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Febre Amarela

Febre Amarela. João Carlos Pinto Dias CPRR – DIP 2006. Arboviroses. Qualquer doença viral transmitida primariamente, mas não exclusivamente por artrópodes; Mosquitos, Carrapatos, Crustáceos Mais de 400 viroses, 100 causam doenças em humanos RNA vírus. OUTROS VETORES.

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Febre Amarela

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Presentation Transcript


  1. Febre Amarela João Carlos Pinto Dias CPRR – DIP 2006

  2. Arboviroses • Qualquer doença viral transmitida primariamente, mas não exclusivamente por artrópodes; • Mosquitos, Carrapatos, Crustáceos • Mais de 400 viroses, 100 causam doenças em humanos • RNA vírus

  3. OUTROS VETORES Pássaros Selvagens Animais Domésticos Humanos Outros Animais VETORES PRIMÁRIOS Pássaros Domésticos Mosquitos Mosquitos VETORES SECUNDÁRIOS Pássaros Selvagens Animais Domésticos Animais Selvagens e Pássaros Transmissão

  4. Formas Clínicas • Doenças do SNC • Febre baixa com ou sem exantema • Febre Hemorrágica • Artrite e exantema, com ou sem febre

  5. Arboviroses - Tipos • Dengue • Febre Amarela • Encefalite Eqüina do Leste e Oeste • Encefalite de St. Louis • Encefalite Venezuelana • Encefalite LaCrosse • Febre do Colorado (carrapato) • Febre do Oeste do Nilo Fonte: Manual of Clinical Microbiology, 2003, 8thed.; 1553-1559

  6. O Mosquito Aedes aegypti http://www.cdc.gov/ncidod/dvbid/dengue/electron-micrograph.htm

  7. Distribuição do Aedes aegypti no mundo 2002

  8. Febre Amarela

  9. Introdução • Doença infecciosa aguda • Causada por flavivírus • 1 sorotipo conhecido, com pequenas alterações genéticas entre as cepas da América e da África, que caracterizam 2 e 5 genótipos respectivamente • Predominam as formas leves • Nas formas graves cursa com a tríade: icterícia, hemorragias e insuficiência renal • Mortalidade geral de 5 a 10% • Nas formas graves (toxêmica): 20 a 50%

  10. Febre AmarelaEPIDEMIOLOGIA • CICLO SILVESTRE • Hemagogus janthinomis e leucocelaenus (antropofilicos, diurnos, umbrosos > macacos callitrix ou cebidae (ou roedores e marsupiais) > alta mortalidade e dispersão em ondas/períodos > homem (acidental, invasor) • CICLO URBANO • Homem>Aedes aegypti (albopictus)>homem • Letalidade: 20-50% casos graves (ictéricos), do 7º ao 10º dia

  11. Fontes de Infecção • Forma silvestre: primatas não humanos são os principais hospedeiros, principalmente macacos do gênero Cebus (prego), Alouatta (guariba), Atelles, Calithrix (soim) • (gambá, porco-espinho, morcego) • Forma urbana: homem

  12. Fontes De Infecção • Haemagoggus janthinomys • Maior distribuição geográfica conhecida • Estritamente silvestre • Preferencialmente primatófila • Atividade diurna • Sabethes spp • Aedes aegypti

  13. Febre Amarela Silvestre Generalidades • Flavivirus (Togaviriidae) • Ondas de expansão enzootica: grandes matas e matas de galerias > pequenas epizootias errantes • Hemagogos: ativ. diurna, até 300 m fora da mata • > atividade épocas chuvosas: transovariana • Intervalos de propagação 5-9 anos desde Amaz. • > Zonas intercaladas galerias/cerrados • Reaparecimento após longas latências • Possibilidades marsupiais e outros hospedeiros • Epizootias > mortalidade entre macacos (cebidae)

  14. Epidemiologia • Doença no Brasil historicamente semelhante a de outros países • África: 90% das notificações – 5000 casos/ano • América do sul: 300 casos/ano • Peru 50% • Bolívia 20% • Brasil 18% • Última epidemia de FAU: RJ – 1928-1929: 738 casos e 478 óbitos • Últimos casos de FAU: 1942 – Acre – 3 casos • Forma Silvestre: região norte – 48% nas duas últimas décadas • 1999: deslocamento da FAS para fora da região endêmica em direção ao leste e sul do país

  15. Surto MG 2003 Surto MG 2001 32 Casos>16 óbitos

  16. Epidemiologia • Doença no Brasil historicamente semelhante a de outros países • África: 90% das notificações – 5000 casos/ano • América do sul: 300 casos/ano • Peru 50% • Bolívia 20% • Brasil 18% • Última epidemia de FAU: RJ – 1928-1929: 738 casos e 478 óbitos • Últimos casos de FAU: 1942 – Acre – 3 casos • Forma Silvestre: região norte – 48% nas duas últimas décadas • 1999: deslocamento da FAS para fora da região endêmica em direção ao leste e sul do país

  17. INCUBAÇÃO Homem: 03 a 06 dias Viremia: 24 a 48 horas antes do ínicio dos sintomas até o 5º dia de doença Mosquito: 09 a 12 dias – dependente da temperatura IMUNIDADE Ativa natural: Permanente Ativa artificial:Vacina Passiva Natural: até o 6º mês de vida

  18. Ultimo caso FA urbana Brasil : Acre, 1942

  19. Febre Amarela: suscetibilidade e imunidade • Em não-imunes: suscetibilidade geral; • Pela doença: imunidade permanente; • Pela vacina: AC de 7-10 dias> 10-20 anos • Por AC maternos de mulheres imunes: imunidade passiva até 6°. mês.

  20. Febre AmarelaDIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Malária falciparum • Hepatites virais e tóxicas • Quadros gripais “like” (formas leves) • Leptospirose (síndrome de Weil) • Febre tifóide • Febres hemorrágicas virais (Ebola, Sabiá, Hantaan, Bolívia, Marburg, Lassa, etc. ) • Anemias hemolíticas, • Choque séptico • Meningococcemia • Febre maculosa • Endocardites

  21. Diagnóstico Diferencial • Choque séptico • Meningococcemia • Meningoencefalites • Febre amarela • Leptospirose • Malária • Hepatite infecciosa • Febre maculosa • Outras febres hemorrágicas • Endocardites

  22. Como doença exantemática • TIPO: PETEQUIAL E/OU PUPÚRICO • Diferenciar de outras virais como;SARAMPO, VARICELA, ZOSTER, HERPES SIMPLES, ADENOVIROSES, HANTAAN E OUTRAS HEMORRÁGICAS, ENTEROVIROSES • BACTERIANAS: SEPTICEMIAS, ENDOCARDITES, F. TIFOIDE, ESCARLATINA E LUES; • RICKÉTIAS: FEBRE MACULOSA • OUTRAS: MALÁRIA, TOXOPLASMOSE

  23. Clínica • 1ª Fase: • Início do súbito • Febre Alta – Calafrios • Mialgias • Bradicardia relativa • Cefaléia intensa • Náuseas e vômitos • Melhora clínica no 3º ao 4º dia de doença

  24. Clínica • 2ª Fase: • Formas Graves: • Exacerbação dos sintomas principalmente digestivos; • Vômitos, epigastralgias, dor abdominal • Manifestações hemorrágicas • Sangramento gastrintestinal – vômito negro • Epistaxe, púrpura, petéquias • Insuficiência hepática • Icterícia progressiva • Elevação de transaminases • Encefalopatia hepática

  25. Clínica • Insuficiência renal - Albuminúria • Azotemia • Achados neurológicos: • Refletem edema cerebral, hemorragias, distúrbios metabólicos Fase terminal: choque, acidose metabólica, confusão mental e coma

  26. Febre Amarela: Quadro Clínico Clássico • Incubação: 3-6 dias, com cefaléia e febre > quadros clínicos intensidade variável, podem Faget *, vômitos, icter. • Geralmente início súbito • Indisposição geral> febre (baixa>eleva)> prostração> hiperemia conjuntival-vômitos-mialgia-artralgias-dor epigástrica-calafrios. VIREMIA (infectante ao mosquito) • 2º dia: temperatura elevada, Faget, prostração • 3o. ao 4o. dias: melhora geral e febre cai: alívio • 4o - 5o + 2-5.dias: exacerbação e toxemia. • TRÍADE: ALBULMINÚRIA-ICTERÍCIA E HEMORRAGIA • Vômitos (sangue escuro), hemorr. Gengivais, cutâneas, uterinas, intestinais. Oligúria>I.Renal Aguda • Óbito 6 a 9o. dia, pós coma ou súbito (choque) • Formas fulminantes: 3 – 4 dias. • Recuperação: final 2a. semana • * Faget: febre x bradicardia

  27. Patogenia • FÍGADO: • Necrose médio zonal • Áreas ao redor da necrose mantém a arquitetura preservada • Inicialmente focal e posteriormente confluente • Degeneração eosinofílica: corpúsculos de Councilmann e Margarino Torres

  28. Febre Amarela: diagnóstico laboratorial • Inespecíficos: • Leucopenia (5o dia). Pode leucocitose (convalesc.) • Trombocitopenia,  fibrinogênio,  tempo coagulação e protrombina. VHS CARACTERISTICAMENTE BAIXA • Transaminases e bilirrubina (+ direta) elevadas •  níveis séricos de uréia e creatinina. Fosfatase alcalina: N • Específicos • Histopatologia hepática: corpúsculos de Councilman (degen. eosinofílica hepatócitos) + degeneração gordurosa hepatócitos + necrose médio-zonal • Isolamento do virus: sangue 4-5 primeiros dias>cérebro camundongo (até 21 dias). Pode PCR • Sorologia: AC neutralizantes e inibidores HA (5o. dia a anos) – IgM: 6 a 60-90 dias. AC FC: 2a. Semana a 6-12 meses. Mac ELISA: detecta IgM (ver 6o. dia e repetir). • Notas práticas: a) considerar conversão em indivíduos sem exposição anterior a arbovirus; atenção vacinação; b) Se em 4 semanas neutralização negativa não é FA; c) Em convalescentes título alto FC indica infecção recente, especialmente se cai após 4 semanas.

  29. Febre Amarela: tratamento • Não há específico: Ribavirina e Intérferon  sem efeito; • Tratamento suportivo: • em Unidade de Terapia Intensiva: cuidado reposição de fluidos e correção hipotensão • Sintomáticos. Paracetamol. Evitar AAS

  30. Febre Amarela: prevenção • Evitar o vetor e áreas silvestres enzoóticas • Proteção individual em áreas enzoóticas • Monitoramento de mortalidade de macacos • Controle do vetor urbano • Vacinação • Isolamento relativo de enfermos (1os dias) • Notificação compulsória • Investigação de óbitos>viscerotomia

  31. Febre Amarela: Vacina • Virus vivo atenuado da cepa 17D em embrião de pinto; • Dose 0,5 ml subcutânea, única; • Imunidade a partir 10º dia • Exigência internacional revacinação 10/10 anos; • A partir 6 meses de idade: geral no Brasil ? • 2 a 5%: cefaléia, mialgia, febre (5º ao 10º dia) • Alérgicos a ovo: hipersensibilidade imediata (erupção, urticária, asma): 1:1 milhão • < 6 meses: encefalite? • Evitar gestantes e imunodeprimidos (inclusive em uso corticoides, radiação, antimetabólitos); • Outras vacinas virus vivo: se possível intervalo 15 dias;

  32. FA: evitar vacinação em (CDC/2002) • Yellow fever vaccine should never be given to infants under 6 months of age due to a risk • of viral encephalitis developing in the child. In most cases, vaccination should be deferred • until the child is 9 to 12 months of age. • Pregnant women should not be vaccinated because of a theoretical risk that the • developing fetus may become infected from the vaccine. • Persons hypersensitive to eggs should not receive the vaccine because it is prepared in • embryonated eggs. If vaccination of a traveller with a questionable history of egg • hypersensitivity is considered essential, an intradermal test dose may be administered • under close medical supervision (Notify your doctor prior to vaccination if you think that • you may be allergic to the vaccine or to egg products.) • Persons with an immuno suppressed condition associated with AIDS or HIV infection, • or those whose immune system has been altered by either diseases such as leukemia and • lymphoma or through drugs and radiation should not receive the vaccine. People with • asymptomatic HIV infection may be vaccinated if exposure to yellow fever cannot • be avoided.

  33. Vacina • Precauções e contra- indicações: • Hipersensibilidade a ovos de galinha e derivados • Doença infecciosa aguda • Imunossupressão congênita ou adquirida • Neoplasias malignas • Menores de 6 meses – contra- indicação absoluta • Gestação – lactação:evitar

  34. Adiar a vacina: • Doença febril aguda grave • 1 mês após o término da corticoterapia • 3 meses após o término de outros imunossupressores • 2 anos após o transplante de medula óssea • Imunoglobulinas não interferem • Aplicar junto com outros vacinas de germes vivos atenuados • ou aguardar 2 semanas, exceto para pólio.

  35. Febre Amarela: controle do vetor urbano • Monitoramento contínuo do vetor em áreas endêmicas. Índices, capturas, trampas; • Tratamento focal: eliminação mecânica de depósitos e criadouros + tratamento larvicida (químico ou biológico); • Tratamento perifocal: borrifação de inseticidas com poder residual em torno de focos detectados, visando os adultos; • Tratamento espacial (UBV): nuvens de suspensão inseticida com pequena duração efetiva e grande (veicular) ou média (costal) amplitude de área atingida. Suspensão em óleo ou querozene. Indicado em casos de circulação viral ativa ou extrema infestação. NÃO substitui tratamento focal; • Medidas de IEC: ação permanente em áreas de risco; • Ação comunitária e trans-setorial (três níveis de governo); • Ver detalhes no módulo de dengue

  36. FA: vigilância • Manter atenção ativa sobre áreas de FA silvestre (política de controle ambiental e trânsito, controle estrito de cobertura vacinal, atenção às matas ciliares e cursos fluviais) • Controle ativo sobre a população de macacos • Vacinação periférico/zonal ou cobertura total • Absoluta atenção sobre casos suspeitos • Redobrada atenção em espaços urbanos com presença de vetores • Controle de imigração e estrita comunicação • Notificação compulsória de todo caso suspeito • Investigação, intervenção e bloqueio de focos

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