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Normas de tratamento médico agudo de traumatismos cerebrais graves em lactentes, crianças e adolescentes. Versão Portuguesa: Carla Meireles, MD José M. Aparício, MD, PhD Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos - H. S. João Porto - Portugal. Versão original: Thyyar M. Ravindranath, M. D.
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Normas de tratamento médico agudo de traumatismos cerebrais graves em lactentes, crianças e adolescentes Versão Portuguesa: Carla Meireles, MD José M. Aparício, MD, PhD Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos - H. S. João Porto - Portugal Versão original: Thyyar M. Ravindranath, M. D. Children’s Hospital of New York Columbia University
Aprovado pelas seguintes sociedades: Sociedade Americana de Cirurgia de Trauma Sociedade de Neurologia Infantil Sociedade Internacional de Neurocirurgia Pediátrica Sociedade Internacional de Anestesia de Trauma e Cuidados Intensivos Sociedade de Cuidados Intensivos Médicos (SCCM) Federação Mundial de Sociedade de Cuidados Intensivos Pediátricos Financiado por: Centro Nacional de Investigação em Medicina de Reabilitação Instituto Nacional da Saúde da criança e Desenvolvimento Humano Instituto Nacional de Doenças Neurológicas e AVC Synthes USA Associação Internacional de Lesão Cerebral
Medicina Baseada na Evidência (MBE) • Uma abordagem na qual as decisões médicas envolvem uma identificação criteriosa, avaliação e aplicação da medicina baseada na prática e da força dessa evidência. A força da evidência é avaliada tanto pela investigação científica básica como pela investigação clínica centrada no doente
Introdução: Classificação da Evidência • Classe1: Estudos Controlados Randomizados (ECR) • Classe 2: Dados prospectivos, retrospectivos (observacionais, coorte, prevalência e estudos caso-controlo) • Classe 3: Retrospectivos (Séries clínicas, base de dados, registos, caso clínico)
Introdução: Graus de certeza • Padrão: elevado grau de certeza clínica. Recomenda-se que seja baseado em evidência na classe 1 • Guias de Orientação: certeza clínica moderada. Baseado em evidência classe 2 e predomínio de evidências classe 3 • Opções: Pouca certeza clínica. Baseada em evidências classe 3
Melhoria da Prática Clínica (MPC) • Recolha de dados retrospectivos • Disponibilidade de grande quantidade de dados • Pouco dispendiosa • Resultados similares VS. Estudos controlados randomizados (Benson & Hartz, 2000; Concato et al 2000). Medical Error-Rosenthal, Sutcliffe Erro médico: falência da concretização da acção planeada ou o uso de plano inadequado para atingir determinado fim
Introdução Pontos Chaves: • Abordagem de TCE grave ECG (3-8) • Idade <18 anos • Definição de lesão traumática cerebral: lesão cerebral primária ou secundária provocada por trauma (inclui abuso, quase afogamento, acidentes rodoviários e lesões obstétricas)
Centro de Trauma Pediátrico (CTP) • Melhora a sobrevida se TCE for tratado em CPT ou em centros de adultos com experiência pediátrica (Classe 3) • Transporte directo para um CTP aumenta a sobrevida (Classe 2)
Centro de Trauma Pediátrico • Padrão: Dados insuficientes • Guias de orientação: Transporte directo para CTP, se disponível • TCE pediátrico deve ser tratado em CTP ou por equipas de trauma de adultos com experiência pediátrica
Abordagem Pré–Hospitalar da Via Aérea • ? O efeito das diferentes manipulações da via aérea na abordagem Pré-hospitalar da criança após TCE • Hipoxemia agrava o prognóstico neurológico • Menor sucesso na intubação pré-hospitalar • A intubação pré-hospitalar não altera o prognóstico • Classe 2
Abordagem Pré-Hospitalar da Via Aérea • Padrão: Dados insuficientes • Guias de orientação: evitar e corrigir hipoxemia • Pré-hosp. Insuflador com reservatório e máscara facial vs. intubação endotraqueal: sem vantagens • Opções: intubação traqueal pré-hospitalar Intubação traqueal: treino em intubação e monitorização de CO2 Exp
Terapêutica Cerebral dirigida pré-hospitalar – TA; PaO2 • Choque não é só do TCE • Não restringir fluidos se choque + TCE • Intra-óssea se não for possível via periférica • Rápido desenvolvimento de hipoxia durante apneia e hipovolemia • Cianose central não é sinal de hipoxia • Oxigenação adequada ≠ ventilação adequada
Terapêutica Cerebral dirigida pré-hospitalar – TA; PaO2 • Presença de hipoxia não influi na mortalidade (Classe 3) ?Resistência a hipoxia ?Eficiência dos cuidados pré-hospitalares • Hipotensão → piora o prognóstico (Classe 3) Hipertensão→ melhora o prognóstico (Classe 2)
Terapêutica Cerebral dirigida pré-hospitalar – TA; PaO2 • Terapêutica cerebral dirigida pré-hospitalar: (curarização,sedação, manitol,hiperventilatição): Não há literatura científica Adaptar às necessidades do paciente Manitol para herniação cerebral sem hipovolemia Sinal de Battle: fractura da fossa posterior
Terapêutica Cerebral dirigida pré-hospitalar – TA; PaO2 • Padrão: Nenhum • Guias de orientação: Identificar e tratar a hipotensão • Opções: ECG <8 – controlo da via aérea (pulsoximetria, CO2 exp) • Correcção: hipoxemia, hipotensão • Sedação, curarização: útil no transporte Manitol: Não recomendado Hiperventilação ligeira: não recomendado
Monitorização da PIC no TCE • PIC surge em lactentes apesar de fontanelas ou suturas abertas • Monitorização da PIC é benéfica no TCE grave • Monitorização da PIC é útil quando exame neurológico não é exequível por sedação, curarização, anestesia
Monitorização da PIC no TCE • Padrão: Nenhum • Guias de orientação: Nenhumas • Opções: Monitorização da PIC é apropriada em lactentes e crianças com TCE grave ECG<8 • Recomendação Classe 3 excepto para craniotomia descompressiva, Classe 2
Limiar de tratamento da PIC • PIC > 20 mm Hg • Valores da PIC > 20 devem ser corroborados por exame clínico frequente, variáveis fisiológicas (PPC), imagiologia cerebral
Limiar para tratamento da PIC • Padrão: dados insuficientes • Guias de orientação: dados insuficientes • Opções: Tratamento se elevação PIC > 20 mm Hg Recomendação classe 3
Tecnologia para monitorização da PIC • Fiável e precisa: Cateter ventricular, transdutor de pressão externo ou cateter com transdutor de pressão na extremidade • A incidência de infecção significativa é baixa • Incidência de convulsões e hemorragia: desconhecida • Cateter ponta parenquimatoso: desvio do zero, impossível re-calibrar Cateter parenquimatoso de fibra óptica
Tecnologia para monitorização da PIC:Classe 3 • Padrão: dados insuficientes • Guias de orientação: dados insuficientes • Opções: Cateter ventricular, transdutor de pressão externo ou cateter com transdutor de pressão na extremidade
Sedação e curarização no TCE • Padrão: dados insuficientes • Guias de orientação: dados insuficientes • Opções: Decisão deixada para o médico • Curarização Consumo de O2 (Classe 2) Ministração contínua de propofol não é recomendada
Drenagem de LCR no TCE:(Classe: 3) • Padrão: nenhum • Guias de orientação: nenhum • Opções: drenagem de LCR para HIC por ventriculostomia ou punção lombar (apenas com ventriculostomia, cisternas patentes, sem LOC ou desvio da linha média no TAC) Seta: placa Quadrigeminal intacta F= lobo frontal, U= Uncus, P=Pedúnculos rodeando cisterna suprasselar
Terapêutica hiperosmolar no TCE • Padrão: nenhum • Guias de orientação: nenhum • Opções: solução hiperosmolar: Eficaz na PIC, NaCl 3% 0,1-1,0 ml/kg/h. O mínimo necessário para manter PIC<20 mm Hg (Classe 2). Osmolaridade sérica até 360 (Classe 3) Hematoma subdural com desvio da linha média e obliteração das cisternas
Terapêutica hiperosmolar no TCE • Manitol: 0,25-1,0 g/Kg. Manter a euvolemia. Algaliação Guias de orientação: Osmolaridade sérica:<320 Mecanismo: 1. viscosidade sanguínea, consequente a vasoconstrição. Necessita de auto regulação intacta. (dura 1h) 2. Efeito osmótico. Necessita de BHE intacta (6 h) Proeminência de sulcos e circunvoluções e hemorragia
Terapêutica hiperosmolar no TCE • Vantagens da solução hipertónica: Restabelece plasticidade da membrana em repouso e o volume celular, PNA, inflamação, débito cardíaco. • Desvantagens: Reaparecimento HIC, mielinólise pôntica cerebral, Hemorragia subaracnoídeia Mannitol: ATN • Escolha do fármaco: ao critério do clínico Perda de sulcos e circunvoluções por aumento da pressão intracraniana
Hiperventilação e TCE • Padrão: nenhum • Guias de orientação: nenhum • Opções: evitar hiperventilação ligeira ou profiláctica (PaCO2<35) Ligeira hiperventilação para HIC refractária a sedação, curarização, drenagem de LCR e terapia hiperosmolar Boa distinção entre matéria branca e cinzenta
Hiperventilação e TCE • Hiperventilação agressiva. (PaCO2<30) Para HIC refractária. Considerar a monitorização FIC, SvjO2 e O2 tecidular (Classe 2) • Hiperventilação agressiva para herniação cerebral Fraca diferenciação de matéria branca da cinzenta por PIC
Uso de barbitúricos na HIC • Padrão: nenhum • Guias de orientação: nenhum • Opções: Tratamento com altas doses poder ser usado em doentes hemodinamicamente estáveis com TCE grave recuperável e HIC • Monitorização hemodinâmica (Classe 3) Dilatação ventricular com hemorragia intraventricular
Uso de barbitúricos para a HIC • Mecanismo de acção: 1. CMRO2 em cerca de 50% 2. Inibe peroxidação de lípidos mediada por radicais livre 3. Estabilização da membrana Ventrículos não identificáveis por ICP com hemorragia subaracnoídeia
Controle da temperatura no TCE • Padrão: Nenhum • Recomendações: Nenhum • Opções: 1. Extrapolação com base em dados de adultos: evitar Hipertermia (>38.50C) 2. Hipotermia (<350C) pode ser considerada para PIC refractária (Classe 3) Padrão de Burst Suppression no EEG
Controle de temperatura no TCE Mecanismo: Reducão do: Metabolismo cerebral inflamação peroxidação lipídica convulsões, exitotoxicidade
Tratamento cirurgico de HIC • Padrão: nenhum • Guias de orientação: nenhum • Opções: Considerar craniotomia descompressiva no TCE (inclui maus tratos), Edema cerebral difuso , HIC refractária apesar a terapêutica médica adequada (Classe 3) hematoma extradural
Tratamento cirúrgico para HIC • Grupo favorável: 1. Deterioração secundária de ECG 2. Desenvolvimento de herniação cerebral nas primeiras 48h após o traumatismo • Grupo desfavorável: 1. ECG 3 não melhorada Monitores: PIC, oxigénio e temperatura
Corticoesteroídes e TCE • Padrão: nenhum • Guias de orientação: nenhum • Opções: a. não recomendado para melhorar o prognóstico ou PIC (Classe 3) b. Classe 2 (poucos) Esteróides produção cortisol e complicações infecciosas
Suporte nutricional e TCE • Padrão: nenhum • Guias de orientação: nenhum • Opções: Substituir 130-160% das NB. Iniciar suporte nutricional às 72horas e substituição completa após 7 dias (um classe 2 e um classe 3) Enfartes bilaterais em consequência de traumatismo por abanões
Profilaxia de convulsões nos TCE • Padrão: Nenhum • Recomendações: o uso profiláctico de anticonvulsivantes não é recomendado para prevenir convulsões tardias (>7 dias) Opções: Considerar terapêutica anticonvulsivante profiláctica para prevenir convulsões em lactentes e crianças de alto risco (<7 dias) Múltiplas fracturas de costelas
ECG<8 Colocar monitor PIC Manter PCC (Apropriada à idade) Considerar TAC Não PIC Remoção cuidadosa no tratamento da PIC Sedação e Analgesia Cabeceira à 300 Não PIC Drenar LCR se Ventriculostomia Pode continuar se Osm<320 Pode manter-se se S. Osm<360 PIC Não curarização Solução salina hipertónica 3% Manitol SOS PIC Terapêutica de segunda linha Ligeira hiperventilação PaCO2 30-35 mm Hg PIC
Terapêutica de segunda linha PIC apesar do tratamento de 1ª linha ECG activo? Não há contra-indicação para Barb Ventriculostomia funcionante Considerar PL Considerar altas doses Barb Doente recuperável Considerar craniotomia decompressiva Evidência de isquemia? Sem evidência de contra-indicação Evidência de hiperemia? Sem Evidência de isquemia Considerar Hiperventilatição para PaCO2 < 30 mm Hg Considerar monitorização de FSC, SvjO2, AVDO2 Considerar hipotermia moderada