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Coqueluche: Estamos em epidemia? Como agir?. Valéria Paes Infectologista. Coqueluche. Trata-se de uma infecção do trato respiratório superior, causada pela Bordetella pertussis . Coco-bacilo Gram negativo, aeróbio.
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Coqueluche: Estamos em epidemia? Como agir? Valéria Paes Infectologista
Coqueluche • Trata-se de uma infecção do trato respiratório superior, causada pela Bordetella pertussis. • Coco-bacilo Gram negativo, aeróbio. • Microorganismo de crescimento fastidioso, requer meio de cultura específico. • Patógeno humano estrito (não há reservatório animal) • Período de incubação de 7-10 dias • Transmissão por gotículas respiratórias, altamente contagioso (presente em 34% dos contactantes domiciliares sintomáticos e 46% dos assintomáticos) Med Clin N Am 2013; 97: 527-552 Am Fam Physician 2013; 88(8): 507-514
Coqueluche Síndrome clínica clássica: • Tosse paroxística (5 a 10 episódios de tosse em uma única expiração) • Sibilo inspiratório • Êmese pós-tosse Med Clin N Am 2013; 97: 527-552 Am Fam Physician 2013; 88(8): 507-514
Coqueluche Med Clin N Am 2013; 97: 527-552
Tosse: fase paroxística Vídeo obtido no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=4ldID97D-oU
Coqueluche • Em adultos e adolescentes a manifestação pode ser atípica: • Tosse > 3 semanas • Diaforese • Síncope • 12-32% dos casos de tosse em adultos com duração maior que 1 semana eram causados pela Bordetella pertussis. Med Clin N Am 2013; 97: 527-552 Lancet Inf Dis 2002; 2(12): 744-50
Coqueluche • Achados laboratoriais: inespecíficos • Leucocitose pode ou não estar presente (geralmente há na fase catarral ou paroxística); Linfocitose acima de 10.000/mL pode ser preditora de má evolução. • Radiografia de tórax geralmente normal • Complicações: • Pneumonia (primária ou secundária) • Co-infecções: 33% Virus Sincicial Respiratório (crianças internadas) • Sequelas neurológicas (convulsões, encefalopatia) • Perda de peso • Fratura de costela, incontinência urinária, hérnias, hemorragia conjuntival, dissecção de artéria cerebral, síncope Med Clin N Am 2013; 97: 527-552 Am Fam Physician 2013; 88(8): 507-514
Coqueluche: diagnóstico diferencial Med Clin N Am 2013; 97: 527-552
Diagnóstico • Cultura de swab ou aspirado nasofaríngeo – PADRÃO OURO • Meio: Regan-Lowe • PCR em swab ou aspirado nasofaríngeo • Sorologia Med Clin N Am 2013; 97: 527-552 Am Fam Physician 2013; 88(8): 507-514
Tratamento • Objetivos: • Limitar a duração e gravidade da doença (início precoce) • Reduzir a transmissibilidade • Azitromicina 500mg 1x/dia x 5 dias • Claritromicina 500mg 12/12h x 7 dias • Eritromicina 500mg 6/6h x 14 dias • Sulfametoxazol-trimetoprim 800/160 mg de 12/12h por 14 dias • Tratamento sintomático da tosse Med Clin N Am 2013; 97: 527-552 Am Fam Physician 2013; 88(8): 507-514
Epidemiologia • Segundo o Ministério da Saúde, a coqueluche tem se mantido em níveis endêmicos no Brasil. • Também no Distrito Federal: Dados preliminares. Fonte: SINAN. Acesso: 20/01/14 Dados gentilmente cedidos pelo Núcleo de Controle de Doenças Imunopreveníveis e Agudas / DIVEP / SES-DF
Epidemiologia - DF Dados preliminares. Fonte: SINAN. Acesso: 20/01/14 Dados gentilmente cedidos pelo Núcleo de Controle de Doenças Imunopreveníveis e Agudas / DIVEP / SES-DF
Epidemiologia - DF Dados preliminares. Fonte: SINAN. Acesso: 20/01/14 Dados gentilmente cedidos pelo Núcleo de Controle de Doenças Imunopreveníveis e Agudas / DIVEP / SES-DF
Epidemiologia - DF • Recomendam atenção à suspeição diagnóstica de coqueluche em pacientes com tosse > 14 dias. • Manter cobertura vacinal acima de 90% para crianças até 1 ano de idade • Diante dos casos confirmados, proceder toda a investigação dos contactantes e bloqueio vacinal e/ou quimioprofilaxia. Dados gentilmente cedidos pelo Núcleo de Controle de Doenças Imunopreveníveis e Agudas / DIVEP / SES-DF
Coqueluche NEJM 2005; 352: 1215-22
Coqueluche - epidemiologia Possíveis fatores que influenciam no aumento do número de casos: • Modificação da Bodertellapertussisdiante da presença de imunidade vacinal • Algumas áreas de menor cobertura vacinal e, portanto, de crianças suscetíveis • Menor eficácia da vacina acelular • Imunidade decrescente após vacinação • Vacinas desencadeiam preferencialmente resposta imunológica do tipo Th2 • Maior sensibilidade / disponibilidade de testes diagnósticos Clin Infect Dis 2014; 58(6): 830-833 Braz J Infect Dis 2013; 17(3): 385-386
Vacinação Am Fam Physician 2013; 88(8): 507-514
Obrigada! valeriapaes@yahoo.com.br