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EXPULSÃO DE DEMÔNIOS X LIBERTAÇÃO. Vamos entender dois pontos importantes desta ministração. A - Expulsão de demônios; B - Libertação. A palavra “libertação” na cultura evangélica vem sendo, ao longo de sua história, associada restritamente ao conceito de expulsão de demônios.
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EXPULSÃO DE DEMÔNIOS X LIBERTAÇÃO.
Vamos entender dois pontos importantes desta ministração. A - Expulsão de demônios; B - Libertação.
A palavra “libertação” na cultura evangélica vem sendo, ao longo de sua história, associada restritamente ao conceito de expulsão de demônios. Porém, nestas ministrações das quintas feiras quero mostrar-lhes a diferença entre expulsão de demônios e libertação.
Estudando o Novo Testamento vemos que tem diferença entre expulsão de demônios e libertação. Jesus expulsava demônios mas em muitos episódios não aconteceu uma expulsão e sim uma libertação.
Ex: O caso da mulher cananéia. Mt 15:21-28 O posicionamento dela trouxe a libertação de sua filha. Ex: O caso da mulher encurvada. Lc 13:10-17 Jesus lidou com o caso dela de 18 anos atrás.
Ex: O endemoniadogadareno. Mc 5:1-9 Os demônios do homem gadareno foram expulsos.
EXPULSÃO DE DEMÔNIOS: Está associado ao ministério evangelístico. E geralmente estão acompanhadas por dois dons: Cura divina e expulsão de demônios. Ex: igrejas e grandes evangelistas.
Devemos entender que quando expulsamos um demônio de uma pessoa é para ela ficar livre e estar consciente para tomar a sua decisão por Jesus. Quando esta pessoa toma a decisão por Jesus, ela está totalmente livre? Todo o seu passado está resolvido? Será necessário lidar responsavelmente com as respectivas causas que viabilizaram a exploração demoníaca.
Na verdade, os demônios são parasitas espirituais que se alimentam das injustiças e da carnalidade humana.
LIBERTAÇÃO: Libertação não é expulsar o demônio irresponsavelmente de uma pessoa. Libertação é lidar com todas as coisas que mantém um acesso demoníaco na vida de uma pessoa.
A essência da libertação é a santificação. A presença de demônios e maldições é sintomática, colateral. A libertação que eu proponho neste estudo não é lidar com a expulsão de demônios (os parasitas ou os sintomas).
Vamos trabalhar as causas (o lixo). Vamos identificar e lidar com as causas que está levando a perseguição espiritual na pessoa. Que são: A memória ferida por culpas, vergonhas, abusos e traumas encobertos, cadeias pecaminosas vigentes, pecados ocultos, iniquidades e feridas geracionais, iniquidades e territoriais que influenciam de maneira específica a nossa realidade, relacionamentos quebrados, inimizades crônicas, traumas conjugais, quebras de aliança, crises familiares, e etc.
Quando tratamos do tema maldição, encontramos diversos tipos de reações. Uns não acreditam, outros chamam de heresia, outros acreditam e são extremistas. O mundo evangélico está cheio de superstição. Toda fé sem base bíblica é superstição e misticismo.
A primeira coisa que devemos entender é que a maldição não vem do ocultismo, pelo contrário, é uma palavra bíblica, com mais de 200 citações na Bíblia Sagrada, isso quer dizer que não devemos desprezar.
Deus apresentou o conceito da maldição para ADÃO. “Se comer da arvore certamente morrerás”. Escolhas tem consequências. Foi a serpente quem disse que não existe maldição. Ela tentou convencer e conseguiu que se eles comecem do fruto nada ocorreria. Eles comeram o fruto e começaram a morrer e isso afetou a raça humana.
Existem várias palavras na Bíblia para designar a maldição. E basicamente, todas essas palavras resumem em três significados.
A. O castigo advindo da quebra de um mandamento, uma aliança com Deus, ou quebra de uma promessa ou juramento. A palavra que tem este sentido no Antigo Testamento é Alah, e no Antigo Testamento, e no novo testamento é Anathema, que também significa aquilo que é proibido por força de punição, castigo ou destruição.
“Tão somente guardai-vos do anátema, para que não vos metais em anátema tomando dela, e assim façais maldito o arraial de Israel, e o turveis.” Js 6:18 “E prevaricaram os filhos de Israel no anátema; porque Acã, filho de Carmi, filho de Zabdi, filho Zerá, da tribo de Judá, tomou do anátema, e a ira do Senhor se acendeu contra os filhos de Israel”. Js 7:1
“Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” Gl 1:1
B. Uma situação ativa de aflição ou maldição estabelecida, onde algo ou alguém está preso, impedido, cativo. É exatamente a condição oposta àquela promovida pelo favor de Deus. O vocábulo usado para isso é a palavra hebraica arar, se referindo ao próprio estado de maldição ou maldição em cumprimento. Ex: Povo de Israel
C. Maldição advinda por falar mal, praguejar, difamar, abominar, xingar e desejar mal. No Antigo Testamento temos as palavras Qalal, Qabab, Naqab e Za’amque têm, basicamente, este significado. No Novo testamento temos as palavras Kataraomai, Kakologeoe raca (xingamento). Este é o tipo de maldição que procede do falar e que não se cumpre sem causa. Sobre isso Jesus nos advertiu dizendo: “Aninguém amaldiçoeis”. Também devemos abençoar aqueles que nos amaldiçoam.
2. Quase todas as vezes que a palavra maldição ocorre na Bíblia, ela aparece contextualizada ao povo da aliança, e não aos ímpios.
“E será que, se ouvires a voz do Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu te ordeno hoje, o Senhor, teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra” Dt 28:1-14 “Será, porém que, se não deres ouvidos a voz do Senhor, teu Deus, não cuidando em cumprir todo os seus mandamentos e os seus estatutos que, hoje te ordeno, então virão todas estas maldições sobre ti e te alcançarão”. Dt 28:15; 16-44
Vemos neste texto dois pontos importantes. A lei da escolha; 2. A paternidade.
Este texto não vem de um Deus vingativo, e sim de uma Deus extremamente amoroso, zeloso, que educa o filho amado. Este texto nos dá uma aula de paternidade. Israel estava alcançando uma maturidade, por isso que Deus foi um pouco mais incisivo.
Toda aliança carrega consigo uma maldição, assim como todo mandamento, lei ou princípio. Um conselho você obedece ou não, uma aliança, mandamento, lei ou princípio não; caso não obedeça virão as consequências.
3. O principal papel da maldição é denunciar as desordens espirituais agregadas pessoal, geracional ou territorial.
Vamos entender esse ponto da seguinte forma. O nosso organismo possui uma série de mecanismo de alerta (como a dor, a febre, a ânsia de vômito, etc.) para nos advertir que algo está errado no nosso organismo.
A dor é muito desagradável, mas é ela quem nos avisa que algo está errado naquele lugar que estamos sentindo dor. Então a dor é uma benção para o nosso corpo.
Então por mais que temos uma conotação negativa, a maldição na sua essência, é uma benção.
O verbo castigar vem do latim e significa no literal purificar pelo sofrimento. O objetivo da maldição, por incrível que pareça, é corrigir os nossos caminhos. “Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque que filho há a quem o pai não corrija”? Hb 12:7
Todas as esferas do universo são regidas por leis. Quando alguém desobedece uma lei certamente vai sofrer as respectivas consequências. Semear é uma escolha, colher é uma obrigação.
Talvez isso te surpreenda, mas quem fere a terra com maldição é Deus, e não o diabo. “e converterás o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a sus pais; para que eu não venha e fira a terra com maldição.” Ml 4:6 Deus está afirmando através do profeta Malaquias que é Ele mesmo o principal mentor da maldição .
A Bíblia nos mostra o Deus supremo e idôneo governante do universo. Ele chama para si mesmo todo a responsabilidade em relação ao bem e ao mal. “Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas”. Is 45:7
A palavra criar aqui, não é “bará” (criar do nada), mas criar em virtude de uma desobediência, maldade, injustiça ou rebelião praticada sistematicamente. Esse tipo de mal é criado (por Deus) em virtude de um outro mal praticado (pelo homem), com o intuito de corrigir a situação.