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Ruptura prematura de membranas ovulares. Definição. Rotura prematura de membranas ovulares (RPMO) é a rotura espontânea das membranas (âmnio e cório ) antes do início do trabalho de parto, independente da idade gestacional.
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Definição • Rotura prematura de membranas ovulares (RPMO) é a rotura espontânea das membranas (âmnio e cório) antes do início do trabalho de parto, independente da idade gestacional. • Antes de 37ª semana de gestação (Rotura prematura de membranas pré-termo)
TEMPO DE LATÊNCIA • É o intervalo de tempo entre a rotura das membranas e o início do trabalho de parto • O tempo de latência é inversamente relacionado com a idade gestacional
INCIDÊNCIA • A incidência de RPMO é de 5% a 12%, sendo que 1/3 ocorre antes da 37ª semana de gestação. • Causa de 30% dos partos prematuros
ETIOLOGIA • Espontânea • Corioamnionite (cervicovaginites, multiparidade, gemelaridade, poliidrâmnio, macrossomia fetal e incompetência istmocervical) • Fatores mecânicos (contrações uterinas e movimentação fetal) • Hiperdistensão uterina (poliidrâmnio e gestação múltipla)
ETIOLOGIA • Iatrogênica • Cirurgias cervicais durante a gestação (circlagem e conização) • Procedimentos invasivos intra-uterinos (amniocentese, biópsia e amnioinfusão)
COMPLICAÇÕES •Maternas Corioamnionite Endometrite Bacteremia
COMPLICAÇÕES • Fetais/neonatais • Oligoidramnio (Hipoplasia pulmonar, deformidades e compressão funicular) • Prematuridade • Infecção neonatal
DIAGNÓSTICO • Anamnese (momento da perda, atividade exercida na ocasião, quantidade, cor, cheiro e continuidade da perda) • Exame obstétrico (inspeção da genitália externa e exame especular) • pH vaginal (mudança do pH de ácido para alcalino) • Exame ultra-sonográfico
Exame de toque • O toque vaginal não deve ser realizado pelo risco de infecção • Caso seja extremamente necessário, não deve ser feito rotineiramente
AVALIAÇÃO •Determinação da idade gestacional (DUM e USG) •Avaliação de infecção materna e/ou fetal (febre ou pelo menos 2 dos seguintes sinais: taquicardia materna, taquicardia fetal, útero irritável, secreção purulenta do colo uterino e leucocitose) •Avaliação da vitalidade fetal (Cardiotocografia)
CONDUTAS • Gestações < 36 semanas • Conduta expectante • Cardiotocografia • Controle de infecção intra-amniótica • Hemograma a cada 2 dias • Interrupção com 36 semanas, de preferência parto vaginal
CONDUTAS • Gestações após 36 semanas • Conduta ativa • Indução do parto ou realização de parto cesárea • Diagnóstico de infecção ovular • Conduta ativa, independente da idade gestacional • Antibioticoterapia
CONTROVÉRSIAS • Tocólise (Nifedipina). • Associação entre RPM e corioamnionite • Corticoterapia • Aumento do risco de infecção • Antibioticoterapia • Seleção de microorganismos, risco de toxicidade e atraso no diagnóstico de infecção ovular e desperdício de recursos.
DPP • O deslocamento prematuro da placenta (DPP) consiste na separação da placenta normalmente inserida (corpo uterino) antes da expulsão do feto em gestação de 20 ou mais semanas completas. Essa complicação foi descrita em 1775 e tem, classicamente, grande potencial de mortalidade maternas e fetais. Também há maior incidência de coagulopatias, hemotransfusão, histerectomia e infecções puerperais.
A rotura de vasos maternos está implicada como causa imediata dessa separação. Raramente, o sangramento pode ser originado das veias fetais e placentárias. O sangue acumulado separa a placenta do útero. Esse hematoma resultante pode ser pequeno e auto-limitado (separação parcial), ou pode continuar a dissecar a interface placenta, levando à separação quase completa ou completa da mesma (separação total). Pelo fato de a placenta separada não ser capaz de manter sua função de troca de gases e nutrientes, o feto torna-se progressivamente comprometido à medida que esse processo evolui.
Fisiopatologia • Ainda não está claro se o descolamento prematuro de placenta resulta de evento único ou é decorrente de alterações de longa evolução da interface fetoplacentária. Em alguns casos decorrentes de trauma, um único fator pode desencadear todo o processo; em outros a rotura prematura de membranas com inflamação aguda pode ter papel decisivo no início do processo.
Fisiopatologia • Entretanto, na maioria dos casos estão envolvidas anormalidades vasculares e placentárias, incluindo aumento da fragilidade vascular e malformações dos vasos. É possível que em certos casos esse processo tenha início bem precoce, ainda no primeiro trimestre da gestação
Fatores de risco • Hipertensão • Amniorrexe prematura • Trombofilias hereditárias • Uso de cocaína • Trauma • Tabagismo • Descolamento prematuro de placenta em gestação anterior • Multiparidade • Gestação múltipla
Diagnóstico • O diagnóstico de descolamento prematuro de placenta é basicamente clínico, podendo ser auxiliado pela ultra-sonografia (USG) e sugerido por achados da cardiotocografia. Algumas vezes, o diagnóstico será retrospectivo e feito com base no exame da placenta, que revela coágulo retoplacentário ou depressão na face materna.
Diagnóstico clínico • Os sinais e sintomas clássicos são sangramento vaginal, dor súbita e intensa no abdome, dor à palpação do útero e contrações uterinas (taquissistolia ou hipertonia). Entretanto, todos esses sinais nem sempre vão estar presentes, e a ausência de um ou outro não exclui o diagnóstico.
Alterações da vitalidade fetal • Nos casos agudos, verifica-se comumente alterações na cardiotocografia (bradicardia ou taquicardia fetal persistentes).
Conduta • Os sinais e sintomas encontrados no descolamento prematuro de placenta podem variar consideravelmente. Toda gestante com suspeita de DPP deve ser imediatamente hospitalizada. A conduta dependerá de alguns fatores, como condições maternas e fetais, idade gestacional e exame do colo uterino.