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10-06-05. Risco de Transmissão Ocupacional II. Sinaida Teixeira Martins Gerência de Investigação e Prevenção de Infecção e Eventos Adversos Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Home Care Hospital-dia Centros Ambulatoriais
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10-06-05 Risco de TransmissãoOcupacional II Sinaida Teixeira Martins Gerência de Investigação e Prevenção de Infecção e Eventos Adversos Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de SaúdeAgência Nacional de Vigilância Sanitária
Home Care Hospital-dia Centros Ambulatoriais Clínica de emergência Introdução • EUA: 8.8 milhões de pessoas → profissões relacionadas à assistência à saúde • 6 milhões de pessoas → 6000 hospitais CDC, Guideline for infection control in health care personnel, 1998 MMWR 46; RR-18, 1997
Risco Ocupacional • Aspergillus spp • Doença Meningocócica • VSR • Influenza • Rubéola • Sarampo • Varicela • Rotavírus • Mycobacterium tuberculosis
Fonte Pessoas (Secreções oral e nasal aerolizadas) Corrente de ar Água Material de construção Equipamento Transmissão Via Aérea CDC, Draft Guideline for Environmental Infection Control in Healthcare Facilities, 2001
Transmissão Via Aérea Gotículas Aerossóis Tamanho da Partícula >5 <5 Abrangência de contato até 1m metros Tempo de permanência segundos horas Másc. Cirúrgica / paciente sim sim Másc. Cirúrgica / Contactantes sim não • APECIH - Precauções e Isolamento 1999
Transmissão Via Aérea Formas • Gotículas: Diâmetro > 5m Risco para pessoas próximas • Aerossóis: Diâmetro < 5m Pode estar protegido por uma camada de secreção “seca” Contém microorganismos potencialmente viáveis Permanece suspenso no ar Pode ser transportados a longas distâncias CDC, Draft Guideline for Environmental Infection Control in Healthcare Facilities, 2001
Fungos Aspergillus spp. Rhizopus spp. Acremonium spp. Fusarium spp. Pseudoallescheria boydii Scdedosporium spp. Sporothrix cyanescens Coccidioides immitis Cryptococcus spp. Histoplasma capsulatum Pneumocystis carinii Vírus Rubéola Varicella-zoster Varíola Influenza VSR Adenovírus Norwalk-like Lassa vírus Marburg Ebola Crimean-Congo Hantavírus Bactéria Mycobacterium tuberculosis Acinetobacter spp Bacillus spp Brucella spp. S. aureus Streptococcus (A) Coxiella burnetii (Febre Q) Diversos Relatos em SS Relatos Ocasionais Casos não confirmados em SS Em Investigação CDC, Draft Guideline for Environmental Infect Contr in Healthcare Facilities, 2001 Microorganismos Associados com Transmissão Aérea
Aspergillus • Aquisição através de inalação de esporos presentes no ar • Concentração esporos aumenta com construções • Associado a condições de poeira e umidade do meio ambiente • Matéria Orgânica decomposta serve como substrato ideal para sua sobrevivência • Equipamentos de assistência podem ser contaminados com esporos fonte de IH Diagn Microbiol Infect Dis 1999; 34:221-227 CDC, Guideline for infection control in health care personnel, 1998 MMWR 46; RR-18, 1997
Aspergillus • Concentração esporos aumenta no verão e primavera • População de Risco: • Imunossupremidos • Hemodiálise • TX • RNPT • Fibrose Cística CDC, Guideline for infection control in health care personnel, 1998 MMWR 46; RR-18, 1997
Aspergillus • Veículos de Transmissão: • sistema de ventilação inapropriado • ar condicionado • filtro de ar • exaustor contaminado • px área de construção • plantas ornamentais • Medidas de Controle (IB): • HEPA • Vedação janelas • Pressão positiva • Máscara N95 CDC, Guideline for infection control in health care personnel, 1998 MMWR 46; RR-18, 1997
Rotavírus • Período de incubação: 1 a 3 dias • Transmissibilidade: feco-oral, respiratória e fômites • Disseminação viral • acima 5 dias após o desaparecimento dos sintomas • Profilaxia: nenhuma • Precauções: contato
Medidas de Prevenção na Transmissão Aérea • Categoria IA • Estudos experimentais, clínicos e epidemiológicos bem desenhados • Categoria IB • Estudos experimentais, clínicos e epidemiológicos bem desenhados de “menor poder” e por racional teórico • Categoria II • Estudos sugestivos e racional teórico • Não recomendado. Questão não resolvida. CDC, Guideline for infection control in health care personnel, 1998
Doença Meningocócica
Doença Meningocócica • Agente Etiológico: Neisseria meningitidis (meningococo) • Reservatório:homem doente ou portador • Período de incubação: 2 a 10 dias • Período de transmissão: persiste até que o meningococo desapareça das secreções da nasofaringe. • meningococos sensíveis desaparecem da nasofaringe: 24 h depois de iniciado o tratamento específico. CDC, Guideline for infection control in health care personnel, 1998 MMWR 46; RR-18, 1997
Doença Meningocócica • Transmissibilidade: contato com secreções nasofaríngeas • transmissão indireta é questionada → meningococo é extremamente sensível às variações de temperatura e à dissecação. • transmissão: fundamental contato íntimo com o portador ou o doente. • Sazonalidade (outono/inverno) CDC, Guideline for infection control in health care personnel, 1998 MMWR 46; RR-18, 1997
Doença Meningocócica • PAS colonizado não afastar (IA) • Não administrar vacina rotineira PAS (IB) • Vacina pré-exposição PAS manuseia preparações sol. N.meningitidis (II) • Profilaxia com ATB- PAS que tenha tido qualquer dos seguintes contatos com paciente com DM antes da administração de ATB (IB) • contato íntimo • contato secreções orofaríngeas • acidente com agulha usada em pacientes com DM CDC, Guideline for infection control in health care personnel, 1998 MMWR 46; RR-18, 1997
Vírus Sincicial Respiratório
Vírus Sincicial Respiratório • Sazonalidade (inverno) • Período de incubação: 2 - 8 dias • Período de transmissão: 3 - 8 dias (lactentes até 4 sem) • Transmissibilidade: contato direto com o indivíduo infectado ou com suas secreções respiratórias • gotículas eliminadas pela tosse ou espirro • auto-inoculação após o contato com superfícies contaminadas • inoculação: olhos, nariz e boca CDC, Guideline for infection control in health care personnel, 1998 MMWR 46; RR-18, 1997
Vírus Sincicial Respiratório • Unidades de risco: enfermarias pediátricas (neonatos prematuros, neonatos com doença cardíaca ou pulmonar congênita e crianças imunodeficientes) • Secreções respiratórias eliminadas pelas crianças contaminam os objetos que as circulam: grades de berço, mesa de refeição e brinquedos. • Relato de surtos • lactentes e crianças → formas graves • TMO , UTI e pacientes crônicos Santana SL. Informativo da APECIH. Ano 18, nº4. 2004 Weinstein RA. Clin Infect Dis. 200;31:590-596
Influenza • Gripe • Doença respiratória aguda, febril e debilitante. • acomete 10-15% população/ano • Epidemia: 80-90% dos óbitos → acima de 65 anos • Agente causador • Vírus influenza • TiposA, B e C
Influenza • Vírus influenza A e B • Sobrevive: • Superfícies: 24 a 48 h • roupas, papéis, tecidos: 8 a 12 h • Mãos: 5 minutos Rodrigues EACR et al. Infecções Hospitalares Prevenção e Controle, 1997
Influenza • Sazonalidade (inverno) • Período de incubação: 1- 5 dias • Período de transmissão: 3- 5 dias (adultos); acima de 3 sem (crianças) • Transmissibilidade: contato, gotículas e aerossóis • Vacinar PAS anualmente (antes do inícioda circulação do vírus) (IB) • inclusive grávidas (IB) Santana SL. Informativo da APECIH. Ano 18, nº4. 2004 CDC, Guideline for infection control in health care personnel, 1998 MMWR 46; RR-18, 1997
Influenza • Relato de surtos: • idosos (casa de repouso) • portadores de doenças crônicas (DPOC, DM, ICC) • PAS + evitar contato com pacientes de alto risco CDC, Guideline for infection control in health care personnel, 1998 MMWR 46; RR-18, 1997
Rubéola • Período de incubação: até 28 dias a partir do contato • Período de transmissão: até 5 dias após exantemas • Não aplicar vacina rotineira PAS (IB) • Manter registro de vacinação de todos os PAS (IA) • Não realizar triagem sorológica de rotina → custo-benefício (IB) • Consultar órgão regulado para imunização em PAS (IA) CDC, Guideline for infection control in health care personnel, 1998 MMWR 46; RR-18, 1997
Rubéola • Não imunizar gestantes ou com risco de até 1º trim (IA) • Vacinar após parto PAS não imunes (IA) • PAS NÃO IMUNE exposto • AFASTAR: 7ºdia da 1ª exp até 21º dia da última exp (IB) CDC, Guideline for infection control in health care personnel, 1998 MMWR 46; RR-18, 1997
Sarampo • RNA – Paramyxovírus • Imunidade duradoura • Fonte: • Pacientes: 90% • PAS: 10% • Período de incubação: 10 a 21 dias • Período de transmissão: • 24 - 48 h antes exantemas • até 7 dias após exantemas CDC, Guideline for infection control in health care personnel, 1998 MMWR 46; RR-18, 1997
Sarampo • Não realizar triagem sorológica de rotina → avaliar custo-benefício (IB) • Vacinar PAS nascidos antes de 1957 não imunes (IA) • Vacinar PAS nascidos após 1957 (MMR) não imunes (IA) • Teste para imunidade (IgG) • Soroconversão pós-vacinação: 90% CDC, Guideline for infection control in health care personnel, 1998 MMWR 46; RR-18, 1997
Sarampo • Vacinar PAS não imunes até 72h após exposição (MMR) (IA) • > 72 horas / < 6 dias - Imunoglobulina • PAS NÃO IMUNE exposto • AFASTAR: 5º até 21º dia da última exposição (IB) CDC, Guideline for infection control in health care personnel, 1998 MMWR 46; RR-18, 1997
Varicela • Exantema vesicular generalizado • Período de incubação:10 a 21 dias • Período de transmissão: • 1 – 2 dias antes do exantema até secar TODAS vesículas (crostas) • Não realizar triagem sorológica de rotina → custo-benefício (IB) • Não aplicar vacina rotineira PAS (IB) CDC, Guideline for infection control in health care personnel, 1998 MMWR 46; RR-18, 1997
Varicela • Afastar PAS que iniciar quadro (IB) • Vacinação PAS contato c/ grupo de risco (IA) • PAS NÃO IMUNE exposto realizar sorologia (IB) • PAS NÃO IMUNE exposto • AFASTAR: 10 - 21 dias de atendimento direto • 10 dias do 1ºcontato até 21dias da última exposição (IB) CDC, Guideline for infection control in health care personnel, 1998 MMWR 46; RR-18, 1997
Varicela • PAS IMUNE • MANTER ATIVIDADE • REALIZAR SOROLOGIA – negativo – afastamento – 10 -21dias
Varicela • VZIG (criterioso) (IB) • custo • Não necessariamente previne a HVZ • tempo de afastamento • 8º - 28º dia exposição (IB) CDC, Guideline for infection control in health care personnel, 1998 MMWR 46; RR-18, 1997
Tuberculose • OMS -Tuberculose (TB) prioridade mundial (HIV; TBMR) • Brasil – 100 mil casos novos e 6 mil mortes/ano • 1/3 população mundial infectada pelo M. tuberculosis • 6% de todas as causas de mortes no mundo • 80%dos casosem 22 países (Brasil 13º) Bull. WHO 2002 JAMA 1999; 282:677-686 www.funasa.gov.br
AIDS e Tuberculose • risco de aquisição da infecção para doença ativa • HIV que se infecta recentemente – risco desenvolver TB ativa • # de internações por TB • risco dos PAS adquirirem TB nosocomial CDC, MMWR, 1994; v43: rr 13: 1-132
Nova York- Tuberculose MDR entre Profissionais de Saúde • Ikeda RM, 1995 • surto de TB MDR • 01 paciente bacilífero • ficou internado em 02 unidades • 29% conversão do PPD RR 53,4 Infect Control Hosp Epidemiol 1995;16:152-9
EUA- Surtos de Tuberculose MDR entre Profissionais de Saúde • CDC, 1991 • 04 hospitais ( 01 Miami e 3 Nova York) • paciente HIV+ e PAS • 08 casos de PAS • 02 PAS tiveram exposição aos pacientes-caso dos surtos e os isolados de MDR as mesmas drogas que os pacientes-caso dos surtos • 06 PAS possível exposição aos pacientes-casodos surtos • 03 PAS isolados de MT apresentaram diferentes suscetibilidades às drogas • Destes 06 PAS ( 04 HIV+ ) e 02PAS ( desconhecido ) CDC, MMWR, 1991; 40: 585-591
EUA- Tuberculose MDR entre Profissionais de Saúde • Haley C et al, 1989 • 01 paciente TB cavitária • EOT emergência ficou 04 horas no setor (freqüentes aspirações) • 129 PAS tiveram contato • 12% soroconverteram o PPD • 5 adoeceram Infect Control Hosp Epidemiol 1989;10:204-10
Brasil- Tuberculose MDR entre Profissionais de Saúde • Gomes Cid, 2000 • Hospital em Florianópolis • Estudo transversal • Período: 1995 – 1996 • 117 pacientes HIV+ /TB • Cepas de M. tuberculosis resistência pelo menos uma droga anti-TB ocorreu em 13,9% (5/36) • MDR (resist RIF +INH) primária: 20% (4/20) • Fator de risco associado a resistência: • internações prévias (p < 0,03) Gomes Cid et al. J Pneumol.2000;26: (1), 25-29
Risco de Transmissão Espirro Tosse Principais Formas clínicas de TB Stead, WW - Fundamentals of Tuberculosis Today. 8th ed. Milwaukee, Central Press, 1992 Falar ou cantar
Risco de Transmissão • Característica da instituição • Prevalência local de TB • Perfil da população atendida • Área de trabalho do profissional da saúde • Efetividade dos programas de controle da tuberculose • Profissional da saúde risco: 3- 20x > MENZIES. New Engl. J. Med., 332: 92-8, 1995 MMWR 1994; 43 (RR-13): 1-132
Procedimentos Risco de Transmissão • ÁREAS QUE OFERECEM MAIOR RISCO • COMO AVALIAR O RISCO ? • Tipo de atendimento hospitalar • Tipo de população atendida • Tipo de atividade desenvolvida pelo profissional EOT / bronco / necrópsia / indução de escarro aspiração / manipulação de abscessos abertos
Risco de Transmissão • Wells et col. Am. J. Hyg.,1948. 47:11-28. • Partículas menores • bacilos em suspensão no ar • alcançam os alvéolos • Partículas maiores • deposita no chão • Fatores que aumentam o risco de transmissão: • Forma pulmonar, presença de cavidade, escarro+, estado geral, vigor da tosse. • Comunicante: intra-domiciliar, PPD não reator, tempo de exposição, crianças e idosos, imunocomprometidos.
Risco de Infecção • 25 a 50% no contato próximo com pessoa portadora de doença ativa • Prevalência de Infecção 11 X maior que a população geral Musher, DM; N Engl J Med 2003: 348:1256-66 Plitt et al., Int J Epidemiol 2003;30(5):1022-8