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ASMA

ASMA. Programa de Educação Permanente para Médicos de Saúde da Família . Definição.

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Presentation Transcript


  1. ASMA Programa de Educação Permanente para Médicos de Saúde da Família

  2. Definição “Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, na qual muitas células e elementos celulares têm participação. A inflamação crônica está associada à hiperresponsividade das vias aéreas, que leva a episódios recorrentes de sibilos, dispnéia, opressão torácica e tosse, particularmente à noite ou no início da manhã. Esses episódios são uma consequência da obstrução ao fluxo aéreo intrapulmonar generalizada e variável, reversível espontaneamente ou com tratamento.” J BrasPneumol. 2012;38(supl.1):S1-S46

  3. Fisiopatologia • Diversas células e seus produtos estão envolvidos. • Entre as células inflamatórias, destacam-se os mastócitos, eosinófilos, linfócitos T, células dendríticas, macrófagos e neutrófilos. • Entre as células brônquicas estruturais envolvidas na patogenia da asma, figuram as células epiteliais, as musculares lisas, as endoteliais, os fibroblastos, os miofibroblastos e os nervos. • Dos mediadores inflamatórios já identificados como participantes do processo inflamatório da asma, destacam-se quimiocinas, citocinas, eicosanoides, histamina e óxido nítrico. J BrasPneumol. 2012;38(supl.1):S1-S46

  4. Manifestações clínico-funcionais características da doença Processo inflamatório • Reversível: • O estreitamento brônquico intermitente , causado pela contração do músculo liso brônquico, pelo edema da mucosa e pela hipersecreção mucosa. • A hiper-responsividade brônquica é a resposta broncoconstritora exagerada ao estímulo que seria inócuo em pessoas normais. • Irreversível: • A inflamação crônica da asma é um processo no qual existe um ciclo contínuo de agressão e reparo que pode levar a alterações estruturais irreversíveis, isto é, o remodelamento das vias aéreas.

  5. História natural • Risco de persistência até a idade adulta aumenta com: • Gravidade da doença • Atopia • Tabagismo • Gênero feminino

  6. História natural • Sibilância recorrente na infância e recorrência de asma na vida adulta se relacionam com: • Eczema nos três primeiros meses de vida • Pai ou mãe com asma • Sibilância sem resfriado • Eosinofilia > 3% (sem parasitose)

  7. Diagnóstico • Sugerido por um ou mais sintomas • dispnéia • tosse crônica • sibilância • opressão ou desconforto torácico, sobretudo à noite ou nas primeiras horas da manhã • variabilidade dos sintomas, • o desencadeamento de sintomas por irritantes inespecíficos (como fumaças, odores fortes e exercício) ou por aeroalérgenos (como ácaros e fungos), • piora dos sintomas à noite e a melhora espontânea ou após o uso de medicações específicas para asma. • a asma de início recente em adultos pode estar relacionada com exposições ocupacionais.

  8. Diagnóstico • Exame físico é inespecífico • Testes • Espirometria (antes e depois de usar boncodilatadores) • Broncoprovocação • Medidas seriadas do pico do fluxo expiratório (PFE)

  9. Diagnóstico • Espirometria: teste usado para medir a dilatação dos brônquios, medindo a quantidade de ar que uma pessoa consegue exalar após uma inspiração profunda, e além de medir qual a velocidade da expiração. • Medidor do pico do fluxo expiratório ou peakflow. Um aparelho de peakflow mede de forma simples o pico de ar expirado. Inclusive pode ser usado em casa para melhorar o acompanhamento da asma, caso o médico recomende.

  10. Volumes expiratórios forçados • Utilizados clinicamente para avaliação e classificação das patologias ventilatórias pulmonares • Capacidade Vital Forçada (CVF) • Volume de ar expirado forçado em 1 segundo (VEF1) • Relação VEF1/CVF http://www.osvaldo.med.br/medicina/fisioclin1/32_Espirometria.pdf

  11. Espirometria • Motivos • Estabelecer o diagnóstico • Documentar a intensidade da obstrução ao fluxo aéreo • Monitorar o curso da doença e as modificações decorrentes do tratamento

  12. Espirometria VEF1 VEF1 VEF1 CVF

  13. VoVolume de ar que permanece nos pulmões após uma expiração vigorosa Quantidade extra de ar que pode ser expirada forçadamente ao final da expiração do volume corrente Volume de ar inspirado ou expirado em cada respiração normal Volume extra de ar que pode ser inspirado acima do volume corrente http://www.osvaldo.med.br/medicina/fisioclin1/32_Espirometria.pdf

  14. Volumes expiratórios forçados CAPACIDADE VITAL FORÇADA (CVF): • É o volume de ar eliminado durante expiração forçada, partindo-se de uma inspiração máxima • Normal: igual ou maior que 80% do estimado para a pessoa • Idade, sexo, altura

  15. http://www.osvaldo.med.br/medicina/fisioclin1/32_Espirometria.pdfhttp://www.osvaldo.med.br/medicina/fisioclin1/32_Espirometria.pdf

  16. Volumes expiratórios forçados VOLUME DE AR EXPIRADO FORÇADO EM 1 SEG (VEF1): • É o volume expirado no 1º segundo da CVF • Mede o fluxo das vias aéreas de grosso e médio calibres • É o mais utilizado para avaliação do fluxo expiratório em doenças obstrutivas

  17. NORMAL Inspiração máxima A 4 3 2 1 0 VEF1 CVF VEF1/ CVF = 80% Volume pulmonar de troca (litros) 0 1 2 3 4 5 6 7 B OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS 4 3 2 1 0 VEF1 CVF VEF1/ CVF = 47% 0 1 2 3 4 5 6 7 Segundos Adaptado de:http://www.osvaldo.med.br/medicina/fisioclin1/32_Espirometria.pdf

  18. Relação VEF1/CVF Relação VEF1/CVF = 0,8 (valor ideal) • Índice que permite relacionar o valor do VEF1 e a CVF. • Normal em valores iguais ou maiores que 0,8 • Em pessoas idosas pode diminuir para valores de 0,7 • Um índice de 0,8 significa que 80% do ar da capacidade vital forçada pode ser expirado no primeiro segundo

  19. PFE FLUXO EXPIRATÓRIO FORÇADO MÁXIMO (FEFMÁX): • Representa o fluxo máximo de ar durante a manobra de capacidade vital forçada. Esta grandeza também é denominada de pico de fluxo expiratório (PFE).

  20. Espirometria • Diagnóstico de asma • Redução da relação VEF1/ CVF • Demonstração de reversibilidade, parcial ou completa, após a inalação de um broncodilatador de curta ação. VEF1aumenta pelo menos: 200mL e 12% do seu valor prebroncodilatador ou 200 mL de seu valor prebroncodilatador e 7% acima do valor previsto (*) (*) (VEF1pós-Bd – VEF1pré-Bd) x 100 VEF1 previsto

  21. Espirometria • Uma espirometria normal não exclui o diagnóstico de asma • Quando a história clínica é característica, mas a espirometria é normal, o paciente deve ser considerado como tendo asma e, quando necessário, deve ser tratado • Nos casos de dúvida persistente, encaminhar para o especialista

  22. Hiperresponsividade as vias aéreas • No caso de suspeitos com espirometria normal, o diagnóstico pode ser confirmado pela demonstração da hiperresponsividade das vias aéreas • Inalação de broncoconstritores (metacolina, carbacol e histamina) • Broncoprovocação com exercício

  23. Hiperresponsividade as vias aéreas • Um teste de broncoprovocação química negativo, em sintomáticos, exclui o diagnóstico de asma como causa destes sintomas • A hiperresponsividade das vias aéreas não é exclusiva de asma

  24. Medidas seriadas de PFE • Mede a variação diurna exagerada do PFE • Mais simples, porém menos acurada que a verificação de hiperresponsividade na avaliação da limitação do fluxo aéreo • Durante duas semanas, medir o PFE pela manhã e à tarde. A diferença das medidas matinais e vespertinas é dividida pelo maior valor e é expressa em percentual • Variações maiores que 20% são consideradas positivas

  25. Medida do PFE • Avalia grandes vias aéreas, é esforçodependente, produz medidas de má qualidade e os valores variam entre diversos aparelhos.

  26. Diagnóstico em menores de 5 anos • São essencialmente clínicos: • Episódios frequentes de sibilância (mais de um por mês) • Tosse ou sibilos que ocorrem à noite ou cedo, pela manhã, provocados por riso ou choro intenso, ou exercício físico • Tosse sem relação com viroses • Atopia, principalmente rinite alérgica ou dermatite atópica • História familiar de asma ou atopia • Boa resposta clínica a b2-agonistasinalatórios, associados ou não a corticóides orais ou inalatórios

  27. Diagnósticos diferenciais de asma Crianças menores de cinco de idade • Rinossinusite • Doença pulmonar crônica da prematuridade e malformações congênitas • Fibrose cística, bronquiectasias, bronquioliteobliterante pós-infecciosa e discinesia ciliar • Síndromes aspirativas (refluxo gastroesofágico, distúrbios de deglutição, fístula traqueoesofágica e aspiração de corpo estranho) • Laringotraqueobroncomalácia, doenças congênitas da laringe (estenose e hemangioma) e anel vascular • Tuberculose • Cardiopatias • Imunodeficiências

  28. Diagnósticos diferenciais de asma Crianças acima de cinco anos e adultos • Rinossinusite • Síndrome de hiperventilação alveolar e síndrome do pânico • Obstrução de vias aéreas superiores (neoplasias e aspiração de corpo estranho) • Disfunção das cordas vocais • DPOC e outras doenças obstrutivas das vias aéreas inferiores (bronquiolites, bronquiectasias e fibrose cística) • Doenças difusas do parênquima pulmonar • Insuficiência cardíaca diastólica e sistólica • Doenças da circulação pulmonar (hipertensão e embolia)

  29. Sistematização do atendimento à criança com tosse e/ou dificuldade respiratória - Valorizar a queixa de tosse ou dificuldade respiratória. - Observar se existem sinais ou sintomas de alerta. - Identificar crianças em situações de risco. - Perguntar sobre febre e medir temperatura axilar. Se > 37,8º, medicar com dipirona antes de encaminhar à consulta médica. - Perguntar sobre a história pregressa de asma ou “bronquite” ou uso freqüente de broncodilatadores. - Contar a freqüência respiratória durante um minuto com a criança no colo da mãe, sem chorar e afebril. - Valorizar a taquipnéia como indicador de pneumonia. SESMG, 2005

  30. Condições de alerta na crise aguda de asma SESMG, 2005

  31. DIFICULDADE RESPIRATÓRIA SESMG, 2005

  32. Taquipinéia na infância SESMG, 2005

  33. Classificação da crise aguda de asma

  34. Pletismografia • A Pletismografia ou Prova de Função Pulmonar Completa é um tipo de exame mais abrangente que avalia a função pulmonar do paciente, por meio de variações da pressão dentro da cabine na qual o paciente permanece durante a realização do exame. • Diferentemente da Prova de Função Pulmonar Simples ou Espirometria, que é usada de forma preventiva durante a realização de um check-up ou em problemas pulmonares mais leves como a asma, a Pletismografia é destinada à detecção de doenças intersticiais do pulmão, avaliações pré-operatórias e no seguimento de pacientes com problemas respiratórios. http://www.hospitalsiriolibanes.org.br

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