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Contexto. Luta de Resistência Contra a Ditadura. Anos de 1970/72. Cadernos da AEC do Brasil Nº 17 - 1983. Tema “O/A Educador/A Popular na Educação do Campo”. Pressuposto.

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Presentation Transcript


  1. Contexto Luta de Resistência Contra a Ditadura Anos de 1970/72

  2. Cadernos da AEC do Brasil Nº 17 - 1983

  3. Tema “O/A Educador/A Popular na Educação do Campo”

  4. Pressuposto • O conhecimento é sempre interessado, uma vez que é produzido ‘em sociedade’ (socialmente), isto é, nas relações sociais, econômicas e políticas) (Libâneo). • Somente a PRÁTICA dará conta deste desafio.

  5. Que prática? • É a prática que tem um papel primordial no processo do conhecimento. Dermeval Saviani

  6. Em vez do termo PRÁTICA há autores que preferem usar, como sinônimo equivalente, a palavra práxis, que também significa a própria ação e se opõe a gnosis, à teoria e à contemplação. • A prática ou práxis designa o conjunto de atividades materiais e produtivas do homem visando a transformação do mundo material e social para fazer dele um mundo humano.

  7. A PRÁTICA é o critério supremo da verdade de qualquer percepção, idéia, juízo, teoria ou ação de mudança. • A prova pela PRÁTICA, pela vida e pela realidade é o único critério válido, é a pedra de toque, a água régia, o juiz supremo da verdade de qualquer teoria ou ação de mudança.

  8. Se a realidade contradiz nossos cálculos, suposições ou hipóteses, devemos ter a coragem de renunciar a eles, aprofundando nossos conhecimentos, pondo-nos em consonância com a experiência, com a prática. Roger Garaudy (1913- )

  9. O mesmo acontece na vida social e política. Por exemplo, só podemos saber se um regime político que se apregoa como ideal, se é ou não é bom depois de vê-lo funcionar na prática. Na teoria pode ser muito belo e bom, mas na prática ser o contrário. “A teoria na prática é outra” – como diz certo humorista.

  10. A prática entra em cada fase, em cada degrau do processo do conhecimento, desde o começa até o fim, e determina tanto a forma como o conteúdo de nossos conhecimentos. Rosa Luxemburgo

  11. O filósofo francês Garaudy escreve: “Quanto mais as pessoas conhecem o mundo, mais elas o transformam, e em transformando o mundo e a sociedade, as pessoas se transforma a si mesmas”. • “Por isso o critério da prática precisa ser completado com o critério da teoria. Nesse sentido, podemos dizer que o critério máximo da verdade é a prova pela prática e pela teoria”.

  12. Já o filósofo iuguslavo Iovo Elez declara: “Do ponto de vista da lógica dialética, é insuficiente somente a demonstração teórica, como é insuficiente somente a demonstração prática, tomada completamente independente da teoria”.

  13. Na demonstração devem participar a teoria e a prática, pois cada uma delas, na sua essência, contém o seu contrário: a prática se manifesta como a teoria objetivada e a teoria como prática ‘espiritualizada’, já que em cada teoria científica acumulou-se a experiência prática das gerações anteriores de pessoas.

  14. Nenhuma demonstração metódica começa no vazio, mas parte de alguma teoria mais ou menos verdadeira. • O/a Educador/a Popular preocupa-se em saber que teoria está embutida naquela prática e que teoria aquela prática, na prática, está revelando.

  15. A teoria por si só nos dá um conhecimento da realidade, mas não está em condições de transformar a realidade. Isso é função da prática, da práxis. Paulo Freire

  16. A teoria só reflete o mundo e generaliza a experiência humana de modo que na teoria acumula-se a experiência prática das gerações sucessivas da humanidade. • Mas ao generalizar a prática, a teoria exerce nela uma ação recíproca e contribui para o desenvolvimento e enriquecimento ulterior da prática.

  17. “Se a teoria é a generalização e a espiritualização da prática, a prática, por sua vez, é a objetivação e a materialização da teoria. Assim como a teoria é a prática concentrada, a prática é a teoria concentrada. Assim como a teoria sem a prática é estéril, a prática sem a teoria é cega” (Jacob Bazarian).

  18. Embora sejam dois modos diferentes de atividade, a prática e a teoria formam uma unidade dialética indissociável, pois uma depende da outra. Se as pessoas não necessitassem de nada para viver e não fizessem nada, não haveria necessidade de conhecimento, e se não houvesse conhecimento, as pessoas não poderia existir, viver e atuar com êxito.

  19. Mas nessa unidade dialética, a prática tem primazia sobre a teoria. Como atividade sensível-material, “a prática está acima do conhecimento teórico, porque possui não só a dignidade da universidade, como também da realidade imediata”.

  20. Desponta-se como elemento fundante desse novo olhar, mais do que a valorização, - o reconhecimento da importância emancipadora do saber popular/camponês, suas memórias de luta, seus tempos e espaços, seus processos educativos.

  21. Por que tanta insistência sobre a importância da PRÁTICA?

  22. PRÁTICA é vida, realidade, experiência pessoal e científica. • A PRÁTICA envolve o conjunto de atividades históricas, produtivas, técnicas, científicas, sociais e políticas, orientado para a transformação da sociedade ( enquanto mundo material, espiritual e social).

  23. O conhecimento começa e termina com a prática. Pela prática se adquire um conhecimento teórico, que depois retorna de novo sobre a prática. Assim a prática é o fundamento do conhecimento em todos os seus degraus, do começo até o fim.

  24. Uma forma, senão a única completa, de captar a prática dos/as sujeitos/as do campo e com seu universo político, social, econômico, cultura e simbólico – É A FORMA ORAL DA COMUNICAÇÃO. • NA ORALIDADE DA COMUNICAÇÃO PREDOMINANTE NOS/AS SUJEITOS/AS DO CAMPO ESTÁ O FIO CONDUTOR PARA A UNIDADE DIALÉTICA PRÁTICA/TEORIA – TEORIA/PRÁTICA.

  25. O ELEMENTO ESCRITO PARTICIPA COMO INSTRUMENTO DE MEDIAÇÃO QUE DÁ FORMA – EXPLICITA – OBJETVA PARA DEPOIS RETORNAR À ORALIDADE COLETIVA. • ESSA É A MENEIRA PEDAGÓGICA DE TORNAR SUJEITO/A O NÃO-SUJEITO/A.

  26. MAS ESSA ORALIDADE, QUE PREDOMINA NA COMUNCAÇÃO DO CAMPO, ESTÁ INIBIDA NA ATUALIDADE, ENQUANTO SABER, ENQUANTO VALOR CULTURAL E HISTÓRICO. • O DISCURSO NÃO SERÁ CAPAZ DE DESINIBÍ-LA.

  27. Insere-se aí o/a educador/a popular da educação do campo, não como analista de fora ou extencionista, mas como o/a facilitador/a e problematizador/a - explicitador/a que não superestima ou subestima as forças e/ou as dificuldades do povo, nem tampouco envereda pelo descontrole idealista, ora caindo no voluntarismo ora no espontaneísmo.

  28. O desafio que se impõe, agora, é o da práxis, avançando na clareza teórico-prática e na discussão/elaboração/fazimento de um novo projeto de sociedade. Temos que construir um novo paradigma, tendo como fundamento o assumir popular.

  29. Não se trata de ‘inventar’ um ideário para a Educação do Campo. Um desafio que temos é o de abstrair das experiências, dos debates, das disputas em curso, um conjunto de idéias que possam orientar o pensar e o fazer (especialmente dos educadores e das educadoras) sobre a prática de educação da classe trabalhadora do campo; e, sobretudo, possam orientar e projetar outras práticas e políticas da educação.

  30. Isto quer dizer que se trata de pensar a educação (política e pedagogia) desde os interesses sociais, políticos, culturais dos trabalhadores e trabalhadoras do campo. Trata-se de construir uma educação dos povos do campo não apenas com eles, nem muito menos para eles. Não é qualquer pedagogia que serve a esse processo.

  31. “No começo era a ação” diz Fausto, de Goethe, para sublinhar a importância da ação, da prática, da atividade material, do trabalho produtivo, no surgimento da linguagem, do pensamento, dos conhecimentos e da humanização do homo naturalis” (Bazarian).

  32. Já Saviane (1990) alerta-nos, referindo-se a nós como educadores e educadoras populares: “Com efeito, freqüentemente denomina-se teoria a um fenômeno cujo conteúdo corresponde a “verbalismo”, entendido aqui como o “gosto da palavra oca”. É comum também aplicar-se a palavra “prática” a algo cujo conteúdo deveria, antes, ser denominado de “ativismo”. Ora, o que exclui a prática é o verbalismo e não a teoria; o que exclui a teoria é o ativismo e não a prática”.

  33. “Quando não há caminhos traçados Nós voamos” (Rike). • “O poeta aponta a lua, o idiota vê o dedo” (Internacional Situacionista).

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