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Benefícios ambientais e sociais do cultivo do algodão geneticamente modificado

Benefícios ambientais e sociais do cultivo do algodão geneticamente modificado. Haroldo Rodrigues da Cunha Vice-Presidente da Abrapa e Presidente da Comissão de Biotecnologia da Associação. Audiência Pública do Algodão CTNBio Brasília, 17 de agosto de 2007.

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Benefícios ambientais e sociais do cultivo do algodão geneticamente modificado

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  1. Benefícios ambientais e sociais do cultivo do algodão geneticamente modificado Haroldo Rodrigues da Cunha Vice-Presidente da Abrapa e Presidente da Comissão de Biotecnologia da Associação AudiênciaPública do AlgodãoCTNBio Brasília, 17 de agosto de 2007.

  2. Situação atual do cultivo do algodão no Brasil1 • Área cultivada em 2006/2007: aproximadamente 1,09 milhão ha. • Aumento de 27,8% em relação à 2005/2006, explicado pelos baixos preços da soja e do milho, na época da implantação dessas culturas. • Previsão da produção de algodão em pluma em 2006/2007: 1,52 milhões toneladas (46,5% maior que na safra anterior). • Previsão da produção de algodão em caroço em 2006/2007: 3,91 milhão toneladas (43,6% maior que na safra anterior). 1 - CONAB, 2007. Avaliação da Safra Agrícola 2006/2007 – Décimo Primeiro Levantamento – Agosto/2007. (www.conab.com.br)

  3. Situação global das culturas geneticamente modificadas (GM) Dos 10,3 milhões de agricultores de 22 países que plantaram lavouras biotecnológicas, em 2006, 9,3 milhões eram pequenos produtores e de recursos escassos em países em desenvolvimento. Estes se concentram em sua grande maioria na Índia, China e Filipinas, onde a adoção de lavouras transgênicas vem contribuindo significativamente para a redução da pobreza1. 1 - James, C. 2006. Global status of commercialized biotech/GM crops: 2006. ISAAA Brief no. 35. ISAAA: Ithaca, NY.

  4. Situação global das culturas geneticamente modificadas (GM)

  5. Situação global das culturas geneticamente modificadas (GM) O exemplo da Índia: Índia1: maior aumento proporcional em 2006 - área plantada com algodão GM aumentou 3 vezes, atingindo 3,8 milhões ha. Ganho de produção de 31%, redução substancial do número de aplicações de pesticidas e aumento de 88% ($250/ha) no lucro, na safra 20042. 1 - James, C. 2006. Global status of commercialized biotech/GM crops: 2006. ISAAA Brief no. 35. ISAAA: Ithaca, NY. 2 - Gandhi, V.; Namboodiri, N.V. 2006. The adoption and economics of Bt cotton in India: Preliminary results from a study. IIMA Working Paper. No. 2006-09-04, pp 1-27.

  6. Benefícios ambientais das culturas GM • Os impactos ambientais foram avaliados quanto ao uso de pesticidas e emissões de gases de efeito estufa entre 1996-20051: • Redução de 224 milhões kg pesticidas; • Redução >15% no impacto ambiental associado a essa prática. • A agricultura, pelo uso das culturas GM, reduziu emissões de gases de forma equivalente à remoção de 4 milhões de carros das ruas. 1 - Brookes, G.; Barfoot, P. 2007. GM Crops: The First Ten Years - Global Socio-Economic and Environmental Impacts. (www.pgeconomics.co.uk).

  7. Benefícios ambientais das culturas GM • Plantas GM tolerantes a herbicidas permitem o uso de uma nova geração de produtos, com baixa toxicidade e reduzida persistência no meio ambiente1. Além disso, a adoção do plantio direto é favorecida, com: * redução da erosão do solo, maior umidade e solo mais rico e saudável; * aumento das populações de organismos de solo; * redução do consumo de combustíveis para operar equipamentos; * retorno de insetos benéficos, aves e outros animais aos campos; * menor lixiviação de sedimentos e produtos químicos para os lençóis freáticos, menor poluição do ar e menor emissão de CO2. • Algodão GM tolerante a herbicidas: redução de 28,6 mil toneladas de herbicidas. 1 - Bio, 2007. Farming and Environmental Benefits. (www.bio.org).

  8. Benefícios ambientais das culturas GM • China, Índia, África do Sul, México, Argentina, Brasil e Colômbia são exemplos onde a disponibilidade de variedades resistentes a pragas é um diferencial para pequenos agricultores que tinham grandes perdas por não utilizarem inseticidas na cultura convencional, por causa do seu custo. • Os benefícios ambientais das culturas GM RESISTENTES A INSETOS são: * a redução de inseticidas; * o uso de uma tecnologia mais limpa que não impacta organismos não-alvo; * a redução do uso de maquinário; * a redução do uso de combustíveis fósseis; * a redução das emissões de CO2 ; *a conservação do meio ambiente que propicia a manutenção da biodiversidade. • Algodão GM resistente a insetos: redução de 94,5 mil toneladas de inseticidas. 1 - Huesing, J.; English, L. 2004. The impact of Bt crops on the developing world. AgBioForum. 7(1&2): 84-95.

  9. Benefícios ambientais das culturas GM - China • Antes da adoção de transgênicos: • 100.000 casos de envenenamento - 1.000 mortes/ano Com o uso do Bt: * Redução de 12 para 1 aplicação de inseticida; * Redução de custos de 20%; * Economia de 15 kg/ha de inseticida; * Economia de 15 milhões de Kg na última safra; * Redução de 90% nos casos de envenenamento; * Redução de 99% no número de mortes.

  10. Algodão GM resistente a insetos - Índia • Experiência com o algodão GM resistente a insetos na Índia: • 2002-2007: GMs correspondem a 47% da área de algodão; • redução de 75 a 80% das aplicações de inseticidas no campo; • redução nos custos da produção; • uso de tecnologia mais limpa e segura para o meio ambiente, os animais e o homem. • Uma pesquisa foi realizada em 2006 pela IMRB (Indian Market Research Bureau International) com aproximadamente 3.000 cotonicultores de 20 distritos indianos. Constatou que: • A média de aplicações de inseticidas: * nas plantações de algodão GM resistente a insetos: 1,7 *algodão convencional : 6,2

  11. Benefícios ambientais do algodão GM resistente a insetos para os organismos não-alvo • Meta-análise1 combinou resultados de 40 estudos de campo independentes com milho e algodão GM resistentes a insetos e mostrou que os organismos não-alvo são mais abundantes em campos com culturas GM resistentes a insetos que em campos convencionais tratados com inseticidas. • Outros estudos reforçam esses resultados, pois têm mostrado consistentemente que as culturas GM resistentes a insetos não causam efeitos adversos sobre organismos não-alvo2,3. 1 - Marvier, M.; McCreedy, C.; Regetz, J. e Kareiva, Peter. 2007. A meta-analysis of effects of Bt cotton and maize on nontarget invertebrates. Science. 316 (5830): 1475-1477. 2 - Mendelsohn, M.; Kough, J.; Vaituzis, Z.; Mattews, K. 2003. Are Bt crops safe? Nature Biotechnology. 21(9): 1003-1009. 3 - Carpenter, J., Felsot, A., Goode, T., Hammig, M., Onstad, D. e Sankula, S. 2002. Comparative Environmental Impacts of Biotechnology-derived and traditional soybean, corn and cotton crops – Summary. Council for Agrucultural and Science Technology Report – Appendices, Ames, Iowa. p: 62-72.

  12. Algodão GM resistente a insetos - estudos na China com organismos não-alvo • A abundância de organismos não-alvo no algodão GM foi avaliada entre 1998-2004 na China1. • Os resultados indicaram que as pragas (Helicoverpa armigera) são controladas, enquanto há um decréscimo do uso de pesticidas. • Em época de alta infestação de pragas, piretróides, endosulfan e organofosforados eram aplicados a cada 2-3 dias, resultando em mais de 20 aplicações durante a safra)2. • Essa redução de pesticidas com o uso do algodão GM levou a um aumento das populações de predadores como joaninhas, tesourinhas, aranhas e outras espécies benéficas. 1 - Wu, K.; Lin, K.; Miao, J e Zhang, Y. 2006. Field abundances of insect predators and insect pests on δ-endotoxin-producing transgenic cotton in northern China. Second International Symposium on Biological Control of Arthropods. 363-369. 2 - Wu, K.; Guo, Y. 2005. The evolution of cotton pest management practices in China. Annual Review of entomology. 50: 31-52.

  13. Algodão GM resistente a insetos - estudo na Argentina sobre impactos ambientais e econômicos • Pesquisa coletou dados em 299 fazendas nas duas principais regiões produtoras da Argentina1; • Redução média de 50% de inseticidas no algodão GM resistente a insetos: benefício ambiental importante; • Rendimento significativamente superior para grandes produtores (17%); • Rendimento ainda maior para pequenos produtores (42%), pois muitos não usavam nenhum tipo de inseticida no algodão convencional e as perdas eram grandes; • Com refúgio mínimo: manejo da resistência de insetos eficiente para manter benefícios da tecnologia. 1 - Qaim, M.; De Janvry, A. 2005. Bt cotton and pesticide use in Argentina: economic and environmental effects. Environmenta; and Development Economics. 10: 179-200.

  14. Algodão GM resistente a insetos - Brasil • OGM resistente a insetos em cultivar resistentes a viroses: • Economia de 700 litros de água/ha; • Economia de 14 litros de diesel/ha; Considerando que os algodoeiros transgênicos em poucos anos atingirão 80% da área brasileira economizar-se-á: • 560.000 m3 de água/ano em pulverizações; • 11.200.000 litros de diesel/ano; • OGM resistente a inseto mais tolerante a herbicida em cultivar transgênica • resistente a virose: • Opção mais viável a partir de 2007/2008; • Economia de 1000 litros de água/hectare • Economia de 18 litros de diesel/hectare • Considerando que os algodoeiros transgênicos em poucos anos atingirão • 80% da área brasileira economizar-se-á; • 800 m3/ano de pulverizações; • 14 milhões de litros/ano.

  15. Conclusões • O algodão GM tolerante a herbicidas e o algodão GM resistente a insetos proporcionam aos agricultores não apenas benefícios econômicos, mas também benefícios ambientais importantes como: * Redução no uso de inseticidas de amplo espectro; * Redução no uso de herbicidas de alto efeito residual e maior toxicidade para o meio ambiente; * Redução de uso de maquinário, com benefícios como redução da erosão do solo, da emissão de gases poluentes; * Redução do uso de água; * Redução do descarte de embalagens de agro-químicos vazias; * Redução da contaminação de lençóis freáticos e outras fontes de água; * Melhor ambiente para que insetos benéficos, aves, peixes e outros animais sobrevivam e aumentem suas populações; * Melhor ambiente para a vida e o trabalho humanos, pela redução da exposição a produtos químicos nas lavouras.

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