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Consternação da Morte A morte se manifesta como intrusa, sem ser convidada e sem que se faça com ela nenhum acordo. Quando uma pessoa percebe que ela está se aproximando, aparece o pânico.
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Consternação da Morte A morte se manifesta como intrusa, sem ser convidada e sem que se faça com ela nenhum acordo. Quando uma pessoa percebe que ela está se aproximando, aparece o pânico. Por mais que queira fingir que é corajosa ou mesmo que a despreza, por dentro ela se sente isolada, paralisada, drenada de toda força. Na verdade, o homem é incapaz de lidar com a morte em pé de igualdade.
Todas as idades e culturas consideram traumático o pensamento da morte: ele choca, intranqüiliza, enerva. Por todo o mundo, as pessoas ficam embaraçadas e gaguejam se você lhes fala sobre a morte. Em toda a parte, a experiência de privação, ou a morte de um amigo, abala as pessoas até o âmago; em todos os lugares, a experiência da morte lança os inválidos em um desespero apático. (É por isso que os médicos e funcionários de hospitais, muitas vezes cruelmente, procuram esconder dos moribundos a sua verdadeira condição). (J. I. Packer)
56.000.000 (milhões) de seres humanos por ANO. • 153.000 (mil) pessoas morrem todo DIA. • 6.400 por HORA, • 107 por MINUTO • Quase 2 mortes por SEGUNDO.
Já viste, numa tarde de Outono, cair as folhas mortas? Assim caem todos os dias as almas na eternidade. Um dia, a folha caída serás tu. (Josemaria Escrivá)
Por 19 vezes a Bíblia chama de “sombra” a perspectiva da morte, uma figura de linguagem que expressa terror, medo, trevas... • Em Jó 18.14 é chamada de “o rei dos terrores”... • Em Hb 2.15 diz que as pessoas estão escravizadas por toda a vida pelo “pavor da morte”...
A MORTE é vista como: • Derrota: • Os planos pessoais, familiares e profissionais são derrotados por ela! • Perda: • Perde-se alguém querido, perde-se a dádiva da vida, é prejuízo... • Fim: • “É o fim da esperança – pois ela é a última que morre”. É o fim de uma história pessoal, é o fim de uma existência.
Hebreus 2.14-15 “Portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é o Diabo, e libertasse aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo pavor da morte.” “É paradoxal que Cristo usou a morte como meio de destruir a malignidade da morte” (D. Guthrie)
Hebreus 2.14-15 Ocorreu que a morte se equivocou, e o diabo foi derrotado no matar... Cristo nos libertou do diabo: não que ele não exista mais, mas que ele não mais seja temido. Da mesma forma acerca da morte: não que ela não exista mais, mas que a morte não mais seja temida. Daqui em diante o cristão não tem mais nada do que se apavorar, nem na vida atual nem na futura... (M. Lutero)
2 Timóteo 1.10 • “...Cristo Jesus. Ele tornou inoperante a morte e trouxe à luz a vida e a imortalidade por meio do evangelho.” (NVI) • Inoperante (Katargeo): • colocar fora de ação, • sem poder, • tornar impotente ou ineficiente, • anular, • inutilizar.
John Stott: Paulo compara a morte a um escorpião, do qual se arrancou o ferrão; e também a um comandante, cujas tropas foram vencidas. O apóstolo pode, portanto, levantar sua voz em desafio: “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (1Co 15.55). Porque Cristo destruiu o poder da morte. Nem o diabo, nem o pecado e tampouco a morte foram aniquilados; mas pelo poder de Cristo, a tirania de cada um deles foi destruída, de forma que os que estão em Cristo estão em liberdade.
John Stott: A morte espiritual, para os cristãos, deu lugar à vida eterna, que é a comunhão com Deus, iniciada na terra e que será perfeita no céu. Além disso, os que estão em Cristo “de nenhum modo sofrerão os danos da segunda morte”, porque já passaram da morte para a vida (Ap 2.11; 1 Jo 3.14)
A Morte: A morte, tanto física quanto espiritual, é considerada como um “mal penal”, é o julgamento de Deus contra o pecado (Rm 6.23). A morte não significa deixar de existir, não é uma aniquilação, não é o fim de uma pessoa. Há uma sobrevivência pessoal após a vivência na terra. A Escritura fala da morte em três sentidos: a. A morte física: a alma separada do corpo, b. A morte espiritual: a alma separada de Deus, c. A morte eterna: a alma e o corpo separados de Deus para sempre.
“Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados. Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões – pela graça sois salvos. Deus nos ressuscitou com Cristo...” (Ef 2.1, 4-6a) • “Eu lhes dou a vida eterna e nunca morrerão...” (Jo 10.28 – NTLH) • “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” (Jo 5.24) • “Ora, o último inimigo a ser aniquilado é a morte.” (1Co 15.26) “A morte da morte na morte de Cristo!!”
A MORTE DE CRISTO MUDOU PARA SEMPRE O SENTIDO DA MORTE “Cristo, o PRIMOGÊNITO dentre os mortos” (Cl 1.18 e Ap 1.5) “...Ele é o primogênito dentre os mortos...” (NVI) “...dos mortos a vida por Ele começou...” (Phillips)
“O PRIMOGÊNITO dentre os mortos” • Este título cristológico carrega surpreendente paradoxo: • “Primogênito” lembra nascimento, nova vida; leva-nos mentalmente à sala de partos. • Porém, “mortos” lembra o contrário; leva-nos ao necrotério. • Desde quando a vida pode nascer da morte? Claro, desde que Cristo venceu a morte e ressuscitou! Cristo transformou o necrotério em sala de parto. Nossa vida e nossa ressurreição nascem de sua morte e ressurreição. Ó Cristo! Fizeste da morte nossa mãe! (Miguel de Unamuno)
A MORTE DE CRISTO MUDOU PARA SEMPRE O SENTIDO DA MORTE “Cristo é as PRIMÍCIAS dentre aqueles que morreram” (1Co 15.20,23) Primícias (primeiros frutos): Havia no AT a “festa das primícias” que simbolizava a consagração de toda a colheita ao Senhor e servia como um penhor, ou garantia, da totalidade da colheita ainda a ser ceifada. Primícias implica na existência de fruto posteriores. (Lv 23.9-14)
“Cristo não foi o primeiro a ressuscitar dos mortos. Na verdade, Ele mesmo ressuscitara a alguns. Mas estes tornaram a morrer, e, neste sentido, Ele foi o primeiro (primícias) a ressuscitar para uma vida que não conhece morte. Cristo é o precursor de todos os que haveriam de estar nele.” (L. Morris) Paulo usa a expressão “primícias” dando a ideia de que a ressurreição de Cristo é uma “garantia e prova” da ressurreição de Seu povo. (C. Hodge)
“Com a fé na ressurreição de Jesus Cristo o crente está afirmando seu próprio futuro” (W. de Boor) Cristo ao vencer a morte em sua morte e ressurreição garante o mesmo aos crêem nele... Ele é o primeiro (primícias) a experimentar essa nova vida incorruptível e nós seremos como Ele é - (1Jo 3.2)
A MORTE DE CRISTO MUDOU PARA SEMPRE O SENTIDO DA MORTE CRISTO TRANSFORMOU A MORTE DE... ...DERROTA EM VITÓRIA. ...PERDA EM LUCRO. ...FIM EM COMEÇO.
CRISTO TRANSFORMOU A MORTE DE DERROTA EM VITÓRIA! • Em 1Co 15.55 o apóstolo Paulo pergunta: • “Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão?” • “Onde está então, ó morte, o teu poder de nos ferir? Onde, ó sepultura, está a vitória que esperavas?” (Phillips)
Segundo os teólogos antigos, a cruz foi uma espécie de armadilha em que caiu Satanás. Este acreditava que, se matasse Cristo, a vitória seria sua. Matou Jesus na cruz, porém o vencido foi ele e não Jesus. Ele é o “Christus Victor”!! Jesus é vencedor! A morte já não é derrota para nós, porque não foi derrota para Cristo.
Christus Victor A ti glória, ó nosso Senhor, a ti a vitória, grande libertador! Subsiste vigoroso, cheio de poder, mais que o Sol ao amanhecer. Gozo, alegria, reinam em toda parte, porque Cristo hoje mostra seu poder. Anjos cantando hinos ao Senhor, Vão aclamando-o como vencedor. A ti glória, ó nosso Senhor! A ti vitória, grande libertador!
CRISTO TRANSFORMOU A MORTE DE PERDA EM LUCRO! “Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro. ...desejo partir e estar com Cristo, o que é muito melhor.” (Fp 1.21,23 - NVI) “Pois o viver para mim significa simplesmente Cristo, e, se eu morresse, mais dEle eu ganharia. ...desejo ardentemente partir deste mundo e viver com Cristo, sem dúvida que para mim é o melhor” (Phillips) “Ao contrário do sentimento de perda a morte o introduz numa comunhão ainda mais profunda, de tal maneira que Paulo pode dizer, numa comparação de muita força, que esta união além-morte, é incomparavelmente melhor, um fim almejado com devoção.” (R.P. Martin)
CRISTO TRANSFORMOU A MORTE DE PERDA EM LUCRO Se verdadeiramente nosso viver é Cristo, o morrer é lucro e não perda. O morrer é estar mais perto de Cristo e conhecê-lo melhor. Quem vive pelo dinheiro perde-o todo ao morrer. Quem vive pela fama, ou pelo prazer, não levará nada consigo para a eternidade. Mesmo o intelectual que vive pelo conhecimento, se não conhece a Cristo, está dedicando sua existência a algo que, no final da jornada terá que perder. Mas se nossa vida inteira está concentrada no conhecimento de Cristo, morrer será algo assim como passar da educação primária aos estudos avançados. Em Cristo, morrer é ganhar” (Juan Stam)
Tesouro incomparável, Jesus amigo fiel, Refúgio do que foge do adversário cruel. Sem tua influência santa, a vida é morrer; Gozar de tua presença, só isto é viver.
CRISTO TRANSFORMOU A MORTE DE FIM EM COMEÇO “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra viverá.” (Jo 11.25) “Se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente” (Jo 8.51) “A morte física não consegue desfazer nossa ligação com Jesus...” (W. de Boor)
CRISTO TRANSFORMOU A MORTE DE FIM EM COMEÇO Em um de seus último sermões Martinho Luterodisse: “O mundo me diz que estou morrendo em meio a vida; Deus me responde: Não, tu vives em meio à morte”. Quando o teólogo John Owenestava morrendo, ditava uma carta a seu secretário: “Estou na terra dos viventes, saindo para a terra dos mortos. Não, melhor dizendo, da terra dos moribundos vou saindo para a terra dos viventes”. Dietrich Bonhoeffercelebrou, no último dia de sua vida terrena, a Santa Ceia no campo de concentração, pregando Isaías 53. Ao final foi levado ao enforcamento. Ele disse: “Este é o fim – para mim o princípio”.
CONCLUSÃO • Ap 1.18 • “Sou Aquele que vive. Estive morto mas agora estou vivo para todo sempre! E tenho as chaves da morte e do inferno.” • Rm 8.38s • “Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios [...] será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” • Ap 21.4 • “Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou.”