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Entrevistas. Fernanda Versiani de Paula 2 PPN. Entrevista 1. PERFIL DO ENTREVISTADO: Benedito Aparecido Selegatti de Paula. Meia idade. Professor de matemática na escola pública de Artur Nogueira (Amaro).
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Entrevistas Fernanda Versiani de Paula 2 PPN
Entrevista 1 • PERFIL DO ENTREVISTADO: Benedito Aparecido Selegatti de Paula. Meia idade. Professor de matemática na escola pública de Artur Nogueira (Amaro).
Qual é sua formação profissional? Sou professor, com habilitação plena em matemática. • Sempre soube que era isso que queria cursar? Nem sempre, trabalhei em outras áreas antes disso. • Durante a faculdade, quais eram seus objetivos profissionais? Ah... Quando a gente ingressa nessa área, é o magistério né? • Antes de ser professor, em que área atuou? Como controlador de qualidade. • Imaginava que um dia seria professor? Essa carreira estava em seus planos? Não, nunca imaginei isso (acima ele diz que visava o magistério; estranho, não?) • Considera-se completamente feliz com a carreira? Sim. • Você acha que no Brasil, os professores são suficientemente valorizados? Não. Por quê? Já foi, hoje não é mais. • Poderia me dizer quanto ganha?Noooossa, aí ficou difícil, mas é uma faixa de R$10.000,00 por ano. • Se sente valorizado nessa profissão? Sim, completamente. (anteriormente, ele diz que os professores não são mais valorizados no Brasil). • Se recebesse duas propostas de emprego: lecionar em uma universidade, ou trabalhar em uma grande empresa e ganhar 3x mais que seu salário atual, qual delas escolheria? Hoje, eu iria para a universidade (duvidoooooo). • Então você se valoriza como professor? Claro que sim, ou não estaria nessa profissão. • O que o motiva a ser professor? Ah, hoje é a função da minha vida, então é tudo, né? • Pode ser mais específico? Só de contribuir na formação de alguém, é tudo pra mim (UAU, vou chorar).
Entrevista 2 • PERFIL DO ENTRVISTADO: Luiz Fernando Pereira Perez. Meia idade. Professor de matemática na escola pública de Engenheiro Coelho (Cavalheiro).
Qual é sua formação profissional? Sou formado em engenharia química, com complementação pedagógica em matemática. • Sempre soube que era isso que queria cursar? Engenharia química sim, por influencia do meu pai que trabalhava na área. Mas não tinha o intuito de dar aulas, mas sim, de trabalhar em indústria. • Durante a faculdade, quais eram seus objetivos profissionais? Eu tinha a minha cabeça voltada para o trabalho em uma indústria de grande nome. Também queria viajar, e não ter moradia fixa. Fiz isso por um tempo, mas depois, acabei voltando pra cá. • Antes de ser professor, em que área atuou? Trabalhei em laboratórios, e em engenharia de produção. • Imaginava que um dia seria professor? Essa carreira estava em seus planos? Não, nunca imaginei, nem me passava pela cabeça. Só aconteceu. • Considera-se completamente feliz com a carreira? Sim. • Você acha que no Brasil, os professores são suficientemente valorizados? Por quê? Não. Eu por exemplo, sou professor em 5 escolas. Tenho que me desdobrar, e ganho pouco. Se o professor fossa mais valorizado, talvez ele fizesse todo esse esforço com mais empenho, e mais satisfeito. • Poderia me dizer quanto ganha? Trabalhando em todas essas escolas, aproximadamente R$3.500,00 por mês. • Se sente valorizado nessa profissão? No sentido financeiro, não, embora haja escolas que pagam melhor e tem planos de benefício ao professor. • Se recebesse duas propostas de emprego: lecionar em uma universidade, ou trabalhar em uma grande empresa e ganhar 3x mais que seu salário atual, qual delas escolheria? Hoje, eu escolheria a universidade, que é um sonho que eu tenho. Mas, dependendo da empresa, se fosse para eu dar mais conforto a minha família, eu escolheria a empresa, mesmo infeliz. • Pelo que eu vi, ser professor nem sempre esteve nos seus planos, o senhor trabalhou em outras áreas, não está completamente satisfeito financeiramente e, eventualmente, voltaria para seu antigo emprego, então eu pergunto, porque o senhor acha que merece valorização, sendo que ser professor nem sequer era sua primeira opção? Se o professor receber valorização, ele se empenha cada vez mais, e um professor que, como eu, tem que trabalhar 40 horas semanais, não tem tempo suficiente pra passar com a família ou de estudar, deveria ser mais valorizado para que valha o sacrifício. • O que o motiva a ser professor? Hoje é a minha família, pois em escolas públicas encontram-se tantos alunos com problemas graves em casa, com famílias destruídas e, às vezes, passando fome. Muitas crianças aparecem aqui com interesse na alimentação que a escola oferece. Então quando eu vejo isso, dou muito valor a minha família e a realidade que ela se encontra. Minha motivação se resume em querer ajudar essas crianças, em poder ser útil e “salvar” pelo menos algumas delas.
Entrevista 3 • PERFIL DO ENTREVISTADO: Edilson Fernando dos Santos. Jovem não graduado. Professor na escola pública de Limeira.
Qual é sua formação profissional? Estou cursando engenharia civil. • Sempre soube que era isso que queria cursar? Não. • Durante a faculdade, quais eram seus objetivos profissionais? Depois de fazer um mestrado e um doutorado, ingressar na área acadêmica. • Antes de ser professor, em que área atuou? Sim, trabalhei com vendas. • Imaginava que um dia seria professor? Essa carreira estava em seus planos? Sim. • Considera-se completamente feliz com a carreira? Não. • Você acha que no Brasil, os professores são suficientemente valorizados? Por quê? Não, porque com relação à qualidade e aos benefícios do professor, principalmente em escolas públicas, o sistema deixa a desejar. • Poderia me dizer quanto ganha? Com 18 horas aulas, ganho R$1.100,00 tirando vale transporte e vale alimentação. • Se sente valorizado nessa profissão? Por quê? Não, pois financeiramente, fica a desejar, e os alunos não tem o respeito necessário. • Se recebesse duas propostas de emprego: lecionar em uma universidade, ou trabalhar em uma grande empresa e ganhar 3x mais que seu salário atual, qual delas escolheria? Sairia, e iria pra empresa. • Entendi que você trabalhou em outras áreas, não está completamente satisfeito financeiramente e profissionalmente e aceitaria um emprego com melhores benefícios, então eu pergunto, porque você ainda quer ingressar na área acadêmica? O sonho de todo professor, quando ingressa nessa área, é que um dia receberá o devido respeito como profissional. • Você acha que valoriza a si mesmo como professor? Sim, na medida do possível. • O que o motiva a ser professor? A paixão pelo conhecimento; de poder aprender e compartilhar esse conhecimento. Eu acho que hoje, ninguém mais quer ser professor, porque se você vai para uma sala de aula, você está pedindo para se estressar. Os alunos querem “crucificar” o professor, e a valorização que as famílias dão para a educação é muito baixa, o que dificulta o trabalho do professor, e isso é desmotivador.