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DISCIPLINA DE MEDICINA LEGAL UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES FACULDADE DE DIREITO. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES FACULDADE DE DIREITO – DISCIPLINA DE MEDICINA LEGAL. AULA 7 TANATOLOGIA. HÉRCULES , Hygino de Carvalho.
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DISCIPLINA DE MEDICINA LEGAL UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES FACULDADE DE DIREITO
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES FACULDADE DE DIREITO – DISCIPLINA DE MEDICINA LEGAL
AULA 7 TANATOLOGIA
HÉRCULES, Hygino de Carvalho. Medicina Legal. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2014, 776p. GALVÃO, Luís Carlos Cavalcante. Medicina Legal. 2. ed. São Paulo: Santos, 2013, 469p.
CONCEITO DE MORTE TERMINOLOGIA FORENSE CAUSA JURÍDICA DA MORTE CRONOTANATOGNOSE FENÔMENOS CADAVÉRICOS
TANATOLOGIA CONCEITO DE MORTE 6 / 42 “Não é a ausência de vida, mas sua interrupção definitiva” Término legal da existência civil da pessoa humana (sujeito de direito) Perda de função: respiratória; cardiocirculatória; cerebral PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA CONCEITO DE MORTE 7 / 42 Cérebro é maestro da orquestra orgânica Cérebro superior controla a consciência; contrário da afirmação “penso, logo existo” Conceito mais antigo e sedimentado constituindo a morte do órgão na sua inteireza Controla respiração e circulação; morto, apneia, arreflexia e inconsciência PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA CONCEITO DE MORTE 8 / 42 Brasil – Resolução CFM N. 1.480/97 registra critérios PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA TERMINOLOGIA FORENSE 9 / 42 • Desenterramento de cadáver ou de restos mortais (ossos e cinzas) PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA TERMINOLOGIA FORENSE 10 / 42 Kvittingen e Naess Criança de 5 anos cai em rio gelado, é resgatada após 22’ em pcr e submetida a reanimação na ambulância: 30’ - bloqueio completo do ritmo normal 2h - coração volta bater vigorosamente 6 meses - ausência de sequelas PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA CAUSA JURÍDICA DA MORTE 11 / 42 Motivos interessantes ao universo jurídico PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA CAUSA JURÍDICA DA MORTE 12 / 42 Dentre as mortes suspeitas inclui-se a súbita Aneurisma cerebral Infarto miocárdico Embolia pulmonar Úlcera péptica Inesperada, suscitando desconfiança de que algo estranho aconteceu (fulminante ou rápida) PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA CAUSA JURÍDICA DA MORTE 13 / 42 PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA CAUSA JURÍDICA DA MORTE 14 / 42 PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA CAUSA JURÍDCA DA MORTE 15 / 42 Importância Indenização: homicídio – majorada; suicídio – inexistente; acidente – majorada Identificação de fato: inerente à vida; ou típico e antijurídico PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA CAUSA JURÍDICA DA MORTE 16 / 42 Diagnóstico – 1º tempo Desordem (luta) Digitais Mancha de sg e esperma Arma e projétil Pegadas Rastros Marcas de pneus Vestígios outros PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA CAUSA JURÍDICA DA MORTE 17 / 42 Diagnóstico – 2º tempo Qualificação, histórico, vestes, ex. externo ex. interno, reação vital e ex. complementares PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA CAUSA JURÍDICA DA MORTE 18 / 42 Diagnóstico Diferencial – Reação Vital Animal necrófago (rato) Acidental (embarcação) Médica (reanimação) Criminosa (fogo) Reação inflamatória (contenção do agressor) Processo de reparação (proliferação celular) PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA CRONOTANATOGNOSE 19 / 42 Conceito e Importância Direito Sucessório Critério da Comoriência (herança) Identificação do sujeito ativo do delito (álibi) PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA CRONOTANATOGNOSE 20 / 42 Sinais abióticos PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA FENÔMENOS CADAVÉRICOS 21 / 42 Pele seca e pálida Fronte e queixo enrugados Têmporas deprimidas Olhos fundos e orelhas repuxadas Nariz afinado e lábios caídos PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA FENÔMENOS CADAVÉRICOS 22 / 42 Semblante de serenidade Falta de expressão (descrito por França) (oriundo de flacidez muscular) PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA FENÔMENOS CADAVÉRICOS 23 / 42 Imobilidade (ausência de movimentação) Flacidez muscular difusa (midríase paralítica, esfíncteres relaxados) Insensibilidade (excitação dolorosa ou cócegas ) PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA FENÔMENOS CADAVÉRICOS 24 / 42 Batimentos cardíacos ausentes por 5’ Pulsos ausentes (jugular e radial) Punção cardíaca (Middeldorf) Éter subcutâneo e inflamação (Rebovillat) PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA FENÔMENOS CADAVÉRICOS 25 / 42 Aproximar espelho das narinas Aproximar chama de vela das narinas Colocar vaso de água sobre arcada costal Ausculta pulmonar com estetoscópio PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA FENÔMENOS CADAVÉRICOS 26 / 42 Causa: hipóxia muscular (ácido lático) Tempo: início 1h / geral 2-3h / máxima 5-8h Regra de Nysten: descendente (+) adulto, robusto e calor (-) criança, idoso, depauperado e frio Espasmo: última atitude (soldado com fuzil) PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA FENÔMENOS CADAVÉRICOS 27 / 42 Causa: irradiação, convexão e condução Tempo: 1ºC/h/3h; 0,5ºC/h até t ambiente (+) criança, magreza, nudez, frio, vento (-) adulto, obesidade, vestuário, calor, umidade Moritz: 37ºC – t retal + 3 = h de morte (horário, exercício, ciclo menstrual, febre etc...) PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA FENÔMENOS CADAVÉRICOS 28 / 42 Causa: ausência de ingesta (+) calor, secura, ventilação, criança e idoso (-) frio, umidade, abafamento, adulto Tela viscosa ocular (minutos) Mancha negra esclerótica (S. Sommer) (6h) Opacificação da córnea (12h) PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA FENÔMENOS CADAVÉRICOS 29 / 42 Manchas + abaixo + estase Causa: forças gravidade e compressão Tempo: início 2h / fixa 2h (digito pressão) (+) calor, asfixia, intoxicação, morte rápida (-) frio, anemia, desidratação, morte lenta Cor: violáceo-escuro (asfixia) PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA FENÔMENOS CADAVÉRICOS 30 / 42 Própria + quebra Causa: desvio metabólico para produzir energia (hipóxia - ácidos - lisossomos - enzimas) (+) rico em lisossomos (estômago e pâncreas) (-) pobre em lisossomos (cérebro) Labord: agulha no tecido por 30’ (opaca) PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA FENÔMENOS CADAVÉRICOS 31 / 42 Decomposição do cadáver Causa: bactérias saprofíticas do ceco (+) obesidade, sepse, calor, umidade (-) magreza, criança, frio, secura 1 sem ar = 2 sem água = 8 sem solo Comporta quatro fases PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA FENÔMENOS CADAVÉRICOS 32 / 42 Mancha verde abdominal (fossa ilíaca direita – bactérias – gás sulfídrico/Hb – sulfoemoglobina) (espalha) Circulação póstuma de Brouardel (gás distende abdome – sg vasos superficiais – rede verde escurecida) PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA FENÔMENOS CADAVÉRICOS 33 / 42 Flora saprofítica disseminada produz gases 1º dia – CO2 / 2º dia – HC / 3º dia – NH4 Compostos nitrogenados (odor sanioso) Aumento da pressão (exoftalmia, prolapsos, secreções) PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA FENÔMENOS CADAVÉRICOS 34 / 42 Deliquescência tecidual: desidratação (pequenez e deformação) Esquadrão de animais necrófagos: mosca, besouro, ácaro, barata, formiga etc. (ciclo evolutivo – cronotanatognose) PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA FENÔMENOS CADAVÉRICOS 35 / 42 Resultado final da destruição Esqueleto livre de partes moles Ossos vão desidratando Tempo variável (condições ambientais) PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA FENÔMENOS CADAVÉRICOS 36 / 42 Putrefação em corpo submerso Séptica (água do meio ambiente) Asséptica (líquido amniótico) (IG > 20 sem) Epiderme se destaca expondo derme Face flácida deformada Membros flácidos em polichinelo PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA FENÔMENOS CADAVÉRICOS 37 / 42 Idade gestacional inferior a 20 semanas Feto morto retido sofre deposição de cálcio (litopédio) (dificulta destruição, preservando marcas de violência) PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA FENÔMENOS CADAVÉRICOS 38 / 42 Corpo sepultado em urna hermeticamente fechada metálica com zinco em sua composição Pele ressecada e endurecida (semelhante a couro) PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA FENÔMENOS CADAVÉRICOS 39 / 42 Natural (clima desértico desidratação aguda) Artificial – Embalsamento (álcool e formol ação antisséptica) - ambos os casos, há inibição bacteriana - PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA FENÔMENOS CADAVÉRICOS 40 / 42 Putrefação – bactérias – enzimas – hidrólise triglicerídeos – ácidos graxos (palmítico e esteárico): modificam pH inibindo ação bacteriana; e reagem com argila formando ésteres (adipocera: branca, untuosa, mole, friável) PAULO DE TARSO
TANATOLOGIA CONCLUSÃO 41 / 42 PAULO DE TARSO