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A hepatite E resulta da infecção pelo vírus (VHE), é transmitida de pessoa a pessoa, através da água e de alimentos contaminados com matéria fecal .EM países industrializado, o vírus quase não existe, como é o caso de Portugal, onde a doença escasseia e apenas se manifesta em indivíduos que tenham estado em regiões tropicais endémicas (Ásia, África, América Central). Como doença humana específica só foi identificada em 1980, quando se realizavam testes para detecção de anticorpos da hepatite A, na Índia, durante o estudo de uma hepatite epidémica transmitida através das águas, mas cujo agente infeccioso não era o VHA. Na altura, foi considerada uma doença hepática virulenta sem qualquer outra classificação e só em 1988, com a descoberta do vírus, passou a designar-se hepatite E. A gravidade da infecção pelo VHE é maior que a provocada pelo vírus da hepatite A, mas a recuperação ocorre ao fim de pouco tempo. A doença pode ser fulminante, a taxa de mortalidade oscila entre os 0,5 a 4% , e os casos ocorridos durante a gravidez são bastante mais graves, podendo atingir taxas de mortalidade na ordem dos 20 % se o vírus for contraído durante o terceiro trimestre. Existem também registos de partos prematuros, com taxas de mortalidade infantil que atingem os 33%. Nas crianças, a co-infecção com os vírus A e E pode resultar numa doença grave, incluindo a falência hepática aguda. A hepatite E resulta da infecção pelo vírus (VHE), é transmitida de pessoa a pessoa, através da água e de alimentos contaminados com matéria fecal .EM países industrializado, o vírus quase não existe, como é o caso de Portugal, onde a doença escasseia e apenas se manifesta em indivíduos que tenham estado em regiões tropicais endémicas (Ásia, África, América Central). Como doença humana específica só foi identificada em 1980, quando se realizavam testes para detecção de anticorpos da hepatite A, na Índia, durante o estudo de uma hepatite epidémica transmitida através das águas, mas cujo agente infeccioso não era o VHA. Na altura, foi considerada uma doença hepática virulenta sem qualquer outra classificação e só em 1988, com a descoberta do vírus, passou a designar-se hepatite E. A gravidade da infecção pelo VHE é maior que a provocada pelo vírus da hepatite A, mas a recuperação ocorre ao fim de pouco tempo. A doença pode ser fulminante, a taxa de mortalidade oscila entre os 0,5 a 4% , e os casos ocorridos durante a gravidez são bastante mais graves, podendo atingir taxas de mortalidade na ordem dos 20 % se o vírus for contraído durante o terceiro trimestre. Existem também registos de partos prematuros, com taxas de mortalidade infantil que atingem os 33%. Nas crianças, a co-infecção com os vírus A e E pode resultar numa doença grave, incluindo a falência hepática aguda. Hepatite E
O vírus • O VHE é composto inteiramente por ácido ribonucleico (ARN) e proteína vírica e tem um diâmetro de 27 a 34 nm. O período de incubação oscila entre os 15 e os 64 dias e a transmissão do vírus ocorre desde a segunda metade do período de incubação, até sete dias após o início da icterícia. O vírus encontra-se no humano doente mas, também, em macacos, porcos, vacas, cabras, ovelhas e roedores (pelo menos naqueles que habitam nas regiões endémicas).
Sintomas • Os sintomas típicos, entre os jovens e os adultos, dos 15 aos 40 anos, são a icterícia (que pode manter-se durante várias semanas), falta de apetite, náuseas, vómitos, febre, dores abdominais, aumento do volume do fígado e mal-estar geral. As crianças, geralmente, não apresentam quaisquer sintomas.
Diagnóstico • A doença é diagnosticada quando se detectam anticorpos, após análises bioquímicas às enzimas hepáticas. É durante o período de incubação e no início da fase aguda que o número de vírus no organismo atinge o seu máximo, acontecendo o mesmo com a quantidade que é libertada nas fezes; nesta altura é possível encontrar os antigénios virais nas células do fígado e concluir, sem sombra de dúvida, que a pessoa em causa está infectada. O período de infecção ainda não foi totalmente determinado, mas há estudos que indicam ser de, pelo menos, 14 dias após o aparecimento da icterícia já que a presença do vírus nas fezes foi detectada durante este espaço de tempo e desaparece durante a fase de recuperação.
Transmissão • o vírus da hepatite E propaga-se através da água e alimentos contaminados por matérias fecais, sendo mais rara a transmissão de pessoa a pessoa. Não há registos de transmissão por via sexual ou através do sangue.
Prevenção • Ainda não existe uma vacina para a doença e, por isso, as medidas de prevenção incluem cuidados de higiene redobrados quando se viaja para zonas onde a doença é comum. Não se deve consumir água nem gelo que possam provir de locais contaminados, sendo melhor optar por beber água engarrafada e selada. As frutas e os vegetais só devem ser consumidos depois de cozinhados e desaconselha-se a ingestão de marisco cru. O contágio pessoa a pessoa é menos frequente na hepatite E do que na hepatite A e não está provada a possibilidade de contágio sexual, mas devem ter-se em atenção os contactos oro-anais. O cloro é o elemento químico que tem sido utilizado com sucesso na desinfecção das águas públicas nas zonas onde se registaram epidemias. Os desinfectantes à base de iodo também já provaram ser capazes de destruir o vírus.
Vacinação Não existe vacina para a hepatite E
Tratamento • Como doença vírica que é, não deve ser tratada com antibióticos. As infecções são, em geral, limitadas e, normalmente, não é necessária hospitalização, excepto em caso de hepatite fulminante.
Grupos de risco • Quem visita zonas endémicas, pessoas com doença hepática crónica e, possivelmente, pessoas que lidam com primatas, porcos, vacas, ovelhas e cabras, a doença tem uma maior taxa de incidência entre os adultos dos 15 aos 40 anos mas, segundo a Organização Mundial de Saúde, a baixa taxa registada entre as crianças pode dever-se ao facto de a hepatite E, normalmente não provocar quaisquer sintomas nos mais novos.