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Divisão de MATO GROSSO e criação de MATO GROSSO DO SUL

Divisão de MATO GROSSO e criação de MATO GROSSO DO SUL. CAPITANIA INDEPENDENTE DO MATO GROSSO. Graças à expansão bandeirante além dos limites previstos pelo Tratado de Tordesilhas, ocorre: -Busca de novas fontes de riquezas -Descoberta do ouro em Cuiabá

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Divisão de MATO GROSSO e criação de MATO GROSSO DO SUL

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Presentation Transcript


  1. Divisão de MATO GROSSO e criação de MATO GROSSO DO SUL hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  2. CAPITANIA INDEPENDENTE DO MATO GROSSO • Graças à expansão bandeirante além dos limites previstos pelo Tratado de Tordesilhas, ocorre: • -Busca de novas fontes de riquezas • -Descoberta do ouro em Cuiabá • - Acirramento da disputa pela demarcação territorial entre lusos e castelhanos. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  3. Aos 09 de maio de 1748: • - Portugal decidiu desmembrar a zona aurífera matogrossense da capitania paulista • - Facilitando a administração e o controle da extração do ouro. - A região passaria a contar com um rigoroso aparato administrativo e também militar que propiciasse a defesa da região. • Criada a Capitania Independente do Mato Grosso hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  4. - A criação da capitania matogrossense possibilitou a fixação dos portugueses naquelas terras. -Posse que foi assegurada em 1750 pelo Tratado de Madrid assinado com a Espanha, através do princípio do uti possidetis hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  5. TRATADOS DE LIMITES • - 1493: Bula Inter Coetera: limite de 100 léguas para a exploração luso-castelhana; • - 1494: Tratado de Tordesilhas: acima de 370 léguas exploração castelhana, menos que isso, exploração lusa. • - 1680: Fundação da Colônia de Sacramento. • - Estabelecimento de colonos portugueses na região. • Tratado de Lisboa (1681): soberania de Portugal na Colônia de Sacramento (acordo rompido posteriormente). • Tratado de Utrecht (1713 e 1715): Rio Oiapoque como divisa entre Brasil e Guiana Francesa; confirmação da soberania portuguesa na Colônia de Sacramento. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  6. Tratado de Madrid (1750): soberania espanhola na Colônia de Sacramento; soberania portuguesa na região de “Sete Povos das Missões” e nas terras a oeste da Linha de Tordesilhas, exploradas pelos bandeirantes. - Princípio do “Uti Possidetis”: Portugal garante a posso sobre as terras ocupadas ao longo dos séculos XVI e XVII. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  7. Tratado de El Pardo (1756): revogação do Tratado de Madrid. • Tratado de Santo IIdefonso (1777): restabelecimento do Tratado de Madrid. - Portugal perde, porém, a Colônia do Sacramento e grande parte da região dos Sete Povos das Missões. • Tratado de Badajoz (1801): Colônia de Sacramento para a Espanha e os Sete Povos das Missões para Portugal. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

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  9. - Antes da assinatura do acordo de Madrid foi nomeado, por cata régia aos 22 de setembro de 1748, o primeiro Capitão General da Capitania Independente do Mato Grosso: Dom Antonio Rolim de Moura Tavares (mais tarde, conde de Azambuja). - Governa de 1748 a 1763 Dom Rolim de Moura trazia consigo instruções dos negócios Ultramarinos hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  10. As disposições da carta régia, estabelecia como funções do Capitão: • A- fixar-se na cabeça do governo do Mato Grosso, onde deveria o governo do distrito fazer sua residência • - Ir à Cuiabá e as outra minas do mesmo governo, quando assim pedir o bem do serviço e a utilidade dos moradores; • B- manter constante vigilância na região e evitar desavenças com os castelhanos vizinhos da região aurífera; • C- construir a capital daquela nova capitania às margens do vale do rio Guaporé, assegurando assim a posse da região e servindo de anteparo às pretensões dos castelhanos; hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  11. D- navegar constantemente pelo Guaporé fiscalizando a região e impedir que os moradores do Mato Grosso estabelecessem comércio com os espanhóis; E- rígido controle par se evitar o contrabando em terras lusitanas; F- respeitar as possessões dos castelhanos em regiões circunvizinhas; OBS: O objetivo do governo luso foi garantir a posição de domínio sobre o Guaporé, para daí controlar a navegação até o rio Madeira, o que permitiria a comunicação desse interior diretamente com o oceano Atlântico. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  12. A PRIMEIRA CAPITAL • - 19 de março de 1752, na região do sítio denominado de Pouso Alegre • - à margem direita do vale do rio Guaporé, a primeira capital do Mato Grosso: • - Vila Bela da santíssima Trindade do Mato Grosso • - foi a capital da capitania até o ano de 1822. • - Vila Bela é fundada de acordo com as prerrogativas do Tratado de Madrid. • - De Vila Bela via-se claro que o problema se decompunha em duas partes: • - absorver a navegação do Madeira • - paralisando as hostilidades das vizinhas aldeias dos Moxos e dos Chiquitos hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

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  14. - Governo de João Pedro da Câmara(1763 – 1769) - O novo governador procurou organizar a defesa militar da capitania procurando desta forma assegurar a posse da região e manter a vigilância sobre a fronteira. - Para desenvolver tal ação funda o Forte da Conceição, mas como não contava com um grande contingente Na administração de Pedro Câmara, estabeleceu-se uma constante vigilância no Guaporé - Governo de Luís Pinto de Souza Coutinho(1769 – 1771) - A sua grande ação no Mato Grosso resume apenas na expulsão dos jesuítas da região - eram contra o apresamento de índios na região - deve-se salientar que a base da mão-de-obra matogrossense no período era a indígena hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  15. 1767: A POVOAÇÃO DO IGUATEMI - Extremo sul do Mato Grosso: Total abandono - Vulnerável à expansão Castelhana - Dom Luís Antonio de Sousa: - Devia expandir o território luso para o sul do MT - assegurar as terras antes dos espanhóis - Reconheceu as regiões do rio Tibagi, fundando a colônia do Iguatemi e também um presídio; OBS: A colônia do Iguatemi foi o primeiro passo do governo para a posse efetiva da região da fronteira sul hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  16. - Governo de Luiz de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres(1771-1789) - Luiz de Cáceres foi o governador mais importante do Mato Grosso no período colonial. -Considerado o responsável por consolidar as pretensões portuguesas em terras matogrossenses. AÇÕES A- Tratou de reconhecer a situação da região e já em 1775, determina a ocupação da região conhecida como ‘Fecho dos Morros’, onde posteriormente funda o ‘Forte Coimbra’, assegurando a navegação no baixo Paraguai e edificando, definitivamente a presença portuguesa na região. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  17. B- estabelece às margens do rio Guaporé, em 20 de junho de 1776, as primeiras bases para a construção do ‘Forte Príncipe da Beira’ . C-Como conseqüência do Tratado de Santo Ildefonso, seguindo as determinações que recebera, no ano de 1778, com o objetivo de ampliar a posse portuguesa na região, assegurando a margem direita do rio Paraguai, funda aos 21 de setembro, a povoação de ‘Albuquerque’, hoje região conhecida como ‘Corumbá’. OBS:A região de Corumbá chegou a ser conhecida por Nova Albuquerque, visto que a região do povoado de Albuquerque situa-se a cerca de 70 km da atual cidade de Corumbá. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  18. D- estabelece ainda, numa região entre Cuiabá e Vila Bela, a construção da ‘Vila de São Luiz de Cáceres’ ou Vila Maria, hoje cidade de ‘Cáceres’, aos 06 de outubro de 1778. - A Vila Maria assegurou estrategicamente aos portugueses a posse dos rios Paraguai e Guaporé. E- aos 21 de janeiro de 1781, funda a povoação de ‘São Pedro de El-Rei’, atual região de ‘Poconé’. - El-Rei era ponto intermediário entre Cuiabá e a Vila Maria, por isso de grande valor estratégico. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  19. - Na tentativa de dominar a navegação do Pardo até o Taquari, organiza duas excursões com o objetivo expresso de investigar toda a região navegável para que pudessem estabelecer como posse definitiva dos portugueses. - Nova identificação para a região. Desta forma, a ordem de Dom Cáceres era mudar o nome do rio Mboteteú para Mondego e ao Embotetey ou Uacogo de Aquidauana. Devemos perceber que pelo simples fato de se mudar o nome de uma região, ou rio, implica na posse direta dos responsáveis pela nova identificação, mas é bom salientar que mesmo com o feito de Cáceres ele não consegue estabelecer um domínio ao sul de Camapuã. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  20. 1 2 Camapuã 6 3 5 4 BALUARTES DE LUÍS DE CÁCERES 1- Forte Príncipe da Beira 2- Vila Maria 3- São Pedro de el Rei 4- Forte Coimbra 5- Albuquerque 6-Corumbá Forte Olimpo Colônia Iguatemi Forte São José hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  21. Governo de João de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres(1789-1796) - Dom João de Cáceres assume a administração do Mato Grosso aos 20 de novembro de 1789, e podemos citar que a sua administração não correspondeu à expectativa dos matogrossenses, que esperavam, aos menos, ações similares ao do seu antecessor e irmão. - Sua administração não foi uma das melhores, logo revelou-se como prepotente e vaidoso. Praticou diversos atos arbitrários. - Dentro do seu governo merece destaque o ‘Tratado de Paz e Aliança Eterna’ com os índios guaicurus, assinado em 01 de agosto de 1791. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  22. O Presídio de Miranda: Administração de Caetano Pinto de Miranda Montenegro(1796-1804) - Com a pretensão de se conquistar a região sul dos Xaraés, muitos povoados são fundados na região, como Coimbra e Albuquerque. -Mas, aos poucos os espanhóis percebem tal movimentação portuguesa e, no ano de 1792, fundam à margem esquerda do rio Apa o Forte de São José, na expectativa de defender as suas terras da expansão lusa na região. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  23. - Com a ação de Dom Cáceres os limites do sul do Mato Grosso, hoje Mato Grosso do Sul, estavam praticamente definidos, porém existia a necessidade agora de defender as suas possessões. - No ano de 1796, assume a administração Caetano Pinto de Miranda Montenegro, que no ano de 1797 funda às margens do rio Mondego as edificações do Presídio de Miranda: hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  24. “Levantada a edificação, chamada de presídio, passa a ocupá-la um destacamento militar que tinha por missão policiar as terras que se estendiam até o rio Apa. Ao seu redor, formou-se um povoado de índios mansos, que deu origem a atual cidade de Miranda.” hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  25. Governou brilhantemente o Mato Grosso, além de escrever diversos feito militares na província, dentre eles temos a heróica resistência de Ricardo Franco no Forte Coimbra contra a investida dos espanhóis. - Dom Lázaro da Ribeira Espinoza, toma para si a incumbência de expulsar a presença lusa da região. - Armou-se com cerca de 600 a 800 homens armados de canhões intima a rendição do Forte Coimbra, que contava com cerca de apenas 100 homens. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  26. “A Bordo de la goleta Nuestra Señora del Carmem, 17 de Septiembre e 1801. – Ayer ala tarde, tuengo el honor de contestar el fuego que V.S. hiso de esse fuerte; y habiendo reconocido que las fuerzas com que voy imediatamente a atacarlo son muy superiores a las de V.S. nopuedo menos vatricinarle el ultimo infortunio; pero, com los vassalos de S. M. Catolica saben respetar las leyes de la humanidad, aun een médio de la guerra, portanto pido a V.S. si rienda alas armas del Rey mi amo, pues de lo contrario, a cañon y espada, decidiré de la suerte de Coimbra, sufrendo su desgraciada guarnición todas las extrmidades de la guerra, e cuyas se verá libre V. S. si conveniere com mi propuesta, contestando categòricamente esta em el termino de uma hora. Dom Lázaro Ribera” hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  27. “Forte Coimbra, 17 de Setembro de 1801. – Tenho a honra de responder a V. Excia., categoricamente, que a desigualdade de forças foi sempre um elemento de que muito animou os portugueses a não desamparar o seu posto, de defendê-lo até à última extremidade, a repelir o inimigo e sepultar-se debaixo das ruínas do forte que lhe foi confiado. Nesta resolução esta toda a gente deste presídio, que tem a distinta honra de ver em frente da excelsa pessoa de V. Excia., a quem Deus guarde. Ricardo franco de Almeida Serra” hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  28. - A receber a resposta de Ricardo Franco, Dom Ribera manda abrir fogo contra o Forte. - Por terra diversos homens tentam invadir a fortificação. - Mas, devido à grande ação e estratégia dos homens de Coimbra, Dom Ribera é obrigado a recuar e retirar-se da região. - Temendo um provável retorno de Ribera, Coimbra pede reforços ao governador que imediatamente entra em contanto com São Paulo. - Este último responde prontamente enviando reforços ao Mato Grosso. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  29. - Animados com o feito de Ricardo Franco, a guarnição presente no presídio de Miranda “ se reuniu com os índios guaicurus e marcharam para o Apa (...) Comandados pelo tenente Francisco Rodrigues do Prado, atacam o Forte São José, no dia 19 do mesmo mês, com cerca de aproximadamente, 54 soldados e 297 índios.” - O tenente Ricardo Franco de Almeida Serra foi recompensado pelo grandioso feito com a patente de Coronel, trezentos mil réis e o hábito de São Bento de Avis. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  30. A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL E O MT • Principais Acontecimentos do Período • A transferência da capital para Cuiabá • A Rusga • - A Guerra da Tríplice Aliança contra e Paraguai • - O rio Paraguai na comunicação e transporte após o final do século XIX • - Sistema produtivo: extrativismo, usinas de açúcar e pecuária • - O panorama social: a questão da escravidão • - A cultura mato-grossense no século XIX hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  31. MT e o Brasil Imperial - Mato Grosso Jura fidelidade ao Imperador - Transferência da capital, de Vila Bela para Cuiabá Mato Grosso, na primeira metade de século XIX, vivia uma realidade diversa se comparada a do início da sua colonização, pois a mineração estava em decadência e a economia baseava-se principalmente em atividades agropecuárias e no comércio. - Com relação aos seus núcleos populacionais, os mais desenvolvidos eram Vila Bela e a cidade de Cuiabá. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  32. RUSGA - A Rusga foi um movimento ocorrido em Mato Grosso no ano de 1834, durante o período regencial. - os grupos políticos liberais e conservadores se organizavam em sociedades. - Seguindo essa tradição em Mato Grosso, os liberais se agrupavam na Sociedade dos Zelosos da Independência e os conservadores na Sociedade Filantrópica. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

  33. - "os revoltosos, liderados pela Sociedade dos Zelosos da Independência, planejavam uma rebelião que teria início na madrugada de 30 de maio de 1834". -Chefe do governo em Cuiabá, João Poupino Caldas - 30 de maio, data da rebelião, a população saiu pelas ruas de Cuiabá. Membros das camadas inferiores e da guarda nacional gritavam palavras de ordem; armados, roubaram e saquearam casas de comércio e até mortes foram registradas. - No dicionário, a palavra "rusga" significa barulho, desordem, confusão, pequena briga ou desentendimento entre duas ou mais pessoas. No caso de Mato Grosso, não foi uma revolução hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br

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