao tipo, duração do procedimento e uso de próteses Grinbaum R S 2008
Infecção em cirurgia - Peritonite FATORES DE RISCO GERAIS ESPECÍFICOS • Contaminação • Tecidos desvitalizados • Corpos estranhos • Hematoma/Seromas • Irrigação sanguínea • precária • Extremos da idade • Obesidade/Desnutrição • Choque • Arteriosclerose • Câncer • Imunosupressão • Corticosteróides • Diabetes mellitus • descompensado • Perfusão tecidual: Volemia x Hb x O2
Infecção em cirurgia - Peritonite Para prevenir a ISC devemos agir como Pilatos LAVAR AS MÃOS
INFECÇÃO CIRÚRGICA - FONTES DE CONTAMINAÇÃO EXÓGENA (30%) ENDÓGENA (70%) • Maõs • Objetos • Instrumental • Ar • Líquidos • Flora própria do espaço nasofaríngeo e estômago • TGU • Pele
FERIDA LIMPA Livre de microrganismos em condições assépticas • Cirurgia eletiva, não traumática • Não há infração ás regras de assepsia • Não atravessa tecidos infectados • Não há penetração dos tratos digestivo, respiratório superior ou gênito-urinário
FERIDA POTENCIALMENTE CONTAMINADA Lesão inferior à 6h (trauma ao atendimento) sem contaminação. • Tecidos colonizados por flora pouco numerosa (100.000 colônias/ml) • Tecido de difícil descontaminação • Ausência de processo infeccioso local • Pequena infração ás regras de assepsia • Penetração dos tratos digestório, respiratório ou gênitourinário, mas sem extravazamento de conteúdo Ziliotto Junior e et al (1985), CBC
FERIDA CONTAMINADA Lesão superior à 6h, contaminada , sem infecção. • Tecidos com flora maior que 100.000 colônias/ mL • Tecidos de impossível descontaminação • Extravasamento de conteúdo gastrointestinal • Grande infração ás regras de assepsia Ziliotto Junior e et al (1985), CBC
FERIDA INFECTADA • Operação sobre área com infecção bacteriana • Quando se atravessa tecido são para acessar coleção purulenta • Ferida traumática aberta com tecidos desvitalizados ou corpos estranhos, agente sujo • Contaminação fecal • Ferida traumática 6 h Ziliotto Junior e et al (1985), CBC
Infecção em cirurgia- Peritonite Transudato Fluído que passa através dos vasos, com baixíssimo conteúdo de proteínas, células e derivados celulares. Exsudato Fluído que passa através dos vasos, composto por alto teor de proteínas, células e debris celulares. Sabiston(1991)
Infecção em cirurgia- Peritonite Exsudato Serosanguinolento Seropurulento Serofibrinoso Fibrinopurulento Ziliotto Junior e et al (1985), CBC
Infecção em cirurgia- Peritonite Exsudato Odor Produtos aromáticos das bactérias e tecidos Vermelho Branco Amarelo Coloração Verde Pigmentos das bactérias Achocolatado Ziliotto Junior e et al (1985), CBC
Infecção em cirurgia- Peritonite Swab Punção Biópsia Baixa especificidade/ Contaminantes Lesões bolhosas e abscessos fechados (Técnica asséptica/Anaeróbicos) Tecido (quantitativa e qualitativa) Ziliotto Junior e et al (1985), CBC
Infecção em cirurgia- Peritonite Historicamente o tratamento das feridas tem como filosofia Limpa Proteção das lesões contra agentes - Ferida Coberta Seca Atualmente o princípio é manter o meio úmido entre a ferida e a cobertura. Favorece a cicatrização por facilitar a migração celular (epitelização) WINTER (1962)
Infecção em cirurgia- Peritonite WINTER (1962) No meio úmido as enzimas colagenases e proteinases capacitam a migração celular. Migração celular Infecção A crosta impede (Dificulta) Verificar a evolução da ferida WINTER (1962)
Infecção em cirurgia- Peritonite Segundo Turner(1982) o curativo ideal Mantém umidade na interface da ferida/curativo Remova o excesso de exsudato Forneça isolamento térmico Impermeável às bactérias Permita a sua retirada sem provocar trauma Isento de contaminadores Turner(1982)
Infecção em cirurgia- Peritonite Propostas de tratamento Feridas fechadas Limpeza com SF 0,9% Oclusão por 24-48h Trocá-lo após 24h e sempre quando saturado(úmido) Turner(1982)
Infecção em cirurgia - Peritonite Propostas de tratamento Feridas abertas Lavar com SF sob pressão(seringa 20ml,agulha 40x12,jato de 45º ou 90º) Ocluír e mantê-la úmida Escolher a cobertura ideal Turner(1982)
Infecção em cirurgia - Peritonite Peritonites Definição É uma inflamação de todas as superfícies parietais e viscerais da cavidade abdominal ou parte delas Condon, R 1981
Infecção em cirurgia - Peritonite Peritônio Anatomia Membrana serosa originada do mesênquima Duas túnicas: Histologia: peritônio parietal peritônio visceral Superficial de células poligonais, unidas camadas Profunda, formada por tecido conjuntivo passando vasos e nervos até o revestimento mais superficial Condon, R 1981
Infecção em cirurgia - Peritonite Fisiologia do Peritônio Membrana biologicamente ativa, especializada e desenvolvida Defende a integridade dos órgãos intra-cavitários Membrana dialítica bidirecional Permite a livre movimentação das alças intestinais 60% da superfície peritoneal não diafragmática participa da troca de água e eletrólitos com o EEC (500 ml ou mais a cada hora) Condon, R 1981
Infecção em cirurgia - Peritonite Von Recklinghausen, 1863
Infecção em cirurgia - Peritonite PERITONITES - Defesas do hospedeiro Higienização mecânica via linfáticos Fagocitose por células do sistema imunológico Sequestro mecânico
Infecção em cirurgia- Peritonite Peritonite ( Inflamação do peritônio) Séptica Asséptica Aguda Crônica Bacteriana Viral Fungos Localizada Difusa (Generalizada) Primária Secundária Terciária Sabiston(1991)
Infecção em cirurgia - Peritonite Peritonite Primária ( Espontânea ) Sem origem comprovada Comum em criânças (LES e Síndrome nefrótica) e mulheres Germes- estreptococos hemolíticos e pneumococos Sabiston(1991)
Infecção em cirurgia - Peritonite Peritonite Secundária (polibacteriana) A contaminação bacteriana é proveniente do trato digestório e por causas diversas Terciária Tuberculosa Sabiston(1991)