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Curso: ARQUITETURA E URBANISMO I DATA: AGO/2010 Disciplina: TEORIA, HIST. E CRÍTICA DA ARQ. E URB. II Professor: KLINGER OLIVEIRA. A IDADE MÉDIA - RESUMO E CONSIDERAÇÕES SÉCULO VI AO XV. ►FATORES CARACTERÍSTICOS (EUROPA OCIDENTAL)
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Curso: ARQUITETURA E URBANISMO I DATA: AGO/2010 Disciplina: TEORIA, HIST. E CRÍTICA DA ARQ. E URB. II Professor: KLINGER OLIVEIRA • A IDADE MÉDIA - RESUMO E CONSIDERAÇÕES • SÉCULO VI AO XV. • ►FATORES CARACTERÍSTICOS (EUROPA OCIDENTAL) • ▪ Formação do feudalismo • ▪ Decadência do comércio • ▪ Ruralização econômica • ▪ Fortalecimento do poder local exercido pelos senhores feudais • ▪ Ascenção da igreja e da cultura teocêntrica • ▪ Europa invadida por povos bárbaros, mais tarde por árabes, vikings,etc.. • ►PRINCIPAIS GRUPOS BÁRBAROS INVASORES • ▪ Tártaro-mongóis: de origem asiática, compreendiam as tribos dos hunos, turcos, búlgaros, húngaros, etc. • ▪ Eslavos: Oriundos da Europa oriental e da Ásia, compreendiam os russos, os poloneses, os tchecos, os sérvios, etc.. • ▪ Germanos: de origem indo-européia, compreendiam várias nações, como os visigodos, os ostrogodos, os hérulos, os anglos, os saxões, os francos, etc... • Os bárbaros não conheciam um Estado organizado, constituindo nações divididas em tribos. Como a maioria desconhecesse a escrita, a vida social era orientada por leis consuetudinárias (baseadas nos costumes) transmitidas oralmente. • Foi a partir do século V, com a queda do Império Romano do Ocidente, que se acelerou definitivamente o processo de formação do mundo feudal, tendo início a Alta Idade Média. • A ALTA IDADE MÉDIA – SEC V ao X (IMPÉRIO ROMANO/BIZANTINO) • ► FATORES CARACTERÍSTICOS (ORIENTE) • A cidade de Constantinopla, fundada pelo Imperador Constantino (sec. IV), por razões de ordem econômica e estratégica, converteu-a na nova capital do império romano. • Localização privilegiada, entre os mares Egeu e Negro, entre o Ocidente e o Oriente. • Comércio ativo com as cidades vizinhas. • Centro rico e forte pela sua produção agrícola e pelo comércio. • Preservou muitas instituições latinas, como as normas políticas e administrativas, assim como o latim. • No século VII o grego é reconhecido como língua oficial. • O Imperador comandava o exército e a Igreja, sendo considerado representante de Deus, e possuindo grande poder. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ
Justiniano (527-565), o mais célebre governante do império bizantino; • Ampliou as fronteiras à península Ibérica e à África. • Realizou entre 533 e 565, a compilação do Direito romano, em: • 1) Código: conjunto de leis romanas desde o século II. • 2) Digesto: comentários dos grandes juristas a essas leis. • 3) Institutas: princípios fundamentais do direito romano. • 4) Novelas: novas leis do período de Justiniano. • 5) O conjunto desses trabalhos resultou num dos maiores legados do mundo romano: o Corpo do Direito Civil. • No campo cultural: construção da Igreja de Santa Sofia – estilo bizantino – simbolizava o poder do Estado (dez mil pessoas trabalharam na sua construção). • ▪ Posteriormente, surgem dentro da igreja, correntes doutrinárias – as heresias – que questionavam os dogmas cristãos pregados pelo papa de Roma, como as dos: • Monofisistas: defendiam que Cristo possuía apenas uma natureza divina, espiritual. Negavam a Santíssima Trindade (pai, filho e espírito santo) representando Deus. • Iconoclastas: defendiam a destruição de imagens. No início do século VIII, o imperador Leão III, decretou ser proibido o uso de imagens de Deus, Cristo ou de santos nos templos. • Surgimentro do cesaropapismo: supremacia do imperador sobre a igreja. • Rompimento da Igreja Bizantina com a Igreja de Roma. • Consumou o rompimento com a Cisma do Oriente (autonomia total da Igreja oriental, acusando o papado de distanciar-se das pregações originais de cristo e de seus apóstolos. • Com a cisão surgem duas Igrejas: a Igreja Ortodoxa, subordinada ao Patriarcado de Constantinopla, e a Igreja Católica Apostólica Romana, dirigida pelo Papa. • ▪ A partir dos séculos VII e VIII, o Império Bizantino vai perdendo territórios, devido ao cerco, ora dos bárbaros, ora dos árabes. • ▪ A partir do século XIII, as dificuldades do Império se multiplicam. No final da Idade Média, osturcos-otomanos, em 1453, derrubam as muralhas de Constantinopla, pondo fim ao Império Romano do Oriente. • ▪ A queda de Constantinopla serviria como marco crononológico para o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna. • ► O MUNDO ÁRABE – O ISLAMISMO • ▪ Até o fim do século VI, população dividida, aproximadamente, em trezentas tribos, divididas entre os beduínos e pelas tribos urbanas. • ▪ Surge na região situada a margem do Mar Vermelho, suas principais cidades, MEDINA e MECA, que se tornam grandes centros comerciais da Árabia. • ▪ Meca se torna o principal centro religioso como o é até hoje. • ▪ Até o século VII, desconhecia Estados organizados. Eram comandados pelos xeques (sheiks), que viviam em constantes guerras. • ▪ Nascido em Meca em 570, Maomé, em 610 após longos anos de meditação, cria o Islamismo, religião que condenava o politeísmo. Considerava Alá o único Deus. Em 630, unifica política e reliogiosamente a Arábia. Morre em 632. • ▪ Preserva a Caaba, um dos principais símbolos – a pedra negra. Segundo as tradições árabe, esta pedra foi oferecida por Deus ao filho de Abraão, e era branca, foi escurecida pelos pecados e beijos dos milhões de peregrinos.
A BAIXA IDADE MÉDIA (SEC. X ao XV) • ►O MOVIMENTO DAS CRUZADAS (SEC. XI ao XIII) • FATORES DETERMINANTES: • A religiosidade do homem medieval; • Marginalização decorrente do crescimento demográfico; • A persistência do direito de primogenitura; • Oportunidade de aventura e, eventualmente, de enriquecimento; • Possibilidade de reabertura do Mediterrâneo e a obtenção de entrepostos e vantagens comerciais; • O papa Urbano II, em discurso no Concílio de Clermont, em 1095, conclamou os cristãos a integrar o movimento cruzadista: • PRINCIPAIS CRUZADAS: • Cruzada dos Mendigos (1096): Comandada por Pedro, o Eremita e Gautier Sem-Vintém – movimento popular – massacrada pelos turcos. • Primeira Cruzada (1096-1099) – Cruzada dos Nobres. Comandada por Godofredo de Bulhão, Raimundo de Toulouse e Boemundo – teve sucesso, reconquistando Jerusalém em 1099 – criou ordens monásticas como as dos Templários e Hospitalários; • Segunda Cruzada (1147-1149): Comandada pelos reis Luís VII (França) e Conrado III (Sacro Império) – não atingiu seus objetivos, desintegrou-se; • Terceira Cruzada (1189-1192) – Cruzada dos Reis. Comandada por Ricardo Coração de Leão (Inglaterra), Felipe Augusto (França) e Frederico I, o Barba-Ruiva (Sacro Império) – fez acordo com Saladino que permitia a peregrinação cristã a Jerusalém. • Quarta Cruzada (1202-1204) – Cruzada Comercial. Duque Dândolo, de Veneza – saquearam Zara e Constantinopla – fundaram o Reino Latino de Constantinopla (1204-1261) – Veneza assume o domínio do Mediterrâneo; • Cruzada das Crianças (1212): movimento extra-oficial – oposição do papa Inocêncio III – as crianças foram vendidas como escravas no Norte da África; • Quinta Cruzada (1218-1221). Dirigida por André II, da Hungria, contra o Egito. Não obteve resultados; • Sexta Cruzada (1228-1229). Realizada por Frederico II (Sacro Império). Fez acordos diplomáticos com os turcos; • Sétima e Oitava Cruzadas (1250-1270). Dirigida por Luís IX (França), contra o Egito, sem sucesso.
► A EXPANSÃO DO ISLAMISMO PARA O OCIDENTE • Motivada pelo crescimento populacional e escassez de terras férteis. • Iniciou-se com a conquista de territórios bizantinos e persas. • GibralTarik (711), atravessou o estreito entre a África e a Europa, que recebeu seu nome – GIBRALTAR. • Penetraram na península Ibérica, e são barrados em 732, pelo franco Carlos Martel, na batalha de Poitiers, nos Pireneus. • Nesse período o governo já era exercido pelos Califas (chefes religiosos e políticos). • Principais califados: califado de Bagdá, na Ásia; califafo do Cairo, no Egito; califado de Córdova, na Espanha. • Surge a Guerra da Reconquista da península Ibérica, iniciada no século VIII, e as Cruzadas cristãs contra os muçulmanos, no século XI. • O surgimento de outras seitas islâmicas arruinam o império, destacandose: • Os sunitas: partidários de um chefe de Estado, eleito pelos crentes, e que Sunna, livro dos ditos e atos de Maomé, era uma importante fonte de verdade para o islamismo. • Os xiitas: defendiam um ideal absolutista de Estado, tendo como chefe religioso e político um descendente do Profeta. Só admitindo o Corão como fonte de ensinamentos. • 1057: O califado de Bagdá submete-se ao poder temporal de um sultão seljúcida; • 1258: Conquista de Bagdá pelos mongóis, termina o domínio da dinastia abássida; • Século XV: osturcos-otomanos–convertidos ao islamismo – conquistaram a parte oriental do antigo império muçulmano – hegemonia na região. • Na península Ibérica, a Guerra da Reconquista, favoreceu a formação de alguns reinos, como Aragão, Castela, Leão e Navarra. • Em l492: os muçulmanos foram expulsos da península, quando os espanhóis conquistaram Granada. • A ARQUITETURA: é considerada a mais importante das artes sarracenas(árabes), destacando-se: construções de Palácios, Mesquitas e Escolas – influência bizantina e persa. Entre os principais elementos arquitetônicos contam-se as cúpulas, os minaretes, os arcos em ferradura e as colunas torcidas. Na decoração, encontramos uma profusão de motivos geométricos e vegetais. • A literatura muçulmana: O livro dos reis, do poeta Al-Firdausi, o Rubayyat, de Omar Khayyam, e As mil e uma noites, coletânia de contos eróticos, fábulas e eaventuras, derivados de diversos povos orientais. • A ciência na cultura Árabe – apoiados no legado grego – foram notáveis matemáticos, físicos, astrônomos, químicos e médicos. A adaptação do sistema numérico indiano ao arábico. Progressos na trigonometria e na álgebra. Desenvolveram pesquisas sobre a refração da luz, criaram os fundamentos da óptica. A investigação científica nos campos da história, da filosofia e economia. • Na medicina: descoberta da natureza contagiosa da tuberculose e o diagnóstico de doenças como o sarampo. • Na Filosofia: preservaram os conhecimentos de Aristóteles e Platão.
► O ESPAÇO FEUDAL • FEUDO: UNIDADE DE PRODUÇÃO AGRÍCOLA. • Divisão do feudo: • Manso Senhorial: Terras exploradas pelos servos e senhores.Tinham castelos/moradias, igreja, moinho, padaria, celeiros, estábulos,cabanas. • Manso Servil: Terras arrendadas para servos para seu consumo, porém, pagavam impostos e taxas ao senhorio; • Manso Comunal: Terras de uso comum (senhores e camponeses). • Utilização da terra: Sistema de rotatividade produtiva. • 1˚. ANO2˚. ANO 3˚. ANO • Sistema de CEVADA TRIGO REPOUSO LOTE-1 • rotação • trienal TRIGO REPOUSO CEVADA LOTE-2 • de • Culturas REPOUSO CEVADA TRIGO LOTE-3 • Pincipais impostos feudais: • Corvéia: Pagamento com trabalho obrigatório nas terras do senhor; • Talha: Pagamento de porcentagem da produção; • Banalidades: Impostos pagos com produtos pela utilização de equipamentos do senhor (forno, moinho, celeiro, etc...) • A PARTIR DO SÉCULO XII • Grandes transformações provocadas pela expansão comercial afetaram o monopólio cultural exercido pela igreja; • Contatos mais intenso e frequentes com outros povos, principalmente do oriente; • O homem adquire outros valores, deixando de subordinar sua vida a uma “vontade divina”. • Santo Tomás de Aquino (1225-1274) – Professor da Universidade de Paris – autor de Suma Teológica – Inspirou-se em Aristóteles; • “O desenvolvimento (progresso) humano não dependia apenas da vontade divina, mas também do esforço do homem. Assim o homem surgiria como um ser privilegiado, uma vez que, dotado de razão, estava preparado para assumir o seu destino. Procura conciliar Fé e Razão”. (Santo Tomás de Aquino). • Fez do livre-arbitrioum dos eixos de sua teologia, refutando a idéia deSanto Agostinho (354-430) – que foi autor da síntese entre filosofia clássica e o cristianismo, das obras Confissões e Cidade de Deus – inspirado em Platão. O qual preocupou-se em conhecer a essência humana como modo de alcançar a salvação da alma, e disse: • “O homem era um ser corrompido, por ter herdado o pecado original, que era um ser predestinado seja à salvação ou à condenação”. (Santo Agostinho). • Surge o Trovadorismo (sul da França – região de Provença). O tema favorito era o amor. Louvava a mulher, o refinamento, a cortesia e a galanteria, e era produzido pelos trovadores. • Surge a Poesia Épica. Retrato de uma sociedade feudal viril, guerreira e rude, descrevia os feitos heróicos de nobres cavaleiros (El Cid, Rei Arthur,...). • No final da Idade Média, a literatura produzia traços que mostravam um afastamento crescente da influência dos valores religiosos e das normas estritas da Igreja. Emergiam novas preocupações e manifestações, uma renovação cultural com tons mais humanistas.
Obras nesse sentido: O Romance da Rosa, de Guilherme de Loris e João Menny; A Divina Comédia, de DanteAlighieri, onde retrata sua viagem imaginária ao Inferno, Purgatório e Paraíso, onde encontra mortos ilustres do passado ou de sua época (papas no inferno, pagãos no purgatório), discutindo fé e razão, religião e ciência, amor e paixão • As universidades tornam-se excelentes centros de ensino; • Transformação das antigas escolas e das catedrais em centos de estudos inovadores e brilhantes; • Sob o predomínio dos homens da igreja, juntam-se também os alunos e professores membros da nobreza e de novos grupos sociais emergentes nas cidades; • Criam-se os primeiros cursos: • TRIVIUM: gramática, retórica e lógica. • QUADRIVIUM: aritimética, geometria, astronomia e música. • Após esses estudos iniciais, o aluno era encaminhado para as “artes liberais”, quando se preparava para exercer um ofício, ou então especializava-se nas áreas de teologia, medicina ou direito; • Os freqüentadores das universidades gozavam de isenção de impostos, estavam dispensados do serviço militar, e submetidos a julgamentos em tribunais especiais; • No século XIII – século das universidades – já eram 80 as universidadeseuropéias, um verdadeiro renascimento da cultura Laica (popular). • ►A CENTRALIZAÇÃO DA POLÍTICA MEDIEVAL • ─ NA FRANÇA • Felipe Augusto (Felipe II – 1180-1223), usou como pretexto a necessidade de combater os ingleses que ocupavam o norte da França. • Cobrança de impostos em todo o território francês; • Montou um poderoso exército; • Garantiu o poder real e domínio do território unificado; • Derrotou os ingleses e se impôs à nobreza, nomeando fiscais reais; • Se aliou a burguesia (venda de cartas de franquia aos burgos), contra a recusa dos senhores feudais para liberarem os burgos de seu controle. • Luis IX (1226-1270): • Levou adiante o processo de centralização, organizando uma rede de tribunais reais; • Instituiu uma moeda de circulação nacional; • Participou da sétima e oitava cruzadas, ambas fracassadas; • Canonizado como São Luís. • Felipe IV, O Belo (1285-1314): • Continuou o fortalecimento da centralização e preocupou-se com sua legitimação. • Criou em 1302 a Assembléia dos Estados Gerais; • Compunha-se de: Clero, nobreza, comerciantes, camadas pobres da população; • Tinham caráter meramente consultivo; • Era convocada de acordo com a vontade do monarca.
▪ Impôs taxação sobre os bens da igreja; • ▪ Transferiu a sede da igreja de Roma para a cidade de Avignon no sul da França. Tal episódio iniciou o período conhecido como cativeiro de Avignon, durante 70 anos os papas submeteram-se à autoridade do rei da França. • ▪ Neste período foi nomeado outro papa em Roma – desencadeou o Cisma do Ocidente, com a divisão suprema da Igreja Católica entre dois papas. • ▪ Entretanto veio a Guerra dos Cem Anos. Houve enfraquecimento do poder monárquico na França (1337-1453). Foi decisiva para a definição das fronteiras da França. • Impossibilitou a utilização de rotas terrestres; • Houve declínio das feiras; • A alternativa surgida foi o contorno da Península Ibérica, dinamizando a atividade mercantil com Portugal e Espanha; • A segunda alternativa era fluvial e incluía a travessia dos Alpes, seguindo pelo rio Reno até Flandres no norte da Europa. • PROBLEMAS DO PODER MONÁRQUICO NESTE PERÍODO: • Necessidade da nobreza para fortalecer seu exército; • Insatisfação burguesa com as primeiras derrotas da guerra; • Fome generalizada no país; • Rebeliões camponesas, chamadas Jacqueris (joão-ninguém). A mais importante em 1358 – invasões de castelos e assassinatos de senhorios; • Advento da Peste Negra (1347/1350). Matou 25 milhões de pessoas na Europa. • A Peste Negra, surgiu na China, foi para a Índia e para a Europa, através de navios vindos do porto de Cafa no Mar Negro. • EM 1364 – ASCENÇÃO DE CARLOS V • Reinício de guerra contra ingleses; • Unifica os exércitos; • Conquista de vários territórios; • Com sua morte há a divisão da nobreza francesa – os armagnacs e os borquinhões, que lutam entre sí; • Os borguinhões perdem e se unem aos ingleses que são vitoriosos em l420; • A França se divide em dois tronos: nos territórios do norte, governava o inglês Henrique V; nos territórios do sul o francês Carlos VII, com apoio dos armagnacs; • Neste Período surge JOANA D’ARC, filha de humildes camponeses, que contagiou os franceses, liderou combates, liberta boa parte da França central e levou Carlos VII a Reims, no norte do país, onde foi coroado segundo as tradições; • Em 1430 os borguinhões prendem JOANA D’ARC, que é julgada pelos ingleses, acusada de heresia, e queimada em praça pública, na cidade de ROUEN em 1431; • O rei Carlos VII expulsa os ingleses em 1453; • Estava assim lançada as bases para a França se desenvolver economicamente durante a Idade Moderna.
A FORMAÇÃO DA BURGUESIA INGLESA • No século V, tribos germânicas (anglos e saxões), ocupam a ilha britânica, na qual fundam 07 (sete) reinos bárbaros; • Nos séculos VI e VII, essas tribos evoluem politicamente reduzindo para 03 (três) reinos; • No século IX, os três reinos se fundem criando o Estado Anglo-Saxão (Sacro Império Romano-Germânico), sob o comando do rei OTÃO I (otomano). • Em 1066, o último rei anglo-saxão, GUILHERME I, o conquistador, duque da Normandia, dá início a DINASTIA NORMANDA, e estabelece: • A subordinação da nobreza; • Cria um forte poder central; • Faz a divisão do país em Condados, supervisionados pelos SHERIFFS; • Em 1154, HENRIQUE II (1154-1189) – conde Anjou – estabelece: • A ampliação dos poderes reais; • O fortalecimento da justiça real; • Cria uma lei comum para todo o Estado, controlada por JUÍZES que percorriam todo o território, aplicando as leis. • Em 1189-1199, RICARDO I (Coração de Leão): • Empreende batalhas contra a França; • Participa da Terceira Cruzada (fracassada); • Aumenta os impostos; • Fortalece o poder dos senhores feudais. • Em 1199/1216, JOÃO (JOÃO SEM-TERRA): • Confisca as terras da Igreja (clero); • Posteriormente, pede perdão ao papa Inocêncio III; • Devolve os bens do clero; • Revolta dos senhores feudais/burgueses, 1215; • Cria a MAGNA CARTA; • Aumenta os impostos, altera as leis, que a partir daí devem ter também a aprovação do Grande Conselho, composto por membros do Clero, Condes e Barões; • A Carta Magna é considerada a base das liberdades inglesas; • O Grande Conselho foi o embrião de atual Parlamento inglês. • A partir de 1265, são acontecimentos na Inglaterra; • A admissão de burgueses no grande conselho; • Manutenção da política (descentralizada); • Envolvimento dos ingleses na Guerra do Cem Anos; • A Peste Negra, e revoltas dos camponeses; • Enfraquecimento da nobreza. • Em 1453, começa a disputa pelo trono inglês: • Guerra das DUAS ROSAS (30 anos de duração); • Essa disputa é entre as famílias YORK e LANCASTER; • Abre caminho para a centralização política do país; • Em 1485, Henrique Tudor (Lancaster), sagra-se rei com título de Henrique VII.
O SACRO IMPÉRIO ROMANO-GERMÂNICO • TERRITÓRIOS: ALEMANHA E ITÁLIA • Começa a tomar forma a partir da dinastia Carolíngia (843-936). • OTÃO I (962), Imperador do ocidente nomeia seu reino de Sacro Império Romano-Germânico: • Submissão ao feudalismo; • Disputas entre Imperador e senhores feudais e o clero. • Em 1073-1085: Pontificado de Gregório VII. • Início da Querela das investiduras, contra a corrupção e a decadência do clero; • Surgem os movimentos reformistas: • Ordem de Cluny (sec. X e XI); • Ordem dos Cartuxos (1084); • Ordem de Cister (1098). • Neste período o imperador Henrique IV: • Recusa-se a acatar os decretos papis; • Gregório ameaça excomungá-lo; • Enfrenta a oposição dos nobres; • Pede perdão ao Papa; • Suspensa a excomunhão, volta a ofensiva destituindo o papa que foge para Roma. • Em 1122 – Assinatura do Tratado de WORMS: • Limitava poderes de Henrique V; • Durante os séculos XII e XIII, vários conflitos entre imperadores e papas pela dominação do mundo ocidental; • Após 1250, a Alemanha era um mosaico de centenas de estados praticamente autonômos; • A Itália do mesmo modo estava dividida em vários estados; • As cidades contratavam os CONDOTTIERI (soldados mercenários), para sua defesa e conquista de cidades rivais. • ▪Os condottieri da família Visconti, assumem o governo de Milão em 1310, sucedidos pela família Sforza em 1450; • ▪ Em meados do século XV, destacavam-se cinco grandes Estados na Itália: • A República de Veneza – governada por um Duque (Doge), e por um conselho; • A República de Florença – governada pelos Medicis ( família de banqueiros; • Ducado de Milão – condottieri da família Sforza; • Estados Pontifícios – Estados da Igreja; • Reino de Nápoles – governado por um parente do Rei Fernando de Aragão. • ▪ Tanto a Alemanha como a Itália, durante a Baixa Idade média, não alcançaram o processo de centralização monárquica, permanecendo divididas até o século XIX.
AS MONARQUIAS NACIONAIS IBÉRICAS – ESPANHA E PORTUGAL • A unificação política da Espanha como a de Portugal, não está associada a uma significativa evolução da economia capitalista-burguesa~. • Fundamentalmente, ela originou-se da necessidade que tiveram os nobres de se unir no combate contra os muçulmanos durante a Guerra da Reconquista. • Com a decadência do Império Romano os Visigodos invadem a península Ibérica (sec. V); • Em 711, os muçulmanos invadiram a península destruindo o reino visigótico; • Acuados, os cristão-vsiigóticos deslocam-se para o norte, formando o reino das Astúrias; • Surge a Guerra da Reconquista (sec. XI e XII) – cristãos contra os mouros (muçulmanos); • Ao longo desses séculos (XI e XII), nascem os reinos de Aragão, Castela, Leão e Navarra. Posteriormente, Aragão e Castela enexaram os reinos de Leão e Navarra, bem como novos territórios reconquistados; • Em 1469, com o casamento dos reis Fernando de Aragão e Isabel de Castela, os dois reinos se unificaram; • A conquista de Granada em 1492, por Fernando de Aragão, eliminou o domínio muçulmano e encerrou o processo de formação da monarquia nacional espanhola.