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A Entrevista

A Entrevista. Breve Introdução e Modo de Usar Paulo Castro Seixas. A Entrevista – Breve Introdução e Modo de Usar. ENTREVISTA É um procedimento de recolha de informação que utiliza a comunicação verbal.

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Presentation Transcript


  1. A Entrevista Breve Introdução e Modo de Usar Paulo Castro Seixas

  2. A Entrevista – Breve Introdução e Modo de Usar ENTREVISTA • É um procedimento de recolha de informação que utiliza a comunicação verbal. • Situação de interacção desenvolvida pela comunicação entre duas pessoas com um fim determinado. • Encontro entre duas pessoas a fim de que se obtenham informações a respeito de determinado assunto mediante uma conversação de natureza profissional. • Procedimento utilizado na investigação social para a coleta de dados ou para diagnóstico e ou tratamento de um problema social (investigação-acção, com intervenção no meio). • Consiste no desenvolvimento de precisão, focalização, fidedignidade e validade de um certo acto social, a conversação (definição positivista). • Conversa face a face de maneira metódica (perspectiva interacionista). • Técnica em que o investigador se apresenta face ao investigado e lhe formula perguntas com objectivo de obtenção de dados que interessam à investigação. É uma forma de interacção social e de diálogo assimétrico em que uma das partes busca recolher dados, e a outra é fonte de informação (definição interacionista).

  3. A Entrevista – Breve Introdução e Modo de Usar • OBJECTIVOS DA ENTREVISTA • recolha da informação • transmissão de informação • Motivação • OBJECTIVOS QUANTO AO CONTEÚDO • Averiguação de factos. • Determinar a opinião acerca de factos. • Determinar os sentimentos e os anseios das pessoas. • Determinar os planos de acção (a conduta que as pessoas tomam em determinadas situações, ou para ver qual a conduta actual ou passada. Ex. o que fez quando a sua mãe morreu? • Encontrar os motivos conscientes para a opinião (descobrir quais os factores que levam as pessoas a ter essa opinião). • Serve para verificar hipóteses. • Serve para analisar o sentido que as pessoas dão à sua prática. • Serve para analisar determinados problemas. • Serve para reconstituir processos de acção ou experiências passadas. • Uma entrevista pode ser encarada enquanto teórica na preparação adequada do método, porque procura atingir determinados trabalhos, fins.

  4. A Entrevista – Breve Introdução e Modo de Usar • TIPOLOGIAS DA ENTREVISTA • CHARLES NAHOUM, distingue três tipos de entrevista: • Entrevista de diagnóstico: o objectivo é recolher a biografia do sujeito para determinar a partir do que ele diz as suas características. • Entrevista de inquérito: recolher junto de informadores qualificados as informações úteis à sua investigação. • Entrevista de conselho ou terapêutica: readaptar socialmente o sujeito, há duas grandes aproximações: • INTENSIVA;- Maior liberdade de iniciativa do entrevistado • - Maior duração da entrevista • - Maior a sua repetição • - Menor ou igual a estruturação – mas centrada no entrevistado • Dificilmente generalizável mas • em termos de um problema • global teoricamente definido. • Ex. História de vida. • EXTENSIVA: - Menor liberdade de iniciativa do entrevistado • - Menor duração • - Sem repetição • - Necessidade de uma amostra • - Maior ou igual estruturação – objecto de análise superior em • extensão. • Ex. Inquérito por questionário.

  5. A Entrevista – Breve Introdução e Modo de Usar TIPOLOGIAS ESTABELECIDAS CONFORME O CENTRO DA ENTREVISTA • -ENTREVISTA CLÍNICA: envolve entrevistas repetidas em que ao entrevistado é deixada uma grande margem de liberdade mesmo no que respeita ao tipo de assunto seleccionados. Visa descobrir a perspectiva de um indivíduo acerca de um assunto. • -ENTREVISTA EM PROFUNDIDADE: centra-se no entrevistado, pode abordar várias temáticas. Visa essencialmente a análise das atitudes, personalidade e outros aspectos relativos ao entrevistado. • -ENTREVISTA CENTRADA: focaliza-se num tema especifico, visando recolher informação acerca do mesmo, sendo possível de ser comparada com a informação recolhida de outras entrevistas, e posteriormente generalizada. É aplicada para estudar situações de mudança.

  6. A Entrevista – Breve Introdução e Modo de Usar TIPOLOGIAS ESTABELECIDAS CONFORME A CONDUÇÃO DA ENTREVISTA • ENTREVISTA NÃO DIRECTIVA: À partida, não tem guião, implica o respeito absoluto pela própria visão do entrevistado. Não é objecto de manipulação, o entrevistado é capaz de expor os seus próprios problemas, e a ele cabe encontra-lhes solução. Não há muito diálogo, porque o entrevistador ouve muito mais do que o que fala. As intervenções do entrevistador limitam-se a meras interjeições, para ajudar o entrevistado a continuar a falar. São mais recomendadas para estudos exploratórios, são mais vocacionados para assuntos de caris psicológico. Perde em termos de extensividade, porque na prática não pode ser aplicado a muita gente. Ex. História de vida. (ent de aprofundamento e ent. de exploração). • -ENTREVISTA SEMI-DIRECTIVA: Já tem guião, com um conjunto de tópicos ou perguntas a abordar na entrevista. Também dá liberdade ao entrevistado, embora não se deixe fugir muito do tema. O guião pode ser memorizado ou não memorizado. Tem a vantagem de falar dos assuntos que se quer falar com maior liberdade e rigidez para o entrevistado. Apanham-se dados quantitativos.(ent. de aprofundamento e ent. de verificação). • -ENTREVISTA DIRECTIVA: consiste na abordagem de temas às questões previamente determinadas e que são consideradas importantes para os objectivos do trabalho. Visa determinados objectivos de trabalho e procura o apuramento de determinados factos. As perguntas são mais estruturadas e são ordenadas. É mais rápida, e daí é mais extensiva, pode-se perguntar a mais gente.(ent. de verificação).

  7. A Entrevista – Breve Introdução e Modo de Usar • Em todas as entrevistas há dois princípios a ter em conta: • princípio estratégico – responde à questão o que é preciso fazer. E define tendo em conta o nosso objecto de estudo e o objectivo do estudo • princípio táctico – responde à pergunta como fazer condicionada pela estratégia.

  8. A Entrevista – Breve Introdução e Modo de Usar Entre o Inquérito e a História de vida • A entrevista está no meio do inquérito e da história de vida. É mais demorada do que o inquérito, e menos do que a história de vida. • História de vida, demora mais tempo, é menos directiva, mais profunda e intensiva. • Inquérito, leva menos tempo, mais directiva, menos profundo e mais extensivo. • Tanto no inquérito como na entrevista é necessário ter em conta a ordem das perguntas. • Na história de vida, devido à ordem das perguntas já não é tão pensada. • Numa investigação, primeiro faz-se um estudo mais profundo, menos directivo. Depois de se saber esta informação, já se tem informação para fazer um guião para a entrevista. • Por último é necessário dados quantitativos, porque na anterior já se detectaram dados típicos, podendo fazer um inquérito.

  9. A Entrevista – Breve Introdução e Modo de Usar PREPARAÇÃO OBJECTIVO DA ENTREVISTA: • No início da entrevista, pôr o objectivo do trabalho, para não fazer perguntas sem importância. Por trás disto, está a operacionalização dos conceitos feitos anteriormente, dá os indicadores necessários para operacionalizar os conceitos. O questionário convém mostrar a outras pessoas. Deve-se elaborar o guião da entrevista. Não se deve levar folhas. Se se esquecer de uma questão que não seja muito importante, não é grave. • NA DISPONIBILIZAÇÃO DO INFORMADOR É PRECISO TER EM CONTA DOIS ASPECTOS: • preparados para tentar perceber que às vezes a boa vontade não significa rigor de informação. • Responderem só para a pessoa não ficar sem resposta. • Nas entrevistas directivas e semi-directivas as amostras mais usadas são as tipicidade. • Nas directivas como é mais restrito, pode fazer-se mais e ser em alguns aspectos quantitativos.

  10. A Entrevista – Breve Introdução e Modo de Usar PREPARAÇÃO DA ENTREVISTA • oportunidade da entrevista, marcar com antecedência o local e a hora e deve privilegiar a vontade do entrevistado. • É preciso preservar a identidade do indivíduo, confidenciar o que ele disse. • Quando se entrevista alguém que pertença a uma hierarquia, é necessário pedir autorização aos superiores ou faz-se tudo em anonimato. • Conhecimento prévio do terreno no qual se trabalha, porque menos dificilmente se chega às pessoas que se pretende, perdendo menos tempo. • Organizar materiais e informações para dar ao entrevistado. • O investigador tem que fazer a gestão • O investigador deve manter uma atitude atenta e interessada. • Mostrar-se tolerante e paciente mesmo quando as pessoas são longas. • Evitar atitudes criticas relativamente aquilo que a pessoa está a dizer. • Preferir as perguntas relevantes para o tema e evitar as perguntas fechadas. • Fazer uma pergunta de cada vez. • Ter uma linguagem clara e audível. • Imagem pessoal, deve-se vestir por ex. conforme o local que vai. • Quando se está a iniciar uma entrevista é necessário procurar pontos de interesse do entrevistado para o pôr à vontade, procurar mostrar-se interessado por aquilo que ele gosta. • Esclarecer muito bem quais os motivos da entrevista. • Deve-se fazer fichas de entrevista: põe-se data, hora, local, nome da pessoa, tempo de duração da entrevista, temas abordados, idade, e outros aspectos a considerar importantes. • Deve ser feita num clima de cordialidade e numa atmosfera agradável. • Não se deve fazer qualquer tipo de pressão sobre o entrevistado. • Devem-se evitar questões polémicas em que possam atingir a sensibilidade do entrevistado, evitando polémicas verbais.

  11. A Entrevista – Breve Introdução e Modo de Usar ASPECTOS RELACIONADOS COM A ENTREVISTA • Ter em conta a perspectiva que o entrevistado tem acerca do papel do investigador. O nosso papel vai influenciar a resposta do investigado. • É necessário ter em conta que a informação que obtemos do investigado está condicionada pela percepção que teve do facto e pelas suas próprias vivências. • Ter em conta o quadro de referência do entrevistado: educação, convicções religiosas e morais. • Próprias características físicas, ex. idade, sexo e pertença de uma classe social.

  12. A Entrevista – Breve Introdução e Modo de Usar TIPO DE PERGUNTAS • Depende da informação que pretendemos, da entrevista e do entrevistado. • Perguntas de resposta fechada: pergunta em que todas as respostas estão tipificadas, respondendo-se apenas colocando uma cruz • Perguntas de resposta aberta: que permite amplas respostas • Pergunta de resposta mista: pergunta de resposta em parte fechada e em parte aberta. por ex. gosta de desporto? Sim Não Diga qual • Pergunta de resposta múltipla Permite respostas variadas dado que se desdobra em duas ou mais opções a considerar.

  13. A Entrevista – Breve Introdução e Modo de Usar CONTEXTO DA ENTREVISTA • Atenção à duração da entrevista, não deve ser por mais de duas horas, mas depende da pessoa. • A pessoa deve estar afastada das actividades normais. • O local deve ser privado não deve haver intervenções. • Convém evitar locais, onde tenha telefone e que o entrevistado tenha que atender. • Convém evitar barreiras físicas entre as pessoas. • Deve haver respeito pelo tempo do entrevistado. • Não se deve chegar atrasado à entrevista.

  14. A Entrevista – Breve Introdução e Modo de Usar ASPECTOS RELACIONADOS COM A RESPOSTA • O entrevistador deve saber ouvir. • Entre o final de uma resposta, deve-se aguardar uns momentos até pôr a seguinte, porque às vezes o entrevistado ainda acrescenta mais alguma coisa que se lembrou. • DIFICULDADES COM O TIPO DE QUESTÕES • As perguntas factuais levam a respostas inválidas. Ex. quantos anos tem? Face a estas perguntas ocorrem respostas erradas. • A relação que existe entre o que as pessoas dizem e que fazem não é realmente a verdade. • Perguntas que envolvam respostas relacionadas com atitudes, crenças, opiniões e hábitos sem um pouco instáveis. • Pequenas diferenças nas palavras utilizadas nas perguntas podem originar respostas muito diferentes. • Os inquiridos às vezes interpretam mal as questões, e pensam estar a responder bem. • Respostas a perguntas anteriores podem afectar as respostas às perguntas seguintes. • As respostas podem ser afectadas pela forma como se pergunta.

  15. A Entrevista – Breve Introdução e Modo de Usar • ASPECTOS RELATIVOS ÀS PERGUNTAS • As respostas são afectadas pelas perguntas. • Os entrevistados mesmo não estando formalizados com o tema, tendem a responder. • As pessoas podem não verbalizar correctamente as suas próprias opiniões. • Os contextos culturais da pessoa entrevistada podem afectar a interpretação da pergunta. É bastante importante. • Perguntas com as quais as pessoas estejam familiarizadas. Evitar palavras difíceis e termos técnicos. • Quando se está a entrevistar determinadas pessoas sobre determinados temas que envolvam determinados pessoas, porque pode o entrevistado emitir juízos de valor sobre essas pessoas. Deve-se evitar nome das pessoas. • Há quem defenda que se deve às vezes ajudar o entrevistado pondo várias opções, quando este se mostra com dificuldades. Mas por vezes pode condicionar a resposta da pessoa. • Começar por perguntas genéricas e passar para perguntas mais especificas. • NA SEQUENCIA DAS PERGUNTAS PODE-SE TER EM CONTA CINCO DIMENSÕES • Sequência penta-dimensional • As primeiras perguntas deverão ser para detectar se o indivíduo sabe algo sobre o assunto. • Na segunda é para ver se o indivíduo já reflectiu sobre o assunto. • Na terceira focalizar o entrevistado sobre um determinado tema específico. • Na quarta e quinta são as perguntas relativas a esse tema específico.

  16. A Entrevista – Breve Introdução e Modo de Usar • COMO A PESSOA DEVE ACTUAR DURANTE A ENTREVISTA • Deve-se evitar as críticas. • Quando se usa o papel deve-se evitar olhar para ele. • Deve-se estabelecer frases para as transições ex. já percebi este ponto, já está esclarecido, fale agora disto.... • Manifestar interesse no que o entrevistado está a dizer. • REGISTO DA INFORMAÇÃO • REGISTO NÃO PRESENCIAL – anotação posterior da informação, assim não há quebra da conversa. Mas por outro lado pode faltar a memória, outra é a subjectividade porque esquece-se aquilo que a pessoa diz e depois fazemos de uma certa forma interpretações. • GRAVADOR – que permite captar toda a fala do entrevistado e as excitações, etc. • REGISTO PRESENCIAL

  17. A Entrevista – Breve Introdução e Modo de Usar ASPECTOS RELACIONADOS PÓS-ENTREVISTA • A entrevista deve acabar de uma forma amistosa, agradecendo e perguntar se a pessoa está disponível para um segundo contacto. • Quando se demora muito por causa do entrevistado, é porque este não se importa de uma segunda entrevista. Quando se acaba num momento interessante, também o entrevistado não se importa de uma segunda. • TRANSCRIÇÃO INTEGRAL OU SELECCIONADA: • Na integral é difícil e chata tudo o que se ouve é escrito, apanhando todo o contexto. • Na seleccionada ganha-se tempo mas perde-se o contexto. • Quando a amostra é pequena à tendência a escrever tudo. • Quando a entrevista é directiva ou semi-directiva procura-se seleccionar. • Quando é directiva, queremos apanhar tudo o que as pessoas dizem, logo deve-se fazer uma transcrição integral, mas são muito grandes.

  18. A Entrevista – Breve Introdução e Modo de Usar CINCO REQUISITOS LEVADOS EM CONTA NAS RESPOSTAS • VALIDADE- esclarecer dúvidas em relação ao que as pessoas dizem através de documentos por ex. • RELEVÂNCIA- ver se a entrevista é relevante para os objectivos do nosso trabalho. • ESPECIFICIDADE- factos referidos na própria entrevista: data, nomes, prazos.. • PROFUNDIDADE- expressão por parte do entrevistado dos pensamentos, sentimentos, lembranças, etc. • EXTENSÃO- tem a ver com a amplitude da respostas. • Na entrevista às vezes pode-se dar a entrevista a ler, ou a ouvir, à pessoa, para ela corrigir algum pormenor que tenha falhado.

  19. A Entrevista – Breve Introdução e Modo de Usar HÁ VÁRIAS FORMAS DE CONTROLE NA PERSPECTIVA POSITIVISTA • Fazer a mesma pergunta com termos um pouco diferentes. • Controle interno (ver em duas perguntas iguais se a pessoa responde o mesmo). • Controle externo (perguntar a outras pessoas um assunto que se perguntou à anterior, para ver se a resposta é a mesma). • Sobre a perspectiva positivista, o entrevistado não deve afectar o resultado da entrevista. Não é dado tanto rigor a uma entrevista não directiva. A ordem das entrevistas deve-se manter igual a todos os entrevistados.

  20. A Entrevista – Breve Introdução e Modo de Usar PERSPECTIVA INTERACCIONISTA • Questão da verdade não se põe, porque a verdade é o resultado da interacção entre duas pessoas. A entrevista é uma acontecimento social que resulta de uma observação mútua, porque as discussões que são produzidas na entrevista, é resultado daquilo que eu diga, e da percepção que tem do próprio entrevistado. É este o critério que se deve recorrer para avaliar os dados. • Dão importância ao contexto da entrevista. Desaconselham a entrevista padronizada, e abrem a hipótese do entrevistado fazer perguntas ao entrevistador. • TRÉS CONSELHOS DE ROBERT MERTON NA PERSPECTIVA INTERACCIONISTA • A orientação do entrevistador deve ser mínima. • A definição de situação por parte do entrevistado deve ser plena e expressa. • A entrevista deve revelar juízos de valor contidos nas respostas.

  21. A Entrevista – Breve Introdução e Modo de Usar ROBERT MERTON – VÁRIAS FONTES DE ERRO QUE CONSIDERA NAS ENTREVISTAS • questões incorrectamente colocadas. • Insuficientes itens exploratórios. • Não levar em consideração a influência que o entrevistador tem sobre o entrevistado. • Falta de atenção ao contexto cultural em que o entrevistado está inserido. • Problemas de formulação terminológica.

  22. A Entrevista – Breve Introdução e Modo de Usar VANTAGENS DA ENTREVISTA • Permite a recolha de informação muito rica que por vezes não está em documentos. • Bom grau de profundidade. A entrevista permite recolher os testemunhos, interpretações dos entrevistados, respeitando os seus quadros de referência, a linguagem e as categorias mentais (forma de classificação). • Permite identificar grupos de comportamento a seleccionar (aperceber-se de assuntos que não devem ser explorados). • Permite ao investigador conhecer os conceitos e a linguagem da população. • Permite definir dimensões relevantes de atitude e avalia-las melhor. • Permite ter em conta as motivações que determinam diversos comportamentos. • Permite explorar muita informação. • Permite interpretar as expressões emitidas (são aquelas que podem constituir indícios das atitudes das pessoas ex. gestos, objectos, instrumentos). • Pode ser utilizada em todos os segmentos da população. • Dá uma boa amostragem de aspectos que queremos investigar. • São flexíveis no sentido em que permite verificar se ambos os intervenientes compreendem o significado das palavras e explicar. • Em determinados campos dão informações mais precisas. • Uma entrevista estruturada pode permitir a quantificação. • São de menor custo e exigência pessoal.

  23. A Entrevista – Breve Introdução e Modo de Usar DESVANTAGENS DA ENTREVISTA • Falta de motivação e motivação excessiva por parte do entrevistado. • Possibilidade de respostas falsas, quer conscientes quer inconscientes. • Dependendo sempre da capacidade ou incapacidade que as pessoas têm para verbalizar as suas próprias ideias. • Influência das opiniões do investigador. • Dificuldade de comunicação. • Retenção de dados com medo de violação do anonimato. • Consomem muito tempo e é um método difícil de trabalhar. • Às vezes é encarado com ligeireza. • Tem sempre uma potencialidade ao nível da indução. • A análise de conteúdo é complicada e difícil. • Inter-influência entre ambos o que pode levar á subjectividade. • Noções pré-concebidas influenciam o resultado das entrevistas.

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