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Laringites agudas. Residente Luciana S. Machado Serviço de pediatria HRAS/SES/DF www.paulomargotto.com.br 18/9/2009. Anatomia. Via aérea supraglótica Via aérea glótica e subglótica: Crupe Via aérea intratorácica. Crupe Viral. Diversidade de condições inflamatórias agudas Classificação:
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Laringites agudas Residente Luciana S. Machado Serviço de pediatria HRAS/SES/DF www.paulomargotto.com.br 18/9/2009
Anatomia • Via aérea supraglótica • Via aérea glótica e subglótica: Crupe • Via aérea intratorácica
Crupe Viral • Diversidade de condições inflamatórias agudas • Classificação: Laringe=laringite, rouquidão e tosse ladrante Laringe e traquéia=laringotraqueite, crupe Laringe,traquéia e bronquios= laringotraqueobroquite, tempo expiratório prolongado e sibilos.
Epidemiologia • CRUPE é uma causa freqüente de obstrução aguda das vias áreas, representando 15-20% dasafecções respiratórias. • Laringotraqueobronquite é a causa mais comum de obstrução de vias aéreas superiores em crianças, 90% casos de estridor.
Doenças • Laringotraqueobronquite • Crupe espasmódico • Epiglotite aguda
Laringotraqueites Crupe
Laringotraquebronquite Etiologia • Viral • Parainfluenza(tipos 1,2e3) • Influenza A e B • Vírus sincicial respiratório • Adenovirus • Mycoplasma pneumoniae > 5anos
Epidemiologialaringotraqueobronquite • 1 a 6anos de idade,pico 18meses. • Sexo masculino • Outono e inverno
FisiopatologiaLaringotraqueite • Inflamação difusa do epitélio,eritema e edema da traquéia e alteração da mobilização das cordas vocais • Mucosa da região subqlótica é pouco aderente,edema,comprometimento das vias aéreas. • Edema restringe o fluxo de ar gerando estridor inspiratório.
Quadro clínico laringotraqueite • Coriza hialina • Tosse leve • Febre baixa • 12 a 72h:Tosse de cachorro • Rouquidão • Estridor inspiratório • Resolvem dentro de 1 semana, até 14 dias. • Raramente a obstrução da via aérea progride
Quando ocorre obstrução grave, observa-se taquipnéia, retrações supra-esternais e supraclaviculares, com agitação intensa. • O crupe é uma doença das vias aéreas superiores, e a troca de gases alveolares geralmente é normal.
Diagnóstico laringotraqueite • Clínico • Rx: estreitamento subglótico ou sinal do camponário.
Tratamento laringotraqueite • Nebulização com ar úmido, gás Heliox • Corticóides Dexametasona dose:0,15-0,6mg/kg dose única VO ou IM(dose máxima 10mg) Busonide inalatório 2mg/dose, 2x por 5 dias • NBZ com epinefrina:0,25-0,75ml a 2,25% em 3ml de solução salina a cada 20min ou 5ml da mistura isômero de epinefrina(1:1000). • Antibióticos não são indicados. • Internação: sinais mais graves
Crupe espasmódico • Incidência: 1 a 3anos de idade. • Semelhante a traqueobronquite • Causas:virais,alérgicas,psicológicos. • Laringoscopia:edema pálido,aquoso, com preservação do epitélio,(laringortraqueobronquite edema eritematoso e destruição do epitélio)
Quadro clínico Crupe espasmódico • Ocorre durante a tarde e noite • Início súbito • Precedido por leve coriza e rouquidão • Acorda com tosse metálica • Inspiração ruidosa, afebril • Angústia respiratória, ansiosa e assustada • Sintomas diminui em horas, • No dia seguinte leve rouquidão e tosse
TratamentoCrupe espasmódico • Sintomas regridem em poucas horas • Boa resposta a umidificação do ambiente
Epiglotite (emergência clínica)
Epiglotite aguda • Curso agudo e fulminante • Incidência 2 a 3anos • Agentes • H. influenza(Vacina) • S. pneumoniae • S. pyogenes • S. aureus
EtiologiaEpiglotite • Microrganismo invade diretamente o tecido supraglótico,celulite na região • Edema epiglote se curva na região posterior e anterior, obstrução • Comprometimento das estruturas supraglóticas.
Quadro clínicoEpiglotite • Criança hígida,irritação na garganta, • Febre alta toxemia • Horas após deglutição difícil,respiração forçada • Sialorréia, pescoço hiperextensão,posição tripé • Estridor achado tardio, inspiratório • Cianose e coma
DiagnósticoEpiglotite • Laringoscopia:Visualização da grande epiglote, vermelho-cereja, edemaciada. • Evitar– flebotomia, decúbito dorsal ou inspeção direta da cavidade oral
Diagnóstico diferencial • Traqueíte Bacteriana • Crupe diftérico • Corpo estranho • 6 meses a 2 anos • Sufocamento e tosse súbitos • Sem pródromos de infecção • Abscesso retrofaríngeo ou periamigdaliano
TratamentoEpiglotite • Intubação (dependendo do grau de angustia respiratória),UTI ou sala de cirurgia. Tamanho tubo – 0,5 a 1,0 mm menor que o estimado para idade. • Oxigênio sob mascara • Epinefrina e corticóides ineficazes • 2 a3 dias de intubação • Colher cultura do sangue e da superfície epiglótica, LCR(alguns casos)
Antibióticos:Cefepime ou cefotaxime ou ampi e sulbactam, Ev, manter por 7 a 10 dias. • Quimioprofilaxia: rifampicina 20mg/kg vo por 4 dias, dose máxima 600mg. -Indicações: <48meses inadequadamente imunizado, <12meses sem vacinação, imunodeprimido.
Bronquiolite Viral aguda
Etiologia • Pode causar obstrução ao fluxo pelo estreitamento das pequenas vias aéreas (bronquíolo). • Doença viral: -Virus Sincicial respiratório >50% • Vírus Influenza (10-20%) • Mycoplasma pneumoniae (5-15%) • Parainfluenza (10-30%) • Adenovírus (5-10%) • Metapneumovírus (10%)
Epidemiologia • Meninos • <1ano, pico 3 a 6 meses • Sazonal:Inverno e início da primavera • 2 a 3% necessitam de hospitalização
Fatores de risco • Idade <3anos • Não foram amamentados, prematuridade • Creches • Fatores anatômicos e imunológicos • Cardiopatia congênita • Sindrome de Down, Fibrose cística • Displasia broncopulmonar
Fisiopatologia • Reação de imunocomplexos • Eosinófilos desgranulam e liberam proteina catiônica,citotóxica p o epitélio das vias aéreas • Liberação do anticorpo IGE:sibilância • Interleucina, interferon,leucotrienos.
Obstrução bronqueolar:edema, muco e detritos celulares • Espessamento da via aérea, >resistência • Expiração,aprisionamento de ar, hiperinsulflação • Se a obstrução completa,reabsorção do ar distal,atelectasia. • Hipoxemia
História • História do nascimento • História clínica pregressa • História familiar • História social
Quadro clínico • Sintomas de Ivas • Angustia respiratória,tosse sibilante paroxística • dispnéia e irritabilidade • Taquipnéia,apnéia em lactentes<2m. • Batimento nasais e retrações • Estertores finos ou sibilos francos • Prolongamento da expiração
Diagnóstico • Clínico • Oximetria de pulso ou gasometria: hipoxemia • RX de tórax: hiperinsuflação, espessamento peribrônquico, áreas de atelectasia e infiltrado • Leucometria: leucocitose discreta geralmente sem desvio. • Testes virais(imunofluorecência rápida,cultura viral,reação cadeia de polimerase.
Tratamento • Oferta de oxigênio • Reposição hidroeletrolítica • Fluidificação e desobstrução das vias aéreas • Uso de broncodilatadores • Uso de corticóides com eficácia moderada • Epinefrina, casos graves
Prognóstico • Risco nas primeiras 48-72h • Taxa de mortalidade <1% • Sintomas podem permanecer por 12dias • Alta morbidade e mortalidade portadores de comorbidades • 60% dos lactentes que sibilam não apresentarão mais sibilos
Novos Tratamentos • Ribavirin (agente antiviral admistrado via aerossol) • Heliox (mistura de oxigênio e hélio) • CPAP Prevenção • Imunoglobulinas VRS hiperimunes agrupadas (RSV-IVIG, RespiGram) • Palivizumab, anticorpo monoclonal (Synagis)