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HISTÓRIA ECLESIÁSTICA Aula 4 AS HERESIAS E OS PRIMEIROS CONCÍLIOS

HISTÓRIA ECLESIÁSTICA Aula 4 AS HERESIAS E OS PRIMEIROS CONCÍLIOS. REVISÃO DAS 3 PRIMEIRAS AULAS:. A IGREJA É. SAL DA TERRA LUZ PARA O MUNDO A NOIVA DE CRISTO CADA UM DOS QUE CRÊM EM CRISTO. HISTÓRIA DA IGREJA. Início: o primeiro amor Expansão: pentecostes

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HISTÓRIA ECLESIÁSTICA Aula 4 AS HERESIAS E OS PRIMEIROS CONCÍLIOS

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Presentation Transcript


  1. HISTÓRIA ECLESIÁSTICAAula 4AS HERESIAS E OS PRIMEIROS CONCÍLIOS

  2. REVISÃO DAS 3 PRIMEIRAS AULAS:

  3. A IGREJA É SAL DA TERRA LUZ PARA O MUNDO A NOIVA DE CRISTO CADA UM DOS QUE CRÊM EM CRISTO

  4. HISTÓRIA DA IGREJA Início: o primeiro amor Expansão: pentecostes Perseguições: pelos judeus; pelos próprios cristãos; pelos romanos Vitória e Decadência, após Constantino oficializar a Igreja.

  5. Tempo de Igreja de “Pérgamo” • Depois de 10 perseguições pelos romanos, em 250 anos, no ano 313 Constantino torna-se Imperador Romano, adota a cruz como símbolo e um novo período da história da Igreja começa: • A Igreja deixa de ser perseguida (Édito de Tolerância) e torna-se oficial. Isto trouxe coisas positivas e negativas.

  6. Disse Jesus à Igreja de Pérgamo • Possuo a espada afiada de dois gumes; • Sei onde você vive e que Satanás tem aí o seu trono; • Mesmo com perseguição e vendo outros sofrerem por minha causa, sei que você continua crendo; • Todavia, tenho algumas coisas que me desagradam pois toleras alguns que, por amor ao dinheiro como Balaão, ensinam meu povo a errar; • Não concorde mais com isso, para que eu não venha até você e lute contra eles com a espada da minha boca; • Ouça com atenção para vencer e poder comer do Maná do céu e receber um novo nome

  7. PROMESSAS AO VENCEDOR ÉFESOComer da árvore da vida ESMIRNACoroa da vida PÉRGAMOManá e pedra branca

  8. CONSEQUÊNCIAS POSITIVAS • Cessaram todas as perseguições; • Os Templos foram restaurados e novamente abertos em toda parte, com intercessão por meio da rainha-mãe, Helena; • Ao clero foram concedidos muitos privilégios; • O domingo passou a ser o dia oficial de descanso e adoração; • A crucificação foi abolida; • As lutas de gladiadores foram gradualmente proibidas

  9. CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS • Idéias pagãs foram introduzidas no cristianismo: • Aumento do esplendor e cerimonialismo nos cultos, perdendo na parte espiritual (liberdade de ação pelo Espírito Santo); • Imagens de mártires, considerados santos, começam a entrar nos templos; • Adoração à mãe de Jesus substitui a adoração a Vênus e a Diana; • A Ceia do Senhor tornou-se sacrifício em vez de Memorial; • O Presbítero evoluiu de pregador para sacerdote;

  10. CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS • Em 325 Constantino preside o Concílio de Nicéia: PontifexMaximus(Sumo Pontífice); • Em 395 a religião cristã torna-se a religião oficial do Império Romano, fundindo-se o Estado e a Igreja; • Numa só entidade dois braços: o espiritual e o secular; • O paganismo migrou para dentro da Igreja

  11. 4ª AULA:AS HERESIAS E OS PRIMEIROS CONCÍLIOS

  12. Os Apologistas Tendo a Igreja necessidade de defender-se de ataques internos e externos e ensinamentos falsos ou espúrios (heresias) no que se refere à sã doutrina, especialmente da salvação pela Graça e da divindade de Jesus e da Trindade, surgiram homens que se levantavam para fazer a defesa da fé cristã. Esses homens ficaram conhecidos como apologistas , pois eram estudiosos da Palavra, cultos e conhecedores dos ensinos dos apóstolos, além de grandes oradores, tais como APOLO.

  13. Os Apologistas Os ataques internos vinham do judaísmo e de dentre os próprios cristãos, que queriam impor aos novos convertidos partes da Lei; Os ataques externos vinham dentre os pagãos, que diziam que os cristãos eram ateus, comiam criancinhas, praticavam incesto e eram incultos. Alguns apologistas do período foram: Justino, “O Mártir”; Clemente de Alexandria; Orígenes, de Alexandria; Tertuliano, de Cartago

  14. Alguns Apologistas • Justino, “O Mártir” (100 A 165 d.C), através do conceito do Logos mostrou ao imperador e aos romanos como os cristãos seguiam os melhores princípios da sabedoria grega; Foi perseguido e martirizado por causa das suas defesas • Clemente de Alexandria (150 a 215 d.C) , escreveu vários tratados e foi mestre de Orígenes; • Tertuliano, de Cartago (155 a 220 d.c), defendeu a Trindade e a encarnação do Logos

  15. Orígenes, de Alexandria (185 a 254 d.C) • Fé desde criança, era polêmico e se expunha aos perigos em praça pública; a mãe teve que esconder suas roupas para não sair à rua em confronto com os perseguidores do pai; • estudava a Palavra com diligência e amor (hermenêutica e exegese). Foi aluno de Clemente; com 18 anos tornou-se diretor de uma Escola de Fé; • contentava-se em receber 4 óbolos (12 cents) por dia de trabalho; • se auto-castrou para não correr risco de pecar

  16. As Heresias 1. Arianismo Por volta de 319 d.C Ário, um presbítero de Alexandria, começou a propagar que só existia um Deus verdadeiro, o "Pai Eterno", princípio de todos os seres. O Cristo-Logos havia sido criado por Ele antes do tempo como um instrumento para a criação, pois a divindade transcendente não poderia entrar em contato com a matéria. Cristo, inferior e limitado, não possuía o mesmo poder divino, situando-se entre o Pai e os homens.

  17. Arianismo Ário dizia que Cristo não se confundia com nenhuma das naturezas (Pai e homens) por se constituir em um semi-deus. Ário afirmava ainda que o Filho era diferente do Pai em substância. Essa ideia ligava-se ainda ao antigo culto dos heróis gregos, dentre os quais para ele Cristo sobressaía com o maior. Como meio de difusão mais abrangente de suas ideias, fê-lo sob a forma de canções populares.

  18. Gnosticismo Os gnósticos acreditavam que a matéria fosse má e negavam que Deus fora seu criador; Acreditavam que se chegava a Deus por meio do Conhecimento (gnose) e que Jesus não era nem Deus, nem homem, mas havia recebido o Cristo no batismo; Outros acreditavam que Jesus aparecera em forma humana, mas desprovido de carne. Essa heresia rejeitava a doutrina apostólica da participação de Cristo nos sofrimentos humanos e da redenção realizada na cruz.

  19. Marcionismo Para Marcião (+- 160 d.C) o mundo e o homem foram criados por Jeová, de índole vingativa e que o Pai (de Jesus Cristo), todo amor, enviara seu Filho para salvar o homem da ira de Jeová; Era antijudaísta, não aceitava o Antigo Testamento e só aceitava o evangelho de Lucas e as cartas de Paulo.

  20. Montanismo Montano da Frígia, em torno de 155 d.C, com suas auxiliares Priscila e Maximila, anunciavam o fim do mundo e a volta iminente de Cristo; Pregavam um rigorismo moral: jejum perpétuo, proibiam o casamento, pregavam o martírio, minimizavam o papel dos bispos; Montanose dizia a encarnação do Espírito Santo e chegava a batizar em “Nome do Pai, do Filho e de Montano”.

  21. Neoplatonismo Escola filosófica fundada em Alexandria que trazia uma concepção de Deus como sendo o “Um: “Ele é Singular, Indivisível, Transcendente e Impassível. A matéria provém de emanações do “Um”; O homem, combinação de alma e corpo tem como destino a união com Ele, despojando-se de toda a individualidade; Opunha-se à fé cristã da trindade e da vontade do Pai de relacionar-se com seus filhos.

  22. Maniqueismo Fundado pelo babilônio Mani (216 a 276 d.C) era um sistema eclético que combinava elementos cristãos e orientais. Era dualista, considerando o Bem e o Mal como princípios ulteriores; O espírito do homem, preso à matéria má, necessitava de um ascetismo rigoroso, inclusive o sexual, para ser liberto; O celibato era louvável e havia uma casta sacerdotal, composta por pessoas “perfeitas” que “santificavam” as demais.

  23. Modalismo (Sabelianismo) Ensinava que não havia Três Pessoas e uma Essência Divina, mas uma Pessoa Divina que manifestou-se de três maneiras diferentes: como Pai, Filho e Espírito Santo. Sabélio era um dos seus principais expoentes

  24. Ebionistas Judeus cristãos: criam que Jesus foi o homem que, havendo cumprido plenamente a vontade de Deus, tornou-se o Messias; Para eles a Lei estava em vigor e a salvação dependia exclusivamente da sua observância.

  25. Monarquianismo Ensinava que Jesus fora um mero homem a quem o Logos habitou e o revestiu de poder no batismo

  26. Como a Igreja reagiu aos herejes • A Igreja possuía dois tipos de ministros: • 1) Ordinários: pastores e diáconos, eleitos pelas congregações; • 2) Extraordinários: apóstolos, profetas e mestres, que eram os enviados • Com o surgimento das heresias a Igreja, além dos apologistas, teve que reagir basicamente com três soluções: • O Desenvolvimento Hierárquico • 2) A formação do Cânon • 3) O Símbolo Apostólico (Credo de Nicéia)

  27. O Desenvolvimento Hierárquico A igreja criou uma estrutura hierárquica, com comando centralizado, surgindo então a figura do bispo monárqui-co, que centralizava a comunidade; Esse bispo era considerado sucessor dos apóstolos e guardião da tradição.

  28. A Formação do CânonConjunto dos livros considerados de inspiração divina • Foram três as razões principais para definir o Cânon do Novo testamento: • Combater o marcionismo, que criou um Cânon restrito ao evangelho de Lucas e às cartas de Paulo; • Muitas igrejas orientais estavam empregando livros espúrios nos seus cultos; • O Édito de Diocleciano (303 d.C) determinou a destruição dos livros sagrados. Para que ficasse claro quais eram, de fato, os livros sagrados pelos quais valia a pena morrer, foi estabelecido o Cânon, no qual era expressa a doutrina apostólica.

  29. A Formação do Cânon Os Pais da Igreja, os Apologistas, os Bispos e Presbíteros tiveram muito trabalho, lendo e analisando (exegese) todos os livros escritos após a morte de Jesus e que circulavam nas Igrejas, para definirem quais eram, de fato, inspirados pelo Espírito Santo e quais não eram. Os do Antigo Testamento já estavam definidos pelos Judeus, formando assim a Bíblia Sagrada, com 66 livros.

  30. O Símbolo Apostólico O terceiro aspecto da reação eclesiástica foi a fixação de uma confissão de fé e crença, as quais eram, inicialmente dirigidas ao batizando. No Concílio de Nicéia (ano 325) estabeleceu-se então um Credo, também conhecido como O Símbolo dos Apósto-lose que até hoje é aceito pelos católicos romanos, católicos ortodoxos e também pelos reformadores (protestantes/evangélicos)

  31. O CREDO Creio em Deus Pai, todo-poderoso, Criador do céu e da terra. E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos Céus, está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso, donde há de vir julgar os vivos e mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.

  32. O CREDO O primeiro artigo fala de Deus o criador do mundo (contra os gnósticos); O segundo fala do Filho, concebido pelo poder do Espírito Santo (contra os que negavam a divindade de Jesus), que ele nasceu da virgem Maria (contra os que negavam a humanidade de Jesus), padeceu sob Pôncio Pilatos (Jesus era um personagem real, histórico); fala também que a Igreja era católica, isto é, universal e termina com a ressurreição do corpo (contra os gnósticos)

  33. Os Concílios Ecumênicos • Os concílios são Assembléias de dignitários religiosos que têm como objetivo definir as doutrinas que deveriam ser aceitas pela Igreja e condenar os ensinos perniciosos. • Os principais concílios depois dos apóstolos foram: • O Concílio de Nicéia, ano 325 • Concílio de Constantinopla, ano 381 • Primeiro Concílio de Éfeso , ano 431 • Concílio de Calcedônia, ano 451

  34. O Concílio de Nicéia, ano 325 d.C Condenou o arianismo, que foi uma heresia ensinada por um presbítero de Alexandria, Ário, o qual afirmava que o Verbo fora criado e, portanto, não era Deus. Nesse Concílio ficou definido que o Verbo é Deus, da mesma substância do Pai e daí resultou o Credo Niceno; No concílio estavam o imperador, Constantino, e o bispo Euzébio, de Cesaréia.

  35. O Concílio de Constantinopla, 381 d.C Condenou as idéias de Macedônio (que ensinava que o Espírito Santo não é Deus, mas um “servo”) e de Apolinário (que dizia que em Jesus, Deus e homem, predominava a sua divindade em detrimento da sua humanidade) O Concílio definiu a posição do Espírito Santo na Trindade e reafirmou as duas naturezas de Cristo: Ele é plenamente Deus e homem (Teantrópico)

  36. O Concílio de Éfeso, 431 d.C Condenou o nestorianismo e o pelagianismo. Nestório, bispo de Constantinopla, rejeitou o título “mãe de Deus” dado a Maria, modificando-o para “mãe de Cristo”. Com isso ele estava ensinando que Jesus fora um “receptáculo” do Verbo; O monge Pelágio pregava que o homem não nasce em pecado. No Concílio foi definida a doutrina do pecado original: todos são participantes do pecado de Adão por natureza e não apenas pelo exemplo.

  37. O Concílio de Calcedônia, 451 d.C Condenou a doutrina de Êutico, que ensinava existir em Cristo a fusão das duas naturezas, o que resultava numa ênfase para a divina. Estes primeiros Concílios definiram a linha ortodoxa seguida pela Igreja, doutrinas essas aceitas inclusive pelos reformadores mais de 1.000 anos depois.

  38. Os Pais da Igreja • O termo “Pai” era atribuído pelos fiéis aos mestres e bispos da Igreja Primitiva devido à reverência e amor que muitos cristãos tinham pelos seus líderes religiosos dos primeiros séculos. Eram assim chamados carinhosamente devido ao amor e zelo que tinham pela igreja. • Mais tarde, o termo é atribuído particularmente aos bispos do concílio de Nicéia, e posteriormente Gregório VII (em torno do ano 1080)reivindicou com exclusividade o termo “papa”, ou seja, "pai dos pais”.

  39. Os Pais da Igreja • Eusébio, bispo de Cesaréia(+- 340) narra a história da Igreja desde a sua orígem até 324. Participou do Concílio de Nicéia ao lado de Constantino; • Atanásio, bispo de Alexandria (+- 373) destacou-se na polêmica antiariana que aconteceu no período pós-Nicéia. Sofreu exílio várias vezes por defender a ortodoxia; • Gregório Nazianzeno(329-390) grande defensor do trinitarianismo;

  40. Os Pais da Igreja • Ambrósio, de Milão (339-397) escritor e grande pregador, influenciou na conversão de Agostinho; • João Crisóstomo(347-407) Eloquente (crisóstomo = boca de ouro), bispo de Constantinopla; • Teodoro de Mopsuéstia (350-428) aceitava a interpretação literal da Bíblia. Foi um gigante da hermenêutica bíblica.

  41. Agostinho, de Hipona (354 a 430 d.C) • Em 387, Agostinho, depois de uma vida devas-sa, converteu-se e tornou-se um dos maiores defensores do Cristianismo. Os versículos chave em sua vida foram Rm 13:13,14 • Ele é apontado como o maior dos pais da Igreja. Deixou mais de 100 livros, 500 sermões e 200 cartas. • Defendeu a doutrina do pecado original e a predestinação dos salvos.

  42. Agostinho, de Hipona (354 a 430 d.C) • Sua maior obra foi o tratado “A Cidade de Deus” onde exalta a soberania de Deus, a vitória do espiritual sobre o temporal; • Sua tese de que o homem é salvo pela Graça de Deus seria o fundamento da Reforma Protestante, mais de 1000 anos depois • Seu maior erro foi a contribuição que deu para que a Igreja formulasse a doutrina do Purgatório

  43. Jerônimo, de Veneza (331 a 420 d.C) Jerônimo realizou a extraordinária tarefa de traduzir toda a Bíblia do hebraico, aramaico e grego para o Latim (Vulgata).

  44. Bibliografia 1) Curso Intensivo de Teologia, volume 1, Ministério IDE 2) História Eclesiástica, de Euzébio de Cesaréia GRAÇAS A DEUS POR JESUS CRISTO, NOSSO SENHOR E SALVADOR!

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