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ARTE, LÚDICO E TECNOLOGIAS EDUCATIVAS NA SAÚDE

ARTE, LÚDICO E TECNOLOGIAS EDUCATIVAS NA SAÚDE. Profa. Maria Raquel Gomes Maia Pires Departamento de Enfermagem Universidade de Brasília. Pesquisa pós-doutoral em arte, lúdico e tecnologias educativas na saúde/Ceam/UnB. Financiamento Cnpq/Bolsa PDJ.

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ARTE, LÚDICO E TECNOLOGIAS EDUCATIVAS NA SAÚDE

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  1. ARTE, LÚDICO E TECNOLOGIAS EDUCATIVAS NA SAÚDE Profa. Maria Raquel Gomes Maia Pires Departamento de Enfermagem Universidade de Brasília Pesquisa pós-doutoral em arte, lúdico e tecnologias educativas na saúde/Ceam/UnB. Financiamento Cnpq/Bolsa PDJ

  2. Desafios para as mudanças das práticas na saúde e educação Produção de processos educativos fomentadores do espírito irreverente, importante para a recriação de sujeitos pensantes, sensíveis e atuantes em sociedades igualitárias. Que conhecimentos, dialogados com as expressões da arte e do lúdico, contribuem para a autonomia de sujeitos ?

  3. Objetivos: • Produzir conhecimentos sobre tecnologias educativas para a formação e a prática de profissionais de saúde, em diálogo com as expressões da arte e do lúdico; • Delimitar técnicas de ensino que articulem o cinema e o teatro como dimensões estéticas e éticas na aprendizagem de profissionais de saúde; • Identificar recursos lúdicos que subsidiem técnicas de ensino para a formação em saúde; • analisar o uso das técnicas de ensino pautadas na arte e no lúdico na formação e na prática de profissionais de saúde.

  4. Atividade que simula o real, livre, espontânea, desinteressada que supõe um desafio aos participantes; • Lugar de repetição que se concilia com o princípio do prazer; • “A cultura surge no jogo e enquanto jogo, para nunca mais perder esse caráter“ • Relação entre festa e jogo: eliminação da vida cotidiana; predomínio da alegria; combinação de regras com a autêntica liberdade; lugar do coletivo; dança como expressão íntima dessa relação. • Lúdico: força criadora de cultura. JOGO JOGO (Brougére, 1998; Huizinga, 2008)

  5. Características do jogo: Liberdade Evasão do real Limites de tempo e espaço Cria ordem e é ordem Tensão entre a regra e a incerteza Livre, Delimitado Incerto Improdutivo, Regulamentado Aprendizagem social e mutação do sentido da realidade. 5 critérios: linguagem, decisão, a regra, a incerteza e a frivolidade ( Callois, 1990; Brougère, 2003; Huizinga, 1990)

  6. Arte contesta o real, mas não se esquiva dele; transcendência da beleza para amar o real (Camus, 2008) Arte: pensamento ligado aos perceptos e afectos (Deleuze e Guatari, 1992) automovimento, característico do que está vivo. (Gadamer, 1985) Arte na dualidade do apolínio com o dionísico (Nietzsche, 2007) “O jogo é a infância da arte, porque a arte é a evoção da infância” (Brougère, 2003:91)

  7. JOGO ARTE Invenção criativa do real, potencia do ‘devir’, recriar-se do sujeito. Busca o espectador Busca o sujeito EDUCAÇÃO COMO EXPRESSÃO DA LIBERDADE HUMANA

  8. TECNOLOGIAS EDUCATIVAS NA SAÚDE Pauta-se na diversidade dos saberes partilhados em educação, arte e lúdico, aplicados ao processo de ensino e ao contexto do trabalho em saúde, para a composição de novos modos de aprendizagens, fomentadores de processos criativos e autônomos.

  9. METODOLOGIA Pesquisa exploratória, descritiva, abordagem qualitativa, estudo de caso, em duas etapas. ETAPA 1 - Desenvolvimento das técnicas de ensino LUDICO • Criação do (IN)DICA-SUS e Banfisa: • Estudo dos jogos Perfil, Banco imobiliário e Banco.net; • Adaptação das regras, tabuleiro e cartelas; Grupo consulta • Testes de adaptação: observação participante, diário de campo e aplicação de questionários abertos a estudantes de nível médio, graduação e pós-graduação. • -(IN)DICA-SUS: 184 sujeitos (104 em BH; 80 em Brasília); • - Banfisa: 60 sujeitos em Brasília

  10. METODOLOGIA Aprovado no COEP/UFMG, sob o parecer ETIC 0323.0.203.000-10 ETAPA 1 - Desenvolvimento das técnicas de ensino ARTE • TEATRO • Concepção da oficina-teatro como técnica de ensino; • Análise da Oficina-Teatro ‘ProAcesSUS: O mito de Sisifo vai à UBS’, realizada com 41 profissionais de saúde de 3 UBS de Belo Horizonte. • CINEMA • Concepção de disciplina ofertada no Programa de Pós-Graduação em enfermagem da UnB – ‘Cinema e ética na saúde’; • Realização de talk Show com os alunos para avaliação da disciplina.

  11. METODOLOGIA ETAPA 2 – Contribuição da arte e do lúdico na educação dos profissionais de saúde LUDICO ARTE • Aplicação de questionário aberto para definição das variáveis dependentes e independentes (piloto com 84 estudantes, em BH) • Que características inerente ao jogo, como técnica de ensino, fortalecem o caráter criativo, reflexivo e livre da educação ? Análise de temática e de conteúdo das imagens: a- depoimentos e registros avaliativos dos profissionais durante a oficina-teatro ProAcesSUS; b-depoimentosdos estudantes de pós-graduação em enfermagem/UnB, durante o Talk Show.

  12. RESULTADOS E DISCUSSÃO Questão, hipóteses e variáveis para avaliação dos jogos Que variáveis dos Componentes formativos da aprendizagem se correlacionam mais fortemente com o grau de fruição e descontração, inerente ao jogo ? Hipotese geral 1: A fruição e descontração no jogo (variáveis dependentes), como técnica de ensino, relaciona-se positivamente com os componentes formativos da aprendizagem (variáveis independentes: reconstrução de contextos, apreensão de conceitos, uso de associação, articulação teoria-prática, conhecimentos prévios, formas de se relacionar com si e com o outro)

  13. Pesquisas Adaptação Idéia Grupo consulta Testes e avaliações Desenvolvimento DESVELANDO O JOGO ...

  14. Pesquisas Adaptação Idéia Grupo consulta Testes e avaliações Desenvolvimento DESVELANDO O JOGO ...

  15. “Carregamos pedras todos os dias, chegamos ao cume da montanha e a pedra rola de volta para onde começamos a carregá-la; porém, nunca paramos para pensar neste sobe e desce em vão que fazemos todos os dias.Só com a sua ajuda conseguimos raciocinar melhor.”

  16. “Encontro difícil, constatações dolorosas, semelhanças e diferenças; emoções intensas ! Como são difíceis as escolhas!! Como as decisões desdobram rumos, ônus, julgamentos!!! Mas fica uma coisa: a disposição e a certeza de que tudo vale pena, que pagar o preço faz parte da história que construímos!”

  17. “Pensar em um bem-comum, sagacidade para alcançá-lo, tenacidade para persegui-lo, robustez para suportar o castigo imposto pelos deuses... Discernimento preciso de que se é o único responsável pelas conseqüências de seus atos, tanto da fonte que abastece Corinto, quanto do eterno rolar da pedra.”

  18. “Estou cheia de esperança depois que descobri que não estou sozinha neste desafio, o qual a vida me proporcionou. Hoje estou conseguindo ver a importância de fazer e de sentir as dificuldades da vida com mais leveza.”

  19. “Hoje é o 2º dia da oficina e uma luz no final do túnel é vista por mim e pelos demais. A esperança que a pedra pode ser levada até o topo se renova a cada dia. Não desista! E se você puder contar com alguém, ou com várias pessoas, os caminhos se tornam mais agradáveis e suaves.”

  20. “Caro amigo Sísifo; Como é bom que tenha estado aqui ! Ver que tem alguém que se preocupa com alguém. Privilégio fazer parte destes momentos mágicos, descobrir a arte. Aqui reina a paz, o amor, o carinho. Daqui levarei saudade, propostas, esperanças.”

  21. “Sísifo; Venho por meio desta carta lhe agradecer pelo dom do mito, da arte que tanto me tocou; pois aprendi que através da arte eu consigo melhorar a minha vida e consequentemente melhorar a do outro, pois o brilho, o encanto, a maravilha do espetáculo diz tudo.”

  22. “Aprendi com você a refletir na dureza do viver e na solidariedade despertada durante cada situação. Padecer com o outro e viver com o outro exige não só do nosso saber, mas do nosso querer se envolver e morrer junto com o outro. Não é fácil rolar a pedra; mas torna-se menos pesado o fardo se o dividimos, se refletimos o nosso ato com os parceiros na subida e na descida.”

  23. “A despeito das nossas inquietações e dúvidas temos a certeza de que o melhor ainda está por vir, não de uma forma agressiva, mas como a noite que nos oferece sua penumbra; não para nos assustar, mas acima de tudo para oferecer descanso e a certeza de um novo recomeço. Nossa pedra diária é um melhorar constante. Obrigada pelo aprendizado, pois me senti uma pedra sendo lapidada”

  24. “Há dias que está difícil de levantar a pedra, mas é nestes momentos que a gente vê que é possível continuar. E que os sonhos são possíveis e que temos que continuar sempre. Obrigada por esse momento e de acreditar que ainda podemos sonhar.”

  25. “Depois que te conheci aprendi que as pedras não são tão pesadas, ou difíceis de serem transpostas como às vezes se apresentam. Fique sempre próximo de mim, para que em todos os dias de minha vida eu possa carregar as pedras, cada uma com menos esforço e com mais poesia, música, pintura, teatro e fotografia, enfim, com muita arte. “

  26. “Gostaria de te dizer, como a dor de uma mãe que produz vida, que a sua história é tão dolorosa que trouxe vida a minha vida. Gerou possibilidades e esperanças em momentos difíceis e dolorosos. Quero também rolar uma pedra, não como um “castigo”, mas como uma possibilidade diária que não se encerre”

  27. “Você tem me ensinado a ser mais perseverante, a não ter medo de avançar e a me despir dos preconceitos. Desorganizou meus pensamentos para produzir transformações dentro de mim. Hoje carrego minhas pedras com um peso que suporto carregar. Sabe, acho que já consigo enxergar que as pedras que carrego são mais leves que muitas que estão rolando por aí.”

  28. “Ao te conhecer, percebi sua existência dentro de mim e também reconheci que dentro de cada um de nós existe um Sísifo que não se permite desistir de lutar e de continuar a árdua tarefa de ludibriar a morte, adiando o máximo possível esse certeiro encontro.Obrigada por mostrar-me todos os outros Sísifos que colaboram no rolar das pedras”

  29. TalkShow : por uma nova ética na saúde “Percebemos que, muitas vezes, assumimos posturas marcadas por muita violência’; ‘Não tínhamos consciência do quanto reproduzimos situações de exclusão social’; ‘Modificou-se a minha forma de ver e analisar o filme, trazendo-o para o meu cotidiano’; “Num primeiro momento, durante a dinâmica do Abrigo, agíamos num movimento de ‘exclusão’, agora tentamos nos pautar pela inclusão do diferente’; “Percebemos com as discussões dos filmes e dos textos que o diferente é importante para o desenvolvimento moral da sociedade’. Recriar-se de posicionamentos éticos dos profissionais de saúde

  30. CONCLUSÃO O diálogo da educação com o lúdico e com a arte propiciou o despertar do espírito criativo, livre e critico nos sujeitos do conhecimento, em todas os cenários em que as técnicas de ensino foram aplicadas, nos distintos públicos e temas. O uso de tecnologias educativas que possibilitem a reflexão, a teorização das práticas, a descontração e a abstração produziram sentidos de aprendizagem que ultrapassaram a racionalidade instrumental - contribuindo para a formação de cidadãos e de profissionais de saúde inovadores.

  31. REFERENCIAS BROUGÈRE, Gilles . Jogo e educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998; CALLOIS, R. Os homens e os jogos:máscara e vertigem. Lisboa:Ed. Cotovia, 1990. CAMUS, A. O homem revoltado. Rio de Janeiro:Record, 2006; GADAMER, HG. A atualidade do belo: a arte como jogo, símbolo e festa. São Paulo:tempo Brasileiro, 1985 HUIZINGA, J. Homo Ludens – o jogo como elemento da cultura. 5 ed. São Paulo: Perspectiva, 2008. 243 p. Nietzsche F. O nascimento da tragédia. São Paulo (SP): Companhia das Letras; 2007.

  32. Muito Obrigada !!! Visite o Blog do Recriar-se: www.recriarse.wordpress.com E-mail: recriar.se@gmail.com maiap@unb.br

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