430 likes | 746 Views
Síndrome Metabólica. Thaísa Pedroso Tagliari – DRE 111036057 – UFRJ-M. O que é?.
E N D
Síndrome Metabólica Thaísa Pedroso Tagliari – DRE 111036057 – UFRJ-M
O que é? A síndrome metabólica (sindrome X, sindrome de resistência à insulina) consiste em um grupo de anormalidades metabólicas que conferem aumento de risco de doença cardiovascular e diabetes melito. As principais características incluem: • Obesidade central • Hipertrigliceridemia • HDL baixo • Hiperglicemia • Hipertensão
Epidemiologia • Prevalência maior em idosos e mulheres. • No sexo feminino, dentre os componentes da síndrome, o mais frequente é a obesidade abdominal. • Nos homens, hipertensão e hipertrigliceridemia.
Resistência à insulina e IGJ • A abundância de AG circulantes, por aumento da lipólise, aumenta a disponibilidade do substrato e cria resistencia à insulina, modificando a sinalização a jusante. Os AGL acumulam-se como triglicerídeos tanto no músculo esquelético enquanto no cardíaco, e também no fígado, no qual cursa com aumento da produção de glicose.
Circunferência abdominal • Aumento de AGL!
Dislipidemia • Aumento de produção de lipoproteinas de muita baixa densidade (VLDL) ricas em triglicerídeos com apoB • Hipertrigliceridemia • Redução do HDL-colesterol • Modificação de LDL em densa e pequena, mais aterogênicas, podendo ser tóxicas para o endotélio.
Hipertensão • Com a resistência à insulina, o efeito vasodilatador da insulina é perdido, porém preserva o efeito renal na reabsorção de sódio. • Deficiência na via de sinalização de fosfatidilinositol 3 quinase. No endotélio, isso pode causar um desequilibrio entre a produção de óxido nítrico e a secreção de endotelina 1, levando à redução do fluxo sanguineo.
Citocinas proinflamatórias e Adiponectina • Aumento de IL-1, IL-6, IL-18, resistina, FNT-alfa e proteína C reativa por massa de tecido adiposo expandida. • Aumento de macrófagos derivados de tecido adiposo. • A adiponectina é uma citocina anti-inflamatória produzida exclusivamente por adipócitos. Aumenta sensibilidade à insulina. No fígado, inibe expressão de enzimas gliconeogênicas e taxa de produção de glicose. No músculo, aumenta transporte de glicose e aumenta oxidação de AG. • Na SM, há redução de adiponectina.
Acantose nigricans • Dermatose caracterizada por lesões hiperpigmentadas, aveludadas e hiperceratóticas, localizadas simetricamente nas axilas, dorso cervical e/ou virilhas. Associado a resistencia grave à insulina.
Esteatose hepática • Provoca hepatomegalia e hiperecogenicidade ao USG, podendo evoluir com esteato-hepatite não alcóolica (pode evoluir para cirrose hepática). USG normal Esteatose
Hiperandrogenismo • Manifestando-se com hirsutismo, acne e implantação masculina de pêlos, devido à maior produção de testosterona pelas células da teca.
Outras manifestações associadas • Doença cardiovascular • Diabetes tipo 2 • Hiperuricemia (defeitos na ação da insulina na reabsorção tubular renal do ácido úrico) • Sindrome do ovário policístico (aumenta prevalência de SM) • Sindrome de apneia obstrutiva do sono (relacionada a obesidade, hipertensão, aumento de citocinas circulantes, IG e resistencia à insulina).
História Clínica • Idade • Tabagismo • Prática de atividadefísica • História pregressa de hipertensão, diabetes, diabetes gestacional,doença arterial coronariana, acidente vascular encefálico,síndrome de ovários policísticos, doença hepática gordurosanão-alcoólica, hiperuricemia • História familiar de hipertensão,diabetes e doença cardiovascular • Uso de medicamentos hiperglicemiantes(corticosteróides, betabloqueadores, diuréticos)
Exame físico • Medida da circunferência abdominal • Níveis de pressão arterial. Deve-se aferir nomínimo duas medidas da pressão por consulta, na posição sentada,após cinco minutos de repouso Além destes dois dados obrigatórios deverá estar descrito noexame físico destes pacientes: • Peso e estatura(IMC) • Exame da pele para pesquisa de acantose nigricans • Exame cardiovascular
Exames laboratoriais • Glicemia de jejum • Dosagem do HDL-colesterol e dos triglicerídeos • Colesterol total • LDL-colesterol • Creatinina • Ácido úrico • Microalbuminúria • Proteína C reativa • TOTG • Eletrocardiograma.
I-DBSM e NCEP-ATP III • O paciente deve ter pelo menos três dos critérios decritos.
Caso clínico 1 • FCP, 39 anos, masculino. Procurou um cardiologista pois, durante exames de rotina, apresentou níveis elevados de triglicérides. Refere ter boa saúde, nega tabagismo e etilismo, mas é sedentário. • Ao exame físico, o que chama a atenção é PA 142 x 94 mmHg e a circunferência abdominal de 104 cm. Peso 83,6 Kg, Altura 1,78m, IMC 26,38. O restante do exame físico não apresenta alterações. • Exames laboratoriais: Glicemia 98 mg/dL, Colesterol total 173 mg/dL, HDL 37 mg/dL, LDL 80 mg/dL, Triglicérides 270 mg/dL.
Caso clínico 2 • DGB, 45 anos, feminino. Procurou cardiologista para fazer um “checkup”. Sente-se muito gorda e está preocupada com sua saúde. Nega doenças. Refere fazer caminhadas 2 vezes por semana, por cerca de 30 minutos. Fuma ½ maço/dia há 20 anos. Nega etilismo. • Ao exame físico, apresentava PA 124 x 86 mmHg, peso 92,5Kg, Altura 1,63m, IMC 34,82, circunferência abdominal 99,8. • Exames laboratoriais: Glicemia 95 mg/dL, Colesterol total 208 mg/dL, HDL 67 mg/dL, LDL 122 mg/dL, Triglicérides 93 mg/dL.
Pergunta-se • Qual deste pacientes apresenta síndrome metabólica? • Resposta: O paciente do caso clínico 1 preenche 4 critérios para ser definido como SM. O caso 2, só possui obesidade. • Quais são as orientações que o paciente do caso clínico 1 deve receber? • Adotar uma alimentação mais saudável e praticar atividades físicas aeróbicas, como caminhar diariamente por pelo menos 30 min. Considerar tto medicamentoso. • Quais são as orientações que o paciente do caso clínico 2 deve receber? • Perda de peso: melhorar a qualidade da alimentação e aumentar a frequência da atividade física que já pratica. Além disso, deve ser fortemente encorajada a parar de fumar. Considerar tto medicamentoso.
Bibliografia • Harrison. • Síndrome metabólica: diagnóstico e tratamento. Daniele Q. Fucciolo Penalva. • I DIRETRIZ BRASILEIRA DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA. Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 84, Suplemento I, Abril 2005. • Sindrome metabólica 1. MedWritters, 2013.