230 likes | 456 Views
Acadêmico: Pierre Novais. CASO CLÍNICO. Identificação. Data de entrada: 29/01/2009 Prontuário 809530-9 Nome: JNO Sexo: Feminino Idade: 17 anos Estado Civil: outros Natural/Procedente: Goiânia Residência: Set. Vera Cruz. Queixa Principal. USG anormal. HDA.
E N D
Acadêmico: Pierre Novais CASO CLÍNICO
Identificação • Data de entrada: 29/01/2009 • Prontuário 809530-9 • Nome: JNO • Sexo: Feminino • Idade: 17 anos • Estado Civil: outros • Natural/Procedente: Goiânia • Residência: Set. Vera Cruz
Queixa Principal • USG anormal
HDA • Paciente refere crescimento importante do volume abdominal, associado a aumento do peso (9kg em 2 meses). • Há 2 dias com dor abdominal discreta, tipo cólica, com sangramento vaginal discreto. • DUM: 24/11/2008 • G1/P0/A0 • IG: 9 semanas e 3 dias
Exames • Físico: Toque vaginal evidencia colo grosso posterior. Fechado. Volume uterino maior que esperado para IG. • USG 28/01/2009: Nódulo miometrial hipervascularizado sugestivo de doença trofoblástica gestacional. • Beta-HCG: 23.134
Hipótese + Conduta • HD: Neoplasia trofoblástica gestacional • Conduta: Misoprostol 200mg VV 4/4h e posterior curetagem (retirada pequena quantidade de restos ovulares)
MOLA HIDATIFORME • Neoplasias trofoblásticas gestacionais (NTG) são quaisquer blastomas originários do tecido de revestimento das vilosidades coriais (trofoblasto).Podem ser de quatro tipos: • Mola Hidatiforme (parcial ou completa) • Corioadenoma destruens (mola invasora) • Coriocarcinoma • Tumor trofoblástico do sítio placentário • (São tumores funcionantes)
MOLA HIDATIFORME • Incidência: • 1:80 a 1:2000 • Maior na pop. Pobre • Maior em mal nutridos • Maior nos extremos de idade • Maior com antecedentes de gestação molar
MOLA HIDATIFORME • Patologia: • Macroscopia: • Vesículas translúcidas cheias de líquido claro, semelhante a cachos de uva ou hidátides
MOLA HIDATIFORME • Microscopia: • Proliferação trofoblástica • Degeneração hidrópica • Vascularização ausente ou deficiente
MOLA HIDATIFORME • Mola completa • Mais encontrada • Grandes vesículas (cachos de uva) • Ausência de feto e âmnio • Genoma: 46 XX (90%); 46 XY ou XX (10%) [dispermia] • Ausência de embrião • Edema generalizado das vilosidades • Hiperplasia trofoblástica grosseira • Níveis elevados de hCG-beta • Maior probabilidade de transformação para coriocarcinoma (2,5%)
MOLA HIDATIFORME • Mola incompleta • Pequenas vesículas hidrópicas (até 5mm) entremeadas em tecido trofoblástico normal • Existência de feto e/ou âmnio • Raramente evolui para as formas malignas • Cariótipo é habitualmente triplóide (69XXX/69 XXY): 2n de origem paterna e 1n de proveniência materna
MOLA HIDATIFORME • Quadro clínico: • O início da doença assemelha-se a gravidez normal ameaçada por perdas hemorrágicas • Distúrbios gravídicos exagerados (náuseas, vômitos e sialorréia) • Hemorragias por volta do 2º mês: indolor, sem causa aparente, de repetição, intensidade progressiva, aumento a cada novo surto • Corrimento amarelo sanioso: fruto da coagulação do sangue intra útero, com consequente escoamento do plasma • Emissão de vesículas
MOLA HIDATIFORME • Quadro clínico: • Anemia • Sinais tóxicos: náuseas, vômitos e sialorréia evoluindo com hipertensão, edema e proteinúria • Palpação evidencia AFU>IG. Cresce rápido, sangra e diminui de tamanho (útero em sanfona) • Auscultação frequentemente negativa • Toque da cérvice: moleza extrema
MOLA HIDATIFORME • Exames complementares: • USG TV – Áreas que correspondem às vesículas podem ser vistas. O diagnóstico diferencial é difícil no 1º treimestre (importância do anatomopatológico) • Dosagem de hCG: níveis comumente maiores que 100.000 UI/24h
MOLA HIDATIFORME • Tratamento: • Avaliar complicações (anemia, embolização trofoblástica) • Esvaziamento uterino • Aconselhamento (AC por 1 ano) • Acompanhar evolução do hCG
BIBLIOGRAFIA • Obstetrícia: Jorge Rezende. 10ª edição, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2005. • Harrison Medicina Interna / editores: Dennis L. Kasper...[et AL]. 16. Ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill Interamericana do Brasil Ltda., 2006.