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Contratos de Fornecimento de Energia. Prof. Eng. Michel dos Santos Moreale. Ementa. Principais usos finais de energia; Eficiência energética; Resolução 456; Condições gerais de fornecimento de energia; Tarifação do setor elétrico; Contratos de consumidores livres.
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Contratos de Fornecimento de Energia Prof. Eng. Michel dos Santos Moreale
Ementa • Principais usos finais de energia; • Eficiência energética; • Resolução 456; • Condições gerais de fornecimento de energia; • Tarifação do setor elétrico; • Contratos de consumidores livres.
Contratos para Consumidor Cativo – GRUPO B • Declarante vendedor (Agente) e comprador (Consumidor) • Define carga instalada, concessionária, consumidor, energia elétrica consumida, indicador de continuidade, padrão de tensão, ponto de entrega, potência disponibilizada, potência elétrica, suspensão de fornecimento, tarifa e unidade consumidora. • Do Objeto – Utilização do serviço público de energia elétrica. • Da Abrangência – Consumidores do Grupo “B” • Da prestação de serviço: Direitos e Deveres do consumidor • Da suspensão do fornecimento • Da execução e cobrança de outros serviços • Da rescisão • Dos Recursos e Competência.
Contratos para Consumidor Cativo – GRUPO A • Todos os dados contidos no GRUPO B e: • Demanda contratada, com cronograma de utilização; • Energia elétrica contratada; • Condições de revisão da demanda; • Metas de continuidade; • Prazo de vigência.
Contratos para Consumidor Livre • Declaração do Comercializador; • Declaração da Vendedora; • Declaração da Compradora; • Determinação do Submercado; • Determinação da quantidade de Energia Contratada; • Prazo de validade do contrato; • Do ponto de medição da energia contratada; • Registro junto a CCEE; • Preço da Energia contratada e inclusões dentro deste preço; • Cálculo do Faturamento; • Forma e data para pagamentos; • Penalidades para o não pagamento da fatura; • Garantias; • Força Maior ou Racionamento; • Obrigações e Foro.
Cálculo da Tarifação – Fator de Potência • Referência = 0,92 • GRUPO A – horo-sazonal ou convencional • FER(p) = Soma Cat x [(fr/ft)-1] x TCA(p) • Onde: • FER(p) = valor do faturamento referente a energia reativa excedente • Cat =Consumo de energia ativa medida por hora • Fr = fator de potência referência = 0,92 • Ft = fator de potência medido por hora • TCA(p) = tarifa de energia ativa
Cálculo da Tarifação – Fator de Potência - Exemplo • Carga de 100 kW • Grupo A4 • Tarifa de energia = 0,17347 • Potência ativa medida média por hora = 85,786 kW • Potência reativa medida média por hora = 14,345 kW • Calcule o valor da fatura por hora o consumidor. Lembrando = ft = P/ Raiz (P^2+Q^2)
Cálculo da Tarifação • Recapitulando • Classes: • Residencial • Industrial • Comercial, Serviços e Outras Atividades • Rural • Poder Público • Iluminação Pública • Serviço Público • Consumo Próprio
Cálculo da Tarifação • Recapitulando: • Tarifa é definida por duas componentes: demanda de energia e consumo de energia. • Estrutura tarifária são as tarifas aplicáveis aos componentes de consumo e demanda. • Grupo B • Grupo A: • A1 • A2 • A3 • A4 • AS • 3 modalidades – convencional, horo-sazonal verde e horo-sazonal azul.
Cálculo da Tarifação Tarifa Convencional • A estrutura tarifária convencional é caracterizada pela aplicação de tarifas de consumo de energia e/ou demanda de potência independentemente das horas de utilização do dia e dos períodos do ano. A tarifa convencional apresenta um valor para a demanda de potência em reais por quilowatt e outro para o consumo de energia em reais por megawatt-hora. • O consumidor atendido em alta tensão pode optar pela estrutura tarifária convencional, se atendido em tensão de fornecimento abaixo de 69 kV, sempre que tiver contratado uma demanda inferior a 300 kW.
Cálculo da Tarifação Tarifa Horo-sazonal • A estrutura tarifária horo-sazonal é caracterizada pela aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica e de demanda de potência, de acordo com as horas de utilização do dia e dos períodos do ano. O objetivo dessa estrutura tarifária é racionalizar o consumo de energia elétrica ao longo do dia e do ano, motivando o consumidor, pelo valor diferenciado das tarifas, a consumir mais energia elétrica nos horários do dia e nos períodos do ano em que ela for mais barata. • Para as horas do dia são estabelecidos dois períodos, denominados postos tarifários. O posto tarifário “ponta” corresponde ao período de maior consumo de energia elétrica, que ocorre entre 18 e 21 horas do dia. O posto tarifário “fora da ponta” compreende as demais horas dos dias úteis e as 24 horas dos sábados, domingos e feriados. As tarifas no horário de “ponta” são mais elevadas do que no horário “fora de ponta”.
Cálculo da Tarifação Tarifa Horo-sazonal • Já para o ano, são estabelecidos dois períodos: “período seco”, quando a incidência de chuvas é menor, e “período úmido” quando é maior o volume de chuvas. As tarifas no período seco são mais altas, refletindo o maior custo de produção de energia elétrica devido à menor quantidade de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas, provocando a eventual necessidade de complementação da carga por geração térmica, que é mais cara. O período seco compreende os meses de maio a novembro e o período úmido os meses de dezembro a abril.
Cálculo da Tarifação Tarifa Horo-sazonal Verde • A tarifa horo-sazonal verde é a modalidade de fornecimento estruturada para a aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica, de acordo com as horas de utilização do dia e dos períodos do ano, bem como de uma única tarifa de demanda de potência. A tarifa horo-sazonal se aplica obrigatoriamente às unidades consumidoras atendidas pelo sistema elétrico interligado com tensão de fornecimento • inferior a 69 kV e demanda contratada igual ou superior a 300 kW, com opção do consumidor pela modalidade azul ou verde. As unidades consumidoras atendidas pelo sistema elétrico interligado com tensão de fornecimento inferior a 69 kV e demanda contratada inferior a 300 kW podem optar pela tarifa horo-sazonal, seja na modalidade azul ou verde.
Cálculo da Tarifação Tarifa Horo-sazonal Verde • A tarifa horo-sazonal verde tem a seguinte estrutura: • Demanda de potência contratada (R$/kW): valor único • Consumo de energia (R$/MWh): • Um valor para o horário de ponta em período úmido (PU) • Um valor para o horário fora de ponta em período úmido (FPU) • Um valor para o horário de ponta em período seco (PS) • Um valor para o horário fora de ponta em período seco (FPS)
Cálculo da Tarifação Tarifa Horo-sazonal Azul • A tarifa horo-sazonal azul é a modalidade de fornecimento estruturada para a aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica, de acordo 13 com as horas de utilização do dia e dos períodos do ano, bem como de tarifas diferenciadas de demanda de potência de acordo com as horas de utilização do dia. Ela é aplicável obrigatoriamente às unidades consumidoras atendidas pelo sistema elétrico interligado, e com tensão de fornecimento igual ou superior a 69 kV.
Cálculo da Tarifação Tarifa Horo-sazonal Azul • A tarifa horo-sazonal azul tem a seguinte estrutura: • Demanda de potência contratada (R$/kW): • Um valor para o horário de ponta (P) • Um valor para o horário fora de ponta (FP) • Consumo de energia (R$/MWh): • Um valor para o horário de ponta em período úmido (PU) • Um valor para o horário fora de ponta em período úmido (FPU) • Um valor para o horário de ponta em período seco (PS) • Um valor para o horário fora de ponta em período seco (FPS)
Composição da Tarifa - Gerenciáveis • Despesas de Operação e Manutenção – Refere-se à parcela da receita destinada à cobertura dos custos vinculados diretamente à prestação do serviço de distribuição de energia elétrica, como pessoal, material, serviços de terceiros. Não são reconhecidos pela ANEEL, aqueles custos que não estejam relacionados à prestação do serviço ou que não sejam pertinentes à sua área geográfica de concessão. • Cota de Depreciação – Refere-se à parcela da receita necessária à formação dos recursos financeiros destinados à recomposição dos investimentos realizados com prudência para a prestação do serviço de energia elétrica ao final da sua vida útil. • Remuneração do Capital – Refere-se à parcela da receita necessária para promover um adequado rendimento do capital investido na prestação do serviço de energia elétrica. • Investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética – Refere-se à aplicação, anual, de no mínimo 0,75% (setenta e cinco centésimos por cento) da receita operacional líquida da empresa em pesquisa e desenvolvimento do setor elétrico e, no mínimo, 0,25% em programas de eficiência energética, voltados para o uso final da energia – Lei nº 9.991 de julho de 2000.
Composição da Tarifa – Não Gerenciáveis – Encargos Setoriais • Cota da Reserva Global de Reversão (RGR) - Trata-se de um encargo pago mensalmente pelas empresas de energia elétrica, com a finalidade de prover recursos para reversão e/ou encampação, dos serviços públicos de energia elétrica. Tem, também, destinação legal para financiar a expansão e melhoria desses serviços, bem como financiar fontes alternativas de energia elétrica para estudos de inventário e viabilidade de aproveitamentos de novos potenciais hidráulicos, e para desenvolver e implantar programas e projetos destinados ao combate ao desperdício e uso eficiente da energia elétrica. Seu valor anual equivale a 2,5% dos investimentos efetuados pela concessionária em ativos vinculados à prestação do serviço de eletricidade, é limitado a 3,0% de sua receita anual. • Cotas da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) - Refere-se ao encargo que é pago por todas as empresas de distribuição de energia elétrica para cobrir os custos anuais da geração termelétrica eventualmente produzida no país, cujo montante anual é fixado para cada empresa em função do seu mercado e da maior ou menor necessidade do uso das usinas termelétricas.
Composição da Tarifa – Não Gerenciáveis – Encargos Setoriais • Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica (TFSEE) - A Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica (TFSEE) foi criada, por lei, com a finalidade de constituir a receita da ANEEL para cobertura das suas despesas administrativas e operacionais. A TFSEE é fixada anualmente pela ANEEL e paga mensalmente, em duodécimos, por todos os agentes que atuam na geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica. • Rateio de Custos do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). Refere-se ao encargo pago por todos os agentes do Sistema Interligado Nacional (SIN) que comercializam energia com o consumidor final ou que recolhem tarifa de uso das redes elétricas relativa a consumidores livres, para cobertura dos custos da energia elétrica produzida por empreendimentos de produtores independentes autônomos, concebidos com base em fontes eólicas, pequenas centrais hidrelétricas e biomassa participantes do Proinfa.
Composição da Tarifa – Não Gerenciáveis – Encargos Setoriais • Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) - Refere-se a um encargo setorial, estabelecido em lei, e pago pelas empresas de distribuição, cujo valor anual é fixado pela ANEEL com a finalidade de prover recursos para o desenvolvimento energético dos estados, para viabilizar a competitividade da energia produzida a partir de fontes eólicas (vento), pequenas usinas hidrelétricas, biomassa, gás natural e carvão mineral nas áreas atendidas pelos sistemas elétricos interligados, e levar o serviço de energia elétrica a todos os consumidores do território nacional (universalização).
Composição da Tarifa – Não Gerenciáveis – Encargo de uso das redes elétricas • Uso das Instalações da Rede Básica de Transmissão - Refere-se à receita devida a todas as empresas de transmissão de energia elétrica que compõem a Rede Básica (sistema interligado nacional composto pelas linhas de transmissão que transportam energia elétrica em tensão igual ou superior a 230 kW) e que é paga por todas as empresas de geração e de distribuição, bem como pelos grandes consumidores (consumidores livres) que se utilizam diretamente da Rede Básica. • Uso das Instalações de Conexão - Refere-se ao encargo devido pelas empresas de distribuição que se utilizam de linhas de transmissão que têm conexão com a Rede Básica. • Uso das Instalações de Distribuição - Refere-se ao encargo devido às empresas de geração, de distribuição e consumidores livres que se utilizam da rede de energia elétrica de uma empresa de distribuição.
Composição da Tarifa – Não Gerenciáveis – Encargo de uso das redes elétricas • Transporte de Energia Elétrica de Itaipu - Refere-se ao encargo devido pelas empresas de distribuição que adquirem cotas de energia elétrica produzida pela Usina Hidrelétrica de Itaipu. • Operador Nacional do Sistema (ONS) - Refere-se ao ressarcimento de parte dos custos de administração e operação do ONS (entidade responsável pela operação e coordenação da Rede Básica) por todas as empresas de geração, transmissão e de distribuição bem como os grandes consumidores (consumidores livres) conectados à Rede Básica.
Composição da Tarifa – Não Gerenciáveis – Compra de Energia • Contratos Iniciais - Parte da energia elétrica comprada para atendimento aos consumidores da empresa de distribuição é adquirida das empresas de geração de energia elétrica por meio dos contratos denominados “contratos iniciais” – com vigência definida até o final do ano de 2005, cujas quantidades e valores da energia comprada são homologados pela ANEEL. • Energia de Itaipu - Além da energia adquirida mediante “contratos iniciais” para fornecimento em sua área de concessão, empresas distribuidoras localizadas nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, por imposição legal, pagam uma cota-parte dos custos referentes à energia elétrica produzida por Itaipu e destinada ao País. • Contratos Bilaterais de Longo ou Curto Prazo - Refere-se às despesas com compra de energia realizadas pelas empresas de distribuição, para eventualmente complementar a energia necessária para o total atendimento do seu mercado consumidor, efetivada por meio de contratos bilaterais de longo ou curto prazo, com base nos mecanismos legais de comercialização vigentes.
Cálculo da Demanda de Ultrapassagem • A demanda é paga pela contratada. • Existe uma carência de 03 meses para ajustamento de demanda. • No caso de demanda medida for inferior a demanda contratada, será faturada a contratada. • Se houver medição de demanda superior ao valor contratado, será cobrada uma tarifa de ultrapassagem conforme o valor determinação em resolução da ANEEL.
Resumo do Cálculo • 1) Cálculo da fatura - Tarifa Convencional - Grupo BFc = C x Tc em que,Fc - valor da fatura, R$C - consumo de energia elétrica medido no mês, kWhTc - Tarifa de consumo, R$/kWh2) Cálculo da fatura - Tarifa Convencional - Grupo A Ft = Dfat x Td + C x Tcem que,Ft - valor da fatura, R$Dfat - valor da demanda faturável, kW Td - tarifa de demanda, R$/kW C - consumo de energia elétrica medido no mês, kWhTc - tarifa de consumo, R$/kW/h
Resumo do Cálculo • 3) Cálculo da Fatura - Tarifa AzulFt = Dfatp x Tdp + Dfatfp x Tdfp + Cp x Tcp + Cfp x Tcfpem que,Dfatp - demanda faturada no horário de ponta, kWTdp - tarifa de demanda de ponta, R$/kWDfatfp - demanda faturada no horário fora de ponta, kWTdfp - tarifa de demanda fora de ponta, R$/kWCp - consumo medido no mês - horário de ponta, kWhTcp - tarifa de consumo no horário de ponta, R$/kWhCfp - consumo medido no mês - horário fora de ponta, kWhTcfp - tarifa de consumo no horário fora de ponta, R$/kWh
Resumo do Cálculo • 4) Cálculo da Fatura - Tarifa VerdeFT = Dfat x TD + Cp x Tcp + Cfp x Tcfpem que,Dfat - demanda faturada, kWTD - tarifa da demanda, R$/kWCp - consumo medido no mês - horário de ponta, kWhTcp - tarifa de consumo no horário de ponta, R$/kWhCfp - consumo medido no mês - horário fora de ponta, kWhTcfp - tarifa de consumo no horário fora de ponta, R$/kWh
Exemplos de Cálculos • Uma empresa tem as seguintes características ( GRUPO AS): Consumo na Ponta = 13500 kWh Consumo Fora da Ponta = 466200 kWh Demanda na Ponta = 150 kW Demanda Fora da Ponta = 740 kW
Obrigado ! Prof. Michel dos Santos Moreale Mestre em Eng. Elétrica – Sistemas de Potência Pós-Graduação e Graduação da UNIP – DF contato: moreale1977@gmail.com Fonte de dados – Resolução 456 ANEEL.