1 / 13

Conferência 17 – O Sentido dos Sintomas - 1917

Conferência 17 – O Sentido dos Sintomas - 1917. História. Texto escrito no inverno de 1916-1917 para uma série de conferências introdutórias. Essas conferências tinham por objetivo familiarizar “um público misto de médicos e leigos de ambos os sexos” com os fundamentos da psicanálise.

Download Presentation

Conferência 17 – O Sentido dos Sintomas - 1917

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Conferência 17 – O Sentido dos Sintomas - 1917

  2. História • Texto escrito no inverno de 1916-1917 para uma série de conferências introdutórias. Essas conferências tinham por objetivo familiarizar “um público misto de médicos e leigos de ambos os sexos” com os fundamentos da psicanálise. • Esses textos foram amplamente lidos e traduzidos, foram vendido talvez 50 mil exemplares em alemão, feitas pelo menos 15 traduções, inclusive para o chinês, japonês, servo-croata, hebraico, iídiche e braille.

  3. O sintoma em foco • A psiquiatria prescinde da forma aparente e do conteúdo do sintoma; • Todo sintoma, assim como as demais formações do inconsciente, possui um sentido e está estritamente enlaçado à vida psíquica do paciente; • Referência: Breuer já havia descoberto no caso Ana O. (Berthapappenheim); • Nesse texto se utilizará da neurose obsessiva para exemplificar a questão;

  4. A neurose • A partir de 1897, com o abandono da teoria da sedução, a neurose passa a ser uma afecção ligada a um conflito inconsciente, de origem infantil e dotada de uma causa sexual resultante de um mecanismo de defesa contra a angústia e de uma formação de compromisso entre essa defesa e a possível realização de um desejo; • A partir da segunda tópica, a neurose passa a ser pensada como um conflito entre o eu e o isso e a coabitação de uma atitude que contraria a exigência pulsional com outra que leva em conta a realidade

  5. A Neurose Obsessiva no texto • “Se comporta mais discretamente renunciando quase por completo a todo gênero de manifestações somáticas e concentrando todos os sintomas no domínio psíquico”; • Os enfermos de N.O. mostram geralmente as seguintes manifestações: • Impulsos estranhos a sua personalidade; • Se vêem obrigados a realizar atos cuja execução não lhes proporciona prazer algum, mas aos quais não pode evitar; • Seu pensamento fica invariavelmente fixo a idéias alheias a seu interesse normal => Idéias totalmente absurdas;Intensa atividade intelectual que esgota o sujeito; • Os impulsos podem apresentar também, em algumas ocasiões, um caráter infantil e desatinado; • Na maior parte das vezes possui caráter temeroso = paciente se sente incitado a cometer graves crimes, dos quais se sente horrorizado, defendendo-se contra a tentação por meio de todo tipo de proibições de sua liberdade = crimes que, em geral, não são cometidos; • Atos cotidianos (necessários) se convertem em problemas complicadíssimos; • Capacidade de deslocamento dos sintomas de sua forma mais primitiva a outra mais longínqua e diferente; • Perpétua indecisão;caráter enérgico; grande tenacidade; nível intelectual elevado; alta disciplina moral; extrema correção;

  6. Primeiro caso – Sra. 30 aos • Ato obsessivo: Corria de seu quarto à um gabinete contínuo, se colocava em um lugar determinado, adiante da mesa que ocupava o centro da sala, chamava sua empregada, lhe dava uma ordem qualquer ou a despedia sem mandar-lhe nada, e voltava depois, com igual precipitação ao quarto; Fica sempre em um lugar onde a criada não consiga ver uma mancha no tapete; • Sentido: Na noite de núpcias o marido mostra-se impotente. Joga tinta vermelha no lençol. “Me envergonha que a criada que venha fazer a cama possa adivinhar o acontecido”. • Troca cama pela mesa = substitutos equivalentes; • Sintoma = uma repetição = uma representação • O ato obsessivo retifica a impotência do marido; • “atualmente já estava separada do marido e não pedia a anulação para não expor o marido”

  7. Segundo caso – moça 19 anos • Quando criança tinha um caráter orgulhoso e selvagem; filha única – superior aos pais; nervosa nos últimos anos; agorafobia – N.O. • Cerimonial patológico (carece de flexibilidade) • Para dormir a paciente precisava de silêncio absoluto = limitava tudo o que produzisse barulho;

  8. Cerimonial • Pára o relógio da parede de seu quarto e faz com que levem para outro cômodo distante todos os relógios da casa; • Reúne no escritório todos os jarros e vasos de flores de maneira que nenhum caia e se quebre à noite; • A porta do quarto de seus pais deve ficar entreaberta; • O travesseiro grande não deve tocar a cabeceira e o menor deve ficar longitudinalmente como um diamante; • Deve-se sacudir o edredom para que seu conteúdo se acumule na parte inferior formando uma proeminência; Todo o ritual leve em torno de 1 hora em que nem ela nem seus pais dormem!

  9. Trabalho de interpretação • Inicialmente negava as interpretações de Freud; • Depois reunia as associações que surgiam em sua imaginação a respeito e comunicava suas recordações e estabelecia relações entre elas e seus sintomas acabando por aceitar a explicação de Freud. Mas sempre submetendo-as previamente a uma elaboração pessoal; • Conforme seu trabalho de análise avançava a paciente foi ficando menos meticulosa na execussão de seus atos obsessivos e no final do tratamento abandonou o cerimonial;

  10. A interpretação • Relógio = genital feminino = periódica regularidade = tic-tac = clitóris • Floreiras/vasos = símbolos femininos = evitar que quebrem = evitar quebrar o matrimônio • Quando criança caiu com um vaso na mão = se cortou e sangrou muito; • Quando soube dos fatos referentes as relações sexuais ficou obsessionada pela idéia de não sangrar na noite de núpcias; • Obsim: O desejo de prevenir os ruídos não tem nada a ver com o que era dito;

  11. Observações importantes • Quanto mais individualizado mais fácil estabelecer relação dom a vida do paciente; • Sobre um fundo uniforme, cada enfermo apresenta suas condições individuais, ou como poderíamos dizer, suas fantasias, que são às vezes diametralmente oposta nos diversos casos; • Podemos obter uma explicação satisfatória do sentido dos sintomas neuróticos individuais guiando-nos por sua relação com acontecimentos vividos pelo enfermo, ao contrário toda nossa arte interpretativa é insuficiente para descobrirmos o significado dos sintomas típicos muito mais frequentes

  12. Série infinita • Almofada/travesseiro = mulher; parede/vertical = homem; cerimonial = evitar o contato do homem com a mulher = impedir o contato sexual dos pais = porta entreaberta = edredom = gravidez = posição como diamante do travesseiro = órgão feminino = cabeça = órgão masculino

  13. Uma primeira leitura com Lacan • Instância da letra no inconsciente: “Porque o sintoma é uma metáfora, quer se queira ou não dizê-lo a si mesmo, e o desejo é uma metonímia, mesmo que o homem zombe disso; • Lacan leu Freud tendo como primeiro interlocutor a linguística, para isso pensou as formações do inconscientes a partir da recomendação freudiana no capítulo VII de interpretação dos sonhos: leia o sonho como texto; • Se der tempo......

More Related