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HISTORIA DA SEGURAN
E N D
1. PSICOLOGIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO(Psicologia na prevenção e compreensão dos acidentes) BLOCO I
História da segurança do/no trabalho;
A psicologia e a engenharia de segurança do trabalho;
Mudança Organizacional;
Componentes básicos de uma política prevencionista;
Gestão de segurança do/no trabalho;
Doenças ocupacionais (stress e burnout);
BLOCO II
Processos motivacionais;
Liderança;
Trabalho em equipe;
Sentimentos e emoções associados aos acidentes (medo, raiva, inveja)
Reações diante do erro e da crítica;
Noções de qualidade de vida no trabalho.
2. HISTORIA DA SEGURANÇA DO/NO TRABALHO O ser humano DESEJA sua segurança e conservação de sua saúde.
1833 - INGLATERRA - 1ª inspeções governamentais nas fábricas.
1850: redução de jornada de trabalho; idade mínima para crianças trabalhadoras; melhoria nas condições sanitárias.
CRENÇA: certa quantidade de sofrimento eram necessárias; acidentes como parte inerente à indústria.
Não se conhecia perdas econômicas.
1867 - EUA (Massachusetts) Lei nomeando “inspetores de fábrica”. Descobrem que as múltiplas horas de trabalho produzem FADIGA, que causa acidentes.
1869 - Primeiro Escritório de Estatística do Trabalho nos EUA e promulgada a Lei da Jornada de Trabalho, no máximo 10 hs ao dia para mulheres. Na ALEMANHA o governo toma providências para que os patrões introduzissem mecanismos para proteção de vida e saúde dos trabalhadores.
3. HISTORIA DA SEGURANÇA DO/NO TRABALHO AS CONDIÇÕES DAS MINAS DE CARVÃO - CATÁSTROFES com mortes freqüentes no subterrâneo, provoca severas críticas nos jornais e INDIGNAÇÃO da população (Má experiência usada como fonte de movimentos para melhoria - Teoria do Cotidiano).
LEGISLAÇÃO ATACANDO CAUSAS FÍSICAS E MECÂNICAS (indenização)
1880 - Inglaterra - “Ato de responsabilidade dos Patrões”
1885 - Alemanha - indenização para doenças no trabalho
1898 - Leis semelhantes na França e Itália
1902 - EUA; 1903 - Rússia
na década de 1970 - BRASIL - através das ações dos sindicatos.
CONSELHOS DE SEGURANÇA PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
América Latina entre 1920 a 1930
1938 - Nova York organizou o Conselho Interamericano de Segurança (organização educativa na redução de acidentes)
4. A PSICOLOGIA DO TRABALHO E ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO A PSICOLOGIA DO TRABALHO tem a sua identidade provinda de dupla maternidade:
Psicologia => com sua metodologia.
Teorias da organização => com seu objeto.
Historicamente:
1825 – A arte de Manufatura (Charles Babbage)
1889 – Fundação do laboratório de Modena/Itália (L. Patrizzi)
1905 – Trabalhos de Kraeplin na Alemanha.
1908 - Trabalhos de Lahy nas ferrovias francesas.
1913 – A obra de Hugo Münsterberg.
Essas obras e trabalhos evidenciaram a necessidade de integração dos conhecimentos e métodos, especialmente em casos de solução de problemas comportamentais que perturbam os processos de produção; problemas como a fadiga e a habilidade do trabalhador; ergonomia, etc..
5. A PSICOLOGIA DO TRABALHO E ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO A PSICOLOGIA DO TRABALHO:
interage com a administração: Maximização da produtividade do trabalhador e, neutralização de seu sofrimento.
redefine sua postura focalizando as seguintes questões: humanização do trabalho (QVT); significado do trabalho na vida das pessoas; condições de trabalho.
não se fixa só em análise de cargos, recrutamento, seleção, treinamento, AD, mas busca temas como: saúde mental; qualidade de vida no trabalho (QVT); autonomia; realizações pessoais: suas satisfações, frustrações, suas relações com família e os amigos, colegas, a partir de seu engajamento no trabalho.
A GARANTIA DE “SAÚDE”: sintonia em 3 níveis de mudança: 1º) nível subjetivo; 2º) nível de ambiente; 3º) nível institucional.
ÂMAGO DA RELAÇÃO => EDUCAÇÃO PARA COMPREENDER E TRATAR A SI E AOS OUTROS.
6. MUDANÇA ORGANIZACIONAL MUDANÇA É O ATO DE VARIAR OU ALTERAR MODOS CONVENCIONAIS DE PENSAMENTO OU COMPORTAMENTO.
ACIONAR MUDANÇA REQUER A IDENTIFICAÇÃO E SUPERAÇÃO DE FONTES DE RESISTÊNCIA E O INCENTIVO E FORTALECIMENTO DAS FONTES DE APOIO.
8. RESISTÊNCIA À MUDANÇA
9. RESISTÊNCIA À MUDANÇA
11. VENCENDO A RESISTÊNCIA À MUDANÇA EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO
PARTICIPAÇÃO
FACILITAÇÃO E APOIO
NEGOCIAÇÃO
MANIPULAÇÃO E COOPTAÇÃO (-)
COERÇÃO (-)
12. COMPONENTES BÁSICOS DE UMA POLÍTICA PREVENCIONISTA (1) A- TIPO DE ORGANIZAÇÃO:
1) Institucional - dimensionamento e o modo de atuar do SESMT/NR-4 e CIPA/NR-5; 2) Administrativa - a posição do SESMT no organograma; 3) Técnica - entrosamento e conduta do SESMT, CIPA e setores técnicos.
B- DEFINIÇÃO DE RESPONSABILIDADES: individuais e setoriais (em todos os níveis da organização).
C- AÇÕES EM CASOS DE ACIDENTES, INCIDENTES E DE DOENÇAS OCUPACIONAIS:
1) Comunicação de todos os casos; 2) Investigação - levantamento de dados e apuração de fatos; 3) Análise - apuração da(s) causa(s); 4) Recomendação - de medidas corretivas; 5) Registro - ocorrências e detalhes; 6) Controle estatístico - estudos e divulgação
13. COMPONENTES BÁSICOS DE UMA POLÍTICA PREVENCIONISTA (2) D- AÇÕES NAS VÁRIAS ATIVIDADES DO CONTROLE DE RISCOS (Gestão de risco): 1) Análise prévia - projetos; processos; modificações; 2) “Try out” (ensaios) - testes de máquinas, processos, etc.; 3) Inspeções - geral; de rotina; periódica; dirigida; 4) Análise de riscos operacionais - análise prevencionista de tarefa, aplicada pelos técnicos do SESMT ou supervisores treinados.
Base para o controle de riscos (requisitos das NRs):
PCMSO (NR 7) (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional);
PPRA (NR 9)(Programa de Prevenção de Riscos Ocupacionais Ambientais);
PCMAT(NR 18) (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção).
14. COMPONENTES BÁSICOS DE UMA POLÍTICA PREVENCIONISTA (3) E- PLANO DE EDUCAÇÃO E TREINAMENTO: 1)Integração - empregados novos; 2) Instruções básicas - normas gerais de segurança e saúde no trabalho; 3)Instruções de segurança - Ordem de Serviço segundo a Lei; 4) Diálogo de segurança - instruções relâmpago; 5) Treinamento operacional - inclusão de segurança e saúde no trabalho; 6) Treinamento previsto em Lei - CIPA; manobrista - veículo industrial; bombeiros/brigadistas; exercício de alerta/abandono de área.
F- PLANO DE PROMOÇÃO E DIVULGAÇÃO:
1) Recursos usuais - cartazes, quadro de aviso, jornal da empresa, boletins, reuniões envolvendo maiores números de empregados, videos instrutivos, concursos, etc. 2) SIPAT - pode ter caráter pedagógico como promocional.
15. PREVENÇÃO DE ACIDENTES EM MATERIAIS DIDÁTICO-EDUCATIVOS - Histórico (1) CARTAZES FRANCESES (Davillerd, 1998): mensagens
Estimulando o medo e atribuindo culpa na campanha para prevenção de acidentes dos olhos e de acidentes com cabelos soltos ou roupas folgadas (p.58):
1949: modo realista, e a culpabilidade do acidentado, ilustrada por reprimenda de superior hierárquico;
1950 (pós-guerra): a conseqüência nefasta do acidente (cegueira) é mostrada como ameaça à família (valor);
1955, três abordagens: 1) o acidente é sugerido por meio de representações de atividades consideradas perigosas para os olhos, incluindo projeções de partículas, corpos estranhos, etc. (retomada em 1965); 2) a ênfase no uso de EPI; 3) a ênfase em belezas da natureza em contraste com a fragilidade dos órgãos dos sentidos, omitindo-se referências direta ao acidente, que fica sugerido por meio de suas conseqüências.
16. PREVENÇÃO DE ACIDENTES EM MATERIAIS DIDÁTICO-EDUCATIVOS - Histórico (2) 1959: “por que não usar?”, incentiva reflexão acerca do não uso do EPI;
1970: adota-se generalização da mensagem, indicando-se necessidade de proteção dos olhos a ser escolhida pelo sujeito;
1971: em relação aos acidentes com cabelos soltos, mantém-se referência ao risco específico, adotando-se contraste de cores(verm: cpto desejável/cinza: evitar);
1974: intensifica-se a abstração ou abordagem conceitual (uma coruja com gdes olhos abertos é usada como uma “piscada de olhos” que busca cumplicidade do trabalhador ao uso EPI;
1978: associa-se cifra relativa ao nº médio de acidentes por dia que acometemos olhos à imagem de fileira de olhos, potencialmente em perigo, terminando com a imagem de EPI a ser usado;
1993: reaparece figura humana em imagem que sugere a tomada de consciência pessoas acerca do uso de EPI em vez de mensagem que buscam atemorizar, culpar e/ou reforçar proibições.
17. PREVENÇÃO DE ACIDENTES EM MATERIAIS DIDÁTICO-EDUCATIVOS - Brasil (1) Cohn e col. (1985): difusão da idéia de culpabilizar o acidentado. FUNDACENTRO, em suas publicações, 98% dos acidentes são atribuídos aos “atos inseguros”
CARTAZES: a maioria contém afirmações imperativas, precedidas das expressões “Atenção”, “Pense”, “Perigo”, etc.
induzem o trabalhador, direta ou indiretamente, a assumir a total responsabilidade pelo acidente, à vezes com forte apelo emocional.
Frases de segurança, usadas em comprovantes de pagamentos de empresa metalúrgica (Botucatu);
O preço do acidente é sempre alto.
Os acidentes não avisam - Proteja-se.
O acidente está a sua espera - Proteja-se
Não brinque com a vida - Proteja-se.
Prevenir acidentes é dever de todos.
Toda hora é hora de segurança.
Na luta pela vida, sua melhor arma é a segurança.
18. PREVENÇÃO DE ACIDENTES EM MATERIAIS DIDÁTICO-EDUCATIVOS - Brasil (2) Para estar aqui amanhã, pratique segurança hoje.
Pratique segurança: hoje, amanhã e sempre.
Todos merecem viver - Pratique segurança.
Nós confiamos em você. Pratique segurança sempre.
CIPA e você para uma segurança melhor.
Leve segurança para casa.
Segurança é o melhor caminho.
Trabalhador - respeite as normas de segurança.
Motoqueiro: utilize o capacete de proteção.
Faça da ordem e limpeza um hábito.
Peça ajuda para cargas pesadas e desajeitadas.
Não utilize ferramentas em mau estado.
As ferramentas serão seguras se você souber usá-las.
As distrações causam acidentes.
O disciplinado não corre, anda.
[1) O acidente é referido como ameaça em si ou que se expressa por suas conseqüências nefastas. 2) o estímulo ao medo]
19. PREVENÇÃO DE ACIDENTES EM MATERIAIS DIDÁTICO-EDUCATIVOS - Brasil (3) Sobre a ocorrência de acidentes em geral:
ACIDENTES não acontecem simplesmente. Existe sempre uma causa.
Limpeza e organização / proteção contra quedas / armazenamento de materiais.
NÃO SUBA PELO ANDAIME. Uma queda é mortal. USE A ESCADA.
NÃO IMPROVISE!... Utilize o cinturão de segurança.
SEJA TEIMOSO COM OS CINTOS DE SEGURANÇA . Use-os sempre.
PREVINA UMA QUEDA. Se você derrubou algo, apanhe-o. Se você derramou algo, enxugue-º
MANTENHA LIMPO AQUI COMO EM SUA CASA.
Empilhamento mal feito só traz dores de cabeça.
Limpeza e manutenção de máquinas
CUIDADO. Não limpe, lubrifique ou repare máquinas em movimento.
20. PREVENÇÃO DE ACIDENTES EM MATERIAIS DIDÁTICO-EDUCATIVOS - Brasil (4) Proteção no trabalho com eletricidade
ELETRICIDADE : é para eletricista.
Homens que conhecem a ELETRICIDADE RESPEITAM-NA.
A eletricidade tem um choque terrível. Feche ou desligue a chave antes de fazer consertos.
Não puxe pelo fio. (Esquema mostra trabalhador puxando ferramenta manual.)
Medidas relacionadas a EPI
Ao trabalhar com furadeira, NÃO USE LUVAS.
Medidas relacionadas à proteção contra ruídos
Seus ouvidos são sensíveis. Os ruídos são perigosos. Proteja-os.
Quando os ruídos ´~ao perigosos, proteja os ouvidos.
Assim não. Use-os. (Esquema com protetor auricular usado incorretamente)
Aqui (esquema com protetores em ouvidos), não aqui (esquema com protetores no pescoço).
21. GESTÃO DE SEGURANÇA DO/NO TRABALHO (1) ACIDENTE: analisar a relação causalidade;
intencionalidade;
responsabilidade.
A noção de RESPONSABILIDADE associa a conotação negativa de culpa e de punição. (AMBIGÜIDADE)
“Remédios podem ser propostos em cada estágio na seqüência causal mas eles serão mais efetivos quando nós os propusermos nos estágios mais precoces”. (Wagenaar e Reason, 1990)
ETIOLOGIA DOS ACIDENTES
Teoria do Dominó (5 peças de dominó, a 3ª introduziu a dicotomia atos inseguros/condições inseguras) (HEINRICH, 1931)
As crenças e as práticas sociais influenciam tanto a percepção de risco quanto as explicações das pessoas acerca das causas do acidente. (KOUABENAN, 1998)
22. GESTÃO DE SEGURANÇA DO/NO TRABALHO (2) ANÁLISE DO ACIDENTE, Canadian Center for Occupational Health & Safety (CCOHS, 1998):
O trabalhador estava distraído? Se sim, por quê?
O procedimento que estava sendo seguido era seguro? Se não, por quê?
Os equipamentos de segurança estavam em ordem ou disponíveis? Se não, por quê?
O trabalhador era treinado? Se não. Por quê?
MODELO SIMPLIFICADO: tarefa; material; ambiente; pessoal e gerencial.
CCOHS: toda vez que houver constatação de erros humanos, deve ser apontado (a intenção é corrigir a situação e não punir o indivíduo).
NR-5 (MTb, 1998): causa do acidente = atos inseguros/condições inseguras.
23. GESTÃO DE SEGURANÇA DO/NO TRABALHO (3) GESTÃO DE RISCO: é o processo que inclui análise de acidentes, a da estrutura e do funcionamento da empresa, abordagem psicossociológica (história da empresa, ambiente sócio-econômico, rede de comunicação, clima social da organização, característica sociológica e psicológica do pessoal, etc) e detecção precoce de riscos do processo de trabalho e de postos de trabalho.
PREVENÇÃO IDEAL: deve associar-se à própria ocorrência das mudanças, constituindo-se em parte do processo permanente de vigilância e antecipação de riscos.
24. GESTÃO DE SEGURANÇA DO/NO TRABALHO (4) Engenheiro francês Llory(1999) - defende a adoção de “concepção organizacional” na análise de acidentes.
“Os engenheiros devem retornar à escola do “Chão de fábrica” “terrain”, do concreto, da prática do trabalho. Organizar debates abertos sobre os riscos e as dificuldades organizacionais, as dificuldades e os fracassos do trabalho. Desenvolver capacidades e contracapacidades. Favorecer as críticas, as vozes dissidentes. Colocar em prática, não uma, e sim diversas instâncias de recursos independentes, dispondo de poder real, de investigação, de questionamento, às vezes de veto. Favorecer a porosidade e a “flexibilidade” das organizações (no sentido que se opõe à sua rigidez). Organizar formas de detectar e de coletar “sinais” de riscos de acidentes, em especial, aqueles considerados fracos [...]
(p.68 Cap. 3 Quebra de Paradigma. Caminhos da Análise em Acidentes de Trabalho.)
25. GESTÃO DESEGURANÇA DO/NO TRABALHO (5) “O paradigma do erro humano assenta-se sobre uma concepção irrealista de homem que desafia os conhecimentos mais elementares da Psicologia (...).
Os engenheiros esquecem o medo, a incerteza, o sofrimento, a incapacidade de manter atenção a todos os instantes, os perigos da agressividade, às vezes, da violência, eles desconhecem as frustrações, o mal-estar, a desmobilização subjetiva. Eles concebem o homem com um ser sem corpo ou sem moral (desincamé) respondendo essencialmente aos imperativos das sanções e ou aos atrativos de uma recompensa (...).” Llory(1999) (p.82 Cap. 3 Quebra de Paradigma. Caminhos da Análise em Acidentes de Trabalho.)
26. FATORES HUMANOS NA GESTÃODE SEGURANÇA DO/NO TRABALHO CATEGORIAS ACERCA DAS CAUSAS DO ACIDENTE:
OPERACIONAIS - Falha de componentes materiais ou equipamentos, reações aceleradas ou inesperadas, perdas de controle, etc.;
AMBIENTAIS - Mudanças climáticas, falhas ou deficiências de proteções, interferência de outro acidente, etc.;
ORGANIZACIONAIS - Inadequações no gerenciamento da organização ou de atitudes, falhas em procedimentos, treinamento, supervisão, suporte, análise de processos, construção de instalações, sistemas de isolamento de equipamentos, manutenção, etc.;
PESSOAIS - Erros, problemas de saúde, desobediências, intervenção maliciosa e outras.
GESTÃO DE RISCOS:
Fatores técnicos;
Fatores humanos (variáveis individuais e psicossociais)
EQUIPE MULTIPROFISSIONAIS para análise e estratégias de prevenção de acidentes: engenheiros de segurança e de produção, ergonomistas, antropólogos, cientistas sociais, médicos do trabalho, psicólogos ou outros.
27. Categorias conceituais de qualidade de vida no trabalho (QVT) (WALTON, 1973) CRITÉRIOS
I. Compensação justa e adequada
II. Condições de trabalho
III. Uso e desenvolvimento de capacidades
IV. Oportunidade de crescimento e segurança
V. Integração social na organização
VI. Cidadania
VII. O trabalho e o espaço total da vida
VIII. Relevância social da vida no trabalho INDICADORES DE QV
1. Eqüidade interna e externa; 2. Jornada de trabalho razoável; 3. Participação em ganhos de produtividade; 4. Proporcionalidade entre salários;
5. Jornada de trabalho razoável; 6. Ambiente físico seguro e saudável; 7. Ausência de insalubridade;
8. Autonomia; 9. Auto-controle relativo; 10.Uso de habilidades múltiplas; 11. Infor-
mações sobre o processo total de trabalho;
12. Possibilidade de carreira; 13. Crescimento pessoal; 14. Perspectiva de avanço salarial; 15. Segurança no emprego;
16. Ausência de preconceitos; 17. Habilidade social; 18. Valor comunitário;
19. Direitos essenciais garantidos; 20. Privacidade pessoal; 21. Imparcialidade; 22. Liberdade de expressão;
23. Papel balanceado do trabalho; 24. Previsibilidade de horários;
25. Imagem da empresa; 26. Responsabilida-de social da empresa; 27. Responsabilidade: produtos e serviços.
28. STRESS STRESS é o estado de desgaste ocasionado pela inadaptação prolongada às exigências psíquicas da vida.
O QUE NÃO É STRESS: tensão nervosa; acontecimentos desagradáveis da vida; resposta de adrenalina diante de ameaças(reação de alarme).
STRESS AGUDO X STRESS CRÔNICO = depende da duração.
SINTOMAS DE STRESS:
nervosismo, irritabilidade e sentimento de raiva; sinais de tensão: dor nos músculos do pescoço e ombros; fadiga; ansiedade; angústia e depressão; dor de estômago; palpitações; insônia; pesadelos; dor discreta no peito diante de situações desfavoráveis; relacionamentos tensos; retraimento; indecisão; apatia.
29. ETIOLOGIA DO STRESS
30. HISTÓRICO E MECANISMO DE STRESS
Stress: do latim, foi empregada popularmente no século XVII, significando fadiga, cansaço. A partir dos séculos XVIII e XIX, o termo aparece relacionado com o conceito de força, esforço e tensão.
No meio científico --> Hans Selye, endocrinologista, utilizou o termo stress para nomear as ações mútuas de forças que ocorrem em qualquer seção do corpo.
Relação: exigências psíquicas do meio X estrutura psíquica do indivíduo.
R= 1 Ajuste ótimo
R<<1 Stress por monotonia
R>>1 Stress por sobrecarga
31. MECANISMO DE STRESS STRESS POR SOBRECARGA:
(DISTRESSE)
viver num ritmo de vida corrido e competitivo;
assumir uma carga de responsabilidade acima da competência intelectual, psicológica, física ou de tempo;
insegurança em relação aos tempos atuais;
ambientes de trabalho tensos, de medo etc;
conflitos na família;
comunicação agressiva ou provocativa entre as pessoas;
ritmo rápido de mudanças do mundo;
crises existenciais em geral vividas pelo ser humano;
conviver com violência, notícias de morte, guerras, catástrofes, etc..
32. STRESS POR MONOTONIA
aposentadoria para uma pessoa muito ativa;
fazer uma tarefa bem abaixo de sua capacidade;
trabalho numa atividade repetitiva e monótona, sem desafios;
donas-de-casa, que em determinada época optaram pelo cuidado da casa e dos filhos e agora, com estes já criados, sentem a necessidade de reassumir alguma atividade profissional;
STRESS POSITIVO (EUSTRESSE)
acontecimento potencialmente negativo que gera uma reação capaz de trazer benefícios mais duradouros;
uma notícia muito boa, um desafio profissional extraordinário.
33. Burnout Burn-out ou burnout (jargão inglês) se refere àquilo que deixou de funcionar por falta de energia. Como gíria, pode aludir àquele que se acabou pelo excesso de drogas. Enfim, uma metáfora para significar aquilo, ou aquele, que chegou ao seu limite e, por falta de energia, não tem mais condições de desempenho físico ou mental(PEREIRA, 2002).
BURN OUT (ou “queimadura interna”/ aquilo que deixou de funcionar por absoluta falta de energia), processo de estar sendo brutalmente tragado/ e o do esgotamento psicológico (perda de identidade).
Precursores da pesquisa em burnout: Brandley, 1969 e Herbert Freudenberger, 1974.
O Burnout também já foi chamado de “A Síndrome do Assistente Desassistido”(Portero &Ruiz, 1998) ou “A Síndrome do Cuidador Descuidado”(González, 1995).
34. DIFERENÇAS ENTRE STRESS E BURNOUT BURNOUT:
é a resposta a um estado prolongado de estresse, ocorre pela cronificação do estresse, quando os métodos de enfrentamento falharem ou forem insuficientes;
distresse;
relacionado ao mundo do trabalho, com o tipo de atividades laborais do indivíduo;
comporta uma dimensão social, inter-relacional, através da despersonalização que não necessariamente ocorre no estresse ocupacional.
STRESS
estresse positivo e negativo;
estresse ocupacional.
35. SINTOMATOLOGIA DO BURNOUT FISICOS
Fadiga constante e progressiva
Distúrbios do sono
Dores musculares ou osteomusculares
Cefaléias, enxaquecas
Perturbações gastrointestinais
Imunodeficiência
Transtornos cardiovasculares
Distúrbios do sistema respiratório
Disfunções sexuais
Alteração menstruais nas mulheres
PSIQUICOS
Falta de atenção, de concentração
Alteração de memória
Lentidão do pensamento
Sentimento de alienação
Sentimento de solidão
Impaciência
Sentimento de insuficiência
Baixa auto-estima
Labilidade emocional
Dificuldade de auto-aceitação, baixa auto-estima
Astenia, desânimo, disforia, depressão
Desconfiança, paranóia.
36. SINTOMATOLOGIA DO BURNOUT COMPORTAMENTAIS
Negligência ou excesso de escrúpulos
Irritabilidade
Incremento da agressividade
Incapacidade para relaxar
Dificuldade na aceitação de mudanças
Perda de iniciativa
Aumento de consumo de substâncias
Comportamento de alto risco
Suicídio DEFENSIVOS
Tendência ao isolamento
Sentimento de onipotência
Perda de interesse pelo trabalho (ou até pelo lazer)
Absenteísmo
Ironia, Cinismo.
37. OS EFEITOS DA SINDROME DE BURNOUT INTERFEREM NEGATIVAMENTE: NÍVEL INDIVIDUAL: físico; mental; profissional; social (isolamento, divórcio, etc).
PROFISSIONAL: diminuição da qualidade dos serviços; conflito com os demais membros da equipe; atendimento negligente; lentidão; dificuldade em contatos interpessoais; predisposição a acidentes por falta de atenção e concentração; cinismo; abandono de emprego, etc..
ORGANIZACIONAL: absenteísmo; rotatividade; baixa produtividade; acidentes de trabalho, etc..
38. A NEUROSE PROFISSIONAL STRESS (enfoque anglo-saxão) Hans Selye (1956) - origem na idéia de reação fisiológica e quase mecânica do organismo a uma agressão.
STRESS PROFISSIONAL - processo de perturbação engendrado no indivíduo pela mobilização excessiva de sua energia de adaptação para o enfrentamento das solicitações de seu meio ambiente profissional. NEUROSE PROFISSIONAL (franceses) - extraem da psicanálise e da menção ao inconsciente suas referências fundamentais, organizaram seus trabalhos em torno dos conceitos de desadaptação psíquica do homem no trabalho (Sivadon e Amiel,1969) ou psicopatologia do sofrimento no trabalho (Dejours, 1989). Julliard (1910), Fontègue e Solari (1918), Le Guillant e Bégoin (1956) descreveram a “neurose das telefonistas” e a “síndrome geral da fadiga nervosa”.
Estado de desorganização persistente da personalidade, com conseqüente instalação de uma patologia, vinculada a uma situação profissional ou organizacional determinada. É uma das possíveis conseqüências do Stress Profissional.
39. A NEUROSE PROFISSIONAL NEUROSE PROFISSIONAL TRAUMÁTICA - (neurose de guerra). São três os elementos dessa patogenia do acontecimento: 1) o tempo de latência (de ruminação, de incubação, de mediação); 2) síndrome de repetição (pesadelos/ reviver a cena traumática); 3) “fixação ao traumatismo” - “bloqueio das funções do ego” com funções de proteção. Ex: bancários (assaltos), enfermeiras (mortes).
PSICONEUROSE PROFISSIONAL - a “relação psíquica” mantida por certos indivíduos com a organização na qual estão inseridos apresenta, às vezes, semelhança com certas relações conflituais infantis.
NEUROSE DE EXCELÊNCIA - certas situações organizacionais provocam em alguns tipos de personalidade, que buscam um ideal profissional elevado e investem totalmente na instituição.
BURN-OUT
são conceitos diferentes, mas as situações analisadas são as mesmas e os processos descritos, idênticos.
40. ALTERNATIVAS PARA EVITAR TENSÃO EXCESSIVA Identificar as causas de tensão e trabalhar sobre elas;
fazer um trabalho em relação à sua atitude mental;
melhorar a administração do seu tempo;
estabelecer limites para os outros;
estabelecer também limites para você mesmo;
atividade física;
métodos de relaxamento.
41. PROCESSOS DE GESTÃO DE PESSOAS
Pessoas Empresas
Bases estruturais
Processos de apoio (DUTRA, 2002)
42. GESTÃO DE PESSOAS Processos motivacionais,
liderança e
trabalho em equipe
43. Processos motivacionais VERGARA, Sylvia Constant Gestão de pessoas. São Paulo: Atlas, 2003. Motivação é uma força, uma energia que nos impulsiona na direção de alguma coisa;
tem caráter de continuidade;
é intrínseca ? não se motiva ninguém ?o que os de fora podem fazer é estimular, incentivar, provocar nossa motivação;
motivação está dentro de nós e estímulo vem de fora.
O que distingue a motivação = história de vida ? valores, necessidades, interesses, organização familiar, background cultural, formação profissional diferentes.
44. Teorias da motivação (1) TEORIA DE MASLOW ou das NECESSIDADES HUMANAS (década de 50) ? pirâmide das hierarquias: na base, as necessidades primárias (fisiológicas e de segurança); e, no topo, as secundárias (afetivo-sociais, de estima e de auto-realização).
Crítica: deixa de considerar que as necessidades variam de cultura para cultura e de pessoa para pessoa.
TEORIA DE HERZBERG (década de 60) ? foco na satisfação: fatores higiênicos (são extrínsecos às pessoas ? localizam-se no ambiente de trabalho) e motivacionais (intrínsecos ? sentimentos de auto-realização e reconhecimento).
Crítica: deixa de considerar que satisfação/insatisfação é uma questão de ego.
45. Teorias da motivação (2) TEORIA DE McCLELLAND ? foco nas necessidades: de poder (status, prestígio); afiliação (afeto) e realização (auto-estima e auto-realização). São adquiridas socialmente.
TEORIA DA EXPECTATIVA ? relaciona desempenho com recompensa.
TEORIA DA EQÜIDADE ? está relacionada a percepção de justiça e igualdade nas relações de trabalho.
PENSAMENTEO DE GEERTZ ? faz distinção entre motivação (vetor, a direção e dura tempo mais ou menos extenso) e disposição (surge de certa circunstância, mas não responde a qualquer fim –analogia com neblina).
PENSAMENTO DE BERGAMINI ? faz diferença entre motivação (intrínseco) e condicionamento (extrínseco).
46. Frustração e mecanismos de defesa
FRUSTRAÇÃO ? falta de reconhecimento, gera o vazio.
Resposta à frustração por meio de MECANISMOS DE DEFESA, da ordem do:
PSICOLÓGICO ? racionalização, a fantasia, a projeção, o deslocamento, o simbolismo, a sublimação, o isolamento, a compensação, a regressão, a apatia, a generalização, a somatização;
SOCIOLÓGICOS ? consumismo exacerbado;
QUÍMICOS ?uso de fumo, álcool e drogas;
TECNOLÓGICOS ? compulsão pelos equipamentos e jogos que envolvem tecnologia (computador, internet)
47. A forças energéticas e funções psíquicas Três níveis das forças energéticas:
BIOLÓGICO ? desejo de alimento, água, sexo, de movimento: necessidades fisiológicas;
PSICOLÓGICO ?o ciúme, a esperança, a inveja, o ódio, o orgulho,o sentimento de culpa, o remorso, o desejo de justiça, a vaidade, a generosidade, o senso moral;
ESPIRITUAL ? a compaixão, a intuição, o amor (universal)
FUNÇÕES PSÍQUICAS (Jung): o pensamento, a percepção (sensação), o sentimento e a intuição.
RACIONAL
Pensamento
e sentimento Sentimento
CONSCIENTE INCONSCIENTE
Sensação Intuição
NÃO RACIONAL
48. Outros fatores motivacionais O SIGNIFICADO DO TRABALHO COMO FATOR MOTIVA-CIONAL ? o significado um dá a direção, um sentido à pessoa.
A busca da descoberta do significado (da motivação ao trabalho) é um processo de aprendizagem.
O AUTOCONHECIMENTO
O AUTODESENVOLVIMENTO
SER ESTIMULADO PARA SE DESCOBRIR (permitir que os outros o/a intervenham) ou PROVOCANDO A MOTIVAÇÃO NAS PESSOAS (seu significado, seu sentido à vida): aceitar ou provocar desafios; saber comunicar; elevar a auto-estima; clareza nas recompensas individuais e grupais; reconhecimento do trabalho; compartilhar autoridade; solidariedade; respeitar as diferenças individuais; educar e ser ducado; direito de expressar os sentimentos; o discurso compatível com as ações, etc..
49. Liderança requerida nesses novos tempos. VERGARA, Sylvia Constant Gestão de pessoas. São Paulo: Atlas, 2003. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A LIDERANÇA
Warren Bennis ? diz que ela é como a beleza: difícil de definir, amas fácil de reconhecer
Liderança é a capacidade de exercer influência sobre os indivíduos e grupos.
Liderança não é sinônimo de chefia;
Liderança não é marca de nascença;
O papel fundamental do líder é provocar a motivação nas pessoas de modo que os resultados desejados pelas empresa seja alcançados; exercer papel integrador;
Liderar requer do gestor: autoconhecimento, autodesenvolvimento, sensibilidade e habilidades para lidar com as diferenças e obter a adesão das pessoas para sua causa, atrelada aos negócios da empresa.
50. Teorias da liderança TEORIAS DOS TRAÇOS DE PERSONALIDADE ? segundo essa teoria, os traços para ser líder dependeria dos traços de personalidade: físicos (aparência, estatura, energia, força física); intelectuais (adaptabilidade, entusiasmo, autoconfiança, elevado QI); sociais (cooperação, habilidades interpessoais, habilidades administrativas); traços relacionados com a tarefa (impulso de realização, persistência, iniciativa).
TEORIA DOS ESTILOS DE LIDERANÇA ?o autocrático; o democrático e o laissez-faire.
TEORIA CONTINGENCIAL (OU SITUACIONAL) ? essa teoria desfoca a atenção da figura do líder para o fenômeno de liderança ? é uma relação com três pilares: líder (autoridade formal e a da personalidade); seguidores (depende das expectativas, dos interesses e das motivações); e, situação (clima: da organização, do cenário, a tarefa que é executada).
51. Liderança e os novos tempos Atualmente: Era da Informação;
Antes: Capital (força física, a matéria-prima).
Líder nos novos tempos: ter mentalidade global; aceitar e lidar com as contradições da vida; lidar com o inesperado; sensibilidade; capacidade de avaliação; domínio conceitual (abstrato, subjetivo); habilidade reflexiva; flexibilidade; disponibilidade de aprender continuamente; capacidade de provocar motivação, etc..
P/ Warren Bennis ? “o líder atual deve ser capaz de criar arquitetura social conducente à capital intelectual: idéias, know-how, inovação, cérebros, conhecimento e especialização, bem como deve ser capaz de inspirar confiança e manter acesa a esperança”. (p.85)
P/ Peter Senge ? o papel do líder é o de projetista, professor e regente.
52. Capacidades requeridas do gestor/líder Ter VISÃO ? visualizar a empresa e perceber que futuro quer construir junto com os liderados ? essa VISÃO deve estar em sintonia com a MISSÃO da empresa.
Para realizar visão, missão, objetivos e metas, são escolhidas estruturas tecnologias, estratégias e desenvolvidas competências ? o comprometimento pode ser obtido pelo compartilhamento desses elementos.
CRIATIVIDADE ?p/ Domenico de Masi, “pessoa criativa é a que tem grande patrimônio de emotividade, opiniões e facilidade de relacionamento, além de mais de um interesse e grande curiosidade intelectual.” (p.90)
P/ John Kao ? criatividade é um processo por meio do qual as idéias são geradas, desenvolvidas e transformadas em valor.
Atitudes que geram SINERGIA: interagir; de ouvir e ser ouvido; aceitar críticas; etc.
Ser ÉTICO
53. Desafios a quem pretende liderar Autoconhecimento e autodesenvolvimento;
Deconstruir para construir (mexer com a cabeça das pessoas);
Dar margem à intuição;
Superar os próprios medos e ajudar pessoas a superarem os seus;
Ouvir o que pode ser inconsistente, contrário a seu ponto de vista e até bobagem;
Negociar ? é uma troca, na busca de um acordo. Os envolvidos utilizam, predominantemente, a inteligência interpessoal, a lingüística e a lógica-matemática. Requer: percepção e expectativas, razão e emoção, planejamento, organização e decisão.
ACREDITAR QUE ORGANIZAÇÃO INTELIGENTE É ORGANIZAÇÃO HUMANIZADA.
54. Trabalho em equipe VERGARA, Sylvia Constant Gestão de pessoas. São Paulo: Atlas, 2003. EQUIPE ? é um conjunto de pessoas, envolvidas e comprometidas com um elemento de identidade (valor: normas, processos, objetivos, causa), de natureza simbólica, que uma as pessoas, estando elas fisicamente próximas, ou não.
POR QUE TRABALHAR EM EQUIPE ? agilidade na captação e no uso das informações; idéias mais ricas; tendência maior a assumir riscos; comprometimento ? permite a criação de redes conceituais, relacionais.
IMPORTANTE NO TRABALHO EM EQUIPE ? consciência do propósito, explicitação de balizamentos, comunicação aberta, feedback contínuo, compartilhamento de informações, negociação, humildade intelectual, comportamento ético.
(ver “Ensinando pessoas inteligentes a aprender” –Texto 5)
55. P/ Daniel Goleman
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL: engloba a capacidade de ler os próprios sentimentos, controlar os impulsos, organizar o raciocínio, ficar calmos e otimistas diante das provas com que nos defrontamos e sobretudo escutar o outro.
QI= Quociente de Inteligência
QE= Quociente Emocional (difícil a quantificação)
Um alto QI não é garantia de sucesso;
A emoção pode dar a verdadeira medida da inteligência humana;
No mundo empresarial, o QI alto consegue um bom emprego. O QE alto garante promoções.
56. AUTOCONHECIMENTO reconhecer um sentimento quando eles se apresenta.
GESTÃO DO HUMOR diminuir os sentimentos de angústia, de depressão, de ansiedade.
AUTOMOTIVAÇÃO motivação positiva.
CONTROLE DO IMPULSO retardar uma recompensa.
SINTONIA COM O OUTRO: EMPATIA atitude de colocar-se no lugar do outro, boa vontade.
57. FATORES HUMANOS NA GESTÃODE SEGURANÇA DO/NO TRABALHO CATEGORIAS ACERCA DAS CAUSAS DO ACIDENTE:
OPERACIONAIS - Falha de componentes materiais ou equipamentos, reações aceleradas ou inesperadas, perdas de controle, etc.;
AMBIENTAIS - Mudanças climáticas, falhas ou deficiências de proteções, interferência de outro acidente, etc.;
ORGANIZACIONAIS - Inadequações no gerenciamento da organização ou de atitudes, falhas em procedimentos, treinamento, supervisão, suporte, análise de processos, construção de instalações, sistemas de isolamento de equipamentos, manutenção, etc.;
PESSOAIS - Erros, problemas de saúde, desobediências, intervenção maliciosa e outras.
GESTÃO DE RISCOS:
Fatores técnicos;
Fatores humanos (variáveis individuais e psicossociais)
EQUIPE MULTIPROFISSIONAIS para análise e estratégias de prevenção de acidentes: engenheiros de segurança e de produção, ergonomistas, antropólogos, cientistas sociais, médicos do trabalho, psicólogos ou outros.
58. PERSPECTIVA RELACIONAL
59. SENTIMENTO E EMOÇÃO SENTIMENTO é essencialmente uma experiência subjetiva. Sentir significa que estamos cientes, no interior de nós mesmos, de algum estado corporal, perturbação ou mudança psicológica mais difusa. Sensibilidade. Disposição afetiva em relação a coisas de ordem moral ou intelectual.
EMOÇÃO: reação intensa e breve do organismo a um lance inesperado, a qual se acompanha de um estado afetivo de conotação penosa ou agradável. São as manifestações pessoas de estados afetados, ou “movidos”, ou “agitados”-, tais como alegria, amor, medo, fúria, tristeza, vergonha, embaraço.
60. O ERRO Etimologia: “ERRO” vem do latim errare, que significa extraviar, vaguear, andar sem direção fixa.
Só se pode dizer que ocorreu o erro se uma prévia direção foi adotada e comunicada.
Erro pode ocorrer quando se trabalha sem orientação definida, sem critérios ou metas claramente estabelecidos.
As tarefas são passadas muitas vezes de um trabalhador para outro com vícios e equívocos.
A maneira como os erros são tratados nas organizações afeta o clima organizacional, o grau de envolvimento e o processo de autodesenvolvimento, portanto, afeta na qualidade de vida.
A ineficaz postura de buscar culpados precisa urgentemente ser substituída pela atitude de considerar o erro como oportunidade de aprendizagem.
61. O ERRO 1. IDENTIFICANDO O TIPO DE ERRO
classificação de erros em função das causas que levam à sua ocorrência )
ERRO ACIDENTAL
ERRO ESSENCIAL
ERRO DESTRUTIVO
ERRO DE APRENDIZAGEM
ERRO DECORRENTE DA PRESSÃO
2. LIDANDO COM O ERRO: FORMA PEDAGÓGICA
3. COMPARTILHANDO O INSUCESSO E APRENDENDO COM O ERRO
62. A CRÍTICA Etimologia: “CRÍTICA” vem do grego krinein, cujo significado aproxima-se do conceito de separar, decidir, distinguir (Krinein = CRISE significa evento decisório, crucial. Krinein = CRITÉRIO significa padrão para julgar).
CRÍTICA está relacionada a evento decisório que requer refletir, separar, distinguir e decidir.
Categorias: a crítica construtiva e a crítica destrutiva.
ATITUDES DIANTE DA CRÍTICA:
1) Conduta defensiva e a dificuldade em lidar com a crítica;
2) lidando com a crítica de forma natural;
3) aprendendo a apresentar crítica;
4) dificuldades no estabelecimento de diálogo.
63. O MEDO NAS RELAÇÕES DE TRABALHO O medo em sua manifestação primitiva, é um sinal, uma previsão de provável dano, que estimula a pessoa a se afastar da situação perigosa.
Tudo indica que a pessoa foge não por medo, mas para livrar-se do medo.
1. CONDUTAS GERENCIAIS QUE PROVOCAM MEDO:
a) situações concretas;
b) forma inadequada de lidar com o poder;
c) condutas agressivas e comportamento imprevisível;
d) ameaças de punição, gritos e explosões;
e) quebra de confiança;
f) ouvindo apenas uma das partes;
64. O MEDO NAS RELAÇÕES DE TRABALHO 2. CONDUTAS PROVOCADORAS DE MEDO ENTRE COLEGAS DE EQUIPE
a) fofoca e delação;
b) falsidade;
c) agressividade;
d) disputas por prestígio e poder.
3. MÁSCARAS DO MEDO
a) distanciamento; f) timidez;
b) postura derrotista; g) mentira;
c) postura idealista; h) insegurança;
d) postura reativa; i) conformismo;
e) pessimismo; j) vaidade.
65. A RAIVA A hostilidade e as condutas agressivas têm sua origem na raiva
Estágios: 1º) sensação de leve irritação; 2º) sentir-se ofendido, surpreendido, gerando sensação de limitação, de estar sendo desrespeitado, injustiçado (mágoa ou rebeldia); 3º) reações violentas onde se perde o controle das palavras e atos.
CIRCUNSTÂNCIAS AMBIENTAIS E PREDISPOSIÇÃO PESSOAL
1) RAIVA ENTRE COLEGAS
2) QUANDO A RAIVA SE TRANSFORMA EM ÓDIO
3) DISFARCES DA RAIVA
a) A queixa d) Humorismo e ironia
b) Falta de cortesia e) Inveja
c) Postura competitiva
66. A INVEJA Etimologia INVEJA: latim invidia (substantivo) e invidere (verbo) significam olhar maliciosamente, ou olhar enviesado.
Manifestação com duas faces: o temor das conseqüências da própria inveja e o medo de ser alvo da inveja dos outros.
Melanie Klein: “A inveja é um sentimento de cólera que o sujeito experimenta quando percebe que o outro possui um objeto desejável, sendo sua reação a de apropriar-se dele ou de destruí-lo”
CÍÚME, primo-irmão da inveja, por relacionar-se também à perda ou à ameaça da perda. “... o ciúme faz faz temer o que se tem; a inveja é sofrida por ver outro possuir o que ele deseja para si... O invejoso passa mal com a vista da fruição. Sente-se à vontade apenas com um infortúnio dos outros. Assim, todos os esforços para satisfazer um invejoso são vãos”(English Synonyms de Crabb)
67. EMOÇÕES E SENTIMENTOS QUE DIFERENCIAM O CIÚME DA INVEJA INVEJA
sentimento de inferioridade;
vergonha íntima de si próprio;
sentimento de destino injusto;
frustração;
amargura;
sentimento de desejo;
desejo por algo de terceiros;
terceiros desaprovariam se soubessem do meu sentimento;
vergonha se admitir;
sentimento de culpa por desejar; o mal para alguma pessoa;
sentimento de pecado;
negar a si mesmo esse tipo de sentimento;
motivação para melhorar a a si próprio.
CIUME
medo da perda possível;
ameaça;
rejeição;
preocupação;
suspeita;
traição ou denúncia;
dúvida;
solidão;
incerteza;
sentimento desagradável;
consciência;
insegurança;
sentimento profundo.
68. EXPERIÊNCIAS EMOCIONAIS QUE PODEM FAZER PARTE DA INVEJA EXPERIÊNCIAS EMOCIONAIS
ASPIRAÇÕES
INFERIORIDADE
RESSENTIMENTO DO AGENTE EM QUESTÃO
RESSENTIMENTO GLOBAL
CULPA
ADMIRAÇÃO DESCRIÇÃO
Desejo que alguém tem, expectativa frustrada.
Desespero e tristeza por nunca conseguir obter o que a pessoa invejada possui.
Ressentimento de uma pessoa específica ou grupo, desprazer de sua superioridade, raiva e ressentimento daqueles que são responsáveis.
Ressentimento por injustiças, circunstâncias ou fatos.
Sentimento de culpa sobre desejo doente; crença de que o rancor é errado.
Emulação, admiração.
69. MECANISMOS NATURAIS PARA LIDAR COM OS CONFRONTOS
70. CONSTRUINDO A QUALIDADE DE VIDA 1) DIFERENÇAS INDIVIDUAIS E CARACTERÍSTICAS PESSOAIS
2) POSIÇÕES EXISTENCIAIS E QUALIDADE DE VIDA (MODALIDADES DE COMPORTAMENTO)
Eu sou OK - Você é OK (Comportamento assertivo)
Eu sou OK - Você NÃO é OK (Comportamento agressivo)
Eu NÃO sou OK - Você NÃO é OK(Comportamento manipulativo)
Eu NÃO sou OK - Você é OK (Comportamento passivo)
3) APRENDENDO A SE COMPORTAR DE MODO ASSERTIVO: preservando a auto-estima; estimulando que as questões sejam tratadas diretamente; resposta imediata e oportuna; foco no comportamento; definido prazo, estabelecendo contrato
71. GESTÃO DE PESSOAS: HABILIDADES SOCIAIS (Automonitoria) HS DE COMUNICAÇÃO:
fazer e responder perguntas; pedir e dar feedback; gratificra/elogiar; iniciar, manter e encerrar conversação.
HS DE CIVILIDADE:
dizer, por favor; agradecer; apresentar-se; cumprimentar; despedir-se.
HS EMPÁTICAS:
parafrasear; refletir senti-mentos; expressar apoio.
HS DE EXPRESSÃO DE SENTIMENTO POSITIVO:
fazer amizade; expressar solidariedade; cultivar o amor.
HS ASSERTIVAS, DIREITO E CIDADANIA:
manifestar opinião, concordar, discordar; fazer, aceitar e recusar pedidos; desculpar-se, admitir falhas; interagir com autoridade; estabelecer relacionamento afetivo; expressar raiva/desagrado e mudança de comportamento; interagir com autoridades; lidar com críticas.
HS DE TRABALHO:
coordenar grupo; falar em público; resolver problemas, tomar decisões e mediar conflitos; habilidades sociais educativas.
72. COMUNICAÇÃO NA INTERAÇÃO HUMANA. HABILIDADES SOCIAIS DE COMUNICAÇÃO
Na sociedade, a COMUNICAÇÃO é responsável pelas extensas REDES DE TROCA SOCIAL que mantêm e alteram a cultura e, conseqüentemente, a realidade social.
COMUNICAÇÃO processo mediador de contato entre as pessoas.
Comunicação interpessoal: VERBAIS e NÃO VERBAIS.
Comunicação Verbal é mais consciente, explícita e racional.
Comunicação Não Verbal: posturas, gestos, expressões faciais e movimentos do corpo adquirem mais significado em função do contexto verbal e situacional em que ocorrem.
73. ASSERTIVIDADE E AFETO NAS RELAÇÕES DE TRABALHO 1º) Ouvir; 2º) Clarear dúvidas; 3º) Checar suposições; 4º) Atenção ao comportamento não verbal; 5º) Desenvolver a auto-estima; 6º) Reconhecer e valorizar o outro; 7º) Dar e receber feedback efetivo ; 8º)Estimular no outro a conduta assertiva.
ITALO CALVINO (Seis Propostas para o Próximo Milênio)
LEVEZA - (software que comanda) leveza de viver; reconhecer o peso do uso inadequado do poder, da competição, da agressividade.
RAPIDEZ - não como chegar primeiro, mas como agilidade; o tempo não é algo para se dispor com indiferença e desperdício.
EXATIDÃO - busca de competência, de desenvolvimento de habilidades, da busca de melhoria continua.
VISIBILIDADE - a vida = “fantasias” (imaginário) + “realidades”
MULTIPLICIDADE - diversificação e a ampliação do potencial humano quanto para a atenção das lideranças às diferenças individuais.
CONSISTÊNCIA - liderança consistente abrange firmeza, estabilidade, profundidade como base para manter propósitos, perseguir metas, insistir no rumo, apesar dos obstáculos.
74. REFERÊNCIAS BENEVIDES-PEREIRA, Ana Maria T. Benevides (org.) Burnout: quando o trabalho ameaça o bem-estar do trabalhador. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.
DELA COLETA, José Augusto Acidentes de trabalho; fator humano, contribuições da psicologia do trabalho, atividades de prevenção. São Paulo: Atlas, 1991.
FRANÇA, Ana Cristina Limongi e RODRIGUES, Avelino Luiz Stress e trabalho. São Paulo: Editora Atlas, 1997.
VERGARA, Sylvia Constant Gestão de pessoas. São Paulo: Atlas, 2003.
www.saudeetrabalho/publicações. Tese: “Construindo a culpa e evitando a prevenção”. (Doutorado – Depto de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública – USP. Autor: Ildeberto Muniz de Almeida.
www.mte.gov.br/Empregador/Segsau/Publicações “Caminhos da análise de acidentes do trabalho”. Brasília: MTE, SIT, 2003.