E N D
1. ROBERTA RASSI ALMEIDA –R3 NEONATOLOGIA
UTI NEONATAL-HRAS/SES/DF
BRASÍLIA ,25 de julho de 2011
www.paulomargotto.com.br
2. TRANSPLACENTÁRIA
SEPSE PRECOCE de provável origem materna
SEPSE TARDIA de origem hospitalar Manual ANVISA Neonatologia 2010
3. Herpes simples
Toxoplasmose
Rubéola
Citomegalovírus
Sífilis
Hepatite B
Hepatite C
HIV
4. Ocorre em <72 horas de vida
Manifesta-se como doença fulminante e multissistêmica
Frequente a história de complicações maternas
SEPSE PRECOCE
5. FATORES DE RISCO MATERNO:
Bolsa rota maior que 18 horas
Cerclagem
Trabalho de parto em gestação menor que 35 semanas
Procedimentos de medicina fetal nas últimas 72 horas
Infecção do trato urinário (ITU) materna sem tratamento ou em tratamento a menos de 72 horas
Febre materna nas últimas 48 horas
Corioamnionite
Colonização pelo estreptococo B em gestante, sem quimioprofilaxia intra-parto, quando indicada. (CDC, 2002).
Manual ANVISA Neonatologia 2010
6. PRINCIPAIS AGENTES ETIOLÓGICOS:
-Streptococcus B
-Escherichia coli
-Listeria monocytogenes
-Chlamydia trachomatis
-Ureaplasma urealyticum SEPSE PRECOCE
7. (1).RN assintomático com IG= 34 s com os fatores:
Bolsa rota = 24 horas
Corioamnionite
ITU não tratada ou tratada <72 horas
Febre materna
Leucocitose materna
Líquido amniótico fétido ou purulento
Colonização materna pelo Streptococcus B
Gemelaridade Margotto,PR, 2011-Assistência ao Recém-Nascido de Risco, 2011
8. CONDUTA:
Colher hemograma,PCR e hemocultura
Fazer PCR diário por 3 dias
Iniciar antibioticoterapia CRITÉRIOS PARA USO DE ATB EM RN DE RISCO
9. (2).RN assintomático com IG =34 semanas sem os fatores de risco e RN com IG >34 semanas com ou sem os fatores de risco
CONDUTA:
Colher hemograma e PCR com 12,24 e 48 horas
Após resultados de cultura,PCR diário(3 dias) e conforme evolução clínica/laboratorial,suspender o antibiótico CRITÉRIOS PARA USO DE ATB EM RN DE RISCO
10. Considerar para estes RN(2) uso de antibiótico empírico frente aos seguintes achados:
DMH que não melhora com surfactante e cursa com hipotensão necessitando de drogas vasoativas
Acidose metabólica persistente após correção
Hiperglicemia
Distermia (não aceitar mais do que 1° C entre uma temperatura e outra)
Má perfusão CRITÉRIOS PARA USO DE ATB EM RN DE RISCO
11. Se a triagem e a cultura forem positivas,considerar como TRATAMENTO
Se a triagem for negativa e o RN tem boa aparência,usar o antibiótico por 48 horas
Se a triagem for positiva e a hemocultura negativa,tratar por 7 dias se a mãe não recebeu antibióticos intraparto
Antibiótico de escolha: ampicilina +gentamicina CRITÉRIOS PARA USO DE ATB EM RN DE RISCO
13. TRATAMENTO:
Penicilina/ampicilina + aminoglicosídeo (sem meningite)
Penicilina/ampicilina + cefalosporina 3º geração (com meningite)
Confirmada infecção por Streptococcus B,a dose de penicilina pode ser até 400.000 UI/kg/dia
SEPSE PRECOCE Neonatologia Instituto da Criança 2011
14. NEOFAX 2006
15. EFEITOS COLATERAIS:
Ampicilina/Penicilina:leucopenia,neutropenia,eosino-filia,febre
Gentamicina/Amicacina:ototoxicidade,nefrotoxicida-de,bloqueio neuromuscular em infusões rápidas
Cefotaxima:eosinofilia,neutropenia SEPSE PRECOCE
16. Infecção cuja evidência diagnóstica (clínica/laboratorial/microbiológica) ocorre após as 48 -96 horas de vida.
Será considerada como sepse neonatal tardia aquela infecção diagnosticada enquanto o paciente estiver internado em unidade de assistência neonatal.
Os agentes mais frequentes são os estafilococos,gram negativos e fungos
17. O uso dos antimicrobianos deve ser direcionado de acordo com os agentes mais frequentes do hospital
Está relacionada ao uso de cateteres,tempo de internação hospitalar,ventilação mecânica,nutrição parenteral
Na sepse por Staphylococcus intra-hospitalar o antibiótico de escolha é a vancomicina,recomenda-se a retirada de cateteres
18. Avaliação do escore NOSEP
Escore criado para avaliar os fatores relacionados a sepse neonatal tardia
Fatores como a presença do cateter venoso central,NPT > 14dias estão relacionados fortemente com sepse tardia
Escore composto por 5 itens,com pontuação =8 com sensibilidade 95% e VPN 93%
19.
20. Principles and Practice of Pediatric Infectious Diseases,2008
21. CEFEPIME:
Cefalosporina de 4º geração
É indicada para o tratamento de infecções causadas por bactérias Gram + (Streptococcus agalactiae e Staphylococcus) e Gram – ( E. coli,H.influenza,Enterobacter,Klebsiella,Serratia,Pr0-teus,P.aeruginosa)
Tem excelente penetração no SNC PRORN 2008
22. PIPERACILINA/TAZOBACTAM
Penicilina semi-sintética,com espectro ampliado contra Gram –
Quando associada com aminoglicosídeo,apresenta sinergismo contra P.aeruginosa
Tem boa penetração no SNC e ossos
Não deve ser usada como 1º escolha,deve ser reservada para infecções graves ( pseudomonas e outros Gram -) ANTIBIÓTICOS PRORN 2008
23. TICARCILINA/CLAVULANATO
Penicilina semi-sintética,que associado ao clavulanato atua com atividade antibacteriana de espectro ampliado
Usada em infecções por P.aeruginosa e efetiva em infecções hospitalares por bactérias entéricas Gram –
Efeitos adversos:eosinofilia,hiperbilirrubinemia,hipernatre-mia ANTIBIÓTICOS
24. VANCOMICINA/TEICOPLAMINA
Utilizados em cepas multirresistentes –MRSA e enterococos ampicilino- resistentes
Efeitos adversos:otoxicidade,nefrotoxicidade,flebite
Ambas não atravessam bem a barreira hematoencefálica
Teicoplamina com menos efeitos colaterais,no entanto não liberada nos EUA
ANTIBIÓTICOS
25. IMIPENEM/MEROPENEM
Amplo espectro para Gram + e -,aeróbios e anaeróbios
Meropenem maior atividade contra pseudomonas
Imipenem maior atividade contra Gram+
Devem ser reservados para o tratamento de infecções por germes MR
Há relatos de maior frequencia de convulsão associados ao uso de imipenem ANTIBIÓTICOS
26. Principles and Practice of Pediatric Infectious Diseases 2008
27. Sempre colher culturas previamente
Escolher ATB de espectro mais estreito e direcionar a terapia conforme as culturas
Definir a topografia da infecção para a melhor conduta e escolha antimicrobiana
Tornar a duração do tratamento o mais breve possível
Suspender o tratamento caso a infecção seja afastada
Prescrever corretamente o ATB,considerando as doses e os efeitos adversos,pois concentrações subterapêuticas atrasam a erradicação e concentrações tóxicas aumentam o tempo de internação e morbidade PRESCRIÇÃO DE ANTIBIÓTICOS
28. Controle da temperatura-estado de termoneutralidade
TERMONEUTRALIDADE:
Servocontrole
Berço com fonte de calor radiante e incubadora
Método Canguru
MEDIDAS GERAIS Método Canguru 2002
30. Controle da glicemia
Correção dos distúrbios eletrolíticos
Correção dos distúrbios ácidobásicos
Suporte nutricional:leite materno assim que possível,nutrição parenteral na impossibilidade de alimentação por via gastrointestinal
Balanço hídrico adequado-controle das perdas renais e extrarrenais
Oxigenação adequada para manter a saturação de hemoglobina entre 95-97% ou PaO2 entre 50-70 mmHg
31. FATOR ESTIMULANTE DE COLÔNIAS DE GRANULÓCITOS (G-CSF) E MACRÓFAGOS(GM-CSF):
Citocinas que estimulam a produção de neutrófilos pela medula óssea
A administração desses fatores nos RN neutropênicos com sepse apresenta efeitos variáveis,com resultados inconclusivos MEDIDAS GERAIS Neonatologia Instituto da Criança 2011
32. IMUNOGLOBULINA ENDOVENOSA:
Podem melhorar a opsonização
Previne a ativação não específica do complemento
Exerce efeito protetor contra a liberação de endotoxina induzida pelo antibiótico
Neutraliza a endotoxina
Tem indicação controversa na literatura
MEDIDAS GERAIS
33. PENTOXIFILINA:
Metilxantina cujo efeito principal no sistema imunológico é a inibição da liberação de citocinas pró-inflamatórias
Embora estudos tenham demonstrado a redução da taxa de mortalidade em RNPT,as casuísticas utilizadas foram muito pequenas para permitir conclusões definitivas. MEDIDAS GERAIS
34. GLUTAMINA:
Estudos realizados em animais e adultos imunodeprimidos sugeriram que a nutrição parenteral suplementada com glutamina poderia diminuir o risco de sepse e mortalidade
Este fato no entanto não foi observado em RNPT de acordo com a revisão da literatura MEDIDAS GERAIS
35. PROTEÍNA C ATIVADA HUMANA RECOMBINANTE:
Estudos demonstraram a redução da mortalidade em adultos com sepse
Devido ao aumento de complicações hemorrágicas não deve ser utilizada em RN até que estudos multicêntricos controlados estabeleçam a eficácia e segurança do seu uso MEDIDAS GERAIS
36. PROBIÓTICOS:
Estudos realizados com a suplementação de probióticos,visando a prevenção da enterocolite necrosante e da sepse em RN apresentaram resultados variáveis
Há necessidade de melhor avaliação de sua farmacocinética,eficácia e segurança MEDIDAS GERAIS
37. LACTOFERRINA
Presente no leite materno apresenta atividade antibacteriana de amplo espectro
Considerada como agente promissor na terapêutica e prevenção da sepse neonatal por alguns autores,deve ter sua eficácia e segurança comprovada antes de sua utilização rotineira
O leite materno deve ser introduzido o mais precocemente possível MEDIDAS GERAIS
38. POR FAVOR LAVEM AS MÃOS!!!!
39. Consultem: