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Novas Técnicas em Comunicação. Breve histórico. O surgimento da Internet vem modificando radicalmente a comunicação e o jornalismo praticados no Ocidente
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Novas Técnicas emComunicação hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
Breve histórico • O surgimento da Internet vem modificando radicalmente a comunicação e o jornalismo praticados no Ocidente • Essa nova mídia/meio apresenta uma característica muito peculiar, que a diferencia de todas as clássicas (rádio, TV, cinema) do século XX: a interatividade • Jornais, revistas, emissoras de rádio e TV formam algumas centenas de fontes de informação transmitindo informações para um contingente enorme de receptores ‘passivos’ hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
A Internet mudou esse panorama. Nela, as fontes de transmissão de informações são milhões, e as fontes receptoras também • Qualquer indivíduo com acesso à rede mundial de computadores é capaz de enviar informações livremente ao ciberespaço • Qualquer indivíduo pode ter um site de informações. Ele compete diretamente com os jornais pelo monopólio da informação. E não precisa ser formado em Jornalismo para isso (vide blogs) hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
A World Wide Web, interface gráfica da Internet, surgiu em 1991 • Logo, as empresas tradicionais de jornalismo perceberam que um ali estava um campo em que a informação iria proliferar em escala geométrica • Em 1994, quase todos os jornais dos EUA já tinham versões online. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
No Brasil, a primeira iniciativa aconteceu em fevereiro de 1995, quando o Estado de São Paulo criou um site para a Agência Estado (uma agência de notícias nacional) • No dia 28 de maio do mesmo ano, o Jornal do Brasil colocou uma versão reduzida, online, do jornal diário que era publicado impresso • No mesmo ano, todos os grandes jornais já tinham sites. Inicialmente, apenas as notícias mais importantes das edições impressas eram disponibilizados hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
1994 - “O JC OnLine é o primeiro no Brasil, ainda quando não existia para o grande público o padrão gráfico da rede (o www), a colocar online o conteúdo de um jornal impresso. • Nessa empreitada, é utilizada a plataforma Gopher. Desta forma, o portal pode se considerar mais antigo que a própria web brasileira. Nesta época, a versão virtual do jornal é reduzidíssima, apenas com as principais manchetes” (do site JC) * Em Pernambuco, o pioneirismo vai para o Jornal do Commercio, que lançou, oficialmente, o JC Online em 1997 hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
Os primórdios da web • Longe de se configurar como quebra de paradigmas no modus operandi jornalístico, a chegada dos jornais à Web foi realizada de forma gradual e, mais do que isso, não representou uma revolução automática (Boczkowiski) • do contrário, os correspondentes online dos veículos impressos se utilizaram, em sua primeira fase, de praticamente todos os formatos e modos de trabalho dos jornais de papel e tinta hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
As primeiras versões se resumiam a replicar, na Internet, todo o conteúdo das matrizes impressas • Por outro lado, Boczkowski defende que esse mesmo processo de reproduzir os ‘modos de fazer’ dos veículos tradicionais acabou sendo responsável pela construção de jornais online com vantagens em relação aos impressos: 1) infra-estrutura material 2) Práticas editoriais 3) Rotinas de produção hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
Receita de bolo • Não basta apenas a criação de um novo formato para que ele se consolide como legítimo e seja reconhecido – e acessado – pelo público. • Há que se ter uma conjunção de fatores favoráveis ao ‘sucesso’ da nova mídia, que vai: • da viabilidade econômica • da qualidade do material produzido • do fator ‘sorte’ • à capacidade de cair nas graças do leitor/internauta/consumidor-produtor de informações hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
Convergência • A Internet possui uma outra característica especial, um diferencial que ainda permanece não explorado em sua totalidade: a capacidade de unir todas as mídias em uma só • Na Internet, além do texto e das fotografias do jornal impresso clássico, podem ser disponibilizados arquivos de vídeo, áudio, gráficos animados • E esse material pode ser acessado pelo usuário a qualquer momento, ao contrário do rádio e da TV hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
A nova redação do The New York Times, em Manhattan, é exemplo de um jornal que aceitou cabalmente os desafios de modernizar sua forma de produção. • O novo espaço integra os diversos formatos (texto, vídeo, multimédia, blogs, etc), possibilitando ampla comunicação e colaboração entre os setores do jornal (fonte GJOL) hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
Fonte (Tiago Doria) 1) União das redações do site e impresso em um mesmo prédio. Tudo multimídia.2) Contratação de profissionais que fizeram nome nas novas mídias [Brian Stelter, do blog TV Newser].3) Uso de ferramentas de código aberto [Wordpress nos blogs da casa].4) Abertura de blogs do jornal. Até a equipe de TI tem um blog, onde troca informações com desenvolvedores externos ao jornal.5) Testes com novos formatos - inclusive newsgaming. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
6) Otimização do conteúdo em mecanismos de buscas e o acesso gratuito a todas as seções do site do jornal 7) “Terceirização” do conteúdo, linkando para blogs e sites externos • E, por fim, a redação passará a adotar uma nova política de atualização dos arquivos. Por exemplo, se uma notícia diz que fulano foi acusado de um crime, e, dois meses depois, essa pessoa é considerada inocente, as notícias que estão no arquivo sobre ela devem ser atualizadas com a informação de sua inocência. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
A tecnologia de velocidade de transmissão de dados, por enquanto, não permite que todos os usuários tenham acesso a esses arquivos dinâmicos • Apenas os internautas que possuem acesso de banda larga (DVI, Velox) pode acessar vídeos e áudios em tempo real • A tendência, porém, é que a velocidade de transmissão de dados vá aumentando gradativamente. Por isso, a Internet atual é já não é mais baseada fundamentalmente em texto e imagens. Um bom exemplo: hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
Mídia gatuna • Não é novidade que a Internet vem roubando público das mídias clássicas do século XX (jornais, rádios e TVs) • O Ibope realizou uma pesquisa, em junho de 2002, mostrando em havia na época 2,8 milhões de usuários regulares de sites de notícias no Brasil • Esse número foi 130% superior ao constatado em junho de 2001. • Em 2006, estimava-se que esse total já havia ultrapassado os 8 milhões de pessoas • E continua aumentando! hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
Esses internautas interessados em notícias estão abandonando as mídias clássicas da informações • O instituto Qualibest realizou uma pesquisa, em agosto e setembro de 2002, com internautas de todo o Brasil, com o objetivo de verificar mais detalhadamente essa migração • Descobriu que a diminuição do uso dos jornais impressos foi de 33%; a TV aberta e as revistas perderam 17% do público, cada uma; e o rádio perdeu 13%. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
Mudança de hábito • A Internet também vem modificando os hábitos de leitura • A quantidade de informação disponível ao público através da Internet é gigantesca (estima-se que dobre a cada 18 meses!) • A demanda por notícias tende a ficar cada vez mais específica e personalizada • Mais do que isso: aumenta a parcela do ‘público’ que é produtor de conteúdo hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
Os internautas preferem acessar sites que cubram detalhadamente seus interesses pessoais (cinema, futebol, culinária ou até assuntos ainda mais restritos, como filmes iranianos, Palmeiras ou comida baiana) • Assim, caem os acessos os jornais, que cobrem uma gama de informações muito maior hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
Revolvendo o pântano • McCombs crê existir na Web uma oportunidade de se criar uma “nova notícia”, imbuída de mais profundidade e perspectiva • O professor da Universidade de Austin lembra que “um meio de comunicação é formado por várias audiências fragmentadas, que se interessa por setores bem específicos, e não por um único público” • E o alcance a todos esses nichos e ‘sub-públicos’ fica evidente com o recurso da grande rede. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
Para se conseguir ‘estender a Cauda’ e encontrar – e fisgar - essas micro-audiências, o pensador do Alabama lança o convite: “let’s cover the swamp!” • Uma proposta para que os jornalistas fiquem impelidos a cobrir estórias que aparentemente não seriam notícia em mídias tradicionais hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
segredo da vida longa periodista: descobrir o que há de interessante na zona ‘pantanosa’ dos acontecimentos que surgem nos lugares e situações mais pueris • Está nas pequenas interações sociais o nascedouro de todas as coisas que importam. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
Vida comum das gentes • Caberia aos jornalistas dar mais atenção: @ às conversas entre vizinhos @ ao cotidiano de associações de bairro @ aos campeonatos das ligas de esporte amador @ às decisões tomadas nas escolas @ ao disse-me-disse dos corredores hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
“Há informação disponível em todas essas esferas e, o que é mais importante, existe um público latente e potencial para absorver essas notícias” • Os grandes temas continuarão tendo espaço garantido no jornalismo que se desenha à frente • O grande diferencial é, justamente, o investimento nesses assuntos ‘irrelevantes’. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
Pistas para encontrar a notícia perdida • 1 – interesse pessoal • 2 – conexão com família e amigos • 3 – ligações emocionais • 4 – dever cívico • 5 – interesses pessoais idiossincráticos hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
Tanto barulho por nada • Dentre as cerca de 200 notícias que uma edição diária de um jornal de médio porte traz diariamente, um leitor comum se interessa apenas por 10 ou 15 textos • Num site especializado, esse número pode subir muito, porque o leitor o acessa justamente devido ao interesse específico que tem por aquele assunto hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
Por causa desse movimento aleatório de navegação na rede, surgiram os portais, no começo de 1998 • Os portais são grandes conglomerados de sites especializados em notícias de todos os tipos • Eles funcionam como um grande jornal, capaz de direcionar um internauta para qualquer assunto que lhe interesse • Bons exemplos, no Brasil, são o Universo On Line (UOL) e a Globo.com hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
O primeiro tem audiência média em torno de 6 milhões de acessos mensais. O segundo chega a 4 milhões de acessos mensais, grande parte disso em vídeo • No Recife, há o pe360graus e o JC On Line, por exemplo. São portais regionalizados. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
Muitas blogs e e-zines (revistas eletrônicas construídas e alimentadas por fãs dos assuntos que cobrem) também vêm competir com os jornais tradicionais • Eles podem ser bastante específicos. Há sites profissionais e com conteúdo diário que cobrem áreas diversas, como trabalhos de tradução de Shakespeare, revistas em quadrinhos brasileiras e a obra do escritor J.R.R. Tolkien • E esses são apenas algumas gotas em um oceano de informações hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
No ringue • A competição, para os jornais, está mais acirrada do que nunca • Por isso, os especialistas no jornalismo que é praticado na Internet (chama-se jornalismo online, webjornalismo ou jornalismo digital) vêm, há alguns anos, aprimorando a maneira como a informação deve ser tratada, organizada e disponibilizada ao usuário final • Cativar o leitor vem se tornando, cada vez mais, uma estratégia calculada nos mínimos detalhes hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
Usabilidade • Conceito fundamental para as pessoas que trabalham escrevendo textos para a Internet • São a técnicas que ajudam os profissionais a tornar a informação mais facilmente encontrável no ambiente gráfico da Web hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
O usuário é quem manda • Sem atrair usuários, seu site é um “fantasma” • Acredita-se que um em cada dois sites que existem na Internet não recebam praticamente nenhuma visitação • Você precisa cuidar para que o internauta encontre a informação que ele procura, com o mínimo de esforço hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
Você deve aprender com ele, corrigir os erros e cativá-lo com paciência • Se não achar a informação no seu site, ele vai procurar em outro • E talvez nunca mais volte hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
Qualidade se baseia em rapidez e confiabilidade • A página de notícias precisa carregar rapidamente • Ser mais simples que bonita • Mais confiável do que moderna • O leitor tem que encontrar logo a informação que procura • Também precisa confiar no que está lendo. E tem que saber como ler instantaneamente, ao abrir a página, sem precisar procurar elementos gráficos dentro dela. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
Na Internet, a segurança é fundamental • O leitor não tem idéia clara da origem da informação que lê na Internet. • Conquistar a confiança do leitor exige esforço e paciência • E uma informação publicada incorretamente, ou um link mal colocado, pode estragar esse trabalho em um segundo • Se perder a confiança num site, o leitor busca um concorrente hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
Sem tempo para ética • "Esse negócio de 'Tirou fotos? Mande' no meio da tragédia de Congonhas é de um mau gosto descabido!!! (...) aí o UOL coloca em quase todas as páginas do acidente dessa noite uma mensagem "Tirou fotos? Mande!" como se fossem aquelas fotos de filhotes no zoológico ou da Parada Gay! E ainda o texto redigido dessa maneira sem o menor cuidado com a situação! Como se dissesse: "mostre a desgraca que só você viu". Terrível!", por Renato • (Ombudsman UOL, 18 de julho de 2007, um dia após acidente com avião da TAM) hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
fatos - A luz que ilumina o corpo é diferente da luz ambiente- O tamanho do corpo é absolutamente desproporcional ao tamanho do edifício- Nenhuma câmera de celular como a que supostamente foi utilizada para tirar a foto possibilita o controle manual da velocidade de obturação, o que tornaria impossível fotografar um corpo em queda livre com tamanha nitidez (e sem perda de luz no resto da foto)- Oito minutos após o acidente ainda não havia escurecido completamente (por João Papa, leitor UOL) hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
Na Internet, conclusões vêm no princípio • O usuário fica mais confortável num site que ele compreende rapidamente • A proposta editorial e o público-alvo devem estar claramente delineados, sem que o leitor precise ler nenhum texto (e nem procurar nenhuma informação) para isso • O tempo que o internauta gasta para “reconhecer” os objetivos de um site é diretamente proporcional ao grau de confiança que ele terá nele. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br
Na Internet, o texto precisa ser curto e objetivo • Escrever textos para a Internet é mais difícil do que escrever para jornais • A leitura na tela do computador é mais lenta e difícil • O motivo é fisiológico: os olhos ficam cansados rapidamente por causa da luz emitida pelo monitor • Os especialistas acreditam que um texto para a Internet só pode ter 25% do número de palavras de um texto publicado no jornal impresso • Se for mais longo, o leitor vai cansar e parar pela metade • Aí, terá um motivo para reclamar do site • E, talvez, não retornar. hercules@farnesi.com.br www.hercules.farnesi.com.br