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30º Encontro da Fundação Cultural Avatar Tema: "Um caminho psicoespiritual para a paz: a Oração de São Francisco” 14 e 15 Setembro de 2013. Palestra: A Conquista da Unidade através da Vontade Responsável - Ruth Machado Barbosa. Senhor fazei-me instrumento de vossa paz. Quem sou eu?.
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30º Encontro da Fundação Cultural AvatarTema: "Um caminho psicoespiritual para a paz: a Oração de São Francisco”14 e 15 Setembro de 2013 Palestra: A Conquista da Unidade através da Vontade Responsável - Ruth Machado Barbosa
Quem sou eu? • O “eu” pessoal é nossa identidade. • O “Self” é o centro unificador do ser, é nossa identidade enquanto poder energético. • No primeiro momento, nos identificamos com aspectos parciais de nós mesmos, com os conteúdos da nossa vida diária.
CUIDADO: • Apesar do alto valor de todas essas coisas, é problemático colocar nelas a nossa identidade: são coisas que a vida nos deu e que, a qualquer momento pode nos tirar.
“Somos dominados por tudo aquilo com que o nosso eu se identifica. Podemos dominar tudo aquilo de que nos desidentificamos. • (Assagioli, 1982/1993)
O PROCESSO • É necessário se fazer um trabalho para nos tornarmos mais conscientes de nós mesmos, desidentificando-nos de coisas externas – como nossos papéis sociais ou nossos bens, e também de conteúdos internos.
A Desidentificação é ... • ...um processo circular em espiral. Houve antes a identificação para haver a desidentificação. • ...dirigir o olho da mente ou a função observadora para o mundo dos fatos psicológicos (Assagioli,1982); • ...poder observar este “outro”.
Olho da mente ou Função observadora • 1º - Observar as sensações – o eu não é o corpo; • 2º - Observar emoções e sentimento – as emoções e os sentimentos também não são uma parte necessária do eu; • 3º - Observar a atividade mental, o conteúdo mental. A observação sobre a atividade mental prova a diferença entre o eu e a mente.
Em contrapartida, percebe-se a estabilidade, a permanência do observador que se dá conta de que pode, não só observar passivamente, mas influenciar também, em vários graus a sucessão de diversos estados psicológicos. • Ele se sente desidentificado desses conteúdos.
O processo: • Eu tenho um corpo, mas não sou esse corpo • Eu tenho emoções, mas não sou as minhas emoções; • Eu tenho um intelecto, mas não sou esse intelecto; • Eu tenho pensamentos, mas não sou ... • Eu tenho desejos, mas não sou ... • “Eu estou irritado” é um caso de falsa identificação do “eu”. Deve-se dizer: Existe em mim um estado de irritação.
Como desidentificar-se? • A dinâmica do “como” é criar um sujeito que observa e um objeto observado, relação na qual o sujeito pode escolher a distância de observação.
Podemos nos desidentificar de todas as funções, exceto da vontade. • SOMOS A NOSSA VONTADE. • O eu é experiência de autoconsciência e atividade intencional.
A etapa seguinte do processo é a auto-identificação com o Eu Transpessoal. • É a fase da transcendência de si como individuo que dá consciência de unidade, de identidadesubstancial com tudo aquilo que o eu pessoal sente como além de si.
Eu reconheço e afirmo que sou um centro de pura autoconsciência. • O que resta é a essência de mim mesmo.
O desafio é libertarmo-nos de nossas amarras e aprendermos a desenvolver qualidades na prática do cotidiano. • Trabalhar as amarras exige reconhecer os obstáculos dentro de nós e não nos sentirmos vitimas dos eventos externos. • Nesse percurso, o “eu” deve ter poder de autogestão e esse poder interior é a vontade.
A Experiência da vontade envolve (Assagioli, 1993) • O reconhecimento de que a vontade existe; • A constatação de ter uma vontade; • Ser uma vontade.
Eu sou um centro de Vontade capaz de dominar, dirigir e usar os meus processos psicológicos e o meu corpo físico. • Self e Vontade estão intimamente ligados e a vontade tem função diretriz e reguladora, pois através da vontade, o Eu age sobre as demais funções psicológicas.
Esta compreensão culmina com a experiência existencial da pura autoconsciência, da percepção direta do self - a descoberta do “Eu”. • Na realidade, esta experiência está implícita na consciência humana.
Os aspectos da vontade humana são: • - A vontade forte, para que se adapte aos seus múltiplos usos • - A vontade hábilpara obter os resultados desejados com o menor dispêndio de energia • - A boa vontade, que além de desejável é fundamentalmente inevitável • - A Vontade Transpessoalque lida com valores supremos, bem-aventurança, transcendência do Eu, unicidade, consciência cósmica. Este é o domínio ou dimensão da Vontade Transpessoal, que é a vontade do Self Transpessoal.
Este relacionamento conduz à maior interação e, eventualmente, à fusão do pessoal com o transpessoal e desta fusão ao relacionamento com a realidade última, o Self Universal, que incorpora e demonstra a Vontade Universal e Transcendente.
A Alegria da Vontade: • Da satisfação de necessidades mais elevadas provêm a alegria. A boa vontade é alegre! Ela cria uma atmosfera harmoniosa, feliz. • A plena Auto-realização Transpessoal ou, até mais, a comunhão e identificação com a Realidade transcendente universal têm sido chamadas de bem-aventurança.
Considerações Finais • O “eu” integrado pode escolher, através da vontade, olhar para aquilo que ainda não encontrou de si, ou seja, as suas potencialidades não expressas. • Esse é o caminho do “eu” ao “Self”.
A vida não é apenas responder aos estímulos externos, mas transformar-se em escolha centrada e sábia, baseada naquilo que será o melhor. • Tudo isso é conquistado e estabilizado no fascinante e perigoso processo que é o caminho do “eu” para o Self. • Essa expansão de consciência é uma felicidade a ser conquistada!
Referências • ASSAGIOLI, R. Psicossíntese – Manual de princípios e técnicas. São Paulo: Ed. Cultrix, 1982 • ASSAGIOLI, R.O Ato da Vontade. São Paulo: Ed. Cultrix, 1993 • Boletim do CPSP Ano 1 - No. 3 (outubro, novembro e dezembro de 2000) • PARAMAHANSA YOGANANDA. A Yoga de Jesus. Self-realizationFellowship, 2010. • Síntese da palestra proferida por Mariagrazia G. Sassi, na PUC/SP – 1999.