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LÓGICA ARISTOTÉLICA. Lógica Aristotélica. Continuação do item 2 – Proposição e argumento
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LÓGICA ARISTOTÉLICA www.nilson.pro.br
Lógica Aristotélica • Continuação do item 2 – Proposição e argumento • Quando expomos nossas idéias, seja oralmente ou por escrito, às vezes começamos pela conclusão, além de, com frequência, omitirmos premissas, deixando-as subentendidas. Por isso, um dos trabalhos do lógico é montar o raciocínio redescobrindo sua estrutura e avaliando se a conclusão se segue das premissas. www.nilson.pro.br
A passagem das premissas para a conclusão corresponde à inferência (do latim infere, “levar para”). A inferência é um processo de pensamento pelo qual, a partir de certas proposições, chegamos a uma conclusão. A lógica examina se a estrutura da inferência é válida ou inválida. www.nilson.pro.br
3. Validade e verdade • Ex 4 • Todo inseto é hexápode. • Ora, todo inseto é invertebrado. • Logo, todo hexápode é invertebrado. • Esse tipo de argumento é chamado por Aristóteles de silogismo, que significa “ligação” – é a ligação de dois termos por meio de um terceiro. • O termo “inseto” é o termo médio. No entanto, o termo maior “hexápode” é particular na premissa maior. Já na conclusão, “hexápode” é tomado em toda extensão (todo hexápode), o que significa afirmar no consequente mais do que foi afirmado no antecedente. É portanto, inválido. www.nilson.pro.br
Podemos dizer das proposições que elas são verdadeiras ou falsas. Mas quando se trata de argumentos, dizemos que são válidos ou inválidos. Um argumento é válido quando sua conclusão é conseqüência lógica de suas premissas. www.nilson.pro.br
O enunciado da conclusão não excede o conteúdo das premissas, isto é, não se diz mais na conclusão do que já foi dito. • Para justificar que a conclusão não excede o que foi dito no antecedente é preciso saber que existem proposições gerais e proposições particulares. www.nilson.pro.br
Uma proposição é geral quando o sujeito da proposição é tomado na sua totalidade. Por exemplo: “Toda baleia é mamífero”. Na proposição “Os paulistas são brasileiros”, não importa que os paulistas sejam uma parte dos brasileiros, mas que nesse caso estamos nos referindo à totalidade dos paulistas. www.nilson.pro.br
Uma proposição é particular quando o sujeito da proposição é tomado em apenas uma parte indeterminada: “Alguns homens são injustos”, “Certas pessoas são curiosas”. Uma proposição particular pode ser singular, quando o sujeito se refere a um indivíduo: “Esta flor é bonita”, “São Paulo é uma bela cidade”, “Sócrates é filósofo”. www.nilson.pro.br
Ex 3 • O mercúrio é um metal. • Ora, o mercúrio não é sólido. • Logo, algum metal não é sólido. www.nilson.pro.br
OITO REGRAS DO SILOGISMO: • O silogismo só deve ter três termos (o maior, o menor e o médio); • De duas premissas particulares nada resulta; • De duas premissas negativas nada resulta; • O termo médio nunca entra na conclusão; • O termo médio deve ser pelo menos uma vez total; • Nenhum termo pode ser total na conclusão sem ser nas premissas; • De duas premissas afirmativas não se conclui uma negativa; • A conclusão segue sempre a premissa mais fraca. www.nilson.pro.br
4. Tipos de Argumentação • Dedução – o enunciado da conclusão não excede o conteúdo das premissas, isto é, não se diz mais na conclusão do que já foi dito. O silogismo é um raciocínio que parte de pelo menos uma proposição geral e cuja conclusão pode ser uma proposição geral ou uma proposição particular. www.nilson.pro.br
Nos exemplos a seguir, a primeira dedução parte de premissas gerais e chega a uma conclusão também geral; no segundo caso, a conclusão é particular: www.nilson.pro.br
Todo brasileiro é sul americano. • Todo paulista é brasileiro. • Todo paulista é sul americano. • Todo brasileiro é sul americano. • Algum brasileiro é índio. • Algum índio é sul americano. www.nilson.pro.br
Indução - é uma argumentação pela qual, a partir de diversos dados singulares constatados, chegamos a proposições universais. Enquanto na dedução a conclusão deriva de proposições universais já conhecidas, a indução, ao contrário, chega à conclusão a partir de evidências parciais. www.nilson.pro.br
Esta porção de água ferve a cem graus, e esta outra, e esta outra...; logo, a água ferve a cem graus. • O cobre é condutor de eletricidade, e o ouro, e o ferro, e o zinco, e a prata também...; logo, o metal (isto é, todo metal) é condutor de eletricidade. www.nilson.pro.br
Analogia – é uma indução parcial ou imperfeita, na qual passamos de um ou de alguns fatos singulares não a uma conclusão universal, mas a uma outra enunciação singular ou particular, inferida em virtude da comparação entre objetos que, embora diferentes, apresentam ponto de semelhança: • Paulo sarou de suas dores de cabeça com este remédio. • Logo, João há de sarar de suas dores de cabeça com este mesmo remédio. www.nilson.pro.br
Falácias – é um tipo de raciocínio incorreto, apesar de ter a aparência de correção. É conhecida também como sofisma ou paralogismo. Muitas falácias decorrem do fato de algumas premissas serem irrelevantes para a aceitação da conclusão, mas são usadas com a função psicológica de convencer, mobilizando emoções como medo, entusiasmo, hostilidade ou reverência. Geralmente é algo usado para que você acredite, quando, na verdade, você está sendo enganado. www.nilson.pro.br
Argumento de autoridade - trata-se de recurso desviante, em que é usado o prestígio da autoridade para outro setor que não é da sua competência. Ex. quando artistas famosos vendem produtos ou até idéias. www.nilson.pro.br
Argumento contra o homem – consideramos errada uma conclusão porque parte de alguém por nós depreciado. Ex. desvalorizar a filosofia de Francis Bacon porque ele perdeu seu cargo de Chanceler da Inglaterra depois de serem constatados atos de desonestidade. www.nilson.pro.br
Raciocínio circular – é aquele em que se diz a mesma coisa duas vezes, só que dispondo uma das vezes como justificativa da outra. Ex. “O biscoito .... vende mais porque é fresquinho e é fresquinho porque vende mais.” www.nilson.pro.br
Apelo ao povo – quando buscamos legitimar nossa fala alegando que ela é sustentada por todos ou pela maioria. Ex. “Todo mundo vai, porque eu não posso ir?” www.nilson.pro.br
Apelo à piedade – quando vale-se da emoção como forma de obter a adesão do auditório. Ex. “Não é possível que eu reprove nesta matéria, já que passei a semana inteira estudando!” www.nilson.pro.br
Generalização apressada – quando, a partir de algo que tem como referência uma coisa específica, amplia-se e aplica-se a todos os casos, incluindo “gregos e troianos”. Ex. “O jornal publicou uma pesquisa afirmando que a maioria dos pobres já cometeu algum tipo de furto na vida. Por isso é preciso ter o máximo cuidado com as empregadas lá de casa...” www.nilson.pro.br
Apelo às conseqüências – consiste em nos fazer pensar nas conseqüências de nossas afirmações e assim “balançar” nossa adesão. Ex. “Não se pode aceitar a Teoria da Evolução como verdadeira, pois, se o fosse, como explicar que somos tão superiores aos macacos?” www.nilson.pro.br
Apelo à força – é a fronteira entre o verbal e o “braçal”. É muito comum e pode vir mascarado de muitas sutilezas. Ex. “É importante que você saiba das conseqüências desagradáveis que advirão da sua discordância dessa opinião.” www.nilson.pro.br
Atividade: • Produza uma carta de 15 a 20 linhas solicitando algo a alguém e, para obtê-la, utilize das falácias acima descritas. Em grupos e lida em público. www.nilson.pro.br