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FEBRE AFTOSA - CONCEITO

FEBRE AFTOSA - CONCEITO. A Febre Aftosa é uma enfermidade vesicular, infecto-contagiosa, de origem viral, que afeta naturalmente animais biungulados (casco fendido). Uma das doenças de maior importância econômica em animais de produção

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FEBRE AFTOSA - CONCEITO

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Presentation Transcript


  1. FEBRE AFTOSA - CONCEITO A Febre Aftosa é uma enfermidade vesicular, infecto-contagiosa, de origem viral, que afeta naturalmente animais biungulados (casco fendido).

  2. Uma das doenças de maior importância econômica em animais de produção Vírus com grande poder de difusão e grande variedade de subtipos - difícil controle e erradicação Perdas associadas à doença e à interferência no comércio internacional de animais Surto em 1997- Taiwan: custou centenas de milhões de dólares ao governo Dificilmente leva os bovinos ao óbito mas as perdas na condição física levam a perdas econômicas significativas, tanto em rebanhos de corte quanto de leite. Por que esta doença é tão importante ?

  3. ETIOLOGIA • Família Picornaviridae • Gênero Aphtovirus • Vírus RNA de fita simples • Sete sorotipos já foram identificados (O, A, C, SAT1, SAT2, SAT3 e Ásia 1)

  4. Cinco gêneros: • Aphthovírus: Febre aftosa • Enterovírus: dos suínos/dos bovinos ... • Cardiovírus • Rhinovírus: dos bovinos /dos equinos • Hepatovírus - importante no humano - Hepatite A

  5. ETIOLOGIA • - Inativado por aquecimento acima de 50oC/30 min. • - Sensível a ácidos (pH menor que a 6,5) • Sensível a álcalis (pH maior que11,0) • Resiste a solventes lipídicos • - Descontaminação de ambientes onde houve surto: Hidróxido de sódio a 1% • Sobrevive por longos períodos em secreções e demais produtos animais • Pode replicar-se em uma variedade de culturas celulares

  6. HOSPEDEIROS Animais de casco fendido silvestres e domésticos Mais grave em bovinos e suínos e branda em ovinos e caprinos

  7. HOSPEDEIROS Demais animais susceptíveis à infecção e doença: ruminantes silvestres:cervídeos/camelídeos, búfalos, porcos-espinhos, tatus, ratos, nútrias, ursos pardos, elefantes e capivaras Infecção experimental: cães, gatos, coelhos, chinchilas Animais de laboratório susceptíveis: cobaia, camundongos lactentes, ratos, coelhos, hamsters

  8. EPIDEMIOLOGIA Distribuição mundial Endêmico: África, América do Sul, partes da Europa e da Ásia, Oriente Médio Livres da doença: Américas do Norte e Central, Inglaterra, Irlanda, Japão, Austrália, Nova Zelândia, Escandinávia, Caribe, algumas áreas da América do Sul

  9. EPIDEMIOLOGIA Atualmente no Brasil: regiões consideradas livres da doença com vacinação: regiões sul, sudeste e centro-oeste e os estados da Bahia, Sergipe, Tocantins e Rondônia último foco no Rio Grande do Sul em junho/2001 últimos focos registrados no Mato Grosso do Sul e Paraná em 2005

  10. EPIDEMIOLOGIA Infecções inaparentes , ppte animais vacinados, contribuem para a manutenção do vírus Pequenos animais silvestres - hábitos migratórios

  11. TRANSMISSÃO Principal via de infecção é a respiratória (aerossois): mucosa do trato respiratório superior (região faringeana) Primeiras 72 h (maior produção de vírus): vesículas na mucosa oral, lingual e região interdigital/banda coronária do casco e úbere – nesta fase: vírus em todas as secreções e excreções (fonte de infecção!) Vírus permanece de forma latente em animais recuperados da infecção, inclusive nos vacinados (animais com infecção persistente ou portadores)

  12. TRANSMISSÃO Via respiratória (aerossois): ppte bovinos Via oral: importante em suínos e bezerros Vias genital e conjuntival: podem ocorrer mas sem importância

  13. Causas mais comuns: • Pessoas usando roupas, calçados ou manipulando equipamentos contaminados. • Animais doentes ou portadores do vírus introduzidos em rebanhos susceptíveis. • Instalações contaminadas tais como estábulos, mangueiras, abatedouros ou onde subprodutos animais são processados. • Veículos contaminados usados para transportar animais susceptíveis. • Restos de alimentos crus ou mal cozidos ou subprodutos animais utilizados para alimentar animais susceptíveis. • Animais susceptíveis sendo expostos a materiais como feno, ração ou fômites contaminados.

  14. PATOGENIA Mucosa do trato respiratório superior (região faringeana) → alvéolos pulmonares → corrente sanguínea → alvo: camada germinativa do tecido epitelial → degeneração hidrópico-vacuolar → vesículas → bolhas → erosões/úlceras Primeiras 72 horas - maior produção de vírus

  15. SINAIS CLÍNICOS • FEBRE ALTA • VESÍCULAS /”AFTAS” * NA MUCOSA ORAL: LÍNGUA E GENGIVA →SALIVAÇÃO INTENSA • VESÍCULAS /”AFTAS” NAS PATAS: ESPAÇO INTERDIGITAL E BANDA CORONÁRIA →MANQUEIRA • VESÍCULAS /”AFTAS” NA GLÂNDULA MAMÁRIA • EMAGRECIMENTO E FRAQUEZA * Correspondem à necrose do epitélio

  16. SINAIS CLÍNICOS • EM BOVINOS: MIOCARDITE → MORTE SÚBITA OU INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (pouco observada no Brasil) • EM OVINOS E CAPRINOS: SINAIS MAIS DISCRETOS • OVINOS / CAPRINOS / SUÍNOS: MORTALIDADE EM JOVENS

  17. PATOLOGIA MACROSCOPIA • Ppte: Vesículas/”aftas” na mucosa oral, lingual, casco e úbere Necropsia*: • Vesículas e úlceras nos pilares do rúmen • Raramente: áreas esbranquiçadas nos músculos esqueléticos e miocárdio *raros óbitos

  18. PATOLOGIA MICROSCOPIA • Degeneração e necrose da camada germinativa do epitélio afetado • Na forma cardíaca: miocardite com infiltrado inflamatório mononuclear

  19. PATOLOGIA INFECÇÕES SECUNDÁRIAS.... • Mastite • Laminite • Pneumonia

  20. - Presuntivo: clínico- baseado nos sinais clínicos/lesões Definitivo: isolamento de vírus em cultivos celulares e detecção de Ags virais por ELISA( Ag-ELISA) e identificação de ácidos nucléicos virais por PCR, PCR em tempo real (RT-PCR) ou RT-PCR-ELISA Pesquisa de Anticorpos (ACs) - ELISA DIAGNÓSTICO

  21. Coleta do material para o diagnóstico laboratorial: vesículas / aftas – epitélio lingual,na gengiva, espaço interdigital do casco e no úbere Material remetido sob refrigeração em líquido de Valleé (tampão fosfato ou glicerina) ou somente em gelo DIAGNÓSTICO

  22. Determinação de ACs contra proteínas não estruturais dos vírus (se formam durante a infecção viral) → importante para diferenciar ACs vacinais de ACs devidos à infecção – Testes de ELISA... Coleta do sangue sem anticoagulante → material remetido sob refrigeração com o coágulo já extraído DIAGNÓSTICO

  23. Estomatite Vesicular em suínos e bovinos Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR) Diarreia Viral Bovina (BVD) Estomatite Papular Febre catarral maligna em bovinos Língua Azul em bovinos e ovinos * Não-infecciosas: Intoxicação por plantas Fotossensibilização DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

  24. * Em ovinos: Footrot (Pododermatite bacteriana) Abscesso de pé Dermatite interdigital DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

  25. Não existem tratamentos específicos Práticas de manejo adequadas + Tratamento de infecções bacterianas secundárias para reduzir perdas TRATAMENTO

  26. CONTROLE E PROFILAXIA • Por que é difícil? • Altamente contagiosa • Hospedeiros variados • Diversos tipos e subtipos antigênicos e imunidade de curta duração

  27. CONTROLE E PROFILAXIA • Em todos os países da América do Sul: • 1) VACINAÇÃO • Vacinação sistemática periódica- vacinar em massa os bovinos com vacina de boa qualidade e com controle oficial • Vacinação assistida em área de risco – vacinar as demais espécies susceptíveis quando ocorrerem episódios da doença na região • Vacinas sempre polivalentes (mais de um tipo de vírus) • No caso de focos da doença em áreas antes livres: pode usar vacina monovalente para o tipo de vírus que produziu o foco

  28. CONTROLE E PROFILAXIA • Vacina anti-aftosa: é uma vacina oleosa, onde a suspensão de vírus inativado produzida em cultura de tecidos é acrescida de uma mistura de óleo mineral + estabilizante • Animais primovacinados: duração de 6-8 meses • Animais revacinados: duração de 12 meses • No Brasil: obrigatório que os bezerros sejam vacinados pelo menos 4 vezes até os 2 aos de idade • Após os 2 anos: 1 x/ano • - Esquemas /épocas de vacinação variam em cada estado;

  29. CONTROLE E PROFILAXIA • 2) Rigoroso controle de trânsito de animais (bovinos e demais espécies); • 3) Quarentena compulsória para animais que ingressem de fora da área do programa sanitário; • 4) Em regiões livres, se houver foco: 2 e 3 e, ainda: • sacrifício compulsório dos animais enfermos com posterior indenização.

  30. CONTROLE E PROFILAXIA • Ainda: • Controle de trânsito de produtos ou subprodutos de origem animal • Controle de aglomerações de animais (feiras, leilões, exposições) • Vigilância epidemiológica • Monitoramento sorológico

  31. Quando uma área é considerada livre da doença? • Após no mínimo 2 anos sem focos da doença na região + - Demonstração da ausência de atividade viral (amostras sorológicas) • Concessão de certificados de áreas livres da doença- pela Oficina internacional de Epizootias (OIE) –vinculada, ainda, aos investimentos nos sistemas de vigilância sanitária e de informação

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