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Apendicite Aguda. Histórico. Descrita pela primeira vez por Lorenz Heister em 1755. Em 1827, Melin publicou artigo sobre inflamação aguda do apêndice, recomendado sua retirada cirúrgica. Diagnóstico de 10.320 Casos de Dor Abdominal Aguda.
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Histórico Descrita pela primeira vez por Lorenz Heister em 1755. Em 1827, Melin publicou artigo sobre inflamação aguda do apêndice, recomendado sua retirada cirúrgica.
Diagnóstico de 10.320 Casos de Dor Abdominal Aguda 26 serviços de 17 paises – Organização Mundial de Gastroenterologia
Apendicite aguda Apêndice • intestino médio • 2 a 22cm (9cm em média) • artéria apendicular é ramo da ileobicecoapendicocólica • o orifício apendicular está sempre localizado na confluência das tênias cólicas do ceco • Localização “normal” é retro-cecal intraperitoneal (65%) – pélvico 30% - retroperitoneal 2% - ascende na gravidez • O achado histopatológico que caracteriza a Apendicite aguda é : infiltrado neutrofílico na camada muscular.
Etiologia • Fator Obstrutivo (90%): É o principal responsável pela patogênese da apendicite aguda (fecalitos, cálculos, vermes, corpos estranhos, sementes ou hiperplasia linfóide reativa – Principal causa na infância). • Fator não obstrutivo: Infecção é a responsável pela gênese da apendicite.
Etiologia • Outras etiologias incluem: tumores (principalmente tumor carcinóide, adenocarcinoma, sarcoma de Kaposi, cálculos, parasitas (áscaris) e bridas.
FISIOPATOLOGIA Obstrução Apendicular Estase Muco Proliferação Bacteriana Distensão Apendicular Dor Retorno Venoso Transudato Isquemia SEPSE Perfuração Necrose ABSCESSO
Dados Gerais • Incidência entre 10 e 30 anos com discreto predomínio no sexo masculino. • Apendicite aguda é a principal causa de abdome agudo não traumático em adultos jovens. • Taxa de mortalidade é de 0.25%
Fases Evolutivas da Apendicite • Fase inicial, edematosa ou catarral: Serosa congesta, rugosa e apêndice endurecido (EDEMA). • Fase purulenta, ou flegmonosa: Serosa muito espessada e com exudato fibrino purulento (PÚS). • Fase necrótica ou gangrenosa: Serosa com pontos de necrosa focal ou difusa de cor verde escura (NECROSE + PERFURAÇÃO).
Apendicite aguda • Aguda • Classicamente (anorexia 1º, dor 2º e vômitos 3º, febre moderada 38C) Dor epigástrica umbilical→ 6h FID/lombar Leucocitose: ~ 15 mil Diagnóstico clinico e Rx (85%) Laparotomia branca (15%)
Apendicite aguda • Exame Físico: • Sinal de Lennander ( retal >1° axilar) • Sinal de Blumberg / Mc Burney • Manobra de Rovsing (FIE + dor FID) • Manobra do Obturador (flexão + rotação externa da coxa sobre o abdome ) • Toque retal
Exames de Imagem • Principais sinais radiológicos encontrados • Fecalito • Nível líquido • Desaparecimento da imagem da gordura pré-peritoneal • Escoliose destro-côncava • Ausência da sombra do músculo psoas à direita • Pneumoperitônio junto ao ceco. • Menisco de PARKINSON (contorno aéreo do coprolito na perfuração).
TC • Parede espessada • Distensão AP > 5 a 7mm • Imagem em “halo ou alvo” • Fleimão periapendicular • Abscessos intracavitários
Ultrassonografia • Sensibilidade 85% e especificidade 90% • Critérios : apêndice não-compressivo com 7mm ou mais AP , presença de apendicolito , interrupção da continuidade ecogênica da submucosa , e presença de líquido ou massa periapendicular .
Diagnóstico Complementar A Laparoscopia pode ser útil em alguns pacientes nos quais o diagnóstico de apendicite aguda não pode ser afastado , principalmente mulheres entre 15 e 45 anos de idade.
Diagnóstico Diferencial • Gastroenterocolite • Linfadenite mesentérica • Doença inflamatória pélvica • Ruptura do folículo ovariano (Mittelschmerz) • Litíase ou infecção de vias urinárias • Cisto de ovário torcido • Gravidez tubária rota • Diverticulite de Meckel e cecal • Ileíte aguda de Crohn • Úlcera péptica perfurada
Precoce Tardio
Tratamento • Cirúrgico: Apendicectomia • Vias de acesso: • Incisão de MacBurney • Incisão de Rockey-Davis • Incisões verticais • Bolsa de Parker-Kehr • Via Laparoscópica
Apendicectomia Tardia • “Interval Appendectomy” • Abscesso – drenagem + antibióticos somente • Somente 1:10 pacientes com apendicite tumoral necessita apendicectomia por recurrência • Discussão : não reoperar (histopatológicos com lumens patentes), reoperar logo ou agendar (6-10 semanas) • Crises agudas durante a espera da cirurgia • O autor recomenda reoperar logo, embora o índice de ISC seja maior • Mas, no caso de crianças reopera após 8-12 semanas
Complicações pós operatórias • Infecção da ferida cirúrgica • Abscesso intracavitário • Obstrução intestinal por brida • Fístulas enterocutâneas • Pileflebite