CLUBE DA REVISTA

1. CLUBE DA REVISTA PROFESSORA: Patrícia Zanelatto ALUNOS: Gisele Meire Gustavo Zanetti Gustavo Wolff Ingrid Arrais Janaína Mattos

3. INTRODUÇÃO: Importância do estudo – Grande número de intoxicações, especialmente as medicamentosas; • 50,9% ocorreram em crianças menores de 6 anos. (Associação Americana dos Centros de Controle de Envenenamento). • No Brasil, em 2006, 30,7% corresponderam a intoxicação por medicamento, sendo que a faixa etária mais acometida foram crianças de 1-4 anos de idade. • SUBNOTIFICAÇÕES  1% da população expõem-se anualmente a algum agente tóxico.

4. INTRODUÇÃO: • SINITOX – SISTEMA DE INFORMAÇÕES TÓXICO-FARMACOLÓGICAS TEM COMO PRINCIPAL ATRIBUIÇÃO COORDENAR O PROCESSO DE COLETA, COMPILAÇÃO, ANÁLISE E DIVULGAÇÃO DOS CASOS DE INTOXICAÇÃO E ENVENENAMENTO EMITIDOS PELOS CENTROS DE INFORMAÇÃO E ASSISTÊNCIA TECNOLÓGICA. • CIVITOX – MS

5. INTRODUÇÃO: • Brasil - 6º maior consumidor de medicamentos; • Facilidade de acesso; • Auto-medicação; • Armazenamento em ambiente doméstico; • Pouco esclarecimento a respeito de medidas preventivas que diminuam acidentes domésticos; • Publicidade;

6. MATERIAL E MÉTODO: • Estudo quantitativo, documental, retrospectivo. • Sistema de informação: CIVITOX (Centro Integrado de Vigilância Toxicológica do Mato Grosso do Sul); • Objeto do estudo: Fichas de notificações; • Incluíram: Eventos tóxicos ocorridos em crianças e registrados pelo CIVITOX, no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2006. • Excluíram: Eventos tóxicos por tentativa de suicídio. • Dados coletados e analisados: Idade, gênero, circunstância da exposição, manifestações clínicas e agentes tóxicos envolvidos.

7. Resultados • Total de eventos tóxicos relacionados a medicamentos foi de 936 no ano de 2005 incluindo todas a faixas etárias. • Casos de eventos tóxicos infantis: • 2005 foram 143 • 2006 foram 153

12. Medicações do SNC: • 1° anticonvulsivante • 2° ansiolíticos • 3° antidepressivos • Antimicrobiano/antiparasitário: • Amoxicilina e Benzoato de Benzila • Sistema respiratório: • Antiasmático

13. Discussão • Gráfico 1 está com um padrão equivalente nos meses. • Não mostrando sazonalidade. • Principalmente nos períodos de férias escolares • Julho, Dezembro e Janeiro. • Ramos et al. afirmam não haver dúvida sobre a inexistência de sazonalidade

14. Discussão • Faixa etária de maior incidência foi a de 1 a 4 anos de idade. Resultado similar ao encontrado por Alcântara et al. • Maior incidência em crianças do sexo masculino também foi encontrado por Alcântara et al. • Assim como outros trabalhos, a via oral é a principal via de exposição.

15. Discussão • Os casos de intoxicação de forma acidental vem ao encontro com a literatura assim como os de erros de administração e acidentes coletivos. • Casos relacionados ao uso terapêutico acredita-se estarem sub-notificados (3,4%).

16. Discussão • As principais manifestações clínicas diferem da literatura. • Na literatura: • vômitos, diarréia,desidratação, hipertermia e acidose metabólica. • No trabalho: • sonolência, vômitos e taquicardia.

17. Discussão • Em relação a classe de medicamentos, apesar de estar de acordo com a literatura está com uma proporção diminuída. • Entre os ansiolíticos, o Clonazepan é o que apresentou mais eventos.

18. Conclusão • Eventos tóxicos relacionados com medicamentos é problema de saúde pública no Estado do MS e está relacionado ao fácil acesso da população a medicações. • Tudo que está relacionado a uma medicação chama atenção da criança menor de 5 anos, desde querer descobrir o que é, até o motivo de muitos serem coloridos.

19. Conclusão • Não basta o aumento de cuidado por parte dos pais, já que existe o erro de prescrição por parte dos profissionais da saúde. • Campanhas de prevenção a acidentes com medicamentos são válidas, mas não são suficientes, cabendo aos pais um aumento do conhecimento e colocar em prática as medidas de prevenção.

20. AVALIAÇÃO CRÍTICA DO ARTIGO: • Avaliação da Revista: QUALIS B5 • Avaliação do CV dos pesquisadores:

21. Vanessa Terezinha Gubert de Matos • Graduada em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Paulista • Pós-graduada em Saúde Pública pela UNIDERP • Mestranda pelo Programa de Doenças Infecciosas e Parasitárias da UFMS • Servidora da Farmácia do Hospital Dia Prof. Esterina Corsini, Núcleo Hospital Universitário (NHU), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) • Atua principalmente no controle de infecção hospitalar, uso de antiretrovirais e uso racional de medicamentos em ambiente hospitalar.

22. Marcos Serrou do Amaral • Graduado em Física (Bacharelado) pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (dez/1994) • Mestre em Física pela Universidade de São Paulo (abr/1997) • Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo (dez/2001) • Desde 2002, é professor adjunto da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul • Tem experiência na área de Biofísica Molecular, atuando principalmente nos seguintes temas: modelagem molecular, método híbrido qm/mm, métodos semi-empíricos e ab initio, dinâmica molecular e espectros teóricos de absorção ótica e fluorescência

23. AVALIAÇÃO CRÍTICA DO ARTIGO: ESCOLHA DO ARTIGO: • Importância do tema; • Tema dentro da referência bibliográfica; • Tipo de estudo semelhante; • Apresenta problemas que servirão de aprendizado e alerta.

24. AVALIAÇÃO CRÍTICA DO ARTIGO: • O delineamento é adequado para responder a questão do estudo? SIM. • Estudo: DESCRITIVO, RETROSPECTIVO, TRANSVERSAL. • O problema do estudo – Avaliar os eventos tóxicos com medicamentos ocorridos em crianças no estado de Mato Grosso do Sul, no período de Janeiro de 2005 a dezembro de 2006, notificado ao Centro Integrado de Vigilância Toxicológica (CIVITOX).

25. AVALIAÇÃO CRÍTICA DO ARTIGO: ESTUDOS DESCRITIVOS: Objetivam informar sobre a distribuição de um evento (intoxicação medicamentosa), na população (crianças), em termos quantitativos. Podem ser de incidência ou prevalência. São utilizados para alcançar dois objetivos principais: • Identificar grupos de risco (população que sofre mais intoxicações), o que informa sobre as necessidades e as características dos segmentos que poderiam beneficiar-se de alguma forma de medida saneadora- daí a íntima relação da epidemiologia com a prevenção de doenças e planejamento de saúde. • Sugerir explicações para as variações de freqüência, o que serve de base ao prosseguimento de pesquisas sobre o assunto, através de estudos analíticos. (Redução de intoxicação  Venda controlada de medicação x).

26. AVALIAÇÃO CRÍTICA DO ARTIGO: O estudo testa hipótese? Se sim, qual a hipótese do estudo? Não. • Qual é o enfoque? Análise epidemiológico. • Trata-se de estudo (x ) Observacional ( ) Experimental

27. AVALIAÇÃO CRÍTICA DO ARTIGO: AMOSTRA: • Caracteriza a amostra, entretanto, cita a quantidade exata apenas nos resultados. • Não cita critérios de inclusão e exclusão. • Mostra os dados da planilha eletrônica que foram avaliados. • As perdas NÃO são citadas. • O autor apresenta como calculou o tamanho da amostra? ( ) sim (x ) não • Análise Estratificada foi realizada.

28. AVALIAÇÃO CRÍTICA DO ARTIGO: • “As análises estatísticas mais complexas foram realizadas em planilha eletrônica. Foram construídas distribuições de freqüência relativa das variáveis e análise bivariada (que depende de duas variáveis) utilizando o teste qui-quadrado de Pearson, com correções de continuidade de Yates. As margens de erro foram calculadas utilizando, como referência, a maior freqüência amostral relativa para cada variável e, dentro dos períodos avaliados, referem-se ao ano na qual a margem de erro apresentou valor mais elevado. O teste de hipótese foi aplicado na variável gênero, considerando 2005-2006.” Qui Quadrado é um teste de hipóteses que se destina a: • Encontrar um valor da dispersão para duas variáveis nominais; • Avaliar a associação existente entre variáveis qualitativas.

29. AVALIAÇÃO CRÍTICA DO ARTIGO: • Não cita sobre possíveis conflitos de interesse; • Não explica o motivo da exclusão. • Tabelas: apresentam-se em forma de porcentagens e não trazem em números absolutos. Porcentagem não substitui números absolutos e podem dificultar e mascarar a análise de dados. • Não relata as perdas da amostra; • Apenas utiliza os dados do CIVITOX o qual está vinculado diretamente ao número de ligações recebidas e não ao número total de casos.

30. AVALIAÇÃO CRÍTICA DO ARTIGO: VALIDADE INTERNA: • Uma pesquisa tem alta validade interna quando ela é capaz de diminuir as hipóteses rivais plausíveis, deixando apenas nossa hipótese experimental como explicação plausível do dado. VALIDADE EXTERNA: • Uma pesquisa possui validade externa quando ela permite ao pesquisador generalizar os resultados obtidos à outras populações, outros contextos. •  O resultado pode ser extrapolado a população do MS.