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VI ENCONTRO DAS AUDITORIAS INTERNAS DO SISTEMA S. Auditoria e Fiscalização de Obras. Cleuber Fernandes Luana Roriz Meireles 24 de novembro de 2010. OBJETIVOS. - Por que fiscalizar obras no Sistema “S”? - Principais achados da CGU
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VI ENCONTRO DAS AUDITORIAS INTERNAS DO SISTEMA S Auditoria e Fiscalização de Obras Cleuber Fernandes Luana Roriz Meireles 24 de novembro de 2010.
OBJETIVOS • - Por que fiscalizar obras no Sistema “S”? • - Principais achados da CGU • - Apresentar alguns conceitos importantes, estabelecendo um roteiro para auditorias/fiscalizações de obras de edificação; • Apresentar os problemas mais comumente encontrados.
Por que fiscalizar obras no Sistema “S”? • Relevância; • Materialidade; • Denúncias; • Auditorias/Fiscalizações.
Orçamento de obras no Sistema “S” Em reais
Principais achados da CGU • Contratação de empresas cujo quadro societário apresenta vínculos com dirigentes das entidades; • Conluio entre licitantes; • Projetos básicos mal especificados; • Jogo de planilhas orçamentárias; • Ausência de definição e detalhamento de itens do BDI (bonificações e despesas indiretas) e de planilhas de custos e orçamentos; • Superfaturamento por sobrepreço e superestimativa;
VISÃO GERAL DO PROCESSO DE AUDITORIA 1º Passo – Entendimento sobre a obra e serviço de engenharia
Gênese do Projeto - O que diz a Lei : Regulamento de Licitações - Art. 13, § 2° : “§ 2° - Na contratação de obras e serviços de engenharia, o objeto deverá ser especificado com base em projeto que contenha o conjunto de elementos necessários, suficientes e adequados para caracterizar a obra ou o serviço ou o complexo de obras e serviços.” Lei nº 8.666/1993 - Art 6º , Inciso IX :
Gênese do Projeto • Programa de Necessidades Etapa destinada à determinação das exigências de caráter prescritivo ou de desempenho (necessidades e expectativas dos usuários) a serem satisfeitas pela edificação a ser concebida. O Manual de Obras Públicas e Edificações da SEAP, no seu caderno de projetos, apresenta a seguinte definição de PROGRAMA DE NECESSIDADES: “Determinação da entidade a ser instalada na edificação, de sua estrutura organizacional, de seus usuários, equipamentos e fluxos de funcionamento, e relação dos espaços necessários para a realização das atividades pertinentes à sua estrutura organizacional, seus lay-outs, respectivos dimensionamento e características.”
Gênese do Projeto • Ocorre que nem sempre é possível, no curso de uma auditoria, ou mesmo antes dela, lançar mão das informações contidas no programa de necessidades da obra. A rigor, não raro esse documento sequer existe no processo administrativo da contratação do projeto básico. • Mesmo não dispondo tempestivamente do estudo de necessidades, o auditor pode levantar alguns requisitos indispensáveis à edificação, bastando ter em mente as características básicas de cada tipo de empreendimento no contexto da auditoria de obras de edificações. • É necessário ser capaz de diferenciar os tipos de obra a partir de suas características funcionais .
Gênese do Projeto • Estabelecimento e estudo de viabilidade das alternativas É necessário, após a definição das condicionantes do projeto, definir as opções de concepção e realizar os estudos de viabilidade do empreendimento para a seleção daquela que melhor atenda ao interesse público. Estudo de Viabilidade: Destina-se à elaboração de análises e avaliações para seleção e recomendação de alternativas para a concepção da edificação e de seus elementos, instalações e componentes.
Gênese do Projeto • Anteprojeto Elaboração e representação da concepção técnica aprovada, contemplando a solução estrutural adotada, em função do partido arquitetônico escolhido, a configuração das instalações em geral e os principais componentes das edificações, permitindo, assim, uma melhor definição acerca dos custos do projeto.
Gênese do Projeto • PROJETO BÁSICO
Gênese do Projeto – Projeto Básico • JARDIM DE INVERNO • ESTRUTURA METÁLICA TRELIÇA ESPACIAL • COBERTURA TELHA METÁLICA TIPO SANDUÍCHE • ALTURA TOTAL 5.55m • PLATIBANDA EM ALUCOUBOND • PILARES COM PASTILHAS CERÂMICAS • ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO E VIDRO • PAREDES COM PINTURA TEXTURIZADA
Gênese do Projeto – Projeto Básico TELHAS SANDUÍCHE
VISÃO GERAL DO PROCESSO DE AUDITORIA 1° Passo - Entendimento sobre a obra (Levantamento Inicial) • Etapa necessária para identificar o objeto da fiscalização, levantar as características funcionais básicas da obra (requisitos do projeto), a legislação e as normas técnicas pertinentes, os sistemas que o compõem e as fontes de financiamento. • Objetivo da Etapa - Levantar o maior número de informações acerca da obra ou órgão auditado.
Levantamento inicial . Portarias publicadas no DOU com os orçamentos das entidades
VISÃO GERAL DO PROCESSO DE AUDITORIA 2º Passo – Identificação de Aspectos Relevantes
Identificação de Aspectos Relevantes • São relevantes nessa etapa, por exemplo, o conhecimento sobre: • Estudo do projeto: confrontar o projeto com a planilha orçamentária. • Orçamento e BDI; • Cronograma de execução; • A fase em que a obra se encontra; • Licenças Ambientais • As empresas contratadas (projetista, executora, supervisora e gerenciadora);
Identificação de Aspectos Relevantes • Subcontratações; • A execução financeira-orçamentária (dotação e valores empenhados e liquidados); • A existência de fiscalizações anteriores no mesmo empreendimento (se houve, direcionar a atenção para os fatos e atos acorridos após a última fiscalização. Lembrar de verificar o cumprimento de eventuais determinações) .
Identificação de Aspectos Relevantes 80,49% 28 itens = 22,76% de 123
VISÃO GERAL DO PROCESSO DE AUDITORIA 3º Passo – Decisões sobre os componentes do risco de auditoria.
PLANEJAMENTO DA AUDITORIA • A etapa de planejamento é crucial para o êxito da auditoria. • O fazer nesta etapa? • A equipe deve se preocupar, entre outra coisas, em obter o maior número de informações acerca da obra ou do órgão auditado. • Estabelecer os integrantes da equipe e a matriz de responsabilidades. • Determinar o escopo dos trabalhos e atribuir o tempo necessário para cada atividade. • Levantar as questões de auditoria, as fontes de informação, as técnicas e os procedimentos que serão utilizados, os riscos de auditoria e as possíveis constatações.
PLANEJAMENTO DA AUDITORIA • Elaborar os papéis de trabalho, como planilhas que possam auxiliar na conferência de cálculos ou no confronto dos preços contratados com os referenciais. • Levantar a necessidade de emprego de equipamentos, ensaios de laboratório, contratações, entre outros, além de considerar os outros aspectos logísticos envolvidos com seus respectivos custos. • Elaborar os pedidos de informações que serão expedidos aos órgãos e entidades auditados (Solicitações de Auditoria, Solicitações de Fiscalização). • Levantar a existência de fiscalizações anteriores no mesmo empreendimento (se houve, direcionar a atenção para os fatos e atos acorridos após a última fiscalização. Lembrar de verificar o cumprimento de eventuais determinações)
EXECUÇÃO DA AUDITORIA • Avaliação da qualidade e suficiência do projeto básico; • Conferência dos quantitativos; • Especificações técnicas; • Análise do processo licitatório; • Orçamento detalhado; • Análise do orçamento; • Análise da proposta de preços; • Elaboração dos papéis de trabalho; • Amostragem de auditoria; • Observações no campo.
EXECUÇÃO DA AUDITORIA • AVALIAÇÃO DA QUALIDADE E SUFICIÊNCIA DO PROJETO BÁSICO.
EXECUÇÃO DA AUDITORIA • AVALIAÇÃO DA QUALIDADE E SUFICIÊNCIA DO PROJETO BÁSICO. • Porto Flutuante de Humaitá • Porto Flutuante de Manaquiri • Obras Licitadas com os estudos preliminares. • Causa dos problemas: ausência de projeto básico.
EXECUÇÃO DA AUDITORIA • AVALIAÇÃO DA QUALIDADE E SUFICIÊNCIA DO PROJETO BÁSICO. • O que se tem observado: • Confusão entre o projeto básico e o projeto de arquitetura. Obras tem sido licitadas com o projeto de arquitetura ou mesmo com os estudos preliminares. • Ausência de estudos geotécnicos. • Aproveitamento de projetos muito antigos, já superados pelas novas condições do ambiente ou pela evolução do estado da arte. • Consequências: potencialização dos riscos de falhas na execução e de ocorrência de problemas funcionais, elevação dos custos devido à incerteza, impossibilidade de julgamento isonômico das propostas, elevado índice de aditivos, entre outros.
EXECUÇÃO DA AUDITORIA • AVALIAÇÃO DA QUALIDADE E SUFICIÊNCIA DO PROJETO BÁSICO. Trecho do voto do ministro Marcos Vilaça (Acórdão 385/2004 TCU- P) “...4. Um fator que comumente causa o atraso de uma obra é a deficiência do planejamento, ensejando excessivas revisões de serviços durante o desenvolvimento do trabalho. Pouco valor tem sido conferido ao projeto básico, a despeito da riqueza de detalhes exigida na sua elaboração pela Lei de Licitações....” “...6. É lamentável o fato de alguns gestores de obras, premidos pela possibilidade de aproveitamento de qualquer verba disponível, converterem numa prática perniciosa o uso de projetos básicos arranjados às pressas ou sabidamente inadequados, para superarem com esforço mínimo aquilo que consideram ser tão-somente um entrave à licitação....”
EXECUÇÃO DA AUDITORIA • AVALIAÇÃO DA QUALIDADE E SUFICIÊNCIA DO PROJETO BÁSICO. Trecho do voto do ministro Augusto Nardes (Acórdão 353/2007 TCU- P) Além disso, é bom lembrar que, nos exatos termos do art. 7º, § 6º, da Lei 8.666/1993, são nulos de pleno direito os atos e contratos derivados de licitações baseadas em projeto incompleto, defeituoso ou obsoleto, devendo tal fato ensejar não a alteração do contrato visando à correção das imperfeições, mas sua anulação para realização de nova licitação, bem como a responsabilização do gestor faltoso.
EXECUÇÃO DA AUDITORIA • CONFERÊNCIA DOS QUANTITATIVOS • Regra prática: analisar os itens materialmente mais relevantes que correspondem a cerca de 80% do valor do empreendimento. • Outra dica é verificar se os proponentes tiveram alguma dúvida acerca do projeto e da planilha. Se houve dúvida acerca dos quantitativos, é valido que a equipe faça o levantamento. • A equipe pode lançar mão de alguns números que servem de primeira referência para avaliar os quantitativos (ordem de grandeza). • Técnica de auditoria: conferência de cálculos (evidência matemática).
EXECUÇÃO DA AUDITORIA • CONFERÊNCIA DOS QUANTITATIVOS (ordem de grandeza) • Atenção: para os quantitativos de projetos padrão por causa da possibilidade de propagação de erros em escala.