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Renata Ferreira Marçal - Enfermeira Coordenação Estadual Zoonoses/GVEDT/SUVISA/SES-GO

TRACOMA. Renata Ferreira Marçal - Enfermeira Coordenação Estadual Zoonoses/GVEDT/SUVISA/SES-GO. História do Tracoma. A palavra tracoma (do grego Tráchomas) significa: rugoso, áspero ou edemaciado. aparência da conjuntiva tarsal acometida. História do Tracoma.

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Presentation Transcript


  1. TRACOMA Renata Ferreira Marçal - Enfermeira Coordenação Estadual Zoonoses/GVEDT/SUVISA/SES-GO

  2. História do Tracoma • A palavra tracoma (do grego Tráchomas) significa: rugoso, áspero ou edemaciado. • aparência da conjuntiva tarsal acometida.

  3. História do Tracoma • Diferentes civilizações e momentos históricos: • China (século XXVII A.C.); • Suméria (século XXI A.C.); • Egito (século XIX A.C.); • Grécia (século V A.C.); • Roma (século I A.C.). • Descrevia uma doença com as características do tracoma e a cegueira provocada por ela.

  4. História do Tracoma • Segunda metade do século XIX e início do século XX - amplamente disseminado em todo o mundo; • Século XX – há relatos de desaparecimento da Europa, América do Norte e Japão - melhoria das condições de vida, à industrialização e ao desenvolvimento econômico.

  5. No Brasil • Período colonial (século XVIII): imigração cigana de Portugal - região nordeste – Cariri/CE

  6. Disseminação da doença Expansão da fronteira agrícola em direção ao Oeste

  7. Medidas de controle 1905 - Emílio Ribas – Sugere organizar serviço destinado a evitar o tracoma

  8. Medidas de controle • Criação do Serviço de Profilaxia do Tracoma junto ao Serviço Sanitário - SP • 1906- 1ª “Campanha Contra o Tracoma” (SP)

  9. Medidas de controle Proibida a entrada de imigrantes com tracoma pelo porto de Santos (curta duração - pressão dos fazendeiros de café)

  10. Anatomia do Olho Cílios Conjuntiva- a finamembranaquerecobre a esclera. Esclera - a parte branca do olho. Cílios- Flileiras de pêlosprotetores dos olhos, localizados no reborbodapálpebra Córnea  - a "janela" frontal e transparente do olho. A córneatransmite a luz e ajuda o olho a focalizar as imagens. Cristalino (lens) - a lentesituada no interior do olhoquefocalizaosraios de luzsobre a retina. Íris - a estruturaquedá a coraoolho; controla a aberturadapupila, regulando a quantidade de luzqueentra no olho. Mácula - umapequenaáreasobre a retina quecontémcélulas super-sensíveis à luz. É a máculaquepossibilita a visão de detalhes. Nervoóptico - o nervoqueconecta o olhoaocérebro. Eletransmiteosimpulsosgeradospela retina aocérebro, que, porsuavez, os "decodifica" sob a forma de imagens. Pupila- a abertura no centrodaírisquedeixapassarosraiosluminosospara o interior do olho. Retina - camada de tecidonervosoquerecobreinternamente a parte posterior do olho. A retina capta a imagem e criaimpulsosquesãoenviadosaocérebroatravés do nervoóptico. Vítreo - substânciagelatinosa e transparentequepreenche o espaçointerno do olho.  

  11. Anatomia do Olho

  12. TRACOMA Definição Cerato-conjuntivite folicular crônica recidivante. Doença de características clínico-epidemiológica. Etiologia Chlamydiatrachomatis BactériaGram negativa, de vida exclusivamente Intracelular (sorotipos A, B, Ba e C).

  13. TRANSMISSÃO Forma direta – Pessoa a pessoa Forma indireta - objetos contaminados Estuda-se a ação de vetores mecânicos especialmente a mosca doméstica e o mosquito Liohippelatessp.

  14. TRACOMA PERÍODO DE INCUBAÇÃO 5 a 12 dias

  15. DEFINIÇÃO DE CASO Caso suspeito Indivíduos com história de “conjuntivite prolongada” ou sintomas oculares de longa duração (ardor, prurido, sensação de corpo estranho etc), especialmente na faixa etária de 1 a 10 anos.

  16. DEFINIÇÃO DE CASO Caso confirmado • Qualquer indivíduo que ao exame ocular externo apresente um ou mais dos seguintes diagnósticos: • Inflamação Tracomatosa Folicular ( TF ); • Inflamação Tracomatosa Intensa ( TI ); • Cicatrização Conjuntival Tracomatosa ( TS ); • Triquíase Tracomatosa ( TT ); • OpacificaçãoCorneana ( CO ).

  17. Confirmação de caso índice A confirmação do caso é essencialmente clínica através da verificação dos sinais chaves, ao exame ocular externo. O caso inicial confirmado em crianças menores de 10 anos de idade deve ser encarado enquanto um caso índice, a partir do qual, serão desencadeadas medidas de investigação epidemiológica para a detecção dos casos a ele associados.

  18. Tracoma A gravidade dos casos está diretamente relacionada à frequência dos episódios de reinfecção e à associação com conjuntivites de outra etiologia. Não há necessidade de isolar o paciente!

  19. DIAGNÓSTICO O diagnóstico é essencialmente clínico- epidemiológico • Exame ocular externo com eversão palpebral • Observa-se a conjuntiva tarsal superior de ambos os olhos • Lupa binocular de 2,5 x de aumento • Iluminação natural ou artificial

  20. Classificação diagnóstica OMS Tracoma Inflamatório Folicular (TF) quando estão presentes no mínimo 5 folículos (formação arredondadas e mais claras) com pelo menos 0,5 mm de diâmetro, na conjuntiva da pálpebra superior do olho, em sua região central;

  21. Classificação diagnóstica OMS Tracoma Inflamatório Intenso (TI) Quando há espessamento da conjuntiva da pálpebra superior que se apresenta enrrugada e avermelhada, não permitindo a visualização de mais de 50% dos vasos tarsaisprofundos;

  22. Classificação diagnóstica OMS Tracoma Cicatricial (TS) Presença de cicatrizes na conjuntiva da pálpebra superior. A conjuntiva tem uma aparência esbranquiçada, fibrosa, com bordas retas, angulares ou estreladas;

  23. Classificação diagnóstica OMS Triquíase Tracomatosa (TT) Quando pelo menos um dos cílios atrita o globo ocular, ou quando há evidências de remoção recente de cílios invertidos, associados à presença de cicatrizes na conjuntiva da pálpebra superior.

  24. Classificação diagnóstica OMS Opacificação Corneana (CO) De origem tracomatosa quando ocorre um obscurecimento de pelo menos uma parte da borda da pupila.

  25. TRACOMA DEFINIÇÃO DE CASO • Cicatrização Conjuntival Tracomatosa (TS) • Cicatrizes na conjuntiva tarsal superior • Triquíase Tracomatosa (TT) • Pelo menos um cílio tocando o globo ocular ou evidência de epilação • OpacificaçãoCorneana (CO) • Opacificaçãocorneana que obscurece a borda pupilar

  26. Tratamento do Tracoma O Ministério da Saúde disponibiliza a azitromicina em comprimidos de 500mg e em suspensão de 600mg Dosagem para uso da suspensão - 20 mg/kg de peso em dose única Dosagem para uso de comprimidos - 2 comprimidos (1g) em dose única para pessoas com 50 ou mais Kg

  27. Tratamento do Tracoma Cura da infecção interrupção da cadeia de transmissão

  28. Tratamento do Tracoma • Tratamento sistêmico • Interrompe a transmissão • Risco de efeitos colaterais • Atualmente utiliza-se azitromicina em dose única, de preferência assistida, após normatização em abril/2005.

  29. Tratamento do Tracoma • Tratamento cirúrgico • Casos entrópio e/ou triquíase: encaminhar para referência oftalmológica para correção cirúrgica. Triquíase Entrópio

  30. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA • Investigação do caso; • Exame dos comunicantes; • Visita domiciliar; • Notificação do caso; • Preenchimento da ficha epidemiológica.

  31. ESTRATÉGIAS DA VIGILÂNCIA • Reuniões com a direção da instituição, funcionários, professores e pais; • Busca ativa de casos entre alunos, professores e funcionários; • Controle de comunicantes domiciliares; • Tratamento e controle dos casos.

  32. Controle de Casos • 1º Controle: após 6 meses do tratamento • 2º Controle: após 12 meses do tratamento.

  33. Definições de Alta • Alta clínica • Após 6 meses do início do tratamento • Conjuntiva sem folículos (TF) • Alta cura • Ausência de sinais clínicos aos 6 e 12 meses após o início do tratamento

  34. Tracoma Medidas de Controle Estratégia SAFE (OMS) SCirurgia para TT ATratamento das formas inflamatórias FEducação em saúde E Saneamento básico

  35. TRACOMA SITUAÇÃO ATUAL NO BRASIL: INQUÉRITO EPIDEMIOLÓGICO NACIONAL DE TRACOMA EM ESCOLARES INÍCIO :SEGUNDO SEMESTRE DE 2002 TÉRMINO: SEGUNDO SEMESTRE DE 2008 PREVALÊNCIA MÉDIA ESPERADA: EM TORNO DE 5% PREVALÊNCIA MÉDIA ENCONTRADA: 5,07

  36. Inquérito de Prevalência de Tracoma nos Estados. Brasil 2002-2008 Não realizado 0 Casos > 0 < 5 % 5 a < 10% ≥ 10 % Fonte: MS/SVS/DEVEP/CGDT/CDTV

  37. Situação Epidemiológica • No Brasil*: • Presente em todas as Unidades Federadas • Prevalência nacional em escolares menores de 10 anos • média 5,1% • Relacionado com precárias condições socioeconômicas, de saneamento e de desenvolvimento humano. *Dados do ultimo Inquérito Nacional de Tracoma em escolares, 2002-2008

  38. Em Goiás INQUERITO AMOSTRAL DE CASOS DE TRACOMA 05/02/2007 a 29/09/2010 * *Fonte: NACE Formosa

  39. Medidas de promoção e prevenção para a eliminação • Tratamento medicamentoso; • Os cuidados com a higiene pessoal e familiar; • Limpeza do rosto das crianças; • Cuidado com ambientes domiciliares, lugares dormitórios; • Não acumular lixo no interior das residências; • Destinação adequada do lixo. Podem ter um impacto significativo na redução da prevalência e gravidade dos casos.

  40. Controlar a ocorrência de tracoma mediante a realização regular de inquéritos/busca ativa de casos e visitas domiciliares dos contatos. • Realizar diagnóstico e tratar os casos com infecção ativa, adotando as medidas de prevenção e controle pertinentes. • Monitorar a ocorrência e distribuição da doença, para verificar a tendência e situação epidemiológica Objetivos da VE do Tracoma

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