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Modelo da Dependência Teoria da Espiral do Silêncio

Modelo da Dependência Teoria da Espiral do Silêncio. Modelo da Dependência. Primeiro grande esforço para medir a previsibilidade dos efeitos a longo prazo. Sandra Ball-Rokeach e Melvin DeFleur, 1976. Modelo da Dependência.

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Modelo da Dependência Teoria da Espiral do Silêncio

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  1. Modelo da DependênciaTeoria da Espiral do Silêncio

  2. Modelo da Dependência • Primeiro grande esforço para medir a previsibilidade dos efeitos a longo prazo. • Sandra Ball-Rokeach e Melvin DeFleur, 1976

  3. Modelo da Dependência • Este modelo estabeleceu que são as condições estruturais de uma sociedade, que estão na base dos efeitos suscitados pelos media. • Os media apenas podem funcionar em ligação com a sociedade e a sua audiência. E são os termos dessa relação que determinam o impacto das suas mensagens.

  4. Modelo da Dependência • Ou seja: é a relação tripartida entre audiência – sociedade – media, que determina os efeitos dos media. • Nas sociedades modernas, os indivíduos dependem da comunicação social para se manter informados e para encontrar informação face ao meio envolvente.

  5. Modelo da Dependência • Dependência influenciada por: • (1) grau de instabilidade, conflito e mudança social; • (2) número de fontes de informação. A dependência face aos media intensifica-se nos casos em que são a única fonte de informação.

  6. EFEITOS • COGNITIVOS: ambiguidade, formação de atitudes e crenças; • AFECTIVOS: neutralização, medo, integração; • COMPORTAMENTAIS: imitação, reforço ou inibição de comportamentos, etc.

  7. EFEITOS COGNITIVOS, Jorge Pedro Sousa • Moldam as percepções da realidade ("teorias" da construção social da realidade), podendo mesmo levar as pessoas a tomar atitudes e a formar cognições mais baseadas nos conteúdos das notícias do que na própria realidade ("teoria" do cultivo); • Contribuem para a formação de atitudes e para a socialização e a aculturação ("teorias" da socialização pelos media); • Reforçam ou questionam determinadas crenças; • Cultivam valores e propõem a adesão ou a rejeição de novos valores (teoria do cultivo); • Geram o agendamento público de temáticas relevantes para a vida das pessoas ("teorias" do agenda-setting e da tematização); • Concorrem para a aquisição de conhecimentos e para o aumento ou diminuição da distância que separa as pessoas em termos de conhecimento ("teoria" do distanciamento social ou do hiato comunicativo); • Conduzem a a que, por vezes, as pessoas pensem que pertencem a grupos maioritários por verem constantemente as suas ideias e modos de vida reflectidos nos media, ou, pelo contrário, levam as pessoas a pensarem que estão isoladas ou pertencem a grupos minoritários por não verem as suas ideias e modos de vida reflectidos nos media, tendendo a silenciar-se ("teoria" da espiral do silêncio), etc.

  8. EFEITOS AFECTIVOS, Jorge Pedro Sousa • As notícias provocam emoções e sentimentos. Mesmo dirigidas à razão, colateralmente atingem a emoção. • Esta é uma das explicações para o facto de as pessoas, por vezes, consumirem activamente informação jornalística de maneira a sentirem-se gratificadas ("teoria" dos usos e gratificações). • As notícias, também, podem contribuir para a atenuação ou intensificação dos afectos. Por exemplo: através da exposição prolongada a mensagens violentas, no primeiro caso, ou através de mensagens afectivas, no segundo caso. • Podem concorrer para o desenvolvimento de sentimentos de medo e insegurança e até de ansiedade e pânico. • E, ainda, podem ter efeitos ao nível da moral e da alienação, pelo fomento da integração ou, pelo contrário, da desagregação de grupos, organizações e dos membros de uma sociedade em geral.

  9. EFEITOS COMPORTAMENTAIS, Jorge Pedro Sousa • As notícias podem ter efeitos sobre a conduta das pessoas, activando ou desactivando comportamentos. Os efeitos comportamentais são a consequência dos efeitos cognitivos e afectivos.

  10. BIBLIOGRAFIA • BALL-ROKEACH, Sandra J.; GRUBE, Joel W.; ROKEACH, Milton, “Roots: The Next Generation-Who Watched and With What Effect?”, The Public Opinion Quarterly, Vol. 45, No. 1 (Spring, 1981), pp. 58-68, inhttp://www.jstor.org/stable/2748318 • BALL-ROKEACH, S. J. e DeFLEUR, M. J. (1976), “A dependency model of mass media effects”. Communication Research, 3(1): 3-21. • BALL-ROKEACH, S. J. e DeFLEUR, M. J. (1982), Teorías de la Comunicación de Masas. Barcelona: Paidós. • BALL-ROKEACH, S. J. e DeFLEUR, M. J. (1993), Teorías de la Comunicación de Masas. 2ª edición revisada y ampliada. Barcelona: Paidós. • SOUSA, Jorge Pedro, “Por que as notícias são como são?", in http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:7fINv3lBCyMJ:www.bocc.ubi.pt/pag/sousa-jorge-pedro-construindo-teoria-da-noticia.html+%22teoria+da+dependência%22+rokeach&cd=7&hl=pt-PT&ct=clnk&client=safari&source=www.google.com, no ponto "Circulação, consumo e efeitos das notícias” • SANTOS, José Rodrigues dos (2001), Comunicação. Lisboa: Prefácio

  11. TEORIA DA ESPIRAL DO SILÊNCIO • Elisabeth Noelle-Neuman, “Journal of Communication”, em 1974 • Consiste no argumento de que as pessoas, quetêmumaopinião, um ponto de vista, minoritário, tendem a cair no silêncioou no conformismo, perante a opiniãopúblicageral. É, assim, que surge a espiral do silêncio: um círculovicioso, quedistorce a imagemdarealidade e desacreditaqualquerdefinição de opiniãopública. • “Tendem a ficarsilenciados e a conciliar as suasopiniões com as do público” (KAID, Lynda Lee, 2004: 339). • É necessárioentendercomo a opiniãopública interfere com o comportamento das pessoas.

  12. TEORIA DA ESPIRAL DO SILÊNCIO • Noelle-Neumann defendeu que a formação das opiniões maioritárias é resultado das relações entre os media, a comunicação interpessoal e a percepção que cada sujeito concebe da sua opinião quando confrontada com a dos outros.

  13. TEORIA DA ESPIRAL DO SILÊNCIO • 1. Medo da rejeição pelos que o rodeiam; • 2. Monitorização dos comportamentos, de forma a observar quais são os aprovados e os reprovados socialmente (em grupo); • 3. Há gestos e expressões que, sem oralização, expressam a aprovação ou não de determinada ideia, comportamento; • 4. Tendência para não expressar a sua opinião publicamente quando há possibilidade de rejeição, objecções ou desdém; • 5. Quando se conclui que a opinião é aceite, a tendência é expressá-la com convicção;

  14. TEORIA DA ESPIRAL DO SILÊNCIO • 6. Falar livremente de determinado ponto de vista reforça, ainda mais, a ideia de isolamento, por parte daqueles que defendem a opinião contrária; • 7. Este processo apenas ocorre nas situações em que há uma questão moral forte – é a componente moral que dá poder à opinião pública; • 8. Só questões controversas podem espoletar a “Espiral do Silêncio”; • 9. Nem sempre o ponto de vista mais forte é o defendido pela maioria da população; há o medo de o admitir publicamente;

  15. TEORIA DA ESPIRAL DO SILÊNCIO • 10. Os mass media podem influenciar, e muito, o processo da “Espiral do Silêncio”, quando, numa questão moral, tomam determinada posição e exercem influência no processo; • 11. As pessoas não se apercebem do medo dos outros e da questão do isolamento; • 12. A opinião pública é limitada no tempo e no espaço – a “Espiral do Silêncio” apenas se verifica durante um período de tempo limitado. Este processo tende, também, a ser limitado pelas fronteiras geográficas e culturais; • 13. A opinião pública serve como instrumento de controlo social, mas também de coesão social.

  16. Formas de analisar a Espiral do Silêncio • 1. Recolher a informação necessária para identificar e comparar os apoiantes e opositores de determinado assunto; • 2. Observar o “Clima de Opinião” – aquilo que a população considera que é a opinião forte; • 3. Quais as expectativas futuras? Que campo de opinião se tornará mais dominante no futuro? • 4. Qual a vontade e a capacidade para defender determinada posição e relatá-la em público? • 5. Identificar o grau de emoção que existe na defesa de determinada questão e qual a sua força moral; • 6. Identificar a intensidade da abordagem dos mass media a esse assunto.

  17. BIBLIOGRAFIA • GLYNN, J.C., Hayes, F.A. & Shanahan, J. (1997), “Perceived support for ones opinions sand willingness to speak out: A meta-analysis of survey studies on the ‘spiral of silence’” Public Opinion Quarterly 61 (3):452-463. • GLYNN, J.C. & McLeod, J. (1984), “Public opinion du jour: An examination of the spiral of silence, “ Public Opinion Quarterly 48 (4):731-740. • KAID, Lynda Lee (2004), Handbook of Political Communication Research. London: University of Florida, Lawrence Erlbaum Associates, Publishers. • KENNAMER, J.D. (1990), “Self-serving biases in perceiving the opinions of others: Implications for the spiral of silence,” Communication Research 17 (3):393-404. • LENART, Silvo (1994), Shaping Political Attitudes. The Impact of Interpersonal Communication and Mass Media. Thousand Oaks, California: Sage Publications. • MIDÕES, Miguel, “Caso Esmeralda e a Espiral do Silêncio de Elisabeth Noelle-Neumann”, in http://www.bocc.ubi.pt/pag/midoes-miguel-caso-esmeralda-espiral-do-silencio.pdf • NOELLE-NEUMANN, Elisabeth (1995), La Espiral del Silencio. OpiniónPublica: nuestrapeil social. Barcelona: Paidós. • NOELLE-NEUMANN, Elisabeth (1993), The Spiral of Silence. Public Opinion – Our Social Skin. Chicago and London: The University of Chicago Press. • TAYLOR, D.G. (1982),“Pluralistic ignorance and the spiral of silence: A formal analysis,” Public Opinion Quarterly 46 (3):311-335.

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